Micoplasmose Aviária

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Mercado & Afins
1.74.18.2877-2
ECT / DR / SPI
LAB. BIOVET
Entidades, agroindústria e cientistas entraram em campo
para esclarecer a opinião pública sobre a gripe aviária.
Os dirigentes das principais entidades da
agroindústria, cientistas e produtores de aves
tiveram de se desdobrar, em março, para
explicar à sociedade o que estava acontecendo
com o mercado de carne, desestabilizado ainda
pela continuidade das restrições impostas pela
Rússia à importação de carne suína e bovina
brasileiras – devido ao problema da febre
aftosa, que afetou esses setores ano passado. A
chegada da gripe aviária ao continente europeu
só fez aumentar o clima de tensão e o mal
entendido. Coletivas de imprensa, workshops
sobre avicultura para jornalistas, seminários
e palestras foram algumas das iniciativas
adotadas pelas entidades e pelo poder público
para esclarecer e acalmar o mercado.
A “temporada” de esclarecimentos públicos
foi aberta por coletiva de imprensa, realizada
em São Paulo na sede da SBPC (Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência),
informando que a comunidade científica
brasileira é altamente capacitada e está
empenhada na busca por soluções diante do
desafio representado por uma eventual chegada
da gripe aviária ao Brasil. Importantes medidas
preparatórias já vêm sendo tomadas há anos
pelo setor de avicultura industrial e autoridades
sanitárias. Em saúde humana, cientistas e
pesquisadores, sob a égide da SBPC, presidida
pelo professor Ênio Candotti, fizeram um relato
sobre o estado-da-arte de nossos laboratórios
especializados, sistemas de controle de
fronteiras e outros pontos cruciais diante da
ameaça.
Pelo lado da avicultura, tomou parte dessa
coletiva o professor Ariel Mendes, da Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp
(Botucatu). Segundo ele, avicultura industrial
brasileira está bem preparada para enfrentar o
H5N1, vírus transmissor da gripe aviária, graças
a todas as medidas que vêm sendo tomadas
há alguns anos, como controle de importação
de material genético, proibição de importação
de aves ornamentais e de companhia, controle
de portos e aeroportos, modernização de
laboratórios, exames sorológicos periódicos em
aves e treinamento de veterinários.
Numa outra iniciativa, a FACTA (Fundação
Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas), com
apoio da UBA (União Brasileira de Avicultura)
e Abef (Associação Brasileira dos Produtores
e Exportadores de Carne de Frango),
divulgou importante declaração para orientar
a opinião pública de que a Influenza Aviária
– popularmente chamada de “Gripe Aviária”
– jamais ocorreu no Brasil. A seguir, confira os
principais trechos do informe divulgado pelas
entidades:
e aves que estavam infectadas pelo vírus.
- A possibilidade da chegada desse vírus
ao Brasil é muito pequena uma vez que as
aves silvestres que para cá migram provêm
da América do Norte, onde o H5N1 não está
presente. Além disso, essas aves vêm sendo
monitoradas pelos Ministérios da Agricultura,
Saúde e Meio Ambiente, através de captura nos
principais pontos de invernada.
Ano 04 | n.29 | 2006
Micoplasmose Aviária
- Adicionalmente, o sistema de produção avícola
brasileiro é altamente tecnificado e utiliza
galpões fechados com telas que impedem o
contato entre aves industriais e silvestres.
Confira os principais trechos da entrevista do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do
Nascimento, que prestou importante colaboração para o desenvolvimento da
Myco-Galli MG-70, vacina viva contra Micoplasma gallisepticum.
- Há alguns anos, desde as primeiras
ocorrências na Ásia, o Brasil intensificou uma
série de medidas para prevenir a entrada do
vírus no País, entre elas:
O lançamento da mais recente
tecnologia do Laboratório Biovet,
Myco-Galli MG-70, foi um dos
destaques do Congresso da
Associação Paulista de Avicultura
(APA), realizado em março.
O produto, desenvolvido com
a amostra de Mycoplasma
gallisepticum Biovet MG-70, tem
demonstrado muita eficiência contra
a Micoplasmose Aviária (MA).
Durante o desenvolvimento de mais
essa ferramenta para avicultura
Controles rigorosos na importação de material
genético;
l
Proibição da importação de aves ornamentais e
de companhia;
l
- Típica das aves, a doença é causada por
diferentes formas do vírus da Influenza. A mais
perigosa delas, o H5N1, não está presente
nas Américas e sua ocorrência mais recente
na Europa está praticamente restrita às aves
silvestres.
- O vírus não se transmite às pessoas através do
consumo de carnes e ovos porque é facilmente
destruído pelo cozimento ou fritura.
- A Influenza Aviária não é transmitida de pessoa
para pessoa. Os casos de contaminação na Ásia
se deram pela íntima convivência entre pessoas
Controle nos portos e aeroportos para evitar a
entrada de produtos avícolas não autorizados;
l
Incineração de dejetos de aviões e navios;
l
Modernização de laboratórios de diagnóstico;
l
Exames sorológicos periódicos nas aves
industriais;
l
Treinamento de veterinários oficiais e privados.
l
- Os órgãos públicos federais e estaduais
mantêm uma vigilância constante e vêm atuando
prontamente em todos os casos de suspeita
informados pelos produtores, dentro do Plano de
Prevenção da Influenza Aviária.
- Como observação final, o Corpo Técnico da
FACTA ressalta que, hoje, o Brasil é o maior
exportador mundial de carne de frango (para
cerca de 150 países), posição que certifica a alta
qualidade e a segurança do frango brasileiro.
Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639
- Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel.
11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze.
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O Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal
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compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diariamente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos
produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo
devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br
Ricardo Gonçalves, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef),
cercado por jornalistas: em março, gripe aviária foi a pauta preferencial da imprensa especializada no agronegócio
industrial, o Laboratório Biovet contou
com a preciosa colaboração do Prof.
Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento,
professor de graduação, pósgraduação e chefe do Departamento
de Saúde Coletiva Veterinária e
Saúde Pública (MSV) da Faculdade
de Veterinária da Universidade
Federal Fluminense (UFF), e sua
equipe. O Prof. Dr. Elmiro, que
também atua como pesquisador II
do CNPq, com atuação nas áreas de
micoplasmoses animais, sanidade
A amostra MG-70 sempre
teve características
de uma cepa de baixa
virulência em ensaios
não formais. Durante
a fase experimental
– realizada no âmbito do
Laboratório Biovet sob
a minha supervisão, o
resultado foi promissor.
Isto motivou testes em
condições de campo,
sendo sempre obtidos
resultados excelentes.
Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento
avícola, epidemiologia e biologia
molecular de doenças infecciosas
animais e biocontaminantes de
alimentos e saúde pública veterinária,
respondeu ao Informe Técnico
Biovet algumas perguntas sobre
a Micoplasmose Aviária. A seguir,
confira a entrevista:
Micoplasmose Aviária (MA)
É uma doença infecciosa das aves,
que tem recebido as designações
de Doença Respiratória Crônica
(DRC) das galinhas, Sinusite
Infecciosa dos perus e Sinovite das aves. O
agente etiológico é uma bactéria diminuta,
do tamanho de um vírus, como o da varíola,
pertencente a classe Mollicutes (mollis=macio e
cutis=pele), isto é, sem parede celular. Por isto,
os micoplasmas são resistentes às penicilinas
ou outros antimicrobianos que têm na parede
celular o seu mecanismo de ação. Em aves,
o gênero de interesse é o Mycoplasma, com
somente três espécies economicamente
importantes: M. gallisepticum (MG), M. synoviae
(MS) e M. meleagridis (MM), onde as galinhas
são afetadas pelos dois primeiros e os perus por
todos os três.
Sinais clínicos
Aves de várias classes podem se infectar
com o subseqüente surgimento de doença
aparente ou inaparente, sendo mais comuns
as manifestações crônicas e assintomáticas,
mas que são responsáveis por perdas em
ovos, pintos ou carne. A forma mais comum da
MA é a respiratória, onde as aves acometidas
podem apresentar espirro, corrimento nasal
e ocular, conjuntivite, sinusite, edema facial,
estertor traqueal (ronqueira), resultando em
aerossaculite, pericardite, perihepatite e
pneumonia, os quais são responsáveis por
perdas ao abate em frangos de corte e perus.
Na micoplasmose aviária o MG é o principal
causador desses sintomas, mas eles também
podem ser provocados pelo MS e pelo MM.
A outra forma de doença é a articular, menos
comum atualmente, e é provocada pelo MS,
resultando em sinovite em várias articulações,
principalmente pernas e coxim plantares.
Prejuízos para postura
A infecção, principalmente por MG, afeta
a postura em quantidade, com perda de
cerca de 16 ovos/galinha, e qualidade, com
despigmentação e fragilidade da casca.
Entretanto, o maior prejuízo ocorre em aves
reprodutoras com o aumento dos coeficientes
de mortalidade embrionária, embriões não
eclodidos (“pipped”) e pintos refugados, além
da subseqüente obtenção de pintos de um dia
infectados que vão atuar como fonte de infecção
para outras aves. Acredita-se que a instalação
prévia de qualquer um desses micoplasmas
pode predispor as aves acometidas a infecções
por outros agentes infecciosos, tanto bactérias
quanto vírus, bem como ao agravamento do
quadro pela ação de fatores de risco como
frio, variação térmica, poeira, densidade
populacional, estresses de produção e manejo
e idade jovem, além de água e alimento de má
qualidade.
Formas de transmissão
Micoplasma pode ser transmitido de forma
horizontal, através de contágio direto (ave a
ave ao se bicarem ou contato sexual) e indireto,
por alimentos, água e cama contaminados,
via aerógena, fômites e ação comunicante
de pessoas e outros animais. A outra forma
de transmissão é a vertical, isto é, através do
ovo. Ovos oriundos de galinhas infectadas,
principalmente por MG correm o risco de serem
contaminados ao tocarem os sacos aéreos
abdominais lesados, no trajeto do ovário ao
oviduto ou no próprio oviduto contaminado.
Biossegurança
Para prevenir a MA, a primeira
medida de biossegurança é a
obtenção de ovos férteis ou aves de
um dia livres de micoplasmas (MG,
MS e/ou MM). A condição de ave
livre de micoplasma tem sido obtida
ao longo do tempo pelo tratamento
dos ovos a serem incubados com
antimicrobianos. De acordo com a
legislação brasileira (vide o Programa
Nacional de Sanidade Avícola, PNSA),
as aves reprodutoras, incluindo
matrizes de corte e postura, têm de
ser livres de MG. Linhagens puras de
galinhas, que incluem avós e bisavós
têm que ser livres de MG e MS e, em
se tratando de perus, livres de MG, MS
e MM. Constatando-se infecção por
micoplasma nessas aves, o resultado
deve ser informado à gerência do
PNSA para que a eliminação de todos os lotes
infectados seja feita com acompanhamento de
Médicos Veterinários oficiais, constituindo-se na
segunda medida de biossegurança.
Cuidados extras
As outras medidas de biossegurança para as
aves reprodutoras incluem:
- Localização isolada da granja e distante de
outros estabelecimentos avícolas e, se possível,
protegida por barreiras naturais;
- Cerca em torno da granja para impedir a
entrada de visitantes;
- Galpões com tela de malha pequena, de forma
que pássaros e roedores não passem;
- Prover acesso somente aos funcionários do
estabelecimento ou visitantes autorizados, desde
que não tenham visitado outro estabelecimento
similar, de acordo com a norma da empresa;
- Dispor de infra-estrutura para permitir a entrada
na área de criação somente após banho e troca
de vestimenta por outra de uso interno aos
aviários;
- Monitoramento para micoplasmas em períodos
não superiores a 90 dias, que pode ser sorológio
e/ou micoplasmológico;
- Controle da qualidade da água e outros
alimentos fornecidos às aves reprodutoras etc;
- Vale salientar que o tratamento de aves de
reprodução reduz a intensidade dos sintomas e
a taxa de transmissão vertical, mas não elimina
o micoplasma, além de não ser permitido pelo
PNSA em se tratando de MG.
Vacinação em aves de postura
No caso de aves de postura, além da aquisição
de pintos livres de MG, as outras medidas
de biossegurança – conforme já citado para
aves reprodutoras, exceto eliminação do lote
infectado – devem ser adotadas. Por exemplo,
vacinação contra micoplasmose por MG antes
de as aves serem infectadas, para galinhas, em
torno de 35 dias de idade ainda na cria, sendo
atualmente preferida à vacina com cepa viva de
MG, embora ainda se use vacina inativada; além
disso, o tratamento com antimicrobianos das
aves que se infectarem após vacinação. Pode
ainda ser usada uma combinação de vacina
inativada e tratamento no caso do aparecimento
de infecção.
desenvolvimento de novas
ferramentas para o seu controle
são sempre bem-vindas.
Isso, aliado ao fato de a
micoplasmose ser, talvez,
E ovos oriundos
de aves tratadas
só devem ser
comercializados após
o período de carência.
Avicultura de corte
Em frangos de corte não se usa vacinação. No
caso de infecção, embora o tratamento com
atimicrobianos seja possível, é necessário
respeitar o período de carência, o que na
maioria das vezes é impossível devido à tenra
idade de abate das aves. Mas, de qualquer
forma, o resultado não é compensador. Em
perus de corte, compensa o tratamento dos lotes
que se infectarem, devido a uma vida de abate
mais longa (cerca de três meses). Vacinação
em perus de corte não tem sido uma prática
adotada, até porque certas cepas vacinais de
MG podem ser patogênicas para esse tipo de
ave, considerada a mais sensível para esse
agente.
MG-70
A amostra MG-70 – assim chamada por ter sido
o número de registro 70 de material (suabe
de traquéia) de galinha proveniente de plantel
assintomático, submetido ao diagnóstico
– sempre teve características de uma cepa
de baixa virulência em ensaios não formais.
A idéia era testar este e outros isolados
de comportamento semelhante. Contudo,
somente a amostra MG-70 foi incluída, mas
por um processo de escolha aleatória, devido
à quantidade de isoladores disponíveis durante
a fase experimental – realizada no âmbito do
Laboratório Biovet sob a minha supervisão, e
execução do Dr. Marcelo Zuanaze, do Biovet,
além da colaboração de uma aluna de mestrado
da UFF, Dra. Patrícia de Almeida Pólo, e da Dra.
Virginia Léo de Almeida Pereira, Profesora de
Ornitopatologia do MSV/UFF. Como o resultado
foi promissor, os outros isolados ficaram para
depois. Isto motivou testes em condições
de campo, sendo sempre obtidos resultados
excelentes
Congresso da APA
Sendo a MA uma das doenças que mais
prejuízos causa a avicultura industrial, o
o principal problema sanitário que acomete
galinhas poedeiras, sempre torna o assunto
alvo de polêmicas. Portanto, nada melhor que
o Congresso da APA para fazer a apresentação
do nosso trabalho. Como a expectativa era
boa, os técnicos do setor aproveitaram a nossa
presença para obter mais informações. Dessa
forma, durante o congresso, surgiram perguntas
sobre as vias de inoculação – o que nos levou
a presumir que outras pudessem ser usadas.
Surgiram também questionamentos sobre se
o uso de duas vacinações seria melhor do que
uma. E na réplica dissemos que esta opção foi
investigada e a resposta sorológica foi melhor.
Também houve questionamentos sobre se aves
infectadas podiam ser vacinadas. Nesse caso,
respondemos de acordo com nossa experiência,
dizendo que mal não faria, podendo até ser
benéfico no caso da vacinar aves ainda não
infectadas do lote, padronizando a exposição,
de forma a evitar que parte das aves se infecte
durante a postura. Contudo, somente
se justifica o uso da
vacina se as
aves estiverem
livres de MG.
Finalmente,
houve
perguntas
sobre como
a proteção
vacinal se
processa. Em
primeiro lugar,
as frangas
vacinadas
aos 35 dias de
idade vão entrar
em postura já
sensibilizadas
em sua totalidade.
Mesmo que a infecção
natural ocorra dentro do
lote, as aves vão ter defesa
imunológica e, caso alguma
delas se infecte com micoplasma
patogênico, a postura será pouco ou nada
afetada.
Exclusão competitiva
Outro benefício é o processo de exclusão
competitiva que ocorre no caso de
vacinas vivas usadas continuadamente
em uma determinada granja, fazendo
com que as aves desse estabelecimento
tenham sempre os sítios de aderência
para micoplasma, nos tecidos alvos,
sendo ocupados por uma cepa vacinal, o
que reduz drasticamente as chances de
fixação das cepas de MG selvagens, que
seriam capazes de produzir doença.
Myco-Galli MG-70
A vacina contra a Micoplasmose Aviária
do Laboratório Biovet é constituída da
amostra de Mycoplasma gallisepticum,
Biovet MG-70, preparada em meio de
cultura sintético. Esta cepa é fruto de
uma parceria entre o Laboratório Biovet
e a Universidade Federal Fluminense,
através do Prof. Dr. Elmiro Rosendo
do Nascimento. Myco-Galli MG-70
é apresentada em frascos de vidro
contendo o liofilizado correspondente
a 1.000 doses. A vacina pode ser
administrada por via ocular / nasal, via
spray. A cepa utilizada é geneticamente
diferente das cepas de campo e vacinais,
atualmente presentes no mercado
nacional, nos quais foram detectadas
pelo PCR-RAPD. A cepa Biovet MG70 também não produz qualquer
manifestação clínica nem alterações
teciduais que possam ser caracterizadas
como lesões, mesmo após duas
imunizações, o que representa uma
segurança para o produtor. Isto
demonstra um estágio de atenuação que
afeta sua patogenicidade, mas mantêm
um grau elevado de infectividade e
antigenicidade, tendo em vista a intensa
resposta sorológica ao SAR (Soro
Aglutinação Rápida) / Elisa, pela cepa.
Chegada do frio exige atenção na infra-estrutura dos galpões
Nunca é demais relembrar: alguns cuidados
especiais para o aquecimento do aviário.
Nas mudanças de estação, em especial na
entrada do inverno, aumentam os desafios para a
primeira semana de vida das aves. Isso acontece
porque os pintinhos não toleram variações de
temperatura superiores a sete graus Celsius.
Dessa forma, com a proximidade do inverno,
é preciso adotar cuidados especiais para o
aquecimento dos galpões. Nessa linha, são
relembrados a seguir alguns cuidados sobre o
manejo e alojamento de pintinhos nos meses
mais frios do ano.
Quando os pintos de um dia chegarem ao
aviário, ele já deverá estar aquecido. Quer seja
por meio de fornos ou campânulas, deve-se
regular a temperatura entre 29 e 31 graus
Celsius, até o terceiro dia de vida das aves. Não
descuide também da umidade relativa do ar. O
ideal é que esteja entre 65 e 70%.
l
Verificar a disponibilidade e a distribuição de
ração e água. O fornecimento deve ser feito em
pequenas quantidades, e várias vezes ao dia,
para evitar fermentação e estimular o consumo.
l
Na primeira semana de vida é importante manter
a cama seca e solta. Caso contrário pode-se
comprometer a sanidade das aves, ocasionando
diarréia, por exemplo.
l
Observar sempre o comportamento dos
pintinhos. Se a temperatura não estiver
adequada, eles tendem a se aglomerar e não
se alimentar de forma adequada, o que pode
ocasionar desuniformidade no lote.
l
O tratador deve estar atento para realizar os
ajustes necessários. Controlar a temperatura,
checando os registros do gás e termômetro, por
exemplo. Estimular os pintainhos a se movimentar
quando necessário, entre outros cuidados.
l
Antes da chegada dos pintainhos, revisar a
forração, os bandôs e a cortina lateral dupla.
Com isso o aquecimento do ambiente será
mais fácil e barato.
l
É importante também revisar as campânulas
a gás e limpar os aquecedores a lenha para
evitar desperdícios e melhorar a eficiência dos
equipamentos.
l
Cuidado com o acúmulo de gases residuais.
Assim que possível, estabeleça um programa
mínimo de ventilação para fornecer ar fresco e
remover gases. Sempre com cuidado para não
abaixar a temperatura do casulo drasticamente.
l
Preste atenção nas trocas de ração. Nunca
se deve colocar ração inicial nos comedouros
antes que toda ração pré-inicial seja distribuída
e consumida pelas aves. Cuidados como esses
contribuem para obter lotes uniformes.
l
Infecciosa dos perus e Sinovite das aves. O
agente etiológico é uma bactéria diminuta,
do tamanho de um vírus, como o da varíola,
pertencente a classe Mollicutes (mollis=macio e
cutis=pele), isto é, sem parede celular. Por isto,
os micoplasmas são resistentes às penicilinas
ou outros antimicrobianos que têm na parede
celular o seu mecanismo de ação. Em aves,
o gênero de interesse é o Mycoplasma, com
somente três espécies economicamente
importantes: M. gallisepticum (MG), M. synoviae
(MS) e M. meleagridis (MM), onde as galinhas
são afetadas pelos dois primeiros e os perus por
todos os três.
Sinais clínicos
Aves de várias classes podem se infectar
com o subseqüente surgimento de doença
aparente ou inaparente, sendo mais comuns
as manifestações crônicas e assintomáticas,
mas que são responsáveis por perdas em
ovos, pintos ou carne. A forma mais comum da
MA é a respiratória, onde as aves acometidas
podem apresentar espirro, corrimento nasal
e ocular, conjuntivite, sinusite, edema facial,
estertor traqueal (ronqueira), resultando em
aerossaculite, pericardite, perihepatite e
pneumonia, os quais são responsáveis por
perdas ao abate em frangos de corte e perus.
Na micoplasmose aviária o MG é o principal
causador desses sintomas, mas eles também
podem ser provocados pelo MS e pelo MM.
A outra forma de doença é a articular, menos
comum atualmente, e é provocada pelo MS,
resultando em sinovite em várias articulações,
principalmente pernas e coxim plantares.
Prejuízos para postura
A infecção, principalmente por MG, afeta
a postura em quantidade, com perda de
cerca de 16 ovos/galinha, e qualidade, com
despigmentação e fragilidade da casca.
Entretanto, o maior prejuízo ocorre em aves
reprodutoras com o aumento dos coeficientes
de mortalidade embrionária, embriões não
eclodidos (“pipped”) e pintos refugados, além
da subseqüente obtenção de pintos de um dia
infectados que vão atuar como fonte de infecção
para outras aves. Acredita-se que a instalação
prévia de qualquer um desses micoplasmas
pode predispor as aves acometidas a infecções
por outros agentes infecciosos, tanto bactérias
quanto vírus, bem como ao agravamento do
quadro pela ação de fatores de risco como
frio, variação térmica, poeira, densidade
populacional, estresses de produção e manejo
e idade jovem, além de água e alimento de má
qualidade.
Formas de transmissão
Micoplasma pode ser transmitido de forma
horizontal, através de contágio direto (ave a
ave ao se bicarem ou contato sexual) e indireto,
por alimentos, água e cama contaminados,
via aerógena, fômites e ação comunicante
de pessoas e outros animais. A outra forma
de transmissão é a vertical, isto é, através do
ovo. Ovos oriundos de galinhas infectadas,
principalmente por MG correm o risco de serem
contaminados ao tocarem os sacos aéreos
abdominais lesados, no trajeto do ovário ao
oviduto ou no próprio oviduto contaminado.
Biossegurança
Para prevenir a MA, a primeira
medida de biossegurança é a
obtenção de ovos férteis ou aves de
um dia livres de micoplasmas (MG,
MS e/ou MM). A condição de ave
livre de micoplasma tem sido obtida
ao longo do tempo pelo tratamento
dos ovos a serem incubados com
antimicrobianos. De acordo com a
legislação brasileira (vide o Programa
Nacional de Sanidade Avícola, PNSA),
as aves reprodutoras, incluindo
matrizes de corte e postura, têm de
ser livres de MG. Linhagens puras de
galinhas, que incluem avós e bisavós
têm que ser livres de MG e MS e, em
se tratando de perus, livres de MG, MS
e MM. Constatando-se infecção por
micoplasma nessas aves, o resultado
deve ser informado à gerência do
PNSA para que a eliminação de todos os lotes
infectados seja feita com acompanhamento de
Médicos Veterinários oficiais, constituindo-se na
segunda medida de biossegurança.
Cuidados extras
As outras medidas de biossegurança para as
aves reprodutoras incluem:
- Localização isolada da granja e distante de
outros estabelecimentos avícolas e, se possível,
protegida por barreiras naturais;
- Cerca em torno da granja para impedir a
entrada de visitantes;
- Galpões com tela de malha pequena, de forma
que pássaros e roedores não passem;
- Prover acesso somente aos funcionários do
estabelecimento ou visitantes autorizados, desde
que não tenham visitado outro estabelecimento
similar, de acordo com a norma da empresa;
- Dispor de infra-estrutura para permitir a entrada
na área de criação somente após banho e troca
de vestimenta por outra de uso interno aos
aviários;
- Monitoramento para micoplasmas em períodos
não superiores a 90 dias, que pode ser sorológio
e/ou micoplasmológico;
- Controle da qualidade da água e outros
alimentos fornecidos às aves reprodutoras etc;
- Vale salientar que o tratamento de aves de
reprodução reduz a intensidade dos sintomas e
a taxa de transmissão vertical, mas não elimina
o micoplasma, além de não ser permitido pelo
PNSA em se tratando de MG.
Vacinação em aves de postura
No caso de aves de postura, além da aquisição
de pintos livres de MG, as outras medidas
de biossegurança – conforme já citado para
aves reprodutoras, exceto eliminação do lote
infectado – devem ser adotadas. Por exemplo,
vacinação contra micoplasmose por MG antes
de as aves serem infectadas, para galinhas, em
torno de 35 dias de idade ainda na cria, sendo
atualmente preferida à vacina com cepa viva de
MG, embora ainda se use vacina inativada; além
disso, o tratamento com antimicrobianos das
aves que se infectarem após vacinação. Pode
ainda ser usada uma combinação de vacina
inativada e tratamento no caso do aparecimento
de infecção.
desenvolvimento de novas
ferramentas para o seu controle
são sempre bem-vindas.
Isso, aliado ao fato de a
micoplasmose ser, talvez,
E ovos oriundos
de aves tratadas
só devem ser
comercializados após
o período de carência.
Avicultura de corte
Em frangos de corte não se usa vacinação. No
caso de infecção, embora o tratamento com
atimicrobianos seja possível, é necessário
respeitar o período de carência, o que na
maioria das vezes é impossível devido à tenra
idade de abate das aves. Mas, de qualquer
forma, o resultado não é compensador. Em
perus de corte, compensa o tratamento dos lotes
que se infectarem, devido a uma vida de abate
mais longa (cerca de três meses). Vacinação
em perus de corte não tem sido uma prática
adotada, até porque certas cepas vacinais de
MG podem ser patogênicas para esse tipo de
ave, considerada a mais sensível para esse
agente.
MG-70
A amostra MG-70 – assim chamada por ter sido
o número de registro 70 de material (suabe
de traquéia) de galinha proveniente de plantel
assintomático, submetido ao diagnóstico
– sempre teve características de uma cepa
de baixa virulência em ensaios não formais.
A idéia era testar este e outros isolados
de comportamento semelhante. Contudo,
somente a amostra MG-70 foi incluída, mas
por um processo de escolha aleatória, devido
à quantidade de isoladores disponíveis durante
a fase experimental – realizada no âmbito do
Laboratório Biovet sob a minha supervisão, e
execução do Dr. Marcelo Zuanaze, do Biovet,
além da colaboração de uma aluna de mestrado
da UFF, Dra. Patrícia de Almeida Pólo, e da Dra.
Virginia Léo de Almeida Pereira, Profesora de
Ornitopatologia do MSV/UFF. Como o resultado
foi promissor, os outros isolados ficaram para
depois. Isto motivou testes em condições
de campo, sendo sempre obtidos resultados
excelentes
Congresso da APA
Sendo a MA uma das doenças que mais
prejuízos causa a avicultura industrial, o
o principal problema sanitário que acomete
galinhas poedeiras, sempre torna o assunto
alvo de polêmicas. Portanto, nada melhor que
o Congresso da APA para fazer a apresentação
do nosso trabalho. Como a expectativa era
boa, os técnicos do setor aproveitaram a nossa
presença para obter mais informações. Dessa
forma, durante o congresso, surgiram perguntas
sobre as vias de inoculação – o que nos levou
a presumir que outras pudessem ser usadas.
Surgiram também questionamentos sobre se
o uso de duas vacinações seria melhor do que
uma. E na réplica dissemos que esta opção foi
investigada e a resposta sorológica foi melhor.
Também houve questionamentos sobre se aves
infectadas podiam ser vacinadas. Nesse caso,
respondemos de acordo com nossa experiência,
dizendo que mal não faria, podendo até ser
benéfico no caso da vacinar aves ainda não
infectadas do lote, padronizando a exposição,
de forma a evitar que parte das aves se infecte
durante a postura. Contudo, somente
se justifica o uso da
vacina se as
aves estiverem
livres de MG.
Finalmente,
houve
perguntas
sobre como
a proteção
vacinal se
processa. Em
primeiro lugar,
as frangas
vacinadas
aos 35 dias de
idade vão entrar
em postura já
sensibilizadas
em sua totalidade.
Mesmo que a infecção
natural ocorra dentro do
lote, as aves vão ter defesa
imunológica e, caso alguma
delas se infecte com micoplasma
patogênico, a postura será pouco ou nada
afetada.
Exclusão competitiva
Outro benefício é o processo de exclusão
competitiva que ocorre no caso de
vacinas vivas usadas continuadamente
em uma determinada granja, fazendo
com que as aves desse estabelecimento
tenham sempre os sítios de aderência
para micoplasma, nos tecidos alvos,
sendo ocupados por uma cepa vacinal, o
que reduz drasticamente as chances de
fixação das cepas de MG selvagens, que
seriam capazes de produzir doença.
Myco-Galli MG-70
A vacina contra a Micoplasmose Aviária
do Laboratório Biovet é constituída da
amostra de Mycoplasma gallisepticum,
Biovet MG-70, preparada em meio de
cultura sintético. Esta cepa é fruto de
uma parceria entre o Laboratório Biovet
e a Universidade Federal Fluminense,
através do Prof. Dr. Elmiro Rosendo
do Nascimento. Myco-Galli MG-70
é apresentada em frascos de vidro
contendo o liofilizado correspondente
a 1.000 doses. A vacina pode ser
administrada por via ocular / nasal, via
spray. A cepa utilizada é geneticamente
diferente das cepas de campo e vacinais,
atualmente presentes no mercado
nacional, nos quais foram detectadas
pelo PCR-RAPD. A cepa Biovet MG70 também não produz qualquer
manifestação clínica nem alterações
teciduais que possam ser caracterizadas
como lesões, mesmo após duas
imunizações, o que representa uma
segurança para o produtor. Isto
demonstra um estágio de atenuação que
afeta sua patogenicidade, mas mantêm
um grau elevado de infectividade e
antigenicidade, tendo em vista a intensa
resposta sorológica ao SAR (Soro
Aglutinação Rápida) / Elisa, pela cepa.
Chegada do frio exige atenção na infra-estrutura dos galpões
Nunca é demais relembrar: alguns cuidados
especiais para o aquecimento do aviário.
Nas mudanças de estação, em especial na
entrada do inverno, aumentam os desafios para a
primeira semana de vida das aves. Isso acontece
porque os pintinhos não toleram variações de
temperatura superiores a sete graus Celsius.
Dessa forma, com a proximidade do inverno,
é preciso adotar cuidados especiais para o
aquecimento dos galpões. Nessa linha, são
relembrados a seguir alguns cuidados sobre o
manejo e alojamento de pintinhos nos meses
mais frios do ano.
Quando os pintos de um dia chegarem ao
aviário, ele já deverá estar aquecido. Quer seja
por meio de fornos ou campânulas, deve-se
regular a temperatura entre 29 e 31 graus
Celsius, até o terceiro dia de vida das aves. Não
descuide também da umidade relativa do ar. O
ideal é que esteja entre 65 e 70%.
l
Verificar a disponibilidade e a distribuição de
ração e água. O fornecimento deve ser feito em
pequenas quantidades, e várias vezes ao dia,
para evitar fermentação e estimular o consumo.
l
Na primeira semana de vida é importante manter
a cama seca e solta. Caso contrário pode-se
comprometer a sanidade das aves, ocasionando
diarréia, por exemplo.
l
Observar sempre o comportamento dos
pintinhos. Se a temperatura não estiver
adequada, eles tendem a se aglomerar e não
se alimentar de forma adequada, o que pode
ocasionar desuniformidade no lote.
l
O tratador deve estar atento para realizar os
ajustes necessários. Controlar a temperatura,
checando os registros do gás e termômetro, por
exemplo. Estimular os pintainhos a se movimentar
quando necessário, entre outros cuidados.
l
Antes da chegada dos pintainhos, revisar a
forração, os bandôs e a cortina lateral dupla.
Com isso o aquecimento do ambiente será
mais fácil e barato.
l
É importante também revisar as campânulas
a gás e limpar os aquecedores a lenha para
evitar desperdícios e melhorar a eficiência dos
equipamentos.
l
Cuidado com o acúmulo de gases residuais.
Assim que possível, estabeleça um programa
mínimo de ventilação para fornecer ar fresco e
remover gases. Sempre com cuidado para não
abaixar a temperatura do casulo drasticamente.
l
Preste atenção nas trocas de ração. Nunca
se deve colocar ração inicial nos comedouros
antes que toda ração pré-inicial seja distribuída
e consumida pelas aves. Cuidados como esses
contribuem para obter lotes uniformes.
l
Mercado & Afins
1.74.18.2877-2
ECT / DR / SPI
LAB. BIOVET
Entidades, agroindústria e cientistas entraram em campo
para esclarecer a opinião pública sobre a gripe aviária.
Os dirigentes das principais entidades da
agroindústria, cientistas e produtores de aves
tiveram de se desdobrar, em março, para
explicar à sociedade o que estava acontecendo
com o mercado de carne, desestabilizado ainda
pela continuidade das restrições impostas pela
Rússia à importação de carne suína e bovina
brasileiras – devido ao problema da febre
aftosa, que afetou esses setores ano passado. A
chegada da gripe aviária ao continente europeu
só fez aumentar o clima de tensão e o mal
entendido. Coletivas de imprensa, workshops
sobre avicultura para jornalistas, seminários
e palestras foram algumas das iniciativas
adotadas pelas entidades e pelo poder público
para esclarecer e acalmar o mercado.
A “temporada” de esclarecimentos públicos
foi aberta por coletiva de imprensa, realizada
em São Paulo na sede da SBPC (Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência),
informando que a comunidade científica
brasileira é altamente capacitada e está
empenhada na busca por soluções diante do
desafio representado por uma eventual chegada
da gripe aviária ao Brasil. Importantes medidas
preparatórias já vêm sendo tomadas há anos
pelo setor de avicultura industrial e autoridades
sanitárias. Em saúde humana, cientistas e
pesquisadores, sob a égide da SBPC, presidida
pelo professor Ênio Candotti, fizeram um relato
sobre o estado-da-arte de nossos laboratórios
especializados, sistemas de controle de
fronteiras e outros pontos cruciais diante da
ameaça.
Pelo lado da avicultura, tomou parte dessa
coletiva o professor Ariel Mendes, da Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp
(Botucatu). Segundo ele, avicultura industrial
brasileira está bem preparada para enfrentar o
H5N1, vírus transmissor da gripe aviária, graças
a todas as medidas que vêm sendo tomadas
há alguns anos, como controle de importação
de material genético, proibição de importação
de aves ornamentais e de companhia, controle
de portos e aeroportos, modernização de
laboratórios, exames sorológicos periódicos em
aves e treinamento de veterinários.
Numa outra iniciativa, a FACTA (Fundação
Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas), com
apoio da UBA (União Brasileira de Avicultura)
e Abef (Associação Brasileira dos Produtores
e Exportadores de Carne de Frango),
divulgou importante declaração para orientar
a opinião pública de que a Influenza Aviária
– popularmente chamada de “Gripe Aviária”
– jamais ocorreu no Brasil. A seguir, confira os
principais trechos do informe divulgado pelas
entidades:
e aves que estavam infectadas pelo vírus.
- A possibilidade da chegada desse vírus
ao Brasil é muito pequena uma vez que as
aves silvestres que para cá migram provêm
da América do Norte, onde o H5N1 não está
presente. Além disso, essas aves vêm sendo
monitoradas pelos Ministérios da Agricultura,
Saúde e Meio Ambiente, através de captura nos
principais pontos de invernada.
Ano 04 | n.29 | 2006
Micoplasmose Aviária
- Adicionalmente, o sistema de produção avícola
brasileiro é altamente tecnificado e utiliza
galpões fechados com telas que impedem o
contato entre aves industriais e silvestres.
Confira os principais trechos da entrevista do Prof. Dr. Elmiro Rosendo do
Nascimento, que prestou importante colaboração para o desenvolvimento da
Myco-Galli MG-70, vacina viva contra Micoplasma gallisepticum.
- Há alguns anos, desde as primeiras
ocorrências na Ásia, o Brasil intensificou uma
série de medidas para prevenir a entrada do
vírus no País, entre elas:
O lançamento da mais recente
tecnologia do Laboratório Biovet,
Myco-Galli MG-70, foi um dos
destaques do Congresso da
Associação Paulista de Avicultura
(APA), realizado em março.
O produto, desenvolvido com
a amostra de Mycoplasma
gallisepticum Biovet MG-70, tem
demonstrado muita eficiência contra
a Micoplasmose Aviária (MA).
Durante o desenvolvimento de mais
essa ferramenta para avicultura
Controles rigorosos na importação de material
genético;
l
Proibição da importação de aves ornamentais e
de companhia;
l
- Típica das aves, a doença é causada por
diferentes formas do vírus da Influenza. A mais
perigosa delas, o H5N1, não está presente
nas Américas e sua ocorrência mais recente
na Europa está praticamente restrita às aves
silvestres.
- O vírus não se transmite às pessoas através do
consumo de carnes e ovos porque é facilmente
destruído pelo cozimento ou fritura.
- A Influenza Aviária não é transmitida de pessoa
para pessoa. Os casos de contaminação na Ásia
se deram pela íntima convivência entre pessoas
Controle nos portos e aeroportos para evitar a
entrada de produtos avícolas não autorizados;
l
Incineração de dejetos de aviões e navios;
l
Modernização de laboratórios de diagnóstico;
l
Exames sorológicos periódicos nas aves
industriais;
l
Treinamento de veterinários oficiais e privados.
l
- Os órgãos públicos federais e estaduais
mantêm uma vigilância constante e vêm atuando
prontamente em todos os casos de suspeita
informados pelos produtores, dentro do Plano de
Prevenção da Influenza Aviária.
- Como observação final, o Corpo Técnico da
FACTA ressalta que, hoje, o Brasil é o maior
exportador mundial de carne de frango (para
cerca de 150 países), posição que certifica a alta
qualidade e a segurança do frango brasileiro.
Laboratório Bio-Vet S/A (Rua Coronel José Nunes dos Santos, 639
- Centro - CEP 06730.000 - Vargem Grande Paulista - SP - Tel.
11.4158.8200). Supervisão: Médico Veterinário Marcelo Zuanaze.
Editora responsável: EiraCom - Registro especial conforme art. 1º
do Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, concedido pela
ARF/Itu sob nº de identificação 13876.000763/2001-92 (Senapro/
Ministério da Fazenda/Serpro). Jornalista responsável:
Alessandro Mancio de Camargo (MTb 24.440).
Diagramação: André Chiodo Silva
Impresso em papel reciclado
Expediente
O Informativo Técnico Biovet/Avicultura é uma publicação mensal
dirigida aos clientes, fornecedores e colaboradores do Laboratório. O
compromisso de qualidade da publicação é o mesmo firmado diariamente na nossa planta de produção e repassado a todos os nossos
produtos e lançamentos. Os interessados em receber o informativo
devem enviar seus dados postais por meio do site www.biovet.com.br
Ricardo Gonçalves, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef),
cercado por jornalistas: em março, gripe aviária foi a pauta preferencial da imprensa especializada no agronegócio
industrial, o Laboratório Biovet contou
com a preciosa colaboração do Prof.
Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento,
professor de graduação, pósgraduação e chefe do Departamento
de Saúde Coletiva Veterinária e
Saúde Pública (MSV) da Faculdade
de Veterinária da Universidade
Federal Fluminense (UFF), e sua
equipe. O Prof. Dr. Elmiro, que
também atua como pesquisador II
do CNPq, com atuação nas áreas de
micoplasmoses animais, sanidade
A amostra MG-70 sempre
teve características
de uma cepa de baixa
virulência em ensaios
não formais. Durante
a fase experimental
– realizada no âmbito do
Laboratório Biovet sob
a minha supervisão, o
resultado foi promissor.
Isto motivou testes em
condições de campo,
sendo sempre obtidos
resultados excelentes.
Prof. Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento
avícola, epidemiologia e biologia
molecular de doenças infecciosas
animais e biocontaminantes de
alimentos e saúde pública veterinária,
respondeu ao Informe Técnico
Biovet algumas perguntas sobre
a Micoplasmose Aviária. A seguir,
confira a entrevista:
Micoplasmose Aviária (MA)
É uma doença infecciosa das aves,
que tem recebido as designações
de Doença Respiratória Crônica
(DRC) das galinhas, Sinusite
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