1. Objetivo: 2. Metodologia:

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1. Objetivo:
Propiciar aos estudantes a possibilidade de realizar, registrar, discutir com os colegas,
refletir, levantar hipóteses, avaliar as hipóteses e explicações, discutir com o professor todas as
etapas do experimento. Essa atividade deve ser sistematizada e rigorosa desde sua gênese,
despertando nos alunos um pensamento reflexivo, crítico, fazendo os estudantes sujeitos da
própria aprendizagem. Para tanto, se acredita que a escrita é um aspecto fundamental.
2. Metodologia:
Experimento Lácteo
Material e reagentes:

2 béqueres de 200 mL

proveta de 50 mL

pipeta ou seringa descartável

papel filtro

funil

bastão de vidro ou palito de sorvete

Jornal

água

1 g de bicarbonato de sódio

30 mL de limão ou vinagre

OBS: Podem ser utilizados copos e colheres descartáveis, além de funil e béquer feito de
PET
Procedimento:
1) Analise as principais características dos reagentes (cor, estado físico etc.). Anote as
informações da forma mais detalhada possível.
2) Adicione 30 mL de suco de limão a 125 mL de leite desnatado e agite bem. Observe
atentamente o que acontece. Anote todas as modificações ocorridas.
2) Coe a mistura usando pequenas quantidades. O material que ficou no filtro deverá ser colocado
sobre pedaços de jornal para que a umidade seja reduzida ao máximo. Aguardar.
3) Transferir o material que está sobre o jornal para um béquer. Sobre ele adicionar o bicarbonato
de sódio; misture bem até que adquira uma consistência homogênea. Em seguida, acrescente 15
mL de água, agite até que toda massa se dissolva. Faça as observações que julgar necessárias.
4) Por último com um palito de sorvete passe esse material num pedaço de papel. Sobre ele,
coloque outro pedaço. Aguarde alguns minutos. Observe. Faça as anotações que julgar
necessárias.
Ficha de observação adaptado de: FRANSCISCO JR.; FERREIRA; HARTWIG. Experimentação
problematizadora: fundamentos teóricos e práticos para a aplicação em salas de aula de ciências. Química
nova na escola, n 30, Nov. 2008, p. 37.
Utilize o campo abaixo para suas anotações
3. Questões abertas
Questionário para ser respondido após a realização do experimento
1) Quais aspectos mais lhe chamaram à atenção nos experimentos realizados? Quais
modificações foram observadas?
2) Você consegue imaginar uma explicação para a mudança no aspecto do leite após a adição do
suco do limão?
3) Você saberia dizer o que é o material que se forma quando ao leite é adicionado o suco de
limão?
4) Qual é a primeira coisa que vem à sua mente quando você adicionou o suco de limão ao leite?
E quando adicionou bicarbonato de sódio ao material que foi separado após a adição de suco de
limão? Represente (escreva ou desenhe) com detalhes.
Questionário adaptado de: FRANSCISCO JR.; FERREIRA; HARTWIG. Experimentação problematizadora:
fundamentos teóricos e práticos para a aplicação em salas de aula de ciências. Química nova na escola, n
30, Nov. 2008, p. 37.
4. Explicação do fenômeno
Este experimento tem por objetivo o preparo de uma cola que utiliza leite como matériaprima. As colas têm sido utilizadas por milhares de anos para uma grande variedade de
aplicações, sendo que até o início deste século as principais matérias-primas utilizadas eram de
origem animal ou vegetal, como o sangue de animais ou resinas naturais extraídas de folhas e
troncos de árvores. Atualmente uma grande variedade de colas é produzida industrialmente a
partir de substâncias sintéticas, com a finalidade de obter propriedades adequadas aos novos
materiais, como polímeros, cerâmicas especiais e novas ligas metálicas.
Algumas das colas produzidas apresentam alto poder de adesão combinado a uma
apreciável resistência a temperaturas elevadas; outras mantêm uma flexibilidade mesmo depois
de curadas. Certas colas, como a de carpetes, embora eficientes possam apresentar problemas
para a saúde por eliminarem substâncias orgânicas voláteis.
As colas naturais ainda são recomendadas para aplicações consideradas não especiais,
como para colar papéis ou peças de madeira na construção de pequenos objetos domésticos. A
cola de caseína, por exemplo, tem um grande poder de adesão e pode ser facilmente preparada.
Na Primeira Guerra Mundial esta cola era muito usada na construção de aviões que tinham sua
estrutura montada por muitas peças de madeira. Uma desvantagem que esta cola apresenta é a
possibilidade de absorver umidade e, assim, desenvolver fungos que se alimentavam dela.
Algumas ocorrências deste tipo levaram os construtores de aviões a abandonar a cola de caseína,
o que parece ter sido uma decisão razoável.
As proteínas, que são macromoléculas constituídas de unidades de aminoácidos, têm o
seu nome derivado da palavra grega proteios e foi sugerido pela primeira vez por Berzelius em
1838 e quer dizer "mantendo o primeiro lugar", devido a sua importância como alimento.
A caseína é a principal proteína presente no leite (aproximadamente 3% em massa), sendo
muito solúvel em água por se apresentar na forma de um sal de cálcio. A caseína é um polímero
natural e representa uma pequena, mas importante parte dos polímeros naturais usados para a
fabricação de adesivos à base de água. As formulações de caseína são altamente solúveis em
soluções alcalinas e em água, mas sua solubilidade é afetada pela adição de ácidos que, pela
diminuição do pH, reduz a presença de cargas na molécula, fazendo com que a sua estrutura
terciária seja alterada, levando-a a precipitação. Esta redução de pH provoca a perda do cálcio, na
forma de fosfato de cálcio, que é eliminado no soro. A adição de bicarbonato de sódio leva à
formação do caseinato de sódio, que tem propriedades adesivas, além de eliminar resíduos do
ácido. Industrialmente a precipitação da caseína é feita pela adição de ácido clorídrico ou sulfúrico
ou ainda pela adição de uma enzima, presente no estômago de bovinos, a renina. Quando a
precipitação da caseína tem por objetivo a produção de alimentos, como os queijos são utilizados
microrganismos que produzem ácido lático, a partir da lactose.
Explicação adaptado de: LISBÔA, J. C. F.; BOSSOLANI, M. Experiências Lácteas. Química Nova na
Escola, n. 6, p. 30-33, 1997.
5. Conclusão
Após anotações, discussões e reflexões em grupo, de forma orientada, apresentar a
explicação sobre o fenômeno e solicitar que escrevam sobre sua aprendizagem e conclusões
sobre a prática vivenciada.
Ao término da aula, iniciaremos a decoração das etiquetas que irão identificar os frascos
contendo a cola para que os alunos a utilizem em seu dia-a-dia.
Referências Bibliográficas
FREIRE. P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 25ª ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2002.
JUNIOR, F. W. E.; FERREIRA, L. E.; HARTWIG, D. R. Experimentação problematizadora:
fundamentos teóricos e práticos para aplicação em salas de aula de ciências. Química Nova na
Escola, n. 30, p. 34-41, 2008.
LISBÔA, J. C. F.; BOSSOLANI, M. Experiências Lácteas. Química Nova na Escola, n. 6, p. 30-33,
1997.
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