Raro entre adolescentes, aneurisma cerebral tem alta

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ZERO HORA – SÁBADO, 7 DE AGOSTO DE 2010
Nº – 979
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Victória (E), 13 anos, e Laura, 16 anos, morreram em consequência do provável rompimento de uma
artéria do cérebro, fatalidades que chamam a atenção para um problema de difícil diagnóstico precoce
Despedida
precoce
JOÃO FELIPE BRUM
L
aura Ribeiro Cardoso, 16 anos, estava em excursão em Porto Seguro,
na Bahia, para aproveitar as férias
ao lado de amigos. Victória Corrêa
da Camara Gerstner, 13 anos, viajou para Estrela, no interior do Estado, para
disputar um campeonato de vôlei.
As vidas das duas adolescentes moradoras de Porto Alegre chegaram ao fim,
no final de julho, de forma repentina e
inesperada. Elas foram vítimas, ao que
tudo indica, de uma doença silenciosa e
frequentemente fatal: o aneurisma cere-
bral, que consiste na dilatação anormal
de uma artéria que irriga o cérebro.
Médicos afirmam que, quase sempre,
o problema é de difícil diagnóstico precoce, pois só costuma apresentar sintomas ao se romper e causar hemorragia.
Quando isso acontece, 45% das pessoas
não resistem, mesmo com o tratamento.
Entre os jovens, as ocorrências são raras:
menos de 1% dos aneurismas estoura
antes dos 20 anos.
Devido à alta taxa de mortalidade,
a neurologista e coordenadora da Rede Brasil AVC, Sheila Cristina Ouriques
Martins, pede atenção ao histórico da
Raro entre
adolescentes,
aneurisma
cerebral tem
alta taxa de
mortalidade
enfermidade entre familiares.
– Pacientes com dois ou mais parentes
que tiveram aneurisma roto (que se rompeu) devem realizar exames preventivos
– alerta a médica.
Nesta edição, ao mesmo tempo em
que procura explicar a doença que mata
sem anunciar e deixa famílias chocadas
pela perda repentina, o caderno Vida
presta uma homenagem às meninas.
± [email protected]
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Edição: Larissa Roso > (51) 3218-4736 > E-mail: [email protected] > Diagramação: Juliana Borba
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