Trabalho Final

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro
Departamento de Economia, Sociologia
e Gestão
Licenciatura em Economia
Economia Política da Globalização
Os Limites da Globalização
A Empresa Multinacional
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Autor: Cindy Campos Fuzeiro nº 27743
Índice
Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------2
Os Limites da Globalização-----------------------------------------------------------------------3
A Empresa Multinacional-----------------------------------------------------------------3
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------------9
Referências----------------------------------------------------------------------------------------10
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Introdução
Com este trabalho pretendo evidenciar alguns dos limites apontados à
Globalização tendo por base os impactos gerados pelas empresas multinacionais. A
escolha deste tema como objecto de estudo do meu trabalho teve por razão o facto de as
multinacionais estarem no centro da Globalização e de muitos dos seus impactos porem
a nu os limites associados à Globalização e os movimentos contra ela desempenhados.
Para além disso, os conhecimentos adquiridos através do meu caso de estudo sobre a
Nestlé, também contribuíram de alguma forma para a minha escolha relativamente a
este trabalho, uma vez que, possibilitou-me uma visão mais ampla e mais a vontade
sobre as empresas multinacionais por ter tido a oportunidade de estudar
aprofundadamente uma delas, como foi o caso da Nestlé.
De um modo geral, o objectivo principal deste trabalho é proporcionar aos seus
leitores uma reflexão sobre os impactos das empresas multinacionais e mostrar como
eles estão associados ao processo de Globalização e, consequentemente, aos fenómenos
de reacção e contestação contra a Globalização evidenciado, deste modo, os seus
limites.
Em primeiro lugar, procurarei evidenciar a relação entre as empresas
multinacionais e à Globalização mostrando, assim, que as multinacionais estão no
centro do processo de Globalização.
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Em segundo lugar, quero salientar alguns dos aspectos positivos das empresas
multinacionais principalmente para os países onde operam, como a transmissão de
tecnologia e conhecimento, a canalização de investimento directo estrangeiro, o
consumo de bens com uma qualidade cada vez maior a preços mais baixos, a oferta de
emprego e o crescimento económico. Para além disso, também demonstrarei alguns dos
impactos negativos associados as empresas multinacionais que se reflectem em muitas
das críticas apontadas à Globalização, nomeadamente, o lucro fácil, o consumismo
desmesurado, a homogeneização cultural, os interesses individualistas subjacentes à
economia de mercado, a corrupção e a degradação ambiental, entre outros.
Por fim, irei apresentar duas medidas que de alguma forma podem minimizar
alguns dos malefícios gerados pelas multinacionais e evitar, deste modo, algumas das
críticas apontadas à Globalização.
Os Limites da Globalização
A Empresa Multinacional
Nos princípios dos anos 90, a globalização tinha sido vista como fonte de
esperança para aumentar qualidade de vida em todo o mundo, concentrando-se nos
direitos humanos, na redução da pobreza e na necessidade de medidas comerciais mais
justas. Assim, abriria portas aos países para venderem os seus produtos, tal como, ao
investimento directo estrangeiro. Idealizando-se que todos os países iriam lucrar com a
implementação da globalização. Actualmente podemos ver que na verdade não foi o que
sucedeu, a globalização provocou desequilíbrios globais, não só entre os países, como
também, dentro de cada país.
O processo de globalização esteve na base do surgimento das grandes
multinacionais. A Globalização tem vindo, de um modo geral, a facilitar a criação de
grandes empresas. Estas por sua vez é que proporcionaram a divulgação de ideias e
capitais essenciais a muitos dos investimentos realizados além fronteiras.
As multinacionais têm sido um dos principais condutores para os benefícios que
a Globalização trouxe aos países, nomeadamente, aos países em desenvolvimento,
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ajudando a elevar os padrões de vida em quase todo o mundo. Possibilitaram que os
bens dos países em desenvolvimento chegassem aos mercados dos países
industrialmente avançados e vice-versa. Para além disso, a capacidade das empresas
modernas permitiu que os produtores saibam quase instantaneamente o que os
consumidores internacionais querem, o que tem sido imensamente benéfico para ambos.
As empresas têm sido os agentes para a transferência das tecnologias dos países
industrialmente avançados para os países em desenvolvimento, ajudando a minimizar o
fosso da disparidade de conhecimento entre os dois. Para além do Estado, as empresas
também contribuem para o investimento em tecnologia e inovação favorecendo, deste
modo, o surgimento de avanços significativos na ciência. “Os quase 200 mil milhões
$US que canalizam anualmente através de investimento estrangeiro directo para os
países em desenvolvimento contribui para ajudar a estreitar o existente fosso dos
recursos” (World Investment Report 2005). Para além disto, as empresas trouxeram
emprego e crescimento económico às nações em desenvolvimento e bens baratos de
cada vez maior qualidade aos países desenvolvidos, baixando o custo de vida e
contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida no Mundo.
Contudo este processo de contínuo desenvolvimento mundial que levou ao
aparecimento destas multinacionais criou bases para estas mesmas operarem por vezes a
margem da lei. É sabido do senso comum que o objectivo final de qualquer empresa,
seja ela de que ramo de actividade for, é a obtenção de lucro. O que conduz certas
empresas a tomarem atitudes que prejudicam comunidades inteiras a favor do lucro
fácil. Atitudes estas, que por vezes, são ilegais e tão pouco éticas como a fuga aos
impostos e a não consciência ambiental que se traduzem em verdadeiros atentados a
sociedade e acabam por ser apontados como limites a Globalização.
Outra crítica comum à Globalização é o facto de as empresas serem
frequentemente acusadas de um materialismo que é característico das sociedades
desenvolvidas. Muitas vezes, as empresas fazem por moldar as preferências dos
consumidores, de modo, a aumentar os seus lucros, daí lhes serem atribuídos alguns
excessos materialistas. Por isso é que as empresas gastam milhões de dólares em
publicidade todos os anos, porque a publicidade promove a apetência. Trata-se do
incentivo desmesurado ao consumismo. Neste âmbito, as empresas provocam uma
homogeneização da cultura, quer seja na alimentação, na moda ou na música. Daí os
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nossos estilos de vida em todo o Mundo serem cada vez mais semelhantes. Isto deve-se
ao fenómeno da Globalização e ao facto das empresas multinacionais promoverem e
expandirem estilos de consumo, o que tem sido alvo de muitas críticas pelos
movimentos anti-globalização. Os protestos traduzem-se na perda do património e dos
traços originais das culturas nacionais de cada país que tendem a enfraquecer ou mesmo
a perder-se, em favor de culturas estrangeiras com maior poder de atracção (efeito de
homogeneização cultural). “Em reforço desta tese, apontam como paradigma a
expansão dos bens e valores culturais do mundo ocidental (representado principalmente
pelos EUA mas também pela Europa) para as restantes regiões do planeta, processo que
designam por ocidentalização. Nesta acepção, a globalização equivale a um poderoso
instrumento de imperialismo cultural, cujos agentes pretendem impor uma cultura
mundialmente uniforme (a ocidental) à custa da aniquilação dos hábitos e tradições de
outros povos” (Giddens, 1991:31). Neste contexto, as publicidades sedutoras criadas a
mando das empresas representam alguns dos mais eficazes veículos de difusão dos
modelos culturais. Para além disso, a crescente diminuição do papel do Estado-Nação
também contribuiu significativamente para a perda da identidade cultural nacional e o
enfraquecimento do sentimento de pertença das pessoas aos Estados onde vivem.
Por outro lado, o crescimento do capitalismo moderno, a abertura ao Mundo dos
mercados globais, a desregulação dos mercados financeiros e o consequente
enfraquecimento do papel do Estado têm vindo a favorecer a busca da realização dos
interesses próprios que se reflecte no livre funcionamento da economia de mercado.
Contudo o bem-estar social não é maximizado se as empresas se preocuparem apenas
com os seus interesses, maximizarem os seus lucros. “Os mercados, por si mesmos,
conduzem a muito pouco de algumas coisas, como a pesquisa, e a demasiado de outras
como a poluição” (Stiglitz, 2006:244). Para a economia alcançar a eficiência, as
empresas têm de tomar em conta o impacto que as suas acções têm sobre os seus
empregados, sobre o ambiente e sobre as comunidades onde operam. Ao longo dos
anos, tem se verificado situações de negligência por parte de multinacionais que
levaram a graves crises sociais, ambientais, económicas e politicas em determinadas
regiões do planeta. O ambiente oferece um campo óbvio em que os interesses privados e
sociais entram em conflito, com avultadas consequências (Stiglitz, 2006). Por exemplo,
sai mais caro refinar petróleo ou gerar electricidade de modo a não poluir o ar que o
contrário. Ou o não tratamento de resíduos tóxicos da maneira devida pode levar a
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graves crises ambientais, deixando um rasto de destruição ambiental profunda, solos
contaminados, dificuldade em obter água potável e solos improdutivos entre outros
aspectos. Sem a devida regulamentação estatal e a pressão da sociedade, as empresas
têm falta de incentivos para proteger o ambiente adequadamente, de facto, estes têm
incentivos para provocar danos se, ao fazê-lo, pouparem dinheiro.
Os subornos e a corrupção representam outra área em que os interesses sociais e
privados entram em choque. Na prática, em muitas indústrias, as empresas pagam
subornos para obter todo o tipo de favores, como a protecção da concorrência externa,
que lhes permite aumentar os preços, ou ignorar as violações à regulamentação
ambiental ou de segurança do trabalho. Nos países desenvolvidos, é muito comum as
grandes empresas contribuírem para as campanhas políticas para em troca usufruírem de
políticas e isenções fiscais que lhes sejam favoráveis.
Para além disso, a dimensão das multinacionais em relação aos países onde
operam e a pobreza desses países faz com que eles necessitem dos empregos que as
empresas podem trazer, ainda que a saúde dos trabalhadores e o próprio ambiente sejam
prejudicados. A Globalização tem tornado ainda mais complexos os problemas que
advêm da concorrência entre países para atraírem o investimento, o que muitas vezes se
traduz no rebaixamento dos padrões de vida e ambientais, pois as empresas querem
estabelecer-se nos países onde vigore a mais branda legislação. É notório o facto de os
governos das nações adoptarem um conjunto de medidas e incentivos que favorecem a
implementação das multinacionais salvaguardando, deste modo, o investimento
estrangeiro. E como é de esperar, as multinacionais procuram sempre o país que mais
vantagens lhes trazem a nível económico, legislativo e político, sem ter em conta os
prejuízos e os custos que essas vantagens podem acarretar para o desenvolvimento desse
país como um todo.
Desta forma é fácil compreender porque razão as empresas multinacionais têm
tido um tão grande protagonismo na Globalização: faz com que organizações de uma
enorme envergadura se espalhem pelo Globo, reunindo os mercados, a tecnologia e o
capital dos países desenvolvidos com as capacidades de produção dos países em
desenvolvimento. Para muitos, estas empresas multinacionais representam o que está de
errado no processo de globalização, pois derivado ao enorme poderio económico destas,
sendo em diversos casos o seu volume de negócios superior ao PIB dos países para onde
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se fixam a laborar, elas acabam por pôr a nu os limites da Globalização, evidenciando o
fosso das disparidades entre países e dentro de cada país, não se verificando a
distribuição de forma justa e equitativa quer dos custos quer dos benefícios da
Globalização. Daí que o grande desafio que se coloca as empresas multinacionais está
em assegurar o alinhamento dos incentivos privados com os custos e os benefícios
sociais.
Daí, seguidamente, se propor duas medidas que podem contribuir para
minimizar ou mesmo evitar alguns dos males provocados pelas empresas multinacionais
e do mesmo modo atenuar a controvérsia gerada pela Globalização:

Responsabilidade Social das Empresas
As novas tecnologias que ajudaram a que a globalização acontecesse têm sido
usadas para chamar a atenção do mundo para as infracções cometidas pelas
multinacionais. Os executivos compreenderam que podiam ser acusados por problemas
que ocorriam a milhares de quilómetros de distância da sua sede. Foram acontecimentos
como estes que levaram uma série de empresas a empenhar-se em iniciativas voluntárias
para melhorar a situação dos seus trabalhadores e das comunidades onde exerciam a sua
actividade. “Em 2000, por exemplo, a OCDE reportou 246 códigos de boa conduta
adoptados por empresas multinacionais” (Bongalia e Goldstein, 2003:76).
Cada vez mais firmas vêem a responsabilidade social das empresas como uma boa
prática empresarial. A responsabilidade social das empresas é considerada tanto um
valor moral como um valor económico. “Há estudos que sugerem que as empresas
socialmente responsáveis alcançam melhores resultados nas Bolsas do que as outras”
(Stiglitz, 2006:254). Estas empresas ficam a ganhar sem ser apenas por evitarem a
publicidade negativa, pois, para além disso, também beneficiam de uma força laboral de
qualidade superior que atraem através das suas boas condutas e de uma moral
melhorada: os seus trabalhadores sentem-se melhor por trabalharem numa empresa que
é socialmente responsável.
Por isso, devem ser tomadas medidas que responsabilizem socialmente as empresas
e devem ser publicados códigos de boa conduta que subscrevem publicamente as
regulamentações relativas a empresa. São elas que irão ajudar a prevenir um
abaixamento dos padrões ambientais, por exemplo.

Limitar o Poder das Empresas
As empresas esforçam-se para conseguir os seus lucros e uma das maneiras mais
certas de alcançarem lucros é restringir a concorrência. Quando escasseia a
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concorrência, aumenta a potencialidade para delitos por parte das multinacionais, o
chamado abuso de poder por parte dos monopólios. Como já foi referido anteriormente,
a Globalização tem vindo, de um modo geral, a facilitar a criação de grandes empresas,
nomeadamente, as multinacionais. Essas multinacionais muitas vezes adquirem o seu
potencial de grandeza e poder através das fusões e aquisições. “No último decénio a
economia mundial foi caracterizada por um processo contínuo de concentração, a que os
mercados emergentes não foram decerto estranhos. As operações de fusão e aquisição
sucederam-se a ritmo célere e as formas de colaboração estratégica entre empresas
formalmente independentes tornaram-se não só mais frequente como também mais
sofisticadas” (Bongalia e Goldstein, 2003:82). Com o advento da Globalização e da
comercialização global dos bens, os monopólios e os cartéis e os problemas que criam
têm se tornado globais. A Globalização soltou novas potencialidades para um
comportamento anticoncorrencial que pode tornar-se mais difícil não só de detectar
como de deter.
O impacto destes gigantes empresariais enfraquece as comunidades onde produzem
e vendem os seus produtos, porque acabam com os pequenos negócios que são
característicos dos países em desenvolvimento onde se instalam. “Os pequenos
negociantes são muitas vezes, a coluna vertebral da comunidade” (Stiglitz, 2006:246) e
quando estas grandes empresas esmagam os seus concorrentes, quebram essa coluna
vertebral. O que se traduz a longo prazo no enfraquecimento do desenvolvimento dessa
comunidade.
Um dos grandes feitos associado as empresas multinacionais é o facto de ser um
grande veículo de conhecimento, inovação e tecnologia nos países onde se
implementam. Contudo, o poder de monopólio de muitas das multinacionais, não só
origina preços mais altos como menos inovação, vindo assim minar a troca de
conhecimentos e inovação entre países, empresas e indivíduos referido anteriormente.
Os riscos e os custos da globalização dos monopólios são de tal maneira grandes e os
perigos de que as grandes empresas usem a sua influência política para suprimir a
acusação são de tal maneira frequente, que há necessidade de uma lei da concorrência
global e de uma autoridade da concorrência global que a aplique. Enquanto que, para os
monopolistas, os benefícios são globais, a aplicação da lei continua fragmentada, com
cada jurisdição a cuidar dos seus próprios cidadãos (Stiglitz, 2006).
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Conclusão
Poderemos nós ver nos impactos provocados pelas multinacionais um dos
limites da Globalização?
É sabido que as empresas estão nos negócios para fazerem dinheiro e não para
praticarem a caridade, residindo nisso a sua grande força e ao mesmo tempo a sua
fraqueza, pois, o dinheiro é um forte incentivo e o desejo de fazer dinheiro pode trazer
imensos benefícios para todos. Pode-se afirmar que em situações normais uma
multinacional a operar num país menos desenvolvido leva para este possibilidades de
emprego, disseminação de tecnologia e maximiza o mercado desse país. Mas, por vezes,
estas multinacionais são encorajadas a fazer o que é errado provocando, deste modo,
graves crises sociais, ambientais, económicas e politicas em certas regiões do planeta.
Existem, desta forma, dúvidas sobre os benefícios da globalização notando-se
um forte contraste de opiniões. Há, de facto, muitos perdedores, pois são vários os
trabalhadores que vêm os seus empregos ameaçados e as protecções laborais desabarem.
Muitos grupos como os ambientalistas vêm o fim dos ideais pelos quais tinham lutado.
O receio da perda do emprego e os problemas ambientais têm estado no cenário negro
das consequências da globalização. “O aumento da insegurança é uma das razões pelas
quais a oposição à Globalização está tão generalizada” (Stiglitz, 2006:121). A
Globalização deu origem a forças de mercado tão grandes que o Estado não consegue
controla-las, as empresas continuam a dar demasiado valor aos lucros penalizando o
ambiente, a cultura e muitas vezes mantendo os salários baixos. Para além disso, a
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Globalização tem vindo a gerar consequências desequilibradas entre países e dentro de
cada país.
A Globalização precisa de uma mudança na forma como é gerida porque o
objectivo era que todos vivessem melhor. Mas na realidade, uns vivem bem mas outros
estão bem piores. Para que esta remodelação ocorra é necessário atribuir as empresas
responsabilidade social. Se estas fazem o bem (proteger o ambiente, por exemplo) tiram
partido para o negócio mas, por outro lado, se tiverem práticas ilegais devem ser
responsabilizadas por isso. Isto implica uma melhor gestão empresarial. Para além disto,
é necessário limitar o poder das empresas através da criação de leis para o desfasamento
dos monopólios, de modo, a punir o comportamento anticoncorrencial. Devem criar-se
leis globais para uma economia global promovendo, desta forma, um enquadramento
legal internacional e tribunais internacionais aos quais os consumidores possam
recorrer.
O papel da sociedade é cada vez mais importante na forma como pressionam as
multinacionais a adoptarem boas condutas, quer a nível ambiental quer a nível do
emprego. É necessário pensar e agir globalmente na promoção do bem-estar de todos
dividindo, de uma forma, mais equitativa e mais justa quer os benefícios quer os custos
da Globalização e por conseguinte das empresas multinacionais. Muitos dos aspectos da
Globalização têm de ser geridos de uma forma local, nacional e transnacional (Stiglitz,
2006). Esta análise é verdadeira para a globalização como é para as alterações
climáticas, para as empresas multinacionais ou para o terrorismo.
As empresas estão no centro da globalização, elas podem ser acusadas de muitos
males da sociedade, mas também podem receber o crédito de muitos dos seus feitos. Da
mesma maneira, que a pergunta não é se a globalização em si é boa ou má, mas sim em
como podemos remodelá-la para que funcione melhor. Com as empresas, a pergunta
deverá ser o que pode ser feito para minimizar os seus malefícios e maximizar o seu
contributo para a sociedade tal como já referi anteriormente.
Referências
10
Bonaglia, F. e Goldstein, A. (2003). “Globalização e Desenvolvimento”.
Editorial Presença, Bacarena.
Giddens, A. (1991). “Modernity and Self-Identity”. Polity Press, Cambridge.
Stiglitz, J. (2006). “Tornar Eficaz A Globalização”. Editores ASA, Porto.
World Investment Report (2005). “Transnational Corporations and the
Interanationalization
of
R&D”.
Disponível
em
www.unctad.org/en/docs/wir2005_en.pdf.
(consultado pela última vez no dia 4 de Janeiro de 2010)
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