Mercado & Afins 1.74.18.2877-2 ECT / DR / SPI LAB. BIOVET Entidades, agroindústria e cientistas entraram em campo para esclarecer a opinião pública sobre a gripe aviária. Os dirigentes das principais entidades da agroindústria, cientistas e produtores de aves tiveram de se desdobrar, em março, para explicar à sociedade o que estava acontecendo com o mercado de carne, desestabilizado ainda pela continuidade das restrições impostas pela Rússia à importação de carne suína e bovina brasileiras – devido ao problema da febre aftosa, que afetou esses setores ano passado. A chegada da gripe aviária ao continente europeu só fez aumentar o clima de tensão e o mal entendido. Coletivas de imprensa, workshops sobre avicultura para jornalistas, seminários e palestras foram algumas das iniciativas adotadas pelas entidades e pelo poder público para esclarecer e acalmar o mercado. A “temporada” de esclarecimentos públicos foi aberta por coletiva de imprensa, realizada em São Paulo na sede da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), informando que a comunidade científica brasileira é altamente capacitada e está empenhada na busca por soluções diante do desafio representado por uma eventual chegada da gripe aviária ao Brasil. Importantes medidas preparatórias já vêm sendo tomadas há anos pelo setor de avicultura industrial e autoridades sanitárias. Em saúde humana, cientistas e pesquisadores, sob a égide da SBPC, presidida pelo professor Ênio Candotti, fizeram um relato sobre o estado-da-arte de nossos laboratórios especializados, sistemas de controle de fronteiras e outros pontos cruciais diante da ameaça. Pelo lado da avicultura, tomou parte dessa coletiva o professor Ariel Mendes, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (Botucatu). Segundo ele, avicultura industrial brasileira está bem preparada para enfrentar o H5N1, vírus transmissor da gripe aviária, graças a todas as medidas que vêm sendo tomadas há alguns anos, como controle de importação de material genético, proibição de importação de aves ornamentais e de companhia, controle de portos e aeroportos, modernização de laboratórios, exames sorológicos periódicos em aves e treinamento de veterinários. Numa outra iniciativa, a FACTA (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas), com apoio da UBA (União Brasileira de Avicultura) e Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne de Frango), divulgou importante declaração para orientar a opinião pública de que a Influenza Aviária – popularmente chamada de “Gripe Aviária” – jamais ocorreu no Brasil. A seguir, confira os principais trechos do informe divulgado pelas entidades: e aves que estavam infectadas pelo vírus. - A possibilidade da chegada desse vírus ao Brasil é muito pequena uma vez que as aves silvestres que para cá migram provêm da América do Norte, onde o H5N1 não está presente. Além disso, essas aves vêm sendo monitoradas pelos Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, através de captura nos principais pontos de invernada. Ano 04 | n.29 | 2006 Micoplasmose Aviária - Adicionalmente, o sistema de produção avícola brasileiro é altamente tecnificado e utiliza galpões fechados com telas que impedem o contato entre aves industriais e silvestres. Confira os principais trechos da entrevista do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento, que prestou importante colaboração para o desenvolvimento da Myco-Galli MG-70, vacina viva contra Micoplasma gallisepticum. - Há alguns anos, desde as primeiras ocorrências na Ásia, o Brasil intensificou uma série de medidas para prevenir a entrada do vírus no País, entre elas: O lançamento da mais recente tecnologia do Laboratório Biovet, Myco-Galli MG-70, foi um dos destaques do Congresso da Associação Paulista de Avicultura (APA), realizado em março. O produto, desenvolvido com a amostra de Mycoplasma gallisepticum Biovet MG-70, tem demonstrado muita eficiência contra a Micoplasmose Aviária (MA). Durante o desenvolvimento de mais essa ferramenta para avicultura Controles rigorosos na importação de material genético; l Proibição da importação de aves ornamentais e de companhia; l - Típica das aves, a doença é causada por diferentes formas do vírus da Influenza. A mais perigosa delas, o H5N1, não está presente nas Américas e sua ocorrência mais recente na Europa está praticamente restrita às aves silvestres. - O vírus não se transmite às pessoas através do consumo de carnes e ovos porque é facilmente destruído pelo cozimento ou fritura. - A Influenza Aviária não é transmitida de pessoa para pessoa. Os casos de contaminação na Ásia se deram pela íntima convivência entre pessoas Controle nos portos e aeroportos para evitar a entrada de produtos avícolas não autorizados; l Incineração de dejetos de aviões e navios; l Modernização de laboratórios de diagnóstico; l Exames sorológicos periódicos nas aves industriais; l Treinamento de veterinários oficiais e privados. l - Os órgãos públicos federais e estaduais mantêm uma vigilância constante e vêm atuando prontamente em todos os casos de suspeita informados pelos produtores, dentro do Plano de Prevenção da Influenza Aviária. - Como observação final, o Corpo Técnico da FACTA ressalta que, hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango (para cerca de 150 países), posição que certifica a alta qualidade e a segurança do frango brasileiro. Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639 - Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel. 11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze. Editora responsável: EiraCom - Registro especial conforme art. 1º do Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, concedido pela ARF/Itu sob nº de identificação 13876.000763/2001-92 (Senapro/ Ministério da Fazenda/Serpro). Jornalista responsável: Alessandro Mancio de Camargo (MTb 24.440). Diagramação: André Chiodo Silva Impresso em papel reciclado Expediente O Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal dirigida aos clientes, fornecedores e colaboradores do Laboratório. O compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diariamente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br Ricardo Gonçalves, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), cercado por jornalistas: em março, gripe aviária foi a pauta preferencial da imprensa especializada no agronegócio industrial, o Laboratório Biovet contou com a preciosa colaboração do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento, professor de graduação, pósgraduação e chefe do Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública (MSV) da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), e sua equipe. O Prof. Dr. Elmiro, que também atua como pesquisador II do CNPq, com atuação nas áreas de micoplasmoses animais, sanidade A amostra MG-70 sempre teve características de uma cepa de baixa virulência em ensaios não formais. Durante a fase experimental – realizada no âmbito do Laboratório Biovet sob a minha supervisão, o resultado foi promissor. Isto motivou testes em condições de campo, sendo sempre obtidos resultados excelentes. Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento avícola, epidemiologia e biologia molecular de doenças infecciosas animais e biocontaminantes de alimentos e saúde pública veterinária, respondeu ao Informe Técnico Biovet algumas perguntas sobre a Micoplasmose Aviária. A seguir, confira a entrevista: Micoplasmose Aviária (MA) É uma doença infecciosa das aves, que tem recebido as designações de Doença Respiratória Crônica (DRC) das galinhas, Sinusite Infecciosa dos perus e Sinovite das aves. O agente etiológico é uma bactéria diminuta, do tamanho de um vírus, como o da varíola, pertencente a classe Mollicutes (mollis=macio e cutis=pele), isto é, sem parede celular. Por isto, os micoplasmas são resistentes às penicilinas ou outros antimicrobianos que têm na parede celular o seu mecanismo de ação. Em aves, o gênero de interesse é o Mycoplasma, com somente três espécies economicamente importantes: M. gallisepticum (MG), M. synoviae (MS) e M. meleagridis (MM), onde as galinhas são afetadas pelos dois primeiros e os perus por todos os três. Sinais clínicos Aves de várias classes podem se infectar com o subseqüente surgimento de doença aparente ou inaparente, sendo mais comuns as manifestações crônicas e assintomáticas, mas que são responsáveis por perdas em ovos, pintos ou carne. A forma mais comum da MA é a respiratória, onde as aves acometidas podem apresentar espirro, corrimento nasal e ocular, conjuntivite, sinusite, edema facial, estertor traqueal (ronqueira), resultando em aerossaculite, pericardite, perihepatite e pneumonia, os quais são responsáveis por perdas ao abate em frangos de corte e perus. Na micoplasmose aviária o MG é o principal causador desses sintomas, mas eles também podem ser provocados pelo MS e pelo MM. A outra forma de doença é a articular, menos comum atualmente, e é provocada pelo MS, resultando em sinovite em várias articulações, principalmente pernas e coxim plantares. Prejuízos para postura A infecção, principalmente por MG, afeta a postura em quantidade, com perda de cerca de 16 ovos/galinha, e qualidade, com despigmentação e fragilidade da casca. Entretanto, o maior prejuízo ocorre em aves reprodutoras com o aumento dos coeficientes de mortalidade embrionária, embriões não eclodidos (“pipped”) e pintos refugados, além da subseqüente obtenção de pintos de um dia infectados que vão atuar como fonte de infecção para outras aves. Acredita-se que a instalação prévia de qualquer um desses micoplasmas pode predispor as aves acometidas a infecções por outros agentes infecciosos, tanto bactérias quanto vírus, bem como ao agravamento do quadro pela ação de fatores de risco como frio, variação térmica, poeira, densidade populacional, estresses de produção e manejo e idade jovem, além de água e alimento de má qualidade. Formas de transmissão Micoplasma pode ser transmitido de forma horizontal, através de contágio direto (ave a ave ao se bicarem ou contato sexual) e indireto, por alimentos, água e cama contaminados, via aerógena, fômites e ação comunicante de pessoas e outros animais. A outra forma de transmissão é a vertical, isto é, através do ovo. Ovos oriundos de galinhas infectadas, principalmente por MG correm o risco de serem contaminados ao tocarem os sacos aéreos abdominais lesados, no trajeto do ovário ao oviduto ou no próprio oviduto contaminado. Biossegurança Para prevenir a MA, a primeira medida de biossegurança é a obtenção de ovos férteis ou aves de um dia livres de micoplasmas (MG, MS e/ou MM). A condição de ave livre de micoplasma tem sido obtida ao longo do tempo pelo tratamento dos ovos a serem incubados com antimicrobianos. De acordo com a legislação brasileira (vide o Programa Nacional de Sanidade Avícola, PNSA), as aves reprodutoras, incluindo matrizes de corte e postura, têm de ser livres de MG. Linhagens puras de galinhas, que incluem avós e bisavós têm que ser livres de MG e MS e, em se tratando de perus, livres de MG, MS e MM. Constatando-se infecção por micoplasma nessas aves, o resultado deve ser informado à gerência do PNSA para que a eliminação de todos os lotes infectados seja feita com acompanhamento de Médicos Veterinários oficiais, constituindo-se na segunda medida de biossegurança. Cuidados extras As outras medidas de biossegurança para as aves reprodutoras incluem: - Localização isolada da granja e distante de outros estabelecimentos avícolas e, se possível, protegida por barreiras naturais; - Cerca em torno da granja para impedir a entrada de visitantes; - Galpões com tela de malha pequena, de forma que pássaros e roedores não passem; - Prover acesso somente aos funcionários do estabelecimento ou visitantes autorizados, desde que não tenham visitado outro estabelecimento similar, de acordo com a norma da empresa; - Dispor de infra-estrutura para permitir a entrada na área de criação somente após banho e troca de vestimenta por outra de uso interno aos aviários; - Monitoramento para micoplasmas em períodos não superiores a 90 dias, que pode ser sorológio e/ou micoplasmológico; - Controle da qualidade da água e outros alimentos fornecidos às aves reprodutoras etc; - Vale salientar que o tratamento de aves de reprodução reduz a intensidade dos sintomas e a taxa de transmissão vertical, mas não elimina o micoplasma, além de não ser permitido pelo PNSA em se tratando de MG. Vacinação em aves de postura No caso de aves de postura, além da aquisição de pintos livres de MG, as outras medidas de biossegurança – conforme já citado para aves reprodutoras, exceto eliminação do lote infectado – devem ser adotadas. Por exemplo, vacinação contra micoplasmose por MG antes de as aves serem infectadas, para galinhas, em torno de 35 dias de idade ainda na cria, sendo atualmente preferida à vacina com cepa viva de MG, embora ainda se use vacina inativada; além disso, o tratamento com antimicrobianos das aves que se infectarem após vacinação. Pode ainda ser usada uma combinação de vacina inativada e tratamento no caso do aparecimento de infecção. desenvolvimento de novas ferramentas para o seu controle são sempre bem-vindas. Isso, aliado ao fato de a micoplasmose ser, talvez, E ovos oriundos de aves tratadas só devem ser comercializados após o período de carência. Avicultura de corte Em frangos de corte não se usa vacinação. No caso de infecção, embora o tratamento com atimicrobianos seja possível, é necessário respeitar o período de carência, o que na maioria das vezes é impossível devido à tenra idade de abate das aves. Mas, de qualquer forma, o resultado não é compensador. Em perus de corte, compensa o tratamento dos lotes que se infectarem, devido a uma vida de abate mais longa (cerca de três meses). Vacinação em perus de corte não tem sido uma prática adotada, até porque certas cepas vacinais de MG podem ser patogênicas para esse tipo de ave, considerada a mais sensível para esse agente. MG-70 A amostra MG-70 – assim chamada por ter sido o número de registro 70 de material (suabe de traquéia) de galinha proveniente de plantel assintomático, submetido ao diagnóstico – sempre teve características de uma cepa de baixa virulência em ensaios não formais. A idéia era testar este e outros isolados de comportamento semelhante. Contudo, somente a amostra MG-70 foi incluída, mas por um processo de escolha aleatória, devido à quantidade de isoladores disponíveis durante a fase experimental – realizada no âmbito do Laboratório Biovet sob a minha supervisão, e execução do Dr. Marcelo Zuanaze, do Biovet, além da colaboração de uma aluna de mestrado da UFF, Dra. Patrícia de Almeida Pólo, e da Dra. Virginia Léo de Almeida Pereira, Profesora de Ornitopatologia do MSV/UFF. Como o resultado foi promissor, os outros isolados ficaram para depois. Isto motivou testes em condições de campo, sendo sempre obtidos resultados excelentes Congresso da APA Sendo a MA uma das doenças que mais prejuízos causa a avicultura industrial, o o principal problema sanitário que acomete galinhas poedeiras, sempre torna o assunto alvo de polêmicas. Portanto, nada melhor que o Congresso da APA para fazer a apresentação do nosso trabalho. Como a expectativa era boa, os técnicos do setor aproveitaram a nossa presença para obter mais informações. Dessa forma, durante o congresso, surgiram perguntas sobre as vias de inoculação – o que nos levou a presumir que outras pudessem ser usadas. Surgiram também questionamentos sobre se o uso de duas vacinações seria melhor do que uma. E na réplica dissemos que esta opção foi investigada e a resposta sorológica foi melhor. Também houve questionamentos sobre se aves infectadas podiam ser vacinadas. Nesse caso, respondemos de acordo com nossa experiência, dizendo que mal não faria, podendo até ser benéfico no caso da vacinar aves ainda não infectadas do lote, padronizando a exposição, de forma a evitar que parte das aves se infecte durante a postura. Contudo, somente se justifica o uso da vacina se as aves estiverem livres de MG. Finalmente, houve perguntas sobre como a proteção vacinal se processa. Em primeiro lugar, as frangas vacinadas aos 35 dias de idade vão entrar em postura já sensibilizadas em sua totalidade. Mesmo que a infecção natural ocorra dentro do lote, as aves vão ter defesa imunológica e, caso alguma delas se infecte com micoplasma patogênico, a postura será pouco ou nada afetada. Exclusão competitiva Outro benefício é o processo de exclusão competitiva que ocorre no caso de vacinas vivas usadas continuadamente em uma determinada granja, fazendo com que as aves desse estabelecimento tenham sempre os sítios de aderência para micoplasma, nos tecidos alvos, sendo ocupados por uma cepa vacinal, o que reduz drasticamente as chances de fixação das cepas de MG selvagens, que seriam capazes de produzir doença. Myco-Galli MG-70 A vacina contra a Micoplasmose Aviária do Laboratório Biovet é constituída da amostra de Mycoplasma gallisepticum, Biovet MG-70, preparada em meio de cultura sintético. Esta cepa é fruto de uma parceria entre o Laboratório Biovet e a Universidade Federal Fluminense, através do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento. Myco-Galli MG-70 é apresentada em frascos de vidro contendo o liofilizado correspondente a 1.000 doses. A vacina pode ser administrada por via ocular / nasal, via spray. A cepa utilizada é geneticamente diferente das cepas de campo e vacinais, atualmente presentes no mercado nacional, nos quais foram detectadas pelo PCR-RAPD. A cepa Biovet MG70 também não produz qualquer manifestação clínica nem alterações teciduais que possam ser caracterizadas como lesões, mesmo após duas imunizações, o que representa uma segurança para o produtor. Isto demonstra um estágio de atenuação que afeta sua patogenicidade, mas mantêm um grau elevado de infectividade e antigenicidade, tendo em vista a intensa resposta sorológica ao SAR (Soro Aglutinação Rápida) / Elisa, pela cepa. Chegada do frio exige atenção na infra-estrutura dos galpões Nunca é demais relembrar: alguns cuidados especiais para o aquecimento do aviário. Nas mudanças de estação, em especial na entrada do inverno, aumentam os desafios para a primeira semana de vida das aves. Isso acontece porque os pintinhos não toleram variações de temperatura superiores a sete graus Celsius. Dessa forma, com a proximidade do inverno, é preciso adotar cuidados especiais para o aquecimento dos galpões. Nessa linha, são relembrados a seguir alguns cuidados sobre o manejo e alojamento de pintinhos nos meses mais frios do ano. Quando os pintos de um dia chegarem ao aviário, ele já deverá estar aquecido. Quer seja por meio de fornos ou campânulas, deve-se regular a temperatura entre 29 e 31 graus Celsius, até o terceiro dia de vida das aves. Não descuide também da umidade relativa do ar. O ideal é que esteja entre 65 e 70%. l Verificar a disponibilidade e a distribuição de ração e água. O fornecimento deve ser feito em pequenas quantidades, e várias vezes ao dia, para evitar fermentação e estimular o consumo. l Na primeira semana de vida é importante manter a cama seca e solta. Caso contrário pode-se comprometer a sanidade das aves, ocasionando diarréia, por exemplo. l Observar sempre o comportamento dos pintinhos. Se a temperatura não estiver adequada, eles tendem a se aglomerar e não se alimentar de forma adequada, o que pode ocasionar desuniformidade no lote. l O tratador deve estar atento para realizar os ajustes necessários. Controlar a temperatura, checando os registros do gás e termômetro, por exemplo. Estimular os pintainhos a se movimentar quando necessário, entre outros cuidados. l Antes da chegada dos pintainhos, revisar a forração, os bandôs e a cortina lateral dupla. Com isso o aquecimento do ambiente será mais fácil e barato. l É importante também revisar as campânulas a gás e limpar os aquecedores a lenha para evitar desperdícios e melhorar a eficiência dos equipamentos. l Cuidado com o acúmulo de gases residuais. Assim que possível, estabeleça um programa mínimo de ventilação para fornecer ar fresco e remover gases. Sempre com cuidado para não abaixar a temperatura do casulo drasticamente. l Preste atenção nas trocas de ração. Nunca se deve colocar ração inicial nos comedouros antes que toda ração pré-inicial seja distribuída e consumida pelas aves. Cuidados como esses contribuem para obter lotes uniformes. l Infecciosa dos perus e Sinovite das aves. O agente etiológico é uma bactéria diminuta, do tamanho de um vírus, como o da varíola, pertencente a classe Mollicutes (mollis=macio e cutis=pele), isto é, sem parede celular. Por isto, os micoplasmas são resistentes às penicilinas ou outros antimicrobianos que têm na parede celular o seu mecanismo de ação. Em aves, o gênero de interesse é o Mycoplasma, com somente três espécies economicamente importantes: M. gallisepticum (MG), M. synoviae (MS) e M. meleagridis (MM), onde as galinhas são afetadas pelos dois primeiros e os perus por todos os três. Sinais clínicos Aves de várias classes podem se infectar com o subseqüente surgimento de doença aparente ou inaparente, sendo mais comuns as manifestações crônicas e assintomáticas, mas que são responsáveis por perdas em ovos, pintos ou carne. A forma mais comum da MA é a respiratória, onde as aves acometidas podem apresentar espirro, corrimento nasal e ocular, conjuntivite, sinusite, edema facial, estertor traqueal (ronqueira), resultando em aerossaculite, pericardite, perihepatite e pneumonia, os quais são responsáveis por perdas ao abate em frangos de corte e perus. Na micoplasmose aviária o MG é o principal causador desses sintomas, mas eles também podem ser provocados pelo MS e pelo MM. A outra forma de doença é a articular, menos comum atualmente, e é provocada pelo MS, resultando em sinovite em várias articulações, principalmente pernas e coxim plantares. Prejuízos para postura A infecção, principalmente por MG, afeta a postura em quantidade, com perda de cerca de 16 ovos/galinha, e qualidade, com despigmentação e fragilidade da casca. Entretanto, o maior prejuízo ocorre em aves reprodutoras com o aumento dos coeficientes de mortalidade embrionária, embriões não eclodidos (“pipped”) e pintos refugados, além da subseqüente obtenção de pintos de um dia infectados que vão atuar como fonte de infecção para outras aves. Acredita-se que a instalação prévia de qualquer um desses micoplasmas pode predispor as aves acometidas a infecções por outros agentes infecciosos, tanto bactérias quanto vírus, bem como ao agravamento do quadro pela ação de fatores de risco como frio, variação térmica, poeira, densidade populacional, estresses de produção e manejo e idade jovem, além de água e alimento de má qualidade. Formas de transmissão Micoplasma pode ser transmitido de forma horizontal, através de contágio direto (ave a ave ao se bicarem ou contato sexual) e indireto, por alimentos, água e cama contaminados, via aerógena, fômites e ação comunicante de pessoas e outros animais. A outra forma de transmissão é a vertical, isto é, através do ovo. Ovos oriundos de galinhas infectadas, principalmente por MG correm o risco de serem contaminados ao tocarem os sacos aéreos abdominais lesados, no trajeto do ovário ao oviduto ou no próprio oviduto contaminado. Biossegurança Para prevenir a MA, a primeira medida de biossegurança é a obtenção de ovos férteis ou aves de um dia livres de micoplasmas (MG, MS e/ou MM). A condição de ave livre de micoplasma tem sido obtida ao longo do tempo pelo tratamento dos ovos a serem incubados com antimicrobianos. De acordo com a legislação brasileira (vide o Programa Nacional de Sanidade Avícola, PNSA), as aves reprodutoras, incluindo matrizes de corte e postura, têm de ser livres de MG. Linhagens puras de galinhas, que incluem avós e bisavós têm que ser livres de MG e MS e, em se tratando de perus, livres de MG, MS e MM. Constatando-se infecção por micoplasma nessas aves, o resultado deve ser informado à gerência do PNSA para que a eliminação de todos os lotes infectados seja feita com acompanhamento de Médicos Veterinários oficiais, constituindo-se na segunda medida de biossegurança. Cuidados extras As outras medidas de biossegurança para as aves reprodutoras incluem: - Localização isolada da granja e distante de outros estabelecimentos avícolas e, se possível, protegida por barreiras naturais; - Cerca em torno da granja para impedir a entrada de visitantes; - Galpões com tela de malha pequena, de forma que pássaros e roedores não passem; - Prover acesso somente aos funcionários do estabelecimento ou visitantes autorizados, desde que não tenham visitado outro estabelecimento similar, de acordo com a norma da empresa; - Dispor de infra-estrutura para permitir a entrada na área de criação somente após banho e troca de vestimenta por outra de uso interno aos aviários; - Monitoramento para micoplasmas em períodos não superiores a 90 dias, que pode ser sorológio e/ou micoplasmológico; - Controle da qualidade da água e outros alimentos fornecidos às aves reprodutoras etc; - Vale salientar que o tratamento de aves de reprodução reduz a intensidade dos sintomas e a taxa de transmissão vertical, mas não elimina o micoplasma, além de não ser permitido pelo PNSA em se tratando de MG. Vacinação em aves de postura No caso de aves de postura, além da aquisição de pintos livres de MG, as outras medidas de biossegurança – conforme já citado para aves reprodutoras, exceto eliminação do lote infectado – devem ser adotadas. Por exemplo, vacinação contra micoplasmose por MG antes de as aves serem infectadas, para galinhas, em torno de 35 dias de idade ainda na cria, sendo atualmente preferida à vacina com cepa viva de MG, embora ainda se use vacina inativada; além disso, o tratamento com antimicrobianos das aves que se infectarem após vacinação. Pode ainda ser usada uma combinação de vacina inativada e tratamento no caso do aparecimento de infecção. desenvolvimento de novas ferramentas para o seu controle são sempre bem-vindas. Isso, aliado ao fato de a micoplasmose ser, talvez, E ovos oriundos de aves tratadas só devem ser comercializados após o período de carência. Avicultura de corte Em frangos de corte não se usa vacinação. No caso de infecção, embora o tratamento com atimicrobianos seja possível, é necessário respeitar o período de carência, o que na maioria das vezes é impossível devido à tenra idade de abate das aves. Mas, de qualquer forma, o resultado não é compensador. Em perus de corte, compensa o tratamento dos lotes que se infectarem, devido a uma vida de abate mais longa (cerca de três meses). Vacinação em perus de corte não tem sido uma prática adotada, até porque certas cepas vacinais de MG podem ser patogênicas para esse tipo de ave, considerada a mais sensível para esse agente. MG-70 A amostra MG-70 – assim chamada por ter sido o número de registro 70 de material (suabe de traquéia) de galinha proveniente de plantel assintomático, submetido ao diagnóstico – sempre teve características de uma cepa de baixa virulência em ensaios não formais. A idéia era testar este e outros isolados de comportamento semelhante. Contudo, somente a amostra MG-70 foi incluída, mas por um processo de escolha aleatória, devido à quantidade de isoladores disponíveis durante a fase experimental – realizada no âmbito do Laboratório Biovet sob a minha supervisão, e execução do Dr. Marcelo Zuanaze, do Biovet, além da colaboração de uma aluna de mestrado da UFF, Dra. Patrícia de Almeida Pólo, e da Dra. Virginia Léo de Almeida Pereira, Profesora de Ornitopatologia do MSV/UFF. Como o resultado foi promissor, os outros isolados ficaram para depois. Isto motivou testes em condições de campo, sendo sempre obtidos resultados excelentes Congresso da APA Sendo a MA uma das doenças que mais prejuízos causa a avicultura industrial, o o principal problema sanitário que acomete galinhas poedeiras, sempre torna o assunto alvo de polêmicas. Portanto, nada melhor que o Congresso da APA para fazer a apresentação do nosso trabalho. Como a expectativa era boa, os técnicos do setor aproveitaram a nossa presença para obter mais informações. Dessa forma, durante o congresso, surgiram perguntas sobre as vias de inoculação – o que nos levou a presumir que outras pudessem ser usadas. Surgiram também questionamentos sobre se o uso de duas vacinações seria melhor do que uma. E na réplica dissemos que esta opção foi investigada e a resposta sorológica foi melhor. Também houve questionamentos sobre se aves infectadas podiam ser vacinadas. Nesse caso, respondemos de acordo com nossa experiência, dizendo que mal não faria, podendo até ser benéfico no caso da vacinar aves ainda não infectadas do lote, padronizando a exposição, de forma a evitar que parte das aves se infecte durante a postura. Contudo, somente se justifica o uso da vacina se as aves estiverem livres de MG. Finalmente, houve perguntas sobre como a proteção vacinal se processa. Em primeiro lugar, as frangas vacinadas aos 35 dias de idade vão entrar em postura já sensibilizadas em sua totalidade. Mesmo que a infecção natural ocorra dentro do lote, as aves vão ter defesa imunológica e, caso alguma delas se infecte com micoplasma patogênico, a postura será pouco ou nada afetada. Exclusão competitiva Outro benefício é o processo de exclusão competitiva que ocorre no caso de vacinas vivas usadas continuadamente em uma determinada granja, fazendo com que as aves desse estabelecimento tenham sempre os sítios de aderência para micoplasma, nos tecidos alvos, sendo ocupados por uma cepa vacinal, o que reduz drasticamente as chances de fixação das cepas de MG selvagens, que seriam capazes de produzir doença. Myco-Galli MG-70 A vacina contra a Micoplasmose Aviária do Laboratório Biovet é constituída da amostra de Mycoplasma gallisepticum, Biovet MG-70, preparada em meio de cultura sintético. Esta cepa é fruto de uma parceria entre o Laboratório Biovet e a Universidade Federal Fluminense, através do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento. Myco-Galli MG-70 é apresentada em frascos de vidro contendo o liofilizado correspondente a 1.000 doses. A vacina pode ser administrada por via ocular / nasal, via spray. A cepa utilizada é geneticamente diferente das cepas de campo e vacinais, atualmente presentes no mercado nacional, nos quais foram detectadas pelo PCR-RAPD. A cepa Biovet MG70 também não produz qualquer manifestação clínica nem alterações teciduais que possam ser caracterizadas como lesões, mesmo após duas imunizações, o que representa uma segurança para o produtor. Isto demonstra um estágio de atenuação que afeta sua patogenicidade, mas mantêm um grau elevado de infectividade e antigenicidade, tendo em vista a intensa resposta sorológica ao SAR (Soro Aglutinação Rápida) / Elisa, pela cepa. Chegada do frio exige atenção na infra-estrutura dos galpões Nunca é demais relembrar: alguns cuidados especiais para o aquecimento do aviário. Nas mudanças de estação, em especial na entrada do inverno, aumentam os desafios para a primeira semana de vida das aves. Isso acontece porque os pintinhos não toleram variações de temperatura superiores a sete graus Celsius. Dessa forma, com a proximidade do inverno, é preciso adotar cuidados especiais para o aquecimento dos galpões. Nessa linha, são relembrados a seguir alguns cuidados sobre o manejo e alojamento de pintinhos nos meses mais frios do ano. Quando os pintos de um dia chegarem ao aviário, ele já deverá estar aquecido. Quer seja por meio de fornos ou campânulas, deve-se regular a temperatura entre 29 e 31 graus Celsius, até o terceiro dia de vida das aves. Não descuide também da umidade relativa do ar. O ideal é que esteja entre 65 e 70%. l Verificar a disponibilidade e a distribuição de ração e água. O fornecimento deve ser feito em pequenas quantidades, e várias vezes ao dia, para evitar fermentação e estimular o consumo. l Na primeira semana de vida é importante manter a cama seca e solta. Caso contrário pode-se comprometer a sanidade das aves, ocasionando diarréia, por exemplo. l Observar sempre o comportamento dos pintinhos. Se a temperatura não estiver adequada, eles tendem a se aglomerar e não se alimentar de forma adequada, o que pode ocasionar desuniformidade no lote. l O tratador deve estar atento para realizar os ajustes necessários. Controlar a temperatura, checando os registros do gás e termômetro, por exemplo. Estimular os pintainhos a se movimentar quando necessário, entre outros cuidados. l Antes da chegada dos pintainhos, revisar a forração, os bandôs e a cortina lateral dupla. Com isso o aquecimento do ambiente será mais fácil e barato. l É importante também revisar as campânulas a gás e limpar os aquecedores a lenha para evitar desperdícios e melhorar a eficiência dos equipamentos. l Cuidado com o acúmulo de gases residuais. Assim que possível, estabeleça um programa mínimo de ventilação para fornecer ar fresco e remover gases. Sempre com cuidado para não abaixar a temperatura do casulo drasticamente. l Preste atenção nas trocas de ração. Nunca se deve colocar ração inicial nos comedouros antes que toda ração pré-inicial seja distribuída e consumida pelas aves. Cuidados como esses contribuem para obter lotes uniformes. l Mercado & Afins 1.74.18.2877-2 ECT / DR / SPI LAB. BIOVET Entidades, agroindústria e cientistas entraram em campo para esclarecer a opinião pública sobre a gripe aviária. Os dirigentes das principais entidades da agroindústria, cientistas e produtores de aves tiveram de se desdobrar, em março, para explicar à sociedade o que estava acontecendo com o mercado de carne, desestabilizado ainda pela continuidade das restrições impostas pela Rússia à importação de carne suína e bovina brasileiras – devido ao problema da febre aftosa, que afetou esses setores ano passado. A chegada da gripe aviária ao continente europeu só fez aumentar o clima de tensão e o mal entendido. Coletivas de imprensa, workshops sobre avicultura para jornalistas, seminários e palestras foram algumas das iniciativas adotadas pelas entidades e pelo poder público para esclarecer e acalmar o mercado. A “temporada” de esclarecimentos públicos foi aberta por coletiva de imprensa, realizada em São Paulo na sede da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), informando que a comunidade científica brasileira é altamente capacitada e está empenhada na busca por soluções diante do desafio representado por uma eventual chegada da gripe aviária ao Brasil. Importantes medidas preparatórias já vêm sendo tomadas há anos pelo setor de avicultura industrial e autoridades sanitárias. Em saúde humana, cientistas e pesquisadores, sob a égide da SBPC, presidida pelo professor Ênio Candotti, fizeram um relato sobre o estado-da-arte de nossos laboratórios especializados, sistemas de controle de fronteiras e outros pontos cruciais diante da ameaça. Pelo lado da avicultura, tomou parte dessa coletiva o professor Ariel Mendes, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (Botucatu). Segundo ele, avicultura industrial brasileira está bem preparada para enfrentar o H5N1, vírus transmissor da gripe aviária, graças a todas as medidas que vêm sendo tomadas há alguns anos, como controle de importação de material genético, proibição de importação de aves ornamentais e de companhia, controle de portos e aeroportos, modernização de laboratórios, exames sorológicos periódicos em aves e treinamento de veterinários. Numa outra iniciativa, a FACTA (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas), com apoio da UBA (União Brasileira de Avicultura) e Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne de Frango), divulgou importante declaração para orientar a opinião pública de que a Influenza Aviária – popularmente chamada de “Gripe Aviária” – jamais ocorreu no Brasil. A seguir, confira os principais trechos do informe divulgado pelas entidades: e aves que estavam infectadas pelo vírus. - A possibilidade da chegada desse vírus ao Brasil é muito pequena uma vez que as aves silvestres que para cá migram provêm da América do Norte, onde o H5N1 não está presente. Além disso, essas aves vêm sendo monitoradas pelos Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, através de captura nos principais pontos de invernada. Ano 04 | n.29 | 2006 Micoplasmose Aviária - Adicionalmente, o sistema de produção avícola brasileiro é altamente tecnificado e utiliza galpões fechados com telas que impedem o contato entre aves industriais e silvestres. Confira os principais trechos da entrevista do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento, que prestou importante colaboração para o desenvolvimento da Myco-Galli MG-70, vacina viva contra Micoplasma gallisepticum. - Há alguns anos, desde as primeiras ocorrências na Ásia, o Brasil intensificou uma série de medidas para prevenir a entrada do vírus no País, entre elas: O lançamento da mais recente tecnologia do Laboratório Biovet, Myco-Galli MG-70, foi um dos destaques do Congresso da Associação Paulista de Avicultura (APA), realizado em março. O produto, desenvolvido com a amostra de Mycoplasma gallisepticum Biovet MG-70, tem demonstrado muita eficiência contra a Micoplasmose Aviária (MA). Durante o desenvolvimento de mais essa ferramenta para avicultura Controles rigorosos na importação de material genético; l Proibição da importação de aves ornamentais e de companhia; l - Típica das aves, a doença é causada por diferentes formas do vírus da Influenza. A mais perigosa delas, o H5N1, não está presente nas Américas e sua ocorrência mais recente na Europa está praticamente restrita às aves silvestres. - O vírus não se transmite às pessoas através do consumo de carnes e ovos porque é facilmente destruído pelo cozimento ou fritura. - A Influenza Aviária não é transmitida de pessoa para pessoa. Os casos de contaminação na Ásia se deram pela íntima convivência entre pessoas Controle nos portos e aeroportos para evitar a entrada de produtos avícolas não autorizados; l Incineração de dejetos de aviões e navios; l Modernização de laboratórios de diagnóstico; l Exames sorológicos periódicos nas aves industriais; l Treinamento de veterinários oficiais e privados. l - Os órgãos públicos federais e estaduais mantêm uma vigilância constante e vêm atuando prontamente em todos os casos de suspeita informados pelos produtores, dentro do Plano de Prevenção da Influenza Aviária. - Como observação final, o Corpo Técnico da FACTA ressalta que, hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango (para cerca de 150 países), posição que certifica a alta qualidade e a segurança do frango brasileiro. Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639 - Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel. 11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze. Editora responsável: EiraCom - Registro especial conforme art. 1º do Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, concedido pela ARF/Itu sob nº de identificação 13876.000763/2001-92 (Senapro/ Ministério da Fazenda/Serpro). Jornalista responsável: Alessandro Mancio de Camargo (MTb 24.440). Diagramação: André Chiodo Silva Impresso em papel reciclado Expediente O Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal dirigida aos clientes, fornecedores e colaboradores do Laboratório. O compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diariamente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br Ricardo Gonçalves, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), cercado por jornalistas: em março, gripe aviária foi a pauta preferencial da imprensa especializada no agronegócio industrial, o Laboratório Biovet contou com a preciosa colaboração do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento, professor de graduação, pósgraduação e chefe do Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública (MSV) da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), e sua equipe. O Prof. Dr. Elmiro, que também atua como pesquisador II do CNPq, com atuação nas áreas de micoplasmoses animais, sanidade A amostra MG-70 sempre teve características de uma cepa de baixa virulência em ensaios não formais. Durante a fase experimental – realizada no âmbito do Laboratório Biovet sob a minha supervisão, o resultado foi promissor. Isto motivou testes em condições de campo, sendo sempre obtidos resultados excelentes. Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento avícola, epidemiologia e biologia molecular de doenças infecciosas animais e biocontaminantes de alimentos e saúde pública veterinária, respondeu ao Informe Técnico Biovet algumas perguntas sobre a Micoplasmose Aviária. A seguir, confira a entrevista: Micoplasmose Aviária (MA) É uma doença infecciosa das aves, que tem recebido as designações de Doença Respiratória Crônica (DRC) das galinhas, Sinusite