aneurisma cerebral - Professora Maria da Conceição Muniz Ribeiro

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ANEURISMA CEREBRAL
MARIA DA CONCEIÇÃO M. RIBEIRO
O aneurisma intracraniano (cerebral) representa a
dilatação das paredes de uma artéria cerebral, que se
desenvolve como resultado da debilidade da própria
parede arterial.
 O fundo do saco aneurismático é fino e frágil, sendo o
local habitual de ruptura.
Causas: pode ser devido à aterosclerose, resultado dc um
defeito
da
parede
vascular,
com
conseqüente
enfraquecimento da parede; por um deleito congênito da
parede vascular; por doença vascular hipertensiva;
traumatismo craniano; embolia ou idade avançada,
hereditariedade.
Sintomas: cefaléia, geralmente unilateral e frontal,
associado à dor nos olhos, vertigens e vômitos. Distúrbios
visuais (perda da visão, diplopia, ptose) quando o
aneurisma está adjacente ao nervo óculo-motor.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito através da angiografia cerebral,
o qual mostra a localização e o tamanho do aneurisma,
além de fornecer informações sobre a artéria afetada,
os vasos circunvizinhos, as ramificações vasculares, se
são único ou múltiplo e as lesões associadas.
A punção lombar (LCR) é feita quando não há
evidências de PIC aumentada, os resultados no
imageamento na TC são negativos e a hemorragia
subaracnóidea deve ser confirmada. Neste caso, podese observar que o líquido é uniformemente
sanguinolento, hipertenso e incoagulável.
TRATAMENTO1
 Farmacológico:
durante o sangramento
administra-se agente antifibrinolítico.
ativo,
TRATAMENTO2
 Cirúrgico: o objetivo da cirurgia é o de prevenir
hemorragia de maior monta, o que pode ser alcançado
isolando-se o aneurisma e sua circulação através da
técnica cirúrgica de clipagem do aneurisma (depende
do tamanho e da localização do aneurisma, bem como
do estado do paciente).
 O risco da cirurgia é a ruptura do aneurisma,
provocando uma hemorragia.
TRATAMENTO3
Tratamento
endovascular, chamada também de
embolização, que consiste na introdução de um cateter na
artéria femoral na região inguinal, sendo possível chegar,
via artérias, até o aneurisma no cérebro.
 Tudo é assistido, por meio de imagens radiológicas,
através de um monitor de TV.
Dentro desse cateter, passam os fios de platina que são
colocados no local do aneurisma em forma de espiral,
formando uma espécie de malha, preenchendo o local,
evitando, assim, o seu rompimento em derrame cerebral.
COMPLICAÇÕES
Vasoespasmo;
convulsão;
aneurisma.
pressão intracraniana aumentada;
hidrocefalia; novo sangramento do
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
 Perfusão
tecidual cerebral alterada devido ao
sangramento a partir do aneurisma.
 Alteração sensorial ou perceptual devido a restrições
das precauções contra o aneurisma.
 Ansiedade gerada pela doença ou por restrições das
precauções subaracnóides.
Assistência de Enfermagem no pré-operatório
Cabeceira elevada cm 15 graus para fornecerem uma
drenagem venosa e reduzir - a PIC.
Repouso absoluto no leito, sem flexão do pescoço ou
rotação acentuada da cabeça.
Ambiente escuro para evitar fotofobia.
O controle da temperatura é importante, porque a
febre aumenta as demandas metabólicas do encéfalo.
Comumente os pacientes são colocados cm
medicações anti-convulsivantes (fenitoína) antes da
cirurgia para reduzir o risco de convulsões no pósoperatório.
Assistência de Enfermagem no pré-operatório2
Podem ser administrados esteróides (dexametasona)
para reduzir o edema cerebral.
Deve-se fazer restrição hídrica. Um agente
hiperosmático (manitol) e um diurético (furosemida)
podem ser administrados por via EV se o paciente
tende a reter água.
Cateter vesical de demora para monitorização do
débito urinário.
Monitorizar os sinais vitais. O objetivo é evitar
qualquer alteração significativa, principalmente da
pressão arterial.
Assistência de Enfermagem no intra-operatório
Proporcionar um ambiente calmo, para que não
ocorra aumento da PA.
Posicionar o paciente.
Uso da unidade de eletrocirurgia.
É também administrado o manitol.
Controle rigoroso da PA (diminui o risco de
rompimento), devendo esta estar em tomo de 8 a 10a
máxima.
É importante ter em mãos 4 a 5 bolsas de sangue para
transfundir o paciente caso o aneurisma se rompa.
Preconiza-se a instalação da PAM (PA média).
Assistência de Enfermagem no pós-operatório1
Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus sem
flexão do pescoço.
O paciente geralmente sai intubado da sala de
cirurgia e pode ser instituída ventilação mecânica para
minimizar o edema cerebral no pós-operatório.
Se for necessária a aspiração é importante que o
cateter de aspiração entre e saia rapidamente
(intervalos de 10 seg) de forma que seja evitado um
aumento da PCO2 e evitando a tosse contínua do
paciente.
Assistência de Enfermagem no pós-operatório2
Os
sinais de vasoespasmo, como hemiparesia,
distúrbios visuais, convulsões, ou a redução do nível de
consciência, devem ser observados e descritos de
forma que possam ser iniciadas intervenções clínicas
rápidas.
Controlar a Pressão Intracraniana (PIC).
Balanço hídrico preciso com acompanhamento
cuidadoso para hiponatremia que pode causar
aumento do edema cerebral.
Assistência de Enfermagem no pós-operatório3
Um acesso arterial é uma linha de aferição da pressão
venosa central (PVC) é instalada para monitorizar a PA
e medir a PVC. Os valores esperados da PVC,
mensurada através da linha axilar média como "zero"
de referência, estão entre 6 - 10 cm H2O (através da
coluna d'água) ou de 3 - 6 mmHg (através do
transdutor eletrônico).
Assistência de Enfermagem no pós-operatório4
Tratar as arritmias, estas causam redução do débito
cardíaco e consequentemente a perfusão cerebral
diminui.
Evitar a ânsia de vômito, pois pode ser um risco para
o rompimento do aneurisma.
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