Instituto de Educação Infantil e Juvenil Inverno, 2016. Londrina, Nome: de Ano: Tempo Início: Término: Edição 13 MMXVI Total: Complementar F2 Grupo C PROJETO TONINHAS A toninha pede passagem! Muitos não me conhecem, nem nunca ouviram falar de mim. Mas vou ser breve na apresentação: meu nome é Toninha, um primo bem pequeno das baleias, botos e golfinhos. No total, somos quase 90 espécies de cetáceos – é dessa forma que os cientistas da vida marinha nos chamam – e podemos ser vistos pelos oceanos e mares de todo o mundo. Nessa família, tem gente grande de verdade, como a baleia-azul, com seus quase 25 metros de comprimento, um exagero, não é!?!, as baleias jubarte e franca, com quase 16 metros, e nós, as toninhas, que alcançamos no máximo 1,60m. Mas tem cetáceo, grande ou pequeno, que gosta de viver nas águas geladas do Oceano Ártico – brrrr, que frio.... – as águas por lá chegam a -2ºC, enquanto outros vivem nas águas quentes do Caribe ou mesmo nos rios da Amazônia, como meu primo mais próximo, o boto cor-de-rosa. Nós toninhas vivemos em águas bem rasas, não nos aventuramos além da costa, dificilmente ultrapassando os 40m de profundidade. Gostamos mesmo é de viver nas desembocaduras de rios, comendo uns peixinhos bem pequenininhos, lulas e camarões. Pois bem, se você acha que só os humanos gostam de comer um bom camarãozinho está enganado: as toninhas adoram pegar camarões no fundo lamacento. Elas fazem isso usando seu longo bico cheio de dentinhos afiados. As mamães-toninha são muito zelosas com seus filhotes, cuidam deles com muito carinho e atenção. Bom, nesse marzão quase sem fim, nós, as toninhas, encontramos muitos predadores naturais, são tubarões com bocarras enormes que querem nos pegar. Além disso, dizem que as tais orcas – essas baleias com o corpo branco e preto – não nos dão sossego. Já foi até fotografado no litoral de São Paulo uma orca, dessas bem grandonas, comendo uma toninha... Mas perigo mesmo para nós são essas redes de pesca. Desde que os homens decidiram usá-las, acabou o sossego de todas as toninhas do mundo. São tantas redes, e cada vez mais compridas, que parece que as toninhas vivem num labirinto; cada canto do mar pode ser uma verdadeira armadilha. São quase mil toninhas mortas todos os anos só no Rio Grande do Sul, presas nas redes de pesca. Você já bem sabe que somos mamíferos, então todos os cetáceos precisam subir à tona para respirar.... não dá para ser diferente, uma vez embaralhada na rede, bluft! As toninhas não aguentam mais tanta rede, alguma coisa precisa ser feita. Além disso, o mar que vivemos virou uma grande lixeira, é tanto lixo que não sabemos mais o que fazer com ele. E não acabou por aí, estão construindo portos, estaleiros e marinas por todos os lados, uma zoeira enorme de navio e barco. E como gostam de jogar sujeira na água... Daqui a pouco, não tem mais um pedacinho de mar livre para que as toninhas possam nadar em paz. Por todas essas razões, foi criado o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Toninha. Os cientistas e o governo se aliaram com o objetivo de tomar medidas urgentes para salvar as toninhas. Vamos agir antes que seja tarde demais, pois foi assim com o primo baiji, da China, que já não existe mais por causa de toda a poluição do Rio Amarelo, e pelo mesmo caminho está indo a vaquita, outro priminho da Baja Califórnia, no México, que não aguenta mais tanta rede pelo caminho. Faça sua parte, procure conhecer mais a toninha e o ambiente em que ela vive. Jogar lixo no mar nem pensar! Manifeste-se contra a construção de tantos portos e estaleiros na nossa costa; não precisamos disso tudo, só queremos e temos o direito de continuar existindo. Texto: Salvatore Siciliano, Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), ENSP/Fiocruz. PROPOSTA: Elabore um GLOSSÁRIO com as palavras assinaladas. Siga as instruções: a) O tamanho final do Glossário será o tamanho A6, ou seja, uma folha A4 dividida em 4 partes. b) Faça margens de 1 cm em cada página. c) Utilize a primeira página para fazer a capa. Dê um nome para o glossário, referente às palavras que serão descritas. Escreva o nome do autor e a data. d) Nas próximas 7 páginas, divida as 26 letras do alfabeto e escreva-as no alto da página. Nem todas as páginas terão textos. e) Escreva o significado das palavras grifadas de modo que uma criança (de 5 a 10 anos) possa entendê-las. Se quiser, pode ilustrar, também, as palavras.