FREQUENCIA DE ANTICORPOS PARA BVDV - evz - ppgca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIA ANIMAL
FREQUENCIA DE ANTICORPOS PARA BVDV, BoHV-1 E BLV EM
GADO CURRALEIRO PÉ-DURO E PANTANEIRO NO BRASIL
Hidelbrando Ricardo Domeneguete Amaral
Orientadora: Dr ª. Wilia Marta Elsner Diederichsen de Brito
GOIÂNIA
2013
ii
HIDELBRANDO RICARDO DOMENEGUETE AMARAL
FREQUENCIA DE ANTICORPOS PARA BVDV, BoHV-1 E BLV EM
GADO CURRALEIRO PÉ-DURO E PANTANEIRO NO BRASIL
Dissertação apresentada para obtenção
do grau de Mestre em Ciência Animal
junto à Escola de Veterinária e Zootecnia
da Universidade Federal de Goiás.
Área de Concentração:
Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos
Orientadora:
Prof ª. Dr ª. Wilia Marta Elsner Diederichsen de Brito
Comitê de Orientação:
Prof ª. Dr ª. Maria Clorinda Soares Fioravanti
Prof. Dr. Alexandre Floriani Ramos
GOIÂNIA
2013
iii
HIDELBRANDO RICARDO DOMENEGUETE AMARAL
Dissertação defendida e aprovada em 23/08/2013 pela Banca
Examinadora constituída pelos professores:
__________________________________________________
Prof. Dra. Wilia Marta E. D. Brito – IPSTSP/UFG
Orientadora
__________________________________________________
Sabrina Castilho Duarte – Faculdades Objetivo/Goiânia
__________________________________________________
Valéria de Sá Jayme – EVZ/UFG
iv
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 3
2.1 Raças Locais .................................................................................................... 3
2.1.1 Bovino Curraleiro ........................................................................................... 6
2.1.2 Bovino Pantaneiro ......................................................................................... 8
2.2 Conservação das raças locais brasileiras ...................................................... 11
2.3 Programas Sanitários ..................................................................................... 13
2.3.1 Diarreia Viral Bovina .................................................................................... 14
2.3.2 Herpesvírus Bovino tipo 1/ Rinotraqueíte Infecciosa Bovina ....................... 25
2.3.3 Leucose Enzoótica Bovina .......................................................................... 32
3 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 43
4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 44
4.1 Objetivo geral ................................................................................................. 44
4.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 44
5 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................. 45
5.1 Área de estudo ............................................................................................... 45
5.2 Características dos criatórios ......................................................................... 45
5.2.1 Bovinos Curraleiro Pé-Duro......................................................................... 45
5.2.2 Bovinos Pantaneiros.................................................................................... 46
5.3 Colheita, remessa e armazenamento das amostras ...................................... 47
5.4 Avaliação sorológica dos animais .................................................................. 48
5.4.1 Detecção de anticopos anti-BVDV .............................................................. 48
5.4.2 Detecção de anticorpos anti-BoHV-1 .......................................................... 49
v
5.4.3 Detecção de anticorpos anti-BLV ................................................................ 51
5.5 Análise estatística .......................................................................................... 52
6 RESULTADOS .................................................................................................. 53
6.1 Sorologia para anticorpos anti-BVDV ............................................................. 53
6.2 Sorologia para anticorpos anti-BoHV-1 .......................................................... 53
6.3 Sorologia para anticorpos anti-BLV ................................................................ 54
7 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 58
7.1 BVDV.............................................................................................................. 58
7.2 BoHV-1 ........................................................................................................... 60
7.3 BLV ................................................................................................................ 64
8 CONCLUSÕES ................................................................................................. 68
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 69
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 71
vi
RESUMO
Os bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro encontram-se severamente
ameaçados de extinção. Aumentar o numero de exemplares destas raças
juntamente com o aumento da variabilidade genética é a principal forma de
conservá-los. É necessário conhecer a situação sanitária destes rebanhos frente
aos diversos agentes infecciosos existentes, para que não haja propagação de
destes patógenos, com especial atenção àqueles que influem negativamente nos
índices produtivos e, principalmente, reprodutivos dos rebanhos. O objetivo deste
estudo foi avaliar o perfil sorológico para diarreia viral bovina (BVDV), herpesvírus
bovino tipo 1 (BoHV-1) e leucose enzoótica bovina (EBL) de bovinos de núcleos
de conservação/propriedades Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro, hígidos, não
vacinados, criados de forma extensiva, respectivamente, no Cerrado e Pantanal.
Primeiramente foram avaliados bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro criados nos
estados de Goiás (GO), Tocantins (TO) e Piauí (PI) para o vírus da diarreia viral
bovina (BVDV). Foram testadas 911 amostras de soro sanguíneo através de um
ensaio imunoenzimático (EIE) comercial. Todos os 15 rebanhos (100%)
considerados neste estudo possuíam pelo menos um bovino soropositivo a
anticorpos anti-BVDV. Das 911 amostras analisadas 46,55% (424/911) foram
consideradas positivas no teste. Por estado, a frequência de amostras
soropositivas a anticorpos anti-BVDV foi a seguinte: GO, 48,57%; TO, 49,37% e;
PI, 43,20%. A segunda enfermidade a ser considerada no estudo foi a
rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) causada pelo BoHV-1, em propriedades de
Curraleiro Pé-Duro de GO e, Pantaneiro de Mato Grosso do Sul (MS) e Mato
Grosso (MT), num total de 11 propriedades. Foram analisados 623 amostras de
Curraleiro Pé-Duro e 255 amostras de Pantaneiro, totalizando 878 amostras,
através de EIE comercial. Foram detectados anticorpos em 64,37% (401/623) das
amostras de Curraleiro Pé-Duro e 54,11% (138/255) das amostras de bovinos
Pantaneiros. Em 100% (7/7) dos núcleos Curraleiro Pé-Duro e em 75% (3/4) dos
núcleos de criação de bovino Pantaneiro foram identificados soropositivos a
infecção pelo BoHV-1. Por estado, a frequência de amostras soropositivas foi de
64,4% para GO, 50,3% para MS, e 59,6% para MT. Para a EBL foram avaliadas
1.226 amostras de 20 propriedades de bovinos Curraleiro Pé-Duro de GO, TO e
PI e 255 de quatro criatórios de Pantaneiro do MS e do MT, utilizando um EIE de
bloqueio comercial. Para o rebanho Curraleiro Pé-Duro foram identificadas
16,48% (202/1226) amostras soropositivas, sendo que 95% (19/20) dos rebanhos
apresentaram pelo menos uma amostra positiva ao teste. Para o rebanho
Pantaneiro foram identificadas 23,53% (60/255) de amostras soropositivas a
anticorpos anti-BLV e em 100% (4/4) das propriedades havia pelo menos uma
amostra soropositiva. Por estado, a frequência de amostras soropositivas a
anticorpos anti-BLV foi a seguinte: GO, 13,2%; TO, 39,2%; PI, 12,5%; MS, 17,9%
e; MT, 31,7. Pode-se concluir que os três agentes considerados no estudo estão
presentes de forma endêmica tanto na população de bovinos Curraleiro Pé-Duro
quanto Pantaneiro.
Palavras-chave: Soroprevalência, Curraleiro Pé-Duro, Pantaneiro, BVD/BVDV,
IBR/BoHV-1, EBL/BLV.
vii
ABSTRACT
This study was conducted to evaluate the serological profile of healthy and nonvaccinated bovine's local Brazilian breeds Curraleiro Pé-Duro from Cerrado biome
and Pantaneiro from Pantanal biome to bovine viral diarrhea (BVDV), infectious
bovine rhinotracheitis (IBR) and enzootic bovine leucosis (EBL). First, Curraleiro
breed cattle from States of Goiás (GO), Tocantins (TO) and Piauí (PI) were
evaluated to detect BVDV antibodies. Blood serum samples from 911 bovines
were tested by a commercial enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Out of
the samples analyzed, 46,55% (424/911) were considered positive in the test. The
frequency of BVDV-positive samples by State was as follows: GO, 48,57%; TO,
49,37% and PI, 43,20%. All 15 herds (100%) considered in this study had at least
one seropositive bovine. After, infectious bovine rhinotracheitis (IBR), caused by
bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1), was evaluated in Curraleiro Pé-Duro herds
from GO, and Pantaneiro herds from Mato Grosso do Sul (MS) and Mato Grosso
(MT). Samples of 623 Curraleiros Pé-Duro and of 255 Pantaneiro were analyzed
through a commercial ELISA. Antibodies were detected in 64,37% (401/623)
Curraleiro Pé-Duro cattle, and 54,11% (138/255) of samples of Pantaneiro cattle.
In all seven Curraleiro Pé-Duro (100%) and in three out of four (75%) Pantaneiro
breed farms animals positive to BoHV-1 were identified. By State, the frequency of
positive samples was 64,4% for GO, 50,3% to MS, and 59,6% to MT. At last, for
the EBL, 1.226 samples from 20 properties of bovine Curraleiro Pé-Duro of GO,
TO and PI, and 255 samples from Pantaneiro of four properties of MS and MT
were evaluated using a commercial blocking ELISA. For the Curraleiro Pé-Duro
herd, were identified 16,48% (202/1226) positive samples and 95% (19/20) of
herds had at least one positive sample identified. For the Pantaneiro herd, 23,53%
(60/255) of positive samples the BLV antibodies were identified and all properties
had at least one positive sample. According the State the frequency of positive
samples to anti-BLV antibodies was as follows: GO, 13,2%; TO, 39,2%; PI, 12,5%;
MS, 17,9%; MT, 31,7%. With these results, it can be concluded that the three
agents considered in this study are endemic in both of the population of Curraleiro
Pé-Duro and Pantaneiro.
Keywords:
Seroprevalence,
IBR/BoHV-1,EBL/BLV.
Curraleiro
Pé-Duro,
Pantaneiro,
BVD/BVDV,
1 INTRODUÇÃO
A partir dos bovinos trazidos pelos colonizadores, no início do
povoamento do território brasileiro, originaram-se cinco raças principais
localmente adaptados às condições dos trópicos, são elas: Curraleiro Pé Duro,
Pantaneiro, Crioulo Lajeano, Mocho Nacional e Caracu. Destas, apenas a Caracu
não se enquadra em risco de extinção, estando o Curraleiro Pé Duro, adaptado as
condições de Cerrado, e o Pantaneiro, adaptado as condições do Pantanal,
severamente ameaçados (FIORAVANTI et al., 2011).
O último senso populacional indicou haver aproximadamente 3700
Curraleiros Pé Duro (FIORAVANTI et al., 2011) e 500 Pantaneiros (JULIANO et
al., 2011). EGITO (2007) descreveu que as raças locais brasileiras constituem
importante
patrimônio
genético
e
apresentam
características fenotípicas,
genotípicas, culturais e históricas que justificam sua conservação. Diante desta
necessidade, dando continuidade a projetos anteriores, em 2011 foi instituída a
Rede Pró-Centro Oeste para caracterização, conservação e uso das raças
bovinas locais brasileiras, o Curraleiro e o Pantaneiro. Suas ações visam priorizar
a conservação do Cerrado e do Pantanal, por meio da exploração de um sistema
econômico agroecológico, pautado na sustentabilidade e diversidade genética
(ROMANI, 2012).
Ao se estabelecer um programa de conservação, o aumento do
número de exemplares da espécie/raça juntamente com o aumento da
variabilidade genética é de fundamental relevância, sendo a circulação de animais
entre criatórios, a medida mais utilizada. Contudo, este procedimento pode
aumentar a disseminação de patógenos entre os núcleos de conservação. Assim,
é necessário conhecer a situação sanitária dos animais destes núcleos para que
sejam adotadas medidas de prevenção e controle para as enfermidades
identificadas, principalmente aquelas que podem interferir com a eficiência
reprodutiva do rebanho (JULIANO, 2006).
Para alcançar tal objetivo, a avaliação sorológica é fundamental,
auxiliando na determinação da existência ou não da infecção e, posteriormente,
na quantificação do problema no rebanho. A determinação da frequência de
ocorrência de algumas doenças infecciosas que determinam reflexos negativos
2
na eficiência reprodutiva possibilitará a avaliação do percentual de animais
infectados e de susceptíveis, assim como as medidas de controle e profilaxia a
serem adotadas para evitar a dispersão do agente naquela população
(JUNQUEIRA & ALFIERI, 2006).
O objetivo deste estudo é abordar três doenças virais que devem fazer
parte do programa sanitário direcionado para os núcleos de conservação de
bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro. Duas delas influenciam diretamente nos
índices reprodutivos dos rebanhos, diarreia viral bovina (BVD) e rinotraqueíte
infecciosa bovina (IBR). A outra, leucose enzoótica bovina (EBL), não influi
diretamente na reprodução, porém deve ser eliminada dos rebanhos por se tratar
de um agente potencialmente imunossupressor, causador de grandes perdas de
produtividade e eficiência em rebanhos nos quais está presente.
3
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Raças Locais
Há cerca de doze mil anos, o homem iniciou a domesticação de
animais e no decorrer deste período inúmeras subpopulações evoluíram devido a
exigência de adaptação aos novos locais de habitação do homem. Estes animais
sofreram pressão de seleção de diversas origens tais como condições climáticas
adversas, presença de parasitos, doenças infecciosas e carenciais, escassez de
alimentos e seleção feita pelo próprio homem (MARIANTE et al., 2008). O homem
daquele tempo utilizava os animais com fenótipos mais desejáveis nos
cruzamentos, originando bovinos, caprinos e ovinos adaptados à realidade
ambiental daquela região, atendendo as necessidades daquela população local
(MARIANTE & CAVALCANTE, 2000; TABERLET et al., 2011).
A pressão de seleção sobre as populações animais locais foi tão
intensa que das espécies exploradas pelo homem originaram-se raças. Houve a
padronização de determinadas características morfológicas e de desempenho,
algumas das quais, únicas (MARIANTE & CAVALCANTE, 2000). Contudo tal
processo conduziu a uma drástica redução da variabilidade genética. A mudança
no perfil de exploração, principalmente de bovinos, de criações de subsistência
para atividade comercial gerou uma crescente busca por animais cada vez mais
especializados na produção de carne ou leite. Esta tendência levou os criadores,
nas ultimas décadas, a abandonar bovinos locais e passarem a explorar raças
mais produtivas. A preocupação com animais mais adaptados e resistentes a
enfermidades foi abandonada, pois tais problemas podem ser resolvidos com
terapias disponíveis no mercado. Esta situação coloca em risco os recursos
genéticos dos bovinos locais e exigem que medidas de gestão de tais recursos
genéticos sejam adotadas e implantadas rapidamente (TABERLET et al, 2011).
A constatação de que os recursos genéticos de animais domésticos
naturalizados encontram-se atualmente ameaçados fez com que a Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) buscasse uma forma de
gestão racional dos recursos genéticos animais. Assim, desde o início da década
de 1990, tem sido feito levantamento das principais espécies de animais
4
domésticos criados por todo o mundo (EGITO, 2002). Em 2007, a FAO
apresentou um relatório baseado em informações fornecidas por 169 países a
respeito da situação da biodiversidade no setor pecuário. Ainda em 2007, a
comunidade internacional, incluindo o Brasil, iniciou um Plano de Ação Mundial
para os Recursos Genéticos Animais cuja estratégia pauta-se no combate a perda
da diversidade genética animal através do uso sustentável de tais recursos
(FAO/EMBRAPA, 2010).
Cruzamentos entre raças locais e exóticas têm sido praticados na
tentativa de gerar animais mais produtivos e que sofram menos com as condições
ambientais. As raças naturalizadas são adaptadas a diversos ecossistemas,
porém apresentam níveis de produtividade aquém das raças exóticas. Todavia
tais raças exóticas não possuem características de adaptação, resistência a
doenças e parasitos, como ocorre com as raças naturalizadas (MARIANTE &
CAVALCANTE, 2000; EGITO, 2007).
Das cinco raças de bovinas localmente adaptadas existentes no Brasil,
quatro encontram-se em risco de extinção, entre elas o Curraleiro Pé Duro e o
Pantaneiro (FIORAVANTI et al., 2011). Desde os anos 1980, a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) incluiu a conservação dos recursos
genéticos em seu programa de conservação. Este processo vem sento feito pela
própria Embrapa, por universidades e criadores particulares (MARIANTE et al.,
2008).
Investigando a origem do gado local brasileiro especula-se que na
época do descobrimento não havia bovinos no continente americano, sendo os
primeiros trazidos a colônias espanholas onde hoje estão a República Dominicana
e o Haiti (PRIMO, 1992; EGITO, 2007). No Brasil, segundo VELOSSO (1996), no
ano de 1534, Tomé de Souza, primeiro Governador Geral do Brasil, iniciou o
povoamento do território nacional com bovinos advindos do arquipélago de Cabo
Verde diretamente para a região onde hoje localiza-se a Bahia, Pernambuco e
São Paulo.
PAULA NETO (2004) cita alguns autores que apontam que os
bovinos naturalizados brasileiros originam-se de três troncos, a saber: Bos taurus
ibericus, Bos tauros aquitanicus e Bos taurus batavicus. O cruzamento destes
animais trazidos pelos colonizadores e o espalhamento pelo interior do Brasil ao
logo de mais de 400 anos deu origem as raças naturalizadas brasileiras. No
5
decorrer de todos esses anos houve intensa seleção natural e com adaptação aos
diversos ecossistemas presentes no interior do Brasil (MARIANTE et al., 2009).
Ainda segundo os mesmos autores apesar de não apresentarem níveis
superiores em produtividade, são rústicos, resistentes ao calor, doenças,
parasitas e apresentam melhor conversão alimentar em pastos nativos
reconhecidamente de pior qualidade.
Dentre as raças portuguesas, de acordo com EGITO (2007) as mais
importantes na formação do gado local são Mertolenga, Alentejana, Arouquesa,
Barrosã, Minhota e Mirandesa. Já as raças espanholas que mais contribuíram
foram a Retinta e a Barrenda. A seleção natural em ambientes diferentes e a
miscigenação dos animais deram origem a diferentes grupos, sendo que no
nordeste e no centro-oeste foi o Curraleiro Pé Duro, no pantanal o Pantaneiro, no
sudeste o Caracu e Mocho Nacional e no sul o Crioulo Lageano (EGITO, 2007).
Os criadores destacam que o interesse por estes animais vem da
tradição de familiar além do fato de serem pouco exigentes quanto a manejo
alimentar e sanitário, sendo resistente a doenças endêmicas, parasitos e
condições climáticas da região. Além disso, propiciam economia com antibióticos,
vacinas, antiparasitários e suplementação alimentar. Estas características vão de
encontro e atendem a atual demanda de alguns mercados que buscam alimentos
produzidos de forma sustentável, livre de resíduos e contribuindo para a redução
na liberação de químicos no ambiente (JULIANO, 2006).
NEIVA (2009) apontou que o Curraleiro representa uma alternativa de
exploração sustentável com geração de renda e proteína animal para populações
próximas a áreas de preservação, assentamentos rurais, populações quilombolas
e indígenas, muitas delas caracterizadas por estarem à margem da linha de
pobreza.
EGITO (2007) apontou que as raças naturalizadas brasileiras
constituem
importante
patrimônio
genético
e
apresentam
características
fenotípicas, genotípicas, culturais e históricas que justificam sua conservação. No
entanto, SANTIN (2008), afirma que os trabalhos de conservação dessas raças,
em especial o Curraleiro Pé-Duro, tem passado por dificuldades em função da
dificuldade de acesso as propriedades e manutenção da equipe de trabalho no
local, falta de estrutura para contenção dos bovinos, insuficiência de recursos
6
financeiros, pequeno número de pesquisadores e preconceito em relação à raça,
sendo necessário o desenvolvimento de ações que visem divulgar a importância
da raça e as vantagens de sua criação.
2.1.1 Bovino Curraleiro
O bovino Curraleiro Pé-Duro desenvolveu-se em regiões de clima
semiárido em regime de criação extensivo (CARVALHO & AMORIM, 1989;
EGITO, 2007), e está presente nos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e
Piauí (JULIANO, 2006).
Os criadores apontam que, apesar de rústicos, os animais são dóceis,
não geram despesas e tem baixa exigência nutricional. São menos susceptível a
intoxicações pela ingestão de plantas tóxicas presentes em pastagens naturais
quando comparados a outras raças (CARVALHO, 2002). Também são mais
resistentes a parasitas exigindo menor uso de medicamentos (CARVALHO, 2002).
A resistência a doenças é um atributo importante nos sistemas de produção e a
sanidade, fator diretamente relacionado à resistência, pode ser um fator limitante
na sustentabilidade destes sistemas (GIBSON, 2000). Além disto, a resistência às
infecções esta diretamente relacionada à resposta imunológica do hospedeiro
frente a um desafio.
No intuito de comprovar a resistência popularmente divulgada do
bovino Curraleiro Pé-Duro, MAGGIOLI (2010) verificou que os animais desta raça
são mais eficientes na indução de resposta imune celular após vacinação com
Mycobacterium bovis – BCG comparado ao Nelore. Além disto, MORAES (2009)
encontrou valores percentuais médios de linfócitos T e B circulantes superiores
aos encontrados em raças exóticas economicamente exploradas no país. Tais
dados corroboram em parte com as hipóteses de JULIANO (2006), sobre a
eficácia da resposta imune inata destes animais, e com pessoas que lidam
diretamente com os bovinos desta raça, que notam características de rusticidade
e adaptabilidade.
Os
bovinos
Curraleiro
Pé-Duro
apresentam
características
morfológicas, de porte e conformação já estabelecidos como peso aproximado de
7
380 kg e 300 kg, e altura mínima de 1,34m e 1,20m para machos e fêmeas
adultos respectivamente (BRITTO, 1998). O pequeno porte do bovino Curraleiro
Pé-Duro provavelmente se deve o processo de adaptação decorrente da seleção
natural em condições nutricionais precárias, com escassez de alimentos e água
(BRITTO, 1998). Os animais possuem pelagens variadas, sendo as mais comuns
a vermelha clara e a baia, com extremidades, vassoura e focinho pretos e, alguns
animais apresentam manchas escuras ao redor dos olhos; a cabeça é pequena
com chifres curtos e em forma de coroa e orelhas pequenas, revestidas
internamente de pelos claros; os membros são delgados e bem proporcionados; a
barbela e o umbigo são reduzidos (BRITTO, 1998; JULIANO, 2006; SANTIN,
2008)(Figura 1).
FIGURA 1 - Bovinos da raça Curraleiro Pé Duro.
Fonte: GUIMARÃES, 2011.
Segundo FIORAVANTI et al. (2011), no último censo da raça realizado
em 2008, foram identificados 3.692 animais em 49 criatórios catalogados. Os
8
mesmos autores atribuem ao grupo formado pela Embrapa, a criadores a e
universidades o sucesso na conservação da raça, apensar da raça ainda estar em
risco de extinção.
Desta forma, sendo um animal dócil, rústico e resistente, o Curraleiro
Pé-Duro poderia ocupar milhares de hectares de áreas de pastagens naturais de
baixa qualidade, desfavoráveis a outras raças, mediante um baixo investimento
para o pequeno produtor, fornecendo carne, leite, animais de trabalho e
contribuindo para a preservação do bioma Cerrado (NEIVA, 2009). Sua carne é
saborosa e com baixo teor de gordura que, associados à baixa ou nula utilização
de insumos químicos como carrapaticidas e medicamentos e, sendo criados num
sistema agroecológico sustentável, atrai atenção de consumidores de carne em
todo o mundo e pode ser usado como um diferencial no mercado (CARVALHO,
1997; FIORAVANTI et al., 2008).
Em dezembro de 2012, o Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA) publicou no Diário Oficial da União, a Portaria n 1.150,
que diz respeito ao reconhecimento da raça Curraleiro Pé Duro, concedendo a
Associação de Criadores de Bovinos da Raça Curraleiro Pé-Duro (ABCPD), com
sede no município de Teresina, Piauí, Brasil, autorização para efetuar registro
genealógico dos animais, sob número de registro no MAPA 69/BR (BRASIL,
2012).
2.1.2 Bovino Pantaneiro
O bovino Pantaneiro é descendente de animais trazidos no início da
colonização do Brasil. Este gado representam muitas gerações de seleção natural
e adaptação às condições ecológicas da planície pantaneira localizada nos
estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste do Brasil.
Este recurso genético, que foi a base da pecuária carne, por pelo menos, três
séculos, é considerada ameaçado devido à introdução de zebuínos na região no
início deste século XX (MAZZA et al., 1992a). Assim como o Curraleiro, o bovino
Pantaneiro filia-se ao tronco das raças ibéricas (Bos taurus ibericus) (EGITO,
2007).
9
Pesquisadores do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal
(CPAP) e o Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia
(CENARGEN) da EMBRAPA, tem se esforçado para conservar populações
remanescentes de bovino Pantaneiro. Conhecer a sua origem não é apenas a
recuperação de um importante quadro da história do Brasil, mas também a
geração de informações básicas para sua conservação. Verifica-se que a origem
do bovino Pantaneiro está relacionado com as expedições espanholas na baía do
Rio da Prata, no segundo trimestre do século XVI. Embora a influência de raças
de bovinos portugueses na formação do gado Pantaneiro tenha sido muito
pequena durante os dois primeiros séculos de colonização, sua importância
aumentou após o início do século XVIII, quando alguns descendentes de animais
adaptados às diversas regiões do Brasil como Minas Gerais e Goiás, foram
introduzidos na região do Pantanal (MAZZA et al., 1992a).
De acordo com MAZZA et al. (1994), é escassa a literatura sobre as
características fenotípicas do bovino Pantaneiro. Com base em medições de peso
e desenvolvimento morfológico, seu tamanho corporal é reduzido, com peso
médio à nascença de 24 e 22 kg, e, na fase adulta, de 375 e 298 kg, para o sexo
masculino e fêmeas, respectivamente. Possui linha dorso-lombar geralmente reta,
o perfil predominante é subconvexo (79% dos animais), podendo ser retilíneo em
alguns casos; o focinho é negro e em 73% dos animais há um anel branco ao seu
redor; chifres são arredondados saindo lateralmente para cima e para frente; as
orelhas são pequenas com pelos na parte interna; a pelagem predominante é de
cor amarelo-avermelhada, com presença de tonalidades mais escuras nas
extremidades e pelos brancos na porção ventral. Possuem temperamento dócil e
calmo, quando manejados constantemente (EGITO, 2007) (Figura 2).
10
FIGURA 2: Bovino Pantaneiro.
Fonte: GUIMARÃES, 2011.
Atualmente existem apenas dois núcleos de conservação desta raça na
região do Pantanal. Um no norte do Mato Grosso, fazenda Promissão, no
município de Poconé, cujo enfoque principal é o resgate da raça, e outro no sul do
Mato Grosso do Sul, fazenda Nhumirim, mantida pela EMBRAPA e situada no
município de Corumbá (ISSA et al., 2009, MARQUES et al., 2012).
Como a seleção natural foi a principal forma seletiva na formação deste
gado, as características adaptativas que asseguram êxito reprodutivo nas
condições ambientais da região foram mantidas nestes animais (ABREU et al.,
2000). Segundo PRIMO (1992), os animais têm grande capacidade de
sobrevivência nas regiões alagadiças características do Pantanal, uma vez que
estes bovinos necessitam permanecer por horas na água para conseguir alimento.
Não obstante, o Pantaneiro também suporta os períodos de seca, no qual o pasto
e a água tornam-se escassos.
Como poucos criadores demonstram interesse em manter estes
animais em suas criações (ABREU et al., 1999), e desde 1984, com a
implantação do núcleo de conservação, o Pantaneiro vem sendo conservado e
caracterizado pela EMBRAPA Pantanal e outras instituições de pesquisa.
Contudo, mesmo com constantes esforços a raça encontra-se em risco de
extinção (ABREU et al., 2007). Atualmente o número de exemplares encontra-se
ao redor de 500 animais (JULIANO et al., 2011).
O núcleo de conservação in situ do bovino Pantaneiro tem como
11
objetivos principais a manutenção da variabilidade genética da raça e
caracterização produtiva dos animais no ambiente do Pantanal. De acordo com
SNEL-OLIVEIRA et al. (1999), as razões para a conservação do bovino
Pantaneiro são: I) sua adaptação as regiões inóspitas do Pantanal, onde raças
mais especializadas e produtivas não poderiam manter seus elevados índices
produtivos. II) sua utilização em cruzamentos, que permitiria um melhor
desempenho do rebanho devido a heterose. III) preservação dos genes para
futuros trabalhos com transgênicos. IV) manutenção da variabilidade genética. V)
razões históricas e culturais, capazes de atrair turistas e investidores,
incrementando o turismo local.
Tal como o Curraleiro Pé-Duro, a resistência natural do Pantaneiro a
desafios microbiológicos
é
reconhecida por meio observacional. Porém
diferentemente do primeiro, não há comprovação por meio de estudos científicos
de tal característica. No entanto, uma vez que o Pantaneiro sofreu as mesmas
condições adversas que as demais raças localmente adaptadas em sua formação,
é possível que ele possa compartilhar a mesma eficiência imunológica que o
Curraleiro Pé-Duro (GUIMARÃES, 2011).
2.2 Conservação das raças locais brasileiras
Preservar o Curraleiro Pé Duro e o Pantaneiro, assim como as demais
raças localmente adaptadas do Brasil, tem apelo histórico uma vez que estes
animais participaram e contribuíram para o processo de colonização do país. A
memória genética carreada por seus genes após os diversos anos de seleção os
tornam aptos a viver em condições ambientais desafiadoras (MARIANTE et al.,
2008). Contudo, segundo CARDELLINO & BOYAZOGLU (2009), estes programas
em países em desenvolvimento são um desafio, sendo que o mais interessante a
se buscar e selecionar, de acordo com os autores, são genes que conferem
resistência a doenças de interesse em explorações comerciais.
Existem duas maneiras de se preservar uma espécie animal ameaçada,
a conservação in situ e a conservação ex situ. Na primeira, os animais são
mantidos em ambientes naturais ou artificiais, e na segunda, procede-se a
12
criopreservação em banco de germoplasma de embriões, espermatozoides e
oócitos como fonte de multiplicação, regeneração e distribuição dos espécimes
em extinção (MARIANTE & EGITO, 2002).
Em
programas
de
conservação
in
situ
uma
das
principais
preocupações repousa sobre o aumento do número de indivíduos para garantir
variabilidade genética à espécie. Para tanto, são adotadas medidas para
promover circulação dos animais dentro dos criatórios e aplicadas medidas
biotecnológicas no campo reprodutivo, assegurando uma melhor eficiência
reprodutiva à população em questão. Contudo, esta conduta pode aumentar a
disseminação de patógenos entre os núcleos de conservação, com maior
preocupação para aquelas doenças que prejudicam o processo de reprodução
dos animais. Portanto, é necessário que se conheça a situação sanitária destes
núcleos para que sejam adotadas medidas de prevenção e controle para as
enfermidades identificadas, a fim de impossibilitar a disseminação de patógenos
dentro e entre os núcleos de conservação (JULIANO, 2006). De acordo com
TEIXEIRA et al. (2008) a EMBRAPA Recursos Genético e Biotecnologia pratica
esses tipos de ação em benefício das raças bovinas locais brasileiras.
Quando se estabelece um programa sanitário, as doenças reprodutivas
ganham destaque por ser um entrave ao aumento dos rebanhos por causarem
abortos, nascimentos de bezerros inviáveis ou descarte de reprodutores.
Qualquer que seja o problema verificado, o que se observa é uma diminuição na
fertilidade do rebanho e, quando isto acontece em pequenas populações, como é
o caso dos núcleos de Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro, a situação torna-se mais
preocupante em vista do risco de extinção de tais raças. Portanto, é indicado que
sejam feitas investigações periódicas a cerca de patógenos relacionados à
reprodução nestes rebanhos, com destaque para brucelose, leptospirose, diarreia
viral bovina (BVD), rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR- causada pelo herpesvírus
bovino tipo 1/ BoHV-1), triconomose, neosporose, dentre outras, visando garantir
o desempenho reprodutivo e garantindo material genético a ser criopreservado
livre de tais agentes (PELEGRIN et al., 1997).
De acordo com JULIANO (2006), antes do início de um programa de
conservação é necessário gerar conhecimento sobre a espécie animal foco,
atentando para todas as questões relativas ao nicho ecológico da mesma,
13
aspectos fisiológicos e sanitários, condição epidemiológica, para que se justifique
a introdução num dado ecossistema, sem comprometer os demais componentes
da população local.
2.3 Programas Sanitários
Os programas de sanidade, independente da espécie animal, visam
ações de controle, prevenção e erradicação de doenças (THRUSFIELD, 2004).
Tais ações são resultado de um conjunto de medidas de defesa sanitária baseada
em ações veterinárias regulares e de manejo cuja finalidade é manter a saúde e
produção animal em níveis de excelência, com foco na biosseguridade (FAVA et
al., 2003).
Para estabelecer medidas de controle, prevenção ou erradicação, a
serem adotadas, os fatores epidemiológicos relacionados ao ambiente, ao agente
e às espécies suscetíveis devem ser considerados (RADOSTITS, 2001). Nesse
sentido, os programas nacionais de sanidade de bovinos atuam no controle de
doenças com grande poder de difusão, principalmente as que impõem restrições
ao comércio de animais e produtos, além de doenças que causam prejuízos à
saúde pública, ao meio ambiente e à economia do Estado, objetivando o
fortalecimento da agropecuária nacional, por meio de ações de vigilância e defesa
sanitária animal (BORGES, 2010).
Para a tomada de decisões em um programa de manejo sanitário as
ações de monitoramento e investigação, com diagnóstico laboratorial de doenças
que cursam com sinais clínicos inaparentes é de fundamental importância.
Qualquer programa de sanidade animal deve incluir vigilância de doenças
infecciosas especificas como BVD, IBR, leucose enzoótica bovina (EBL), aftosa,
brucelose, tuberculose, leptospirose. Tal vigilância tem como objetivo primário
identificar portadores e, se possível, eliminá-los do rebanho (RADOSTITIS, 2001).
Nos programas sanitários direcionados para a bovinocultura um ponto
que merece destaque é a avaliação da eficiência reprodutiva. Com relação a este
ponto primeiramente deve-se determinar o perfil sanitário do rebanho. Desta
forma, a avaliação sorológica é de fundamental importância, auxiliando na
14
determinação da existência ou não da infecção e, posteriormente, na
quantificação do problema no rebanho. A determinação da frequência de
ocorrência de algumas doenças infecciosas que determinam reflexos negativos
na eficiência reprodutiva possibilitará a avaliação do percentual de animais
infectados e de susceptíveis, assim como as medidas de controle e profilaxia a
serem adotadas para evitar a dispersão do agente naquela população
(JUNQUEIRA & ALFIERI, 2006).
Nesta dissertação serão abordadas três doenças virais que devem
obrigatoriamente fazer parte de um programa sanitário de núcleos de
conservação das raças de bovinos localmente naturalizados. Duas delas
influenciam diretamente nos índices reprodutivas dos rebanhos, BVD e IBR. A
outra, BLV, não influi diretamente na reprodução, porém deve ser eliminada dos
rebanhos por se tratar de um agente potencialmente imunossupressor, causador
de grandes perdas em produtividade aos rebanhos no qual está presente.
2.3.1 Diarreia Viral Bovina
O vírus da diarréia viral bovina (bovine viral diarrhea vírus – BVDV) é
um dos principais patógenos de bovinos e mundialmente provoca perdas
significativas para a bovinocultura (VARGAS et al., 2009; LAUREYNS et al., 2010).
Seu impacto econômico é bem conhecido nos países desenvolvidos, o que não
ocorre nos países em desenvolvimento (ELZEIN, 2012).
O BVDV pertence à família Flaviviridae e, juntamente com o vírus da
peste suína clássica (classical swine disease vírus - CSFV) e o vírus da doença
da fronteira de ovinos (border disease virus - BDV) compõem o gênero Pestivirus
(PETERHANS, et al., 2010; ICTV, 2011). O BVDV, assim como os demais
pestivirus possuem como material genético uma molécula RNA linear fita simples
e polaridade positiva, de aproximadamente 12,5 kb, são envelopados e com
tamanho de 40-60 nm (DONIS, 1995; VARGAS et al., 2009).
Devido à presença de regiões hipervariáveis na glicoproteína E2 (gp53)
(DONIS, 1995), os isolados de campo de BVDV apresentam grande variabilidade
antigênica. Baseado nesta característica, associado a particularidades genéticas,
15
os isolados são divididos em três genótipos: BVDV-1, BVDV-2 e BVDV-3
(RIDPATH, 2003, 2005, BAUERMANN et al., 2013). O primeiro compreende a
maioria dos vírus de campo e cepas de referência e geralmente apresentam
virulência de baixa a moderada. O segundo, geralmente mais virulento, foi isolado
de surtos de diarreia viral bovina (BVD) aguda severa e doença hemorrágica no
início dos anos noventa (VARGAS et al., 2009; PETERHANS et al., 2010). O
terceiro foi isolado recentemente de soro fetal bovino importado do Brasil, e pouco
se sabe sobre o mesmo (BAUERMANN et al., 2013). É importante frisar que a
gp53 é uma proteína muito imunogênica, para a qual é direcionada a produção de
anticorpos frente à infecção natural ou vacinação (DONIS, 1995; VARGAS et al.,
2009).
Os isolados do BVDV-1 e BVDV-2, com base em análise filogenética,
são ainda subdivididos em 19 subgrupos genéticos, sendo 16 para o BVDV-1 e
três para o BVDV-2 (PETERHANS et al., 2010; RIDPATH, 2010) cuja reatividade
sorológica cruzada é baixa, prejudicando o desenvolvimento e a eficácia de
vacinas, assim como diagnóstico sorológico e medidas preventivas (FLORES et
al., 2000; VOGEL et al. 2002a; RIDPATH 2005; FLORES et al., 2005; YILMAZ et
al., 2012).
De acordo com a capacidade de replicar e causar citopatologia em
cultivo celular, os isolados de BVDV podem ser divididos em dois biotipos:
citopáticos (cp) e não-citopáticos (ncp). Os isolados de campo são em sua grande
maioria ncp, e tem a capacidade de induzir infecções persistentes (PI). Já os
isolados cp são eventuais e não estabelecem infecções persistentes, sendo
isolados principalmente de animais que desenvolveram uma forma clínica severa
da infecção, a doença das mucosas (DM) (BAKER, 1995; TOBIAS et al., 2000;
RIDPATH, 2003; PETERHANS et al., 2010). O efeito citopático em cultivo celular
não indica se um isolado é virulento ou não, fato este comprovado por
isolamentos feitos a partir de surtos de doença severa onde o BVDV ncp foi o
responsável (RIDPATH, 2003, 2010)
Os dois biótipos são indistinguíveis sorologicamente contudo, em
análise molecular, foi verificado que o vírus cp produz uma proteína adicional
denominada NS3 (p80). Os vírus cp são gerados a partir de mutações ou
rearranjos genéticos, como deleções, duplicações ou inserções na região do gene
16
da proteína NS2-3 (p125) do genoma viral. Tanto o vírus cp quanto o ncp
possuem a proteína NS2-3, porém, somente nos vírus cp ela é clivada gerando
outra proteína, a NS3, a qual é o marcador molecular de cepas capazes de
causar efeito citopático nos cultivos celulares (DONIS, 1995; BOTTON, et al.,
1998; TOBIAS et al., 2000; PETERHANS et al., 2003; RIDPATH, 2010).
Ambos genótipos do BVDV (tipo 1 e 2) podem existir como um dos
biotipos cp e ncp, com base no efeito que causam em cultivo celular. O biotipo é
uma diferença fenotípica, baseada em traços expressos, enquanto o genótipo
reflete diferença no genoma viral (RIDPATH, 2003).
Os bovinos são considerados os hospedeiros naturais do BVDV, porém
o vírus pode infectar diversos animais biungulados sejam ruminantes domésticos
(caprinos, ovinos, búfalos, camelos), silvestres (cervos, veados, antílopes, javalis)
ou suínos (BROCK, 2003; FLORES et al., 2005; MISHRA et al., 2007; CAMPEN,
2010; PETERHANS et al., 2010, RIDPATH, 2010). Segundo FLORES et al.
(2005), algumas espécies silvestres têm atenção especial nos programas de
combate à infecção nos Estados Unidos e Europa.
O perfil e severidade dos sinais clínicos causados pelo BVDV são
altamente variáveis (BACHOFEN et al., 2010) e a infecção de bovinos
susceptíveis tem sido associado a diversas manifestações clínicas que vão desde
infecções inaparentes em bovinos adultos imunocompetentes até doença aguda
fatal em bezerros jovens (BAKER, 1995). Os sinais clínicos dependerão da
amostra viral (BVDV-1/BVDV-2 e cp/ncp), do tipo de infecção estabelecida
(transitória ou persistente), da espécie, do status imune e do estado reprodutivo
do hospedeiro, assim como idade e infecções com outros patógenos
(BACHOFEN, et al., 2010; RIDPATH, 2010).
Segundo BAKER (1995), constam como consequências da infecção
enfermidade gastroentérica aguda ou crônica, doença respiratória em bezerros,
síndrome
hemorrágica
com
trombocitopenia,
patologias
cutâneas
e
imunossupressão. O maior impacto econômico e clinico da infecção, contudo, é
na esfera reprodutiva, com diminuição da fertilidade e da eficiência reprodutiva
(GROOMS, 2004; MOENING et al., 2005). A infecção de fêmeas soronegativas
geralmente cursa com transmissão à progênie (transmissão vertical do patógeno).
Dependendo do estágio gestacional poderá ocorrer reabsorção embrionária,
17
aborto, mumificação fetal, natimortalidade, má formação congênita, nascimento
de bezerros fracos e inviáveis, nascimento de bezerros PI e até mesmo
nascimento de bezerros clinicamente saudáveis. Em muitos rebanhos, falhas
reprodutivas são os únicos sinais da presença do BVDV (BAKER, 1995;
ARENHART et al., 2008; RIDPATH, 2010; ALTAMIRA et al., 2012). Segundo
MOENING et al. (2005), as perdas econômicas decorrentes da presença de
BVDV em um rebanho gera um custo em torno de 71 dólares/vaca/ano. Já
durantes os surtos de BVDV aguda esse valor chega a 400 dólares.
O estabelecimento da infecção persistente ocorre quando o feto é
infectado entre os 40 e 120 dias de gestação (BAKER, 1995; GROOMS, 2004).
Nessa fase da gestação, o sistema imunológico do feto é imaturo e as proteínas
virais são reconhecidas erroneamente como próprias (self), tornando o animal
imunologicamente tolerante especificamente àquela cepa ncp de BVDV que o
infectou in utero (PETERHANS et al. 2003). É necessário que se estabeleça uma
infecção não-lítica com o BVDV para que não prejudique o desenvolvimento fetal,
assim, a infecção transplacentária com um BVDV cp não pode produzir uma
infecção persistente (GROOMS, 2004; LAUREYNS et al., 2010). Esses animais
tornam-se portadores permanentes e excretam o vírus continuamente em
secreções e excreções, por toda a vida, sendo os responsáveis pela transmissão
constante do agente a outros bovinos e a manutenção do mesmo nos rebanhos,
mesmo estando em baixa frequência (0,4 a 2,7%) (HOUE, 1995; ARENHART et
al., 2009; LAURYENS et al., 2010). Os bezerros que nascem PI são geralmente
soronegativos para aquela cepa de BVDV ncp para o qual foram infectados in
utero (HOUE, 1995; ARENHART et al., 2009) e podem desenvolver uma forma
fatal de BVD, a doença das mucosas (TOBIAS, et al., 2000; BACHOFEN et al.,
2010; PETERHANS et al., 2010).
Segundo NIZA-RIBEIRO (2008), o bovino PI, quando introduzido num
rebanho soronegativo rapidamente pode causar índices de soroconversão em 80
a 100% dos animais do rebanho, o que foi confirmado no estudo de ARENHART
et al. (2009). Contudo à medida que a população torna-se imunizada, a circulação
viral diminui e pode até mesmo acabar se o bovino PI for retirado do rebanho
(MOENING et al., 2005; KAMPA et al., 2009). No entanto enquanto houver um PI
na propriedade a circulação viral é mantida e a chance de geração de bezerros PI
18
existe (LINDBERG & HOUE, 2005; LAUREYNS et al., 2010).
As principais formas de introdução do BVDV num rebanho susceptível
são a compra de bovinos com infecção aguda, subclínica, PIs, fêmeas gestantes
cujo feto é PI ou uso de sêmen contaminado (BROCK, 2003; LINDBERG & HOUE,
2005; GIVENS et al., 2007; CAMPEN, 2010; ALTAMIRANDA et al., 2012). A partir
deste ponto, o BVDV é transmitido horizontalmente, através de contato direto ou
indireto com secreções (nasais, saliva, sêmen, leite) e excreções (urina, fezes),
além de agulhas, material cirúrgico, luvas de palpação contaminadas (LINDBERG
& HOUE, 2005; VIET et al., 2007; ALTAMIRANDA et al., 2012). GIVENS et al.
(2007) e NOIVA (2010) verificaram que o BVDV esta presente tanto no sêmen de
touros PI quanto no de touros com infecção transitória. Já GARD et al. (2007)
verificou a presença de BVDV em embriões antes da implantação, porém o
estudo não abordou se estes animais nasceram PI ou se as vacas inseminadas
se infectaram com o patógeno.
Animais com infecção aguda, geralmente apresentam viremia e
excreção viral transitórias (3-10 dias) e em baixos títulos, mas mesmo assim
podem resultar em transmissão viral (BROCK, 2003; LINDBERG & HOUE, 2005;
VIET et al., 2007). Animais PI, ao contrário, excretam o vírus continuamente e em
elevados títulos nas secreções/excreções, assegurando uma transmissão mais
eficaz (ARENHART et al., 2009; CAMPEN, 2010).
HAMERS et al. (2001) relataram que 70-90% das infecções pelo BVDV
são inaparentes e, segundo BACHOFEN et al. (2010), cerca de 60 % dos bovinos
de regiões endêmicas para o BVDV, nos quais não há medidas de controle, se
infectam transitoriamente em algum momento de suas vidas. Estes animais
podem vir a desenvolver alguns dos sinais descritos para a enfermidade e, uma
vez que sobrevivam à infecção, tornam-se protegidos por toda a vida
(PETERHANS, et al., 2003; SANDVIK, 2005).
São reconhecidos como fatores de risco para a enfermidade: a idade, a
origem de bovinos adquiridos, movimentação de animais e pessoas entre
propriedades (principalmente vacas prenhas/trabalhadores), presença de falhas
reprodutivas no rebanho, uso de pastos comuns, densidade do rebanho, tamanho
do rebanho, tipo de exploração, tipo de criação, manejo reprodutivo (monta
natural/ inseminação artificial) e ausência de assistência veterinária (ALFAIA,
19
2003; QUICOZES et al., 2007 ; KAMPA et al., 2009; TALAFHA et al., 2009;
CAMPEN, 2010; CHAVES et al., 2010; SEGURA-CORREA et al., 2010; PRESI et
al., 2011; SAA et al., 2012).
O BVDV tem distribuição mundial, apresenta elevada morbidade e
baixa mortalidade (HAMERS et al., 2001), e a soroprevalência chega a atingir
80% dos bovinos e até 100% dos rebanhos (FLORES et al., 2005; GUARINO, et
al., 2008). O vírus é considerado o segundo mais importante agente viral de
bovinos, precedido apenas pelo vírus da febre aftosa (VFA) e tem sido alvo de
vários estudos e programas de controle e/ou erradicação (FLORES et al. 2005).
Na América do Sul, a prevalência de rebanhos infectados foi verificada nos
seguintes países: Venezuela 42% (OBANDO et al., 1999); Peru 93% (STAHL et
al., 2002); Chile 83% (MELENDEZ & DONAVAN, 2003); Uruguai 100%
(GUARINO et al., 2008); Argentina 97,2% (CARBONERO et al., 2011) e Equador
74% (SAA et al., 2012).
No Brasil não há um estudo nacional de prevalência do agente nos
rebanhos. O primeiro relato da presença do vírus foi apresentado por CORREA
(1968) e o primeiro isolamento viral ocorreu em 1974, realizado por VIDOR.
Desde a década de 70, diversos estudos sorológicos foram realizados
em varias regiões do país, no entanto, do ponto do vista epidemiológico, os
índices detectados devem ser analisados com cautela uma vez que a
amostragem e as técnicas sorológicas usadas não eram padronizadas a ponto de
poder-se inferir a respeito da situação do rebanho nacional frente ao agente.
Desta forma, os índices verificados indicam apenas a presença viral e a
frequência nas subpopulações estudadas (FLORES et al, 2005). São exemplos
destas subpopulações os trabalhos desenvolvidos por: JUNQUEIRA et al. (2006)
em SP, 98%; NOGUEIRA, (2003) em MG, 14,3% ; SAMARA et al., 2004, 57,18%,
em SP e MG; QUINCOZES et al. (2007) 66,32%, FRANDOLOSO et al. (2008),
57,7%, ALMEIDA (2010), 26,7% no RS; NORONHA, et al. (2003), 56,00%, na BA;
SOUSA et al. (2009), 67,30%, e CHAVES et al. (2010), 61,5%, no MA. Ainda,
CORTEZ et al. (2006) e BIANCHI et al. (2011) confirmaram a circulação dos dois
genótipos (BVDV-1 e BVDV-2) nos rebanhos brasileiros.
Em 2010, BRITO et al., determinaram a prevalência de BVDV para o
estado de GO, para isto o grupo analisou 3.533 amostras de soro bovino
20
provenientes de 232 municípios goianos e a soroprevalência verificada foi de 64%
para animais e 88,3% das propriedades. Dos 232 municípios incluídos no estudo,
226 (97,4%) apresentaram pelo menos um animal positivo (BRITO et al., 2010).
Já GUIMARÃES et al. (2001) ao pesquisarem anticorpos anti-BVDV em 207 soros
de 14 rebanhos do entorno de Goiânia encontrou prevalência de 54,11% nas
amostras e de 100% para propriedades. Não foram encontrados na literatura
dados de prevalência do BVDV nos estados do Tocantins e Piauí.
Um quadro verificado por BOTTON et al. (1998) e que perdura até os
dias atuais é o impacto epidemiológico e econômico e da infecção do gado pelo
BVDV no Brasil. Os autores afirmaram que naquele momento havia grande
dificuldade em quantificar as perdas econômicas e em relatar a situação
epidemiológica do BVDV. Fato este atribuído a ênfase dada ao VFA durante
vários anos, falta de técnicos treinados e ausência de reagentes apropriados pra
o diagnóstico da infecção. Desta forma, as subnotificações, principalmente de
casos inaparentes, eram e continuam sendo uma constante.
Apesar da maioria dos casos de infecção pelo BVDV cursarem com
sinais brandos ou inaparentes, casos severos da doença já foram registrados
(HAMERS et al., 2001) no Brasil. LUNARDI et al., (2008) registraram o primeiro
surto de BVD aguda e fatal em rebanhos de corte na América do Sul, no estado
do PR, sendo o o BVDV-1b o agente incriminado. Já FERREIRA et al. (2008)
relataram dois casos de dermatite generalizada em bovinos nelore acometidos de
DM no estado MS. No entanto também foram verificados casos da doença com
sinais clínicos clássicos com envolvimento principalmente dos sistemas
gastroentérico e respiratório (FLORES et al., 2000), os quais, após isolamento e
inoculação em bezerros saudáveis levou ao desenvolvimento do mesmo quadro
clínico, associado ainda a trombocitopenia indicada indiretamente por achados
hemorrágicos na necropsia (BRUM et al., 2002).
O diagnóstico presuntivo da infecção pelo BVDV pode ser baseado no
histórico, sinais clínicos e achados de necropsia. No entanto o diagnóstico
definitivo exige isolamento ou detecção de antígenos virais e/ou demonstração
sorológica positiva ao vírus, levando em consideração dados epidemiológicos,
caráter da infecção e uso de vacina (HOUE et al., 2006; RADOSTITIS, et al., 2007;
OIE, 2012).
21
O isolamento viral é a prova confirmatória por excelência, dita padrão
ouro, com a qual todos os outros métodos diagnósticos de detecção viral são
comparados. Porém alguns fatores afetam o isolamento viral em espécimes
clínicos como o momento de coleta e o acondicionamento e processamento da
amostra (DUBOVI, 2013). As amostras necessitam ser coletas assepticamente e
conservadas sob refrigeração, para manutenção da partícula viral infectante (PILZ,
2005; 2007). É um teste laborioso, demorado e exige cultivos celulares
susceptíveis, e por estes motivos não é indicado para análise de um grande
numero de amostras (HOUE et al., 2006; PILZ et al., 2007). Além disto, as vezes
exige que outras provas sejam aplicadas ao cultivo celular para confirmação do
isolamento, como a imunofluorescência ou imunoperoxidase (PILZ et al., 2005;
HOUE et al., 2006; VARGAS et al., 2009, DUBOVI, 2013). Desta forma, pela
facilidade e menor custo, a detecção de antígeno/anticorpos (soroneutralização SN e ensaios imunoenzimáticos - EIE), imunoistoquímica e PCR tem ganhado
espaço como métodos diagnóstico (RIDPATH, 2010).
A imunoistoquímica é indicada para identificação de bezerros PI
(GROOMS & KEILEN, 2002; FERREIRA, et al., 2008). É realizada a partir de
biopsia de pele da orelha e permite identificar o vírus associado com tecidos e
tipos celulares específicos (GROOMS & KEILEN, 2002). É um teste que não sofre
interferência de anticorpos maternos, porém depende da conservação do epítopo
viral e do tipo de anticorpo monoclonal (SANDVIK, 2005; HOUE et al., 2006;
DUBOVI, 2013). Um ponto positivo da técnica apontada por DUBOVI (2013), é
que animais agudamente afetados não apresentam antígenos virais nas células
epiteliais da pele, desta forma, a imunoistoquímica permite a diferenciação de
bovinos PI daqueles com infecção aguda.
Identificação de anticorpos anti-BVDV é amplamente utilizada para
avaliar a resposta induzida por infecção natural ou vacinação. Tais testes são
ótimos para levantamentos epidemiológicos e monitoria de rebanhos. A sorologia
individual
é
importante
para
identificar animais
susceptíveis
e
permite
identificação de animais PI dentro do rebanho (HOUE et al., 2006; DUBOVI, 2013).
Dentre os testes sorológicos possíveis os mais rotineiramente utilizados e
recomendados pela OIE, são a SN e EIE (SANDVIK, 2005).
A SN é uma prova de referência, possui elevada especificidade e é
22
facilmente ser adaptada ao tipo ou subtipo viral desejado, sendo a mais utilizada
nos estudos científicos (DUBOVI, 2013). No entanto detecta somente anticorpos
neutralizantes, na maioria das vazes baseados na gp53. É demorada, laboriosa e
envolve a utilização de cultivo celular e manipulação viral que podem variar entre
laboratórios (SANDVIK, 2005; DUBOVI, 2013). Além disto, a diversidade
antigênica do BVDV, que gera uma baixa reatividade sorológica cruzada entre os
dois genótipos, pode interferir no resultado do teste, podendo resultar em falhas
na detecção de animais com baixos títulos de anticorpos, sendo uma possível
solução a utilização de amostras virais isoladas da região (FLORES et al., 2005).
Já os EIE para detecção de anticorpos são amplamente utilizados por
serem provas práticas, rápidas e biosseguras. São os testes mais apropriados
para utilização em larga escala, como nos levantamentos soroepidemiológicos
(SANDVIK, 2005). A utilização de pool de soros é muito utilizada em rebanhos de
corte, sendo que para plantéis leiteiros, tal técnica associadas a métodos
moleculares, torna-se uma ferramenta importante no monitoramento de rebanhos
(LAUREYNS et al., 2010). Contudo ainda não há testes comerciais disponíveis
que diferenciem anticorpos vacinais daqueles gerados por uma infecção natural
(VARGAS, et al., 2009; DUBOVI, 2013). Os testes imunoenzimáticos para captura
de antígeno são usados geralmente para identificar animais PI e como espécimes
possíveis de análise por esta técnica tem-se o soro, biopsia de pele (entalhe de
orelha) e leite. Ao testar bezerros a procura de um PI, devido a possível presença
de anticorpos colostrais, não se recomenda o teste para captura de antígeno
naqueles com menos de 3 meses (DUBOVI, 2013).
Métodos moleculares, desde que devidamente padronizados e
avaliados, apresentam elevados índices de sensibilidade e especificidade (PILZ et
al., 2005). A reação em cadeia da polimerase, precedida de uma etapa de
transcrição reversa (RT-PCR), tem sido muito utilizada para o diagnóstico da
infecção pelo BVDV nas mais variadas formas de manifestação clínica, além da
detecção de animais PI a partir de amostras biológicas individuais e em pools de
soros sanguíneos (até 160 amostras) e tanques de leite, podendo inclusive,
diminuir o custo do diagnóstico (PILZ, 2005; 2007; ALMEIDA, 2010; YLMAZ et al.,
2012). O teste permite a identificação de bovinos com infecção aguda, PI, e
vacinados com vacinas vivas modificadas. No entanto, esta técnica atualmente se
23
restringe a trabalhos de pesquisa (DUBOVI, 2013).
As vacinas desenvolvidas para controle do BVDV contêm tanto
antígenos de BVDV-1 quanto BVDV-2 como forma de assegurar proteção contra
a infecção (VOGEL et al., 2002a; CAMPEN, 2010). O objetivo principal da
vacinação contra o BVDV é proteger o feto da infecção e consequentemente
impedir o nascimento de bezerros PI (MOENING et al., 2005; ARENHART et al.,
2008; VARGAS et al., 2009). No entanto, a necessidade de inclusão de vírus de
diferentes subgenótipos nas vacinas ainda é controversa, pois nem sempre as
diferenças genéticas estão relacionadas diretamente com diferenças antigênicas
associadas com proteção (VOGEL et al., 2002a; RIDPATH et al., 2010). BIANCHI
et al. (2011) ao testarem amostras de BVDV isoladas entre 2000-2010 no Rio
Grande do Sul relataram níveis variáveis de reatividade cruzada entre vírus do
mesmo genótipo, e reatividade muito baixa ou ausente entre vírus de genótipos
diferentes. SANTOS (2010) verificaram o nascimento de bezerros PI de vacas
vacinadas contra o BVDV. No referido estudo, vacas vacinadas contra o BVDV-1
pariram bezerros PI cujo genótipo, ao ser identificado, era BVDV-2, indicando que
há falha de anticorpos anti-BVDV-1 em proteger contra a infecção por BVDV-2.
Diversos autores (FLORES et al., 2000; FLORES et al., 2005; RIDPATH, 2010;
JORDÃO et al., 2011; BIANCHI et al., 2011) afirmaram que o melhor seria
formulações com amostras circulantes na população onde a vacina seria
comercializada.
A vacinação não é recomendada nos programas de erradicação, haja
vista que, com a prática vacinal, se perde o indicador sorológico da presença da
infecção no rebanho. Um animal identificado como soropositivo indica apenas
exposição prévia ao agente, quer seja devido à vacinação ou ao contato com o
agente infeccioso (MOENING et al., 2005; VARGAS, et al., 2009). CAMPEN
(2010) ao avaliar a situação do EUA frente ao controle do BVDV expõe que
devido ao uso maciço da vacinação nos rebanhos americanos, o uso de testes
sorológicos não possui valor algum na distinção entre rebanhos infectados
naturalmente e aqueles vacinados. Além disto, o mesmo autor, afirma que devido
a baixa prevalência da doença verificada e ao fato da vacina mascarar as
manifestações clínicas da doença, tanto o governo quanto os fazendeiros são
resistentes a implementação de um programa de caráter compulsório uma vez
24
que as perdas econômicas ficam mascaradas pelo uso da vacina.
Não existe tratamento especifico para qualquer das doenças causadas
pelo BVDV. O prognóstico para bovinos com casos severos de DM, quadro de
diarreia aquosa profusa e lesões orais graves é desfavorável e o abate deve ser
considerado (RADOSTITIS et al., 2007).
Os programas de controle/erradicação da infecção pelo BVDV são
pautados na identificação e eliminação dos animais PI, medidas de biossegurança
para prevenir a introdução de animais infectados e estratégias de monitoramento,
como o uso de bezerros sentinela, associado ou não ao uso de vacinas para
proteger os animais susceptíveis. O uso da vacinação no controle da infecção
geralmente se baseia em uma análise de riscos e custos (HOUE et al., 2006;
VARGAS, et al., 2009; SEGURA-CORREA et al., 2010; ELZEIN et al., 2012,
DUBOVI, 2013). Para STURZA et al. (2011) o sucesso do programa dependerá
da capacidade de identificação daquelas propriedades com infecção viral ativa
e/ou presença de animais PI, o que somente é possível com o emprego de testes
laboratoriais capazes de detectar antígenos do BVDV. Segundo LAUREYNS et al.
(2010) a cada ano, 5-10% das propriedades certificadas como livres pelo governo
holandês são reinfectadas, demonstrando assim a importância em se manter o
monitoramento, mesmo após obtenção de certificação. Ainda, de acordo com
DUBOVI (2013), e como exemplificado acima, os programas somente são
possíveis se amparados por testes laboratoriais.
No Brasil não há um programa oficial de controle/erradicação de BVD
(FLORES et al., 2005), diferente de alguns países europeus onde a doença é alvo
de programas de erradicação, que foram feitos sem o uso de vacinação.
Naqueles países o controle da BVD foi feito pela identificação dos rebanhos
potencialmente infectados por meio de pesquisa de anticorpos; identificação e
remoção de bovinos PI; melhoria da biossegurança com quarentena; teste dos
novos animais inseridos no rebanho; restrição de movimentação do gado e
monitoramento e certificação dos rebanhos livres. Outra prática recomendada foi
o esclarecimento dos fazendeiros do impacto negativo da doença no rebanho e
de sua importância no controle da doença, para que as decisões diárias em
relação ao manejo adotado pudessem ser adequadas (PRESI et al., 2011).
25
2.3.2 Herpesvírus Bovino tipo 1/ Rinotraqueíte Infecciosa Bovina
Os herpesvírus bovinos são responsáveis por grandes prejuízos
econômicos para a bovinocultura sendo, segundo DEL MÉDICO ZAJAC et al.
(2010) encontram-se na ordem de um bilhão de dólares ao ano em todo o mundo.
Os
Herpesviridae,
herpesvírus
que
se
fazem
divide
parte
em
três
da
ordem
Herpesvirales,
sub-famílias:
família
Alphaherpesvirinae,
Betaherpesvirinae e Gammaherpesvirinae, englobando vírus que ocorrem em
diversas espécies animais (DAVISON et al., 2009; ICTV, 2011). Os vírions são
formados por um núcleo (ou core) que contém o genoma viral, uma molécula de
DNA de fita dupla linear, de 137 kpb no caso do herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV1); um capsídeo de simetria icosaédrica, um tegumento proteico que recobre o
capsídeo e um envelope lipoprotéico contendo espículas de glicoproteínas em
sua superfície. O diâmetro dos vírions varia entre 100 e 110 nm (FRANCO et al.,
2012). As glicoproteínas que compõem o envelope viral são: gB, gC, gD, gE, gI,
gL, gG, gK e gM (SCHWYZER & ACKERMAN, 1996). Tais glicoproteínas são
responsáveis pela patogênese e algumas delas pelo desenvolvimento de
imunidade à doença, sendo alvo da resposta imunológica do hospedeiro (SPEAR
& LONGNECKER, 2003).
De todas as proteínas do envelope, três merecem destaque devido a
sua localização e função biológica: gB, gC e gD. A gB é a proteína mais
imunogênica, e está envolvida com as interações (adsorção, fusão e penetração)
iniciais do vírus com a célula. A gC é a mais importante na indução de anticorpos
neutralizantes e a gD é essencial para a replicação viral (TAKIUCHI et al., 2001).
Dentre os vários herpesvírus que infectam mamíferos e aves, existem
quatro que mais frequentemente afetam os bovinos: BoHV-1, BoHV-2, BoHV-4 e
BoHV-5. Os tipos BoHV-1 e 5 pertencem ao gênero Varicellovirus da sub-família
Alphaherpesvirinae, o BoHV-2 pertence a mesma sub-família e ao gênero
Simplexvirus, sendo responsável pela mamilite herpética bovina, o BoHV-4
pertence a subfamília Gammaherpesvirina, ao qual ainda não foi atribuído ser
causa de nenhuma condição patológica importante específica (DAVISON et al.,
2009; ICTV, 2011; FRANCO et al., 2012).
26
Os bovinos também são hospedeiros naturais ou podem ser infectados
naturalmente por outros herpesvírus animais: o herpesvírus ovino tipo 2 (OvHV-2)
e o herpesvírus alcelafino tipo 1 (AlHV-1), agentes etiológicos da febre catarral
maligna, além do hespesvírus suíno tipo 1 (SuHV-1) causador da doença de
Aujeszky/pseudoraiva (DAVISON et al., 2009; FRANCO et al., 2012). Segundo
DIEL et al. (2007) sorologia positiva já foi verificada em ovinos, caprinos e
bubalinos experimentalmente infectados com BoHV-5 e, MAHMOUD & AHMED
(2009), identificaram caprinos e ovinos infectados naturalmente por BoHV-1.
De acordo com DEL MÉDICO ZAJAC et al. (2010), o BoHV-1 e o
BoHV-5 são os dois herpesvírus de maior impacto na bovinocultura e apresentam
estreita relação entre si. Os BoHV-1 subdivide-se em BoHV-1.1, BoHV-1.2a e
BoHV-1.2b. Já o BoHV-5 subdivide-se em BoHV-5a, BoHV-5b e BoHV-5na/nb
(não ``a``, não ``b``)(D’ARCE et al., 2002; FAVIER et a., 2012).
BoHV-1 é um dos agentes virais mais importantes de bovinos e está
relacionado a uma variedade de afecções clínicas, incluindo doença respiratória rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR); genital - vulvovaginite pustular infecciosa
(IPV), balanopostite infecciosa dos bovinos (IPB); conjuntivite e abortos,
interferindo na reprodução do rebanho (GAY & BARNOUIN, 2009). Já o BoHV-5
possui tropismo pelas células do sistema nervoso central (SNC), causando
doença
neurológica
aguda
denominada
meningoencefalite
com
sinais
caracterizados por depressão profunda, incoordenação, anorexia, ptialismo,
salivação, opistótono, convulsões, tremores musculares, cegueira e morte,
geralmente em bezerros jovens (RISSI et al., 2007; FAVIER et al., 2012).
Segundo SILVA et al. (2007a), a associação desses vírus com tais
manifestações clínicas não é exclusiva. O BoHV-1 pode estar associado a
desordens neurológicas (SILVA et al., 2007a; BATISTA et al., 2010), assim como
o BoHV-5 pode estar associado a doença respiratória (VOGEL et al., 2004),
genital (KIRKLAND et al., 2009; FAVIER et al., 2012) ou infectando amostras de
sêmen (ESTEVES et al., 2003; KIRKLAND et al., 2009).
Como o objetivo
principal desta dissertação é tratar de vírus associados a desordens reprodutivas,
o foco desta revisão será o BoHV-1.
Baseado na associação de genótipo e sinais clínicos, BoHV-1.1 está
associado a doença respiratória denominada IBR, abortos e conjuntivite,
27
enquanto que os casos de doença genital (IPV e IPB) foram associados
principalmente ao BoHV-1.2 que, posteriormente com base em diferenças
genomicas e antigênicas foi dividido em BoHV-1.2a e BoHV-1.2b, porém, sem
associação com manifestações clínicas ou epidemiológicas que permitam
identifica-los individualmente (D’ARCE et al., 2002). Ainda, de acordo com os
mesmos autores, o tropismo destes subtipos de herpesvírus bovinos por seus
respectivos locais de instalação ainda não esta esclarecido. O que se tem
conhecimento é uma menor virulência associada ao subtipo 1.2b, que parece não
ser capaz de causar abortos.
A infecção com o BoHV-1 não causa morte em bovinos adultos. As
mortes, quando ocorrem, são ocasionadas por viremia que, no caso de bovinos
adultos saudáveis, não ocorre. Porém, quando o vírus infecta o feto, ocorre
viremia e morte fetal seguido de aborto e infecção genital em vacas prenhas e,
em bezerros pode ocorrer viremia fatal na ausência de anticorpos maternos no
leite (AUSTRÁLIA, 2005).
Segundo TAKIUCHI et al. (2001), a forma respiratória é caracterizada
por aumento da temperatura corporal, rinite, corrimento nasal seroso, lesões
erosivas na mucosa nasal, dispnéia e, as vezes, quando associada a infecção
bacteriana secundária, pode desenvolver pneumonia. Nos casos de IPV há
aparecimento de pequenas vesículas de 1 a 2 mm de diâmetro na vulva e vagina
e o epitélio apresenta-se edemaciado, hiperêmico e com secreções que podem
tornar-se mucopurulentas. A micção frequente é um evento observado nestes
casos. Nos casos de IPB lesões semelhantes são observadas no prepúcio e pênis
(FAVIER et al, 2012). Além destes sinais clínicos os animais ainda podem
apresentar quadros de conjuntivite, enterite, encefalite e distúrbios reprodutivos
(TAKIUCHI et al., 2001).
Com relação a esfera reprodutiva, TAKIUCHI et al. (2005) afirmaram
que as infecções pelo BoHV-1 contribui na redução dos índices reprodutivos dos
rebanhos infectados. Pode ocorrer mortalidade embrionária, repetição de cio,
abortos geralmente após o quarto mês de gestação, natimortos ou nascimento de
bezerros fracos.
Pode ainda ocorrer infertilidade temporária devido ao
desenvolvimento de vulvovaginite, endometrite, salpingite e ooforite.
A transmissão do BoHV-1 ocorre por contato direto e indireto entre
28
animais, pois o vírus é disseminado por meio de secreções respiratórias, oculares
e genitais, sendo excretado em grandes quantidades por animais durante a
infecção aguda e nos casos de reativação (AUSTRALIA, 2005). OLIVEIRA et al.,
(2011) encontraram positividade em quase 50% de amostras de sêmen colhidas
nos estados do Rio Grande do Sul e de Goiás e, de acordo com TAKIUCHI et al.
(2001) a inseminação artificial de vacas com sêmen contaminado reduz a taxa de
concepção e pode causar infertilidade temporária, endometrite, aborto e
desenvolvimento anormal do feto. O vírus não replica fora do hospedeiro, sendo
inativado por condições ambientais normais e destruído com uso de solventes e
desinfetantes comuns (AUSTRALIA, 2005).
Num estudo realizado por DIAS et al. (2008), os fatores de risco
associados a infecção pelo BoHV- 1 foram: numero de fêmeas em idade
reprodutiva, compra de animais, em especial reprodutores, sem os devidos
cuidados zoosanitários, uso de pastagens comuns, histórico de abortamentos na
propriedade e presença de animais silvestres. Além disto, EIRAS et al. (2009)
apontaram que o tamanho do rebanho e a idade dos animais que o compõem
também são fatores de risco uma vez que com o avançar da idade e o contato
entre diversos animais aumentam a chance de exposição ao agente.
Um ponto que merece destaque na infecção pelos herpesvírus é que
após a infecção primária, o vírus pode permanecer latente, em células nervosas,
sem causar sinais clínicos, por toda a vida do hospedeiro (JONES, 2003;
HENZEL et al., 2008). Os bovinos com infecção latente são reservatórios naturais
do vírus e, após a reativação, tornam-se fonte de infecção potencial para
susceptíveis (JONES, 2003; HENZEL et al., 2008; FAVIER et al., 2012).
As causas dos episódios de reativação permanecem parcialmente
desconhecidas. No entanto, condições de estresse (transporte, desmame,
descorna e parto) e aplicação de drogas imunossupressoras são fatores
reconhecidos que podem desencadear a reativação causando enfermidade e/ou
eliminação do vírus no ambiente (RIET-CORREA et al., 1996; VOGEL et al. 2004;
JONES, 2003; HENZEL et al., 2008; FRANCO et al., 2012).
Durante a latência não há síntese proteica ou produção de progênie
viral
pois
o
genoma
viral
permanece
inativo
em
células
nervosas.
Consequentemente, não há apresentação de epítopos virais ao sistema
29
imunológico, podendo diminuir o número de anticorpos neutralizantes (JONES,
2003). Desta forma a latência viral tem sido eficazmente adotada pelos
herpesvírus para escapar às respostas antivirais do hospedeiro, minimizando a
exposição ao radar de vigilância imunitária (SATHISH & YUAN, 2011).
A diversidade dos sinais clínicos, muitas vezes semelhante a outras
enfermidades, não permite a elaboração de um diagnóstico clínico conclusivo da
infecção ocasionada pelo BoHV-1. Mesmo nos casos de vulvovaginite, onde as
lesões são características, o diagnóstico é apenas presuntivo. Nesta forma de
apresentação clínica é necessário, em particular, realizar o diagnóstico diferencial
das infecções ocasionadas por Micoplasma bovigenitalium e Ureaplasma
diversum (TAKIUCHI et al., 2001).
Já nos casos que envolvem o sistema respiratório é importante
diferenciar a infecção pelo BoHV-1 daquelas causadas por outros patógenos que
estão agrupados no complexo respiratório bovino, como o vírus respiratório
sincicial bovino (BRSV), vírus da diarréia viral bovina (BVDV), vírus parainfluenza
tipo 3 (PI-3) e bactérias do gênero Pasteurella (TAKIUCHI et al., 2001).
Nos quadros de distúrbios reprodutivos decorrentes de BoHV-1, o
diagnóstico diferencial tem ainda mais agentes infecciosos a serem explorados
como possíveis causadores da desordem reprodutiva, a saber: brucelose,
leptospirose, campilobacteriose, neosporose, tricomonose e de infecções
ocasionadas pelo BVDV e por micoplasmas. Causas não infecciosas relacionadas
ao manejo (estresse térmico), endotoxinas, corticosteroides exógenos, desordens
genéticas
e/ou
nutricionais,
teratogenia,
plantas
tóxicas,
micotoxinas
(zearalenona), entre outras causas, também devem ser incluídas no diagnóstico
diferencial (LARSON, 1996; SILVA et al., 2009).
O histórico sanitário do rebanho, considerando índices de produtividade,
programas de vacinação e manejo alimentar, pode ter fundamental importância na
elaboração do diagnóstico. Porém, somente com o apoio de técnicas laboratoriais,
o diagnóstico do BoHV-1 é conclusivo (FERREIRA et al., 2005).
O diagnóstico conclusivo da infecção pelo BoHV-1 somente é possível
por meio de métodos que: I) identificam o agente etiológico, a partir de material
biológico obtido de animais com sinais clínicos da infecção ou de fetos abortados
- isolamento viral em cultivo celular, II) identificam antígenos virais –
30
imunofluorescência direta, imunohistoquímica, ELISA direto e, III) identificam o
genoma viral por técnicas moleculares – hibridização e a reação em cadeia da
polimerase (PCR) (TAKIUCHI et al., 2005; OIE, 2009).
Detecção de anticorpos para o BoHV-1 em soros bovinos, não
representa uma ferramenta de diagnóstico etiológico, contudo é capaz de
demonstrar a presença do vírus no rebanho, assim como indicar o número de
animais
infectados,
permitindo
que
sejam
realizados
levantamentos
epidemiológicos.
A sorologia para o BoHV-1 também é importante para o monitoramento
da infecção em rebanhos bovinos tanto para a definição de estratégias de
controle e profilaxia, como a vacinação, quanto para a erradicação da infecção
(MÉDICI et al., 2000). A OIE (2009) recomenda como técnica para essa finalidade
a soroneutralização (SN) e o ensaio imunoenzimático (ELISA) indireto. A SN,
apesar de ser a técnica padrão ouro para a detecção de anticorpos anti-BoHV-1 é
uma técnica laboriosa, demorada e que requer a manutenção de linhagens
celulares para a sua realização. Além disto, algumas amostras podem apresentar
resultados inconclusivos devido à presença de soros tóxicos, contaminados e/ou
hemolisados. A técnica de ELISA apresenta como vantagem principal, a rapidez
na conclusão dos resultados e a possibilidade de automação que padroniza os
resultados (MÉDICI et al., 2000). No Brasil, para a realização de sorologia para o
BoHV-1 por ELISA indireto são disponíveis apenas kits comerciais importados, o
que aumenta consideravelmente o custo do diagnóstico. Somente o seu valor de
aquisição, não considerando os custos necessários para a sua implantação, pode
ser superior a US$ 1.20 por amostra. Esse elevado custo pode, em muitas
situações, inviabilizar a elaboração de levantamento epidemiológicos (FERREIRA
et al, 2005).
O maior problema em testes sorológicos para o BoHV-1 é a
incapacidade de diferenciação sorológica entre os animais vacinados e os
naturalmente infectados, assim como a diferenciação entre BoHV-1 e BoHV-5.
Assim, vacinas com deleção da glicoproteína E (gE) têm sido desenvolvidas para
o primeira caso. Como na vacina o gene está deletado, apenas animais
naturalmente infectados irão apresentar o anticorpos anti-gE. Contudo, ao se
fazer uso deste tipo de vacina é necessário que testes de ELISA que detecta
31
anticorpos contra a proteína deletada do vírus vacinal (gE) sejam utilizados
(OLIVEIRA, 2012). Até o presente nenhum teste sorológico com resultado
satisfatório foi desenvolvido no Brasil (TEIXEIRA et al., 2011; WELLENBERG et
al., 2001).
O BoHV-1 tem distribuição mundial, apresenta elevada morbidade e
baixa mortalidade. Casos de meningoencefalite por BoHV-5, apresentam baixa
morbidade e elevada mortalidade e com diagnósticos na Argentina e
principalmente no Brasil (RISSI et al., 2007; FAVIER et al., 2012). Na Ásia,
Filipinas, Cingapura, Siri Lanka e Vietnã nunca reportaram casos da doença
(ACKERMANN & ENGELS, 2006). A baixa prevalência de encefalite por
herpesvírius no hemisfério norte tem sido creditada aos programas de vacinação
contra o BoHV-1. Reações sorológicas cruzadas entre o BoHV-1 e BoHV-5
podem ocorrer e podem proteger animais vacinados e ao mesmo tempo mascarar
a prevalência de BoHV-5 (VOGEL et al., 2002b; THIRY et al., 2006).
Na Europa alguns países tem solicitado reconhecimento de livres de
IBR e outros estão adotando programas de controle ou erradicação.
Diferentemente do Brasil, na Espanha há um programa oficial específico para IBR.
Devido a grande variação na prevalência da doença entre os países europeus,
restrições a livre circulação de animais e produtos tem sido adotada. Desde 2003,
a OIE reconhece a Finlândia, Noruega, Suíça, Suécia, Dinamarca e Áustria como
livre de IBR (ACKERMANN & ENGELS, 2006; EIRAS et al., 2009).
No Brasil, o primeiro isolamento do BoHV-1 foi realizado na Bahia,
1978, a partir de pústulas vaginais de vacas, caracterizando a IPV (ROCHA et al.,
1999). Contudo a real prevalência da doença do Brasil ainda não é conhecida.
Evidências sorológicas da presença do BoHV-1 demonstraram que o agente está
presente no país há vários anos: HUBNER et al. (1996), POLETTO et al. (2004) e
HOLZ et al. (2009) no Rio Grande do Sul; MÉDICI et al. (2000) e DIAS et al. (2008)
no Paraná; MOREIRA et al. (2001) em São Paulo; ROCHA et al. (2001) em Minas
Gerais; SOUSA et al. (2009) no Maranhão; CERQUEIRA et al. (2000) na Bahia,
THOMPSON et al. (2006) na Paraíba. Em Goiás VIEIRA et al. (2003), BARBOSA
et al. (2005) e AFFONSO et al. (2010) verificaram coeficientes de 83,0%, 51,9% e
84,5%, respectivamente, demonstrando que o agente esta disseminado entre
animais, propriedades e municípios do estado.
32
ACKERMANN & ENGELS (2006) revisando pontos positivos e
negativos da erradicação do BoHV-1 expõem que apesar de alguns países
europeus terem conseguido a erradicação, os custos de tal evento são altíssimos
e só seriam viáveis em países cuja prevalência fosse baixa. A detecção e o abate
sanitário de portadores aparentemente saudáveis seriam inevitáveis no processo.
A vacinação tem sido usada no intuito de diminuir as perdas diretas e
minimizar a circulação do vírus em áreas endêmicas, pois elas reduzem a
severidade, a replicação e a transmissão, porém não impedem a infecção
(ACKERMAN & ENGLES, 2006). Infelizmente, o uso de vacinas tem apenas valor
temporário e limitado neste processo. Portanto, deve-se considerar muito bem a
relação custo x benefício.
No Brasil, no fim da década de 90, se iniciou a imunização com vacinas
importadas dos Estados Unidos, contudo em 2004, foi proibida a importação de
produtos biológicos daquele país, o que levou a importação de vacinas da
Argentina e do Uruguai. A ineficácia de tais vacinas em induzir níveis de
anticorpos protetores levou SILVA et al. (2007b) a avaliar as vacinas inativadas
comercializadas no Brasil naquele ano. Das seis vacinas avaliadas pelo grupo de
pesquisadores apenas a vacina de origem americana induziu níveis de anticorpos
compatíveis com proteção.
Diferentemente dos programas de controle e erradicação europeus
baseados, a princípio, no uso de vacinas e, a exemplo de BRADLEY (1985) e
ACKERMANN et al. (1990), DEL-FAVA et al. (1998) conseguiu erradicar o
herpesvírus bovino tipo 1 de um rebanho bovino. No referido trabalho, as vacas
secas, prenhes e em lactação, soropositivas, revelaram ser a fonte de infecção do
BoHV-1 e foram descartadas após diagnóstico por soroneutralização (SN). A
manutenção do rebanho livre foi possível mediante adoção de medidas como a
utilização de sêmen livre de BoHV-1, realização de quarentena no ingresso de
animais e exames sorológicos anuais visando impedir a reintrodução do vírus. No
entanto, isto só foi possível devido à baixa soropositividade inicial do rebanho
(15,6%) (DEL-FAVA et al., 1998).
2.3.3 Leucose Enzoótica Bovina
33
O BLV (bovine leukemia virus) pertence à Família Retroviridae,
Subfamília Orthoretrovirinae, gênero Deltaretrovirus (ICTV, 2012). O vírus é o
causador da leucose bovina enzoótica (EBL), uma neoplasia maligna do sistema
reticulo endotelial de bovinos, que tem três possíveis formas patológicas:
assintomática, linfocitose persistente e linfossarcoma (WILLEMS et al., 2000;
GILLET et al., 2007).
O impacto econômico do vírus esta relacionada ao descarte de bovinos
soropositivos e/ou clinicamente afetados pela doença, gastos com diagnóstico e
tratamento, condenação de carcaça em frigoríficos inspecionados além de
restrições ao comércio de animais, sêmen e embrião de animais soropositivos ao
vírus, por parte dos países importadores (DEL-FALVA & PITUCO, 2004;
TROIANO, 2009). No entanto, segundo ERSKINE et al. (2012c), o maior impacto
da doença está relacionado a queda da produtividade de rebanhos leiteiros
afetados pela doença no qual existe uma correlação negativa entre a presença do
BLV na propriedade e a produção de leite e longevidade das vacas. Assim, a
cada 10% de aumento nos índices de prevalência da infecção dentro do rebanho,
perde-se 10% nestes dois parâmetros. OTT et al. (2003) avaliaram o impacto da
doença em rebanhos leiteiros dos Estados Unidos e verificaram que há uma
redução de US$ 59 (218 kg/leite) no valor produtivo anual de cada vaca em
rebanhos infectados, o que, em toda a cadeia leiteira representa um prejuízo
anual de aproximadamente US$ 525 milhões. Para TROIANO (2009), a EBL é
uma doença negligenciada, uma vez que é pequena a quantidade de bovinos
afetada clinicamente pela mesma.
Segundo TRAININ et al. (1996) e AZEDO (2010), a produtividade do
rebanho pode ser comprometida pela evolução da doença, assim como a
capacidade responsiva do sistema imunológico a diferentes patógenos, uma vez
que o vírus pode levar ao desenvolvimento de imunossupressão. AZEDO et al.
(2011) demonstraram a vulnerabilidade funcional de monócitos infectados pelo
BLV e, no ano de 2008 ao avaliar a função fagocítica de linfócitos de bovinos
manifestando linfocitose persistente, verificaram uma menor atividade destas
células. Já GARCIA et al. (2002) afirmaram que a resposta imune do animal
somente é prejudicada durante a fase tumoral da doença, encontrando em seu
34
estudo que a resposta imune humoral não é diminuída durante a fase que
antecede o desenvolvimento dos linfossarcomas.
O BLV é esférico, contido em envelope glicoproteico, com diâmetro de
80 a 130 nm. O capsídeo icosaédrico envolve o nucleocapsídeo, que contém
duas fitas de RNA lineares, simples de sentido positivo. A principal proteína do
capsídeo é a p24, e do envelope é a gp51, esta última é o alvo preferencial para o
qual a produção de anticorpos é direcionada. A fita de RNA do BLV pode ser
dividida em três regiões bem definidas: gene gag (antígeno grupo específico), pol
(polimerase), env (envelope) as quais contem respectivamente, as informações
genéticas para proteínas estruturais, transcriptase reversa e glicoproteínas do
envelope (BRAGA et al., 1998). Além destes genes, o genoma do BLV possui
uma região denominada X, que codifica pelo menos quatro genes (Rex. Tax R3 e
G4) cujas funções estão relacionadas com a regulação transcripcional, póstranscripcional e capacidade de propagação do vírus in vivo (WILLEMS et al.,
2000; GILLET et al., 2007). A variabilidade genética do BLV não é grande e a
homologia entre os isolados de todo o mundo chega a 99%, no entanto, após
análise filogenética da gp51 de diversos isolados por todo o mundo sugere-se a
classificação do BLV em nove genótipos (MATSUMURA et al., 2011; BALIC et al.,
2012; RAVAZZOLO & COSTA, 2012).
Acredita-se que a doença tenha surgido na Europa, com o primeiro
relato datado de 1871 e, após a Segunda Guerra Mundial, devido ao aumento do
comércio internacional de bovinos, o vírus tenha se espalhado por todo mundo.
No Brasil a doença foi descrita primeiramente em 1943 por Rangel e Machado
(RAVAZZOLO & COSTA, 2012). Segundo DEL-FAVA & PITUCO (2004), estudos
sorológicos realizados em diversas regiões do Brasil indicam ampla distribuição
da infecção, sendo a prevalência nacional estimada em 50% (RODRÍGUEZ et al.,
2011).
MURAKAMI et al. (2011), ao analisarem a prevalência da infecção no
Japão e compararem a mesma entre as diferentes formas de exploração pecuária
exercida na propriedade, verificaram maior percentagem de animais soropositivos
em rebanhos leiteiros, seguidos de rebanhos de dupla aptidão e de corte. No
Brasil, esta realidade também se aplica (DEL-FAVA & PITUCO, 2004).
DEL FAVA & PITUCO (2004), numa revisão sobre a infecção da
35
leucose bovina no Brasil, apresentam um quadro onde constam mais de 30
estudos a respeito da prevalência da infecção nas diversas regiões do país
demonstrando porcentagens de infecção que vão desde zero a 70,9 %. Na região
metropolitana de Curitiba, Paraná, BARROS FILHO et al. (2009) encontraram
56,3% de bovinos com aptidão leiteira soropositivos ao vírus pela técnica de IDGA.
FRANDOLOSO et al. (2008) também analisando rebanhos de leite concluíram
que 61,5% das propriedades avaliadas na região nordeste do Rio Grande do Sul
apresentavam animais sororeagente ao BLV pela técnica de IDGA. Em São Paulo,
na serra de Botucatu, MEGID et al. (2003) por meio de um EIE, detectou
prevalência de 52,0 % entre bovinos avaliados. Avaliando gado curraleiro criados
em Goiás e Tocantins, SILVA et al. (2005) encontraram valores de prevalência
bem abaixo dos verificados em outros estudos, sendo a infecção registrada nas
quatro propriedades investigadas com soroprevalência variando de 3,44 a 6,86%.
Em condições naturais, o vírus pode infectar bovinos, zebuínos, búfalos,
capivaras e alpacas (GILLET et al., 2007; LEE et al., 2012; RAVAZZOLO &
COSTA, 2012). Infecções experimentais já demonstraram a susceptibilidade de
ovinos, caprinos, coelhos, ratos, galinhas e suínos (BURNY et al., 1988;
WILLEMS et al., 2000; FLORINS et al., 2011; RAVAZZOLO & COSTA, 2012).
O BLV apresenta baixa transmissibilidade, sendo a transmissão
horizontal a de maior relevância (BURNY et al., 1988). O vírus é encontrado
associado às células de defesa de bovinos infectados e somente é transmitido por
procedimentos/eventos que envolvam a transferência de linfócitos contaminados
a um bovino susceptível (BURNY et al., 1988; WILLEMS et al., 2000; GILLET et
al., 2007; RODRÍGUEZ et al., 2011). São poucos os materiais biológicos que
contêm concentrações de linfócitos infectados suficiente para a transmissão da
enfermidade, sendo o sangue e o leite são produtos biológicos considerados
como veiculadores da transmissão natural da infecção (LEUZZI JUNIOR et al.,
2001; MURAKAMI et al., 2011; RODRÍGUEZ et al., 2011).
Neste contexto, a transmissão iatrogênica é uma das mais importantes
formas de disseminação do vírus (BURNY et al., 1998; WILLEMS et al., 2000;
ERSKINE et al., 2012a). Procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos, como
castração, descorna, tatuagem , vacinações, pequenas cirurgias, palpação retal,
injeções para administração de medicamentos ou colocação de brinco sem os
36
devidos cuidados de profilaxia podem disseminar o vírus no rebanho (BURNY et
al., 1988; GUTIÉRREZ et al., 2011; ERSKINE et al., 2012a; MOROVATI et al.,
2012). A transmissão pela picada de moscas hematófagas já foi relatada e possui
importância em regiões com grande presença destes insetos (BURNY et al., 1998;
MURAKAMI et al., 2011; RODRÍGUEZ et al., 2011; ERSKINE et al., 2012a).
Embora o vírus possa ocasionalmente ser encontrado no sêmen de
touros, a inseminação artificial não parecer ser um meio importante de
disseminação, estando à infecção associada ao número de cruzamentos que o
touro executa (ERSKINE et al., 2012a). No entanto, centrais de coleta de sêmen
são desaconselhadas a manter touros positivos (DEL-FAVA & PITUCO, 2004).
ERSKINE et al. (2012a) consideraram que a transmissão pela monta
natural pode ocorrer, sendo este um fator de risco para a infecção onde o touro
infectado é apontado como o responsável pela transmissão para fêmeas, DELFAVA E PITUCO (2004) afirmaram que a quantidade de linfócitos infectados
presentes no sêmen não são suficientes a ponto de causar a infecção de fêmeas
soronegativas. No entanto, se houver coincidência de ambos, pênis e vulva,
estarem com trauma e o touro ser positivo para BLV, a infecção pela monta
natural é perfeitamente possível (ERSKINE et al., 2012a).
Vacas positivas prenhes podem transmitir o vírus para o feto. Estimase que a transmissão vertical pode chegar a 20%, com maior chance de infecção
para os bezerros nascidos de vacas com linfocitose persistente (DEL-FAVA &
PITUCO, 2004; ERSKINE et al., 2011; GUTIÉRREZ et al., 2011; RODRÍGUEZ et
al., 2011). A presença do vírus já foi descrita na glândula mamária e no leite
indicando a possibilidade de transmissão ao bezerro (LEUZZI JUNIOR et al., 2001;
GUTIÉRREZ et al., 2011). No entanto, esta via de transmissão só foi
demonstrada experimentalmente (RODRÍGUEZ et al., 2011). ACAITE et al. (2007)
apontaram que o tratamento térmico do colostro é uma medida preventiva para
evitar a infecção de bezerros. Em estudos que analisaram a transferência de
embriões a partir de doadoras infectadas pelo BLV, não foi detectada transmissão
para os embriões ou para as receptoras (LEUZZI JUNIOR et al., 2001).
Apesar de ser um vírus de baixa transmissibilidade, uma das
características da infecção é sua elevada prevalência, quando presente num
rebanho, podendo alcançar índices de 80-90% em vacas de rebanhos de aptidão
37
leiteira (ACAITE et al., 2007; MOROVATI et al., 2012). Isto se deve
provavelmente a falta de cuidado com procedimentos que permitem o repasse
sanguíneo de um bovino a outro, fato este discutido logo acima, a respeito da via
de transmissão iatrogênica (MOROVATI et al., 2012). Tanto a prevalência quanto
a incidência são mais baixos em animais jovens, e aumentam consideravelmente
com o avançar da idade (GUTIÉRREZ et al., 2011; MURAKAMI et al., 2011;
ERSKINE et al., 2012b; MOROVATI et al., 2012).
Ao infectar um bovino susceptível, o BLV rapidamente integra de forma
aleatória cópias do seu genoma ao genoma do hospedeiro sob forma de um
provírus, isto ocorre principalmente nos linfócitos B (GILLET et al., 2007). Além
disto, o vírus tem um curto período de viremia após a infecção, seguido por longo
período de latência. Partículas virais estão presentes na corrente sanguínea cerca
de dez dias pós-infecção, porém, após duas semanas, já não são mais
detectadas (BURNY et al., 1988; LEUZZI JUNIOR et al., 2001; NUOTIO et al.,
2003). Anticorpos anti-BLV, induzidos para as proteínas virais p24 e gp51, são
detectados após três a dezesseis semanas de infecção no sangue dos bovinos
infectados (NUOTIO et al., 2003). Uma vez infectado o bovino permanece como
portador por toda a vida sendo considerado uma fonte de infecção para os
susceptíveis (GILLET et al., 2007).
O período de evolução da doença é longo e geralmente cursa de forma
inaparente, sendo o animal assintomático um importante transmissor do vírus
(DEL-FAVA & PITUCO, 2004). Cerca de 20-30% dos animais infectados
desenvolvem linfocitose persistente, com aumento do número de linfócitos B
circulantes, e somente 5-10% dos animais portadores chegam a linfossarcomas
de evolução fatal (WILLEMS et al., 2000; GILLET et al., 2007; RODRÍGUEZ et al.,
2011). A susceptibilidade à linfocitose persistente e ao linfossarcoma está
associada a fatores genéticos do hospedeiro. Desta forma, a apresentação clínica
da enfermidade pode variar entre rebanhos afetados pelo agente (BURNY et al.,
1998; KABEYA et al., 2001; DEL-FAVA & PITUCO, 2004). O estágio tumoral
comumente desenvolve-se em bovinos de quatro a oito anos de idade (GILLET et
al., 2007).
Qualquer expressão de antígenos do BLV incita a eliminação desta
célula pelo sistema imunológico do bovino (GILLET et al., 2007). Desta forma, a
38
persistência do vírus no organismo hospedeiro é possível apenas com base na
expansão clonal das células contendo o provírus (SOUZA et al., 2011). STONE et
al. (2000) encontraram evidências de que linfócitos infectados pelo BLV
aumentam a sobrevivência destas células por estacionar o ciclo celular em G0/G1,
atrasando, assim, a apoptose fisiológica que ocorre na fase G2. Além disto, o BLV
também se mostrou capaz de promover a proliferação de linfócitos B por estimular
a síntese de interleucina 2 por linfócitos TCD4+. LIBERA et al. (2012), ao
avaliarem a população leucocitária de bovinos infectados pelo BLV comprovaram
o aumento significativo no número de linfócitos B nos animais com linfocitose
persistente. Desta forma, os pesquisadores supõem que esta estratégia garante
ao vírus grande poder de persistência, uma vez que, além de retardar a morte das
células infectadas, ainda aumentam o número de células alvo. Tais ações levam a
um aumentam do número de linfócitos circulantes e estão relacionadas ao início
do desenvolvimento de linfocitose persistente (STONE et al., 2000; ERSKINE et
al., 2011; SOUSA et al., 2011; LIBERA et al., 2012).
Revisando os eventos imunológicos envolvidos na infecção de bovinos
pelo BLV, KABEYA et al. (2001) apontaram que o desenvolvimento de linfocitose
persistente está relacionado ao perfil de resposta imunológica desenvolvido pelo
hospedeiro. Desta forma, animais com perfil de resposta Th1 geralmente são
aleucêmicos, ao passo que, animais com perfil de resposta Th2 geralmente
manifestam linfocitose persistente. Os autores sugeriram que o perfil de citocinas
expressos por estas duas respostas podem definir a evolução da doença.
Com relação ao aparecimento dos linfossarcomas, RODRÍGUEZ et al.
(2011) descreveram que uma pequena parcela (5 a 10%) dos bovinos infectados
pelo vírus desenvolvem tumores sendo o aumento dos linfonodos o principal
achado presente nos bovinos afetados pela doença. As complicações devido aos
tumores estão relacionadas ao local de formação das massas tumorais e são
mais comuns no trato gastrointestinal, coração e medula (BRAGA et al., 1998;
RODRÍGUEZ et al. 2011). Desta forma, os tumores que se desenvolvem no trato
gastrointestinal, em especial no abomaso, podem ocasionar obstruções ou
provocar úlceras que podem resultar em disfunções digestivas, anorexia e perda
de peso. Tumores presentes na medula espinhal podem levar ao aparecimento de
distúrbios neurológicos. Falhas cardíacas podem ocorrer nos casos em que há
39
infiltração linfocitária nas células cardíacas (BRAGA et al., 1998).
Na necropsia dos animais afetados pela forma neoplásica da doença
com a formação de massas encontra-se aumento generalizado dos linfonodos,
que ao corte apresentam uma superfície branco-amarelada, sem distinção entre a
cortical e medular (RAVAZZOLO & COSTA, 2012). Massas tumorais com o
mesmo aspecto podem ser encontradas em diversos órgãos como coração, rins,
intestinos, abomaso, medula espinhal e útero (GILLET et al., 2007). O exame
histopatológico revela proliferação das células da linhagem linfocítica e infiltração
massiva de células mononucleares nos órgãos afetados (RAVAZZOLO & COSTA,
2012).
A suspeita de que um bovino é acometido por BLV pode ser levantada
quando se observa aumento do volume de linfonodos superficiais, aumento do
número de linfócitos no hemograma, distúrbios digestivos persistentes com
anorexia e perda de peso, presença de massas tumorais no intestino e paralisia
dos membros posteriores (BRAGA et al., 1998). No entanto, nenhum desses
achados é patognomônico e o diagnóstico definitivo só pode ser estabelecido
após realização de exames histopatológicos associado ou não a sorologia
(RAVAZZOLO & COSTA, 2012).
Os testes sorológicos são utilizados para detectar a condição de
portador. Os dois testes preconizados pela OIE para a EBL para serem
empregados no diagnóstico da infecção pelo BLV são a imunodifusão em gel ágar
(IDGA) e o EIE, sendo os dois testes direcionados, geralmente, a gp51. A
simplicidade, praticidade e custo baixo fizeram com que o teste de IDGA fosse
aceito rapidamente em todo o mundo, tornando-se o teste oficial para detecção de
anticorpos anti-BLV (BRAGA et al., 1998). Os testes imunoenzimáticos também
são utilizados para a determinação da soropositividade ao BLV e, nos casos de
programas de erradicação, são mais indicados que a IDGA por apresentarem
maior sensibilidade, maior praticidade, capacidade de análise de um grande
número de amostras e automação (ACAITE et al., 2007).
Resultados falso-positivos aos testes sorológicos podem ocorrer devido
à imunidade passiva (ACAITE et al., 2007). Bezerros com menos de seis meses
podem ser soropositivos em resposta a infecção ou devido a anticorpos maternos
adquiridos via colostro. Esses anticorpos desaparecem com seis/sete meses de
40
idade e, após este período, o resultado do teste sorológico torna-se mais confiável
(RODRÍGUEZ et al., 2011; RAVAZZOLO & COSTA, 2012). Resultados falsonegativos também podem ocorre, sobretudo, em fêmeas prenhes nas
proximidades do parto, devido ao sequestro de anticorpos para o colostro
(ACAITE et al., 2007).
A PCR, que detecta o DNA proviral, é o único método direto
recomendado pela OIE para detecção do BLV. A técnica é sensível, específica e
permite a diferenciação de bezerros infectados verticalmente daqueles que
possuem anticorpos em decorrência da ingestão de colostro (LEUZZI JUNIOR et
al., 2001, GUTIÉRREZ et al., 2011). Além disto, a técnica permite mensurar a
carga proviral dos animais identificando aqueles com maior potencial de transmitir
o agente (GUTIÉRREZ et al., 2011; RODRÍGUEZ et al., 2011). DIAS et al. (2012)
verificaram que a PCR quantitativa pode ser usada em programas de diagnóstico
oficial da enfermidade uma vez que possui sensibilidade e especificidade
satisfatórias frente as técnicas de IDGA e PCR tradicional atualmente
preconizadas pelos programas oficiais.
Não existe, atualmente, vacina ou tratamento efetivo para controle da
doença, assim a prevenção pautada em medidas profiláticas de controle e
erradicação são importantes e vantajosas economicamente. No Brasil, não há um
programa oficial de controle da doença, no entanto o Ministério da Agricultura
colabora com programas que visam o controle por meio de restrições a compra e
entrada de animais soropositivos no país (TROIANO, 2009).
Como a principal via de transmissão do BLV é a horizontal a adoção de
rígidas práticas de manejo associadas com o uso de medidas sanitárias e
profiláticas podem ajudar no controle e até na erradicação da infecção dos
rebanhos. Como medida inicial devem ser realizados testes sorológicos com
identificação de animais positivos (NUOTIO et al., 2003; RAVAZZOLO & COSTA,
2012). Nos rebanhos com baixa prevalência o descarte dos positivos é a melhor
alternativa. Nos rebanhos com elevada prevalência ou naqueles onde o descarte
não é bem visto, como em rebanhos de elite, a segregação dos positivos e
adoção de medidas que minimizem o risco de transmissão parece ser a melhor
alternativa para diminuir a prevalência (RODRÍGUEZ et al., 2011). A condição
sorológica dos animais deve ser monitorada a cada seis meses, com a qual se
41
avalia a eficácia das mediadas adotadas (RAVAZZOLO & COSTA, 2012).
Entre as diversas medidas que podem ser adotadas para o controle da
infecção em rebanhos infectados RODRÍGUEZ et al. (2011) cita: uso de agulhas,
seringas
e
luvas
de
palpação
descartáveis/esterilizados/desinfetados
descartáveis;
nos
uso
procedimentos
de
de
materiais
castração,
descorna, tatuação, marcação; não alimentar bezerros com leite de vacas
soropositivas; combate a moscas hematófagas; utilização de sêmen e embriões
de doadores soronegativos para BLV. Já para os rebanhos livres, os mesmo
autores indicam que o teste sorológico e a quarentena associados a medidas de
bioseguridade são capazes de preservar a condição do rebanho.
BRAGA et al. (1997) avaliaram três métodos de controle para o VLB
em rebanho leiteiro: I) teste e eliminação de soropositivos; II) teste e segregação
de soropositivos e; III) manejo misto com adoção de medidas preventivas. Na
propriedade onde houve baixo nível de infecção inicial associado à remoção do
animal soropositivo demonstrou ótimo resultado, sem soroconversão posterior a
eliminação do mesmo. Na propriedade onde apesar do baixo índice de
soropositividade houve relutância em eliminar os positivos a incidência foi de 20%
no período considerado, a passo que naquele que onde optou-se pela
segregação de animais houve apenas uma soroconversão no período avaliado,
ficando a incidência em 4,5%. Já nas propriedades que adotaram o manejo misto
os índices de soroconversão variaram de 2,6 a 50,0%, indicando que as medidas
preventivas somete são eficazes quando há comprometimento dos criadores com
tais condutas. Este estudo demonstrou ainda que bezerros nascidos de mães
positivas podem ser usados para reposição, bastando que sejam tomadas as
devidas medidas profiláticas para evitar sua contaminação como aleitamento com
leite de vaca soronegativa ou o uso de leite da própria mãe tratamento
termicamente adequado antes de sua administração. GUTIÉRREZ et al. (2011)
acompanharam um grupos de bezerras do nascimento até a primeira lactação e
concluíram que os cuidados profiláticos são suficientes até a entrada das novilhas
no período reprodutivo. A partir deste período, estas medidas por si só não foram
capazes de impedir a soroconversão, indicando que outras vias poderiam estar
envolvidas no processo disseminação do BLV.
Ainda, segundo BRAGA et al. (1997), uma das principais dificuldades
42
na implantação de um programa para o controle da doença reside na falta de
motivação por parte dos produtores e isto se deve principalmente pelo fato das
perdas causadas pela doença serem inaparentes, além da falta de incentivo
governamental. A Finlândia, após 30 anos de implantação do programa de
combate ao BLV, conseguiu erradicar a infecção e, de acordo com NUOTIO et al.
(2003), esta condição foi alcançada graças aos seguintes fatores: I) baixa
prevalência
inicial,
o
que
permitiu
o
teste
e
abate
dos
animais
suspeitos/soropositivos; II) Legislação nacional a respeito da doença, constando
compensação financeira quando do abate de animais suspeitos/soropositivos; III)
comprometimento dos criadores.
43
3 JUSTIFICATIVA
A realização deste estudo é justificável pelo risco de extinção e, desta
forma, da necessidade de conservação, das raças Curraleiro Pé-Duro e
Pantaneiro. Assim toda e qualquer ação direcionada a manutenção, expansão,
conservação e agregação de conhecimento a cerca deste importante patrimônio
genético nacional deve ser considerado indispensável para que tal intuito seja
alcançado.
Tendo em vista que uma das formas de se conservar estes animais é a
maior circulação dos mesmos entre os criatórios e, por conseguinte, maior risco
de disseminação de patógenos, uma avaliação da condição sanitária destes
bovinos torna-se relevante. Assim doenças como a BVD, IBR e VLB que,
comprometem a eficiência reprodutiva de um rebanho, ganham destaque.
O conhecimento do status soroepidemiológico destas doenças nos
rebanhos, pautado num diagnóstico reconhecidamente eficiente, permite que
estratégias de prevenção e controle sejam adotadas dentro dos núcleos. Desta
forma este estudo contribui, juntamente com tantos outros, no aumento do
conhecimento a cerca do perfil sanitário dos rebanhos de Curraleiro Pé-Duro e
Pantaneiro, contribuindo para manutenção de sua identidade genética.
44
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
- Avaliar o perfil sanitário para enfermidades virais relacionadas à esfera
reprodutiva e produtiva em núcleos de conservação/propriedades de bovinos
Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro criados de forma extensiva nos biomas Cerrado
e Pantanal.
4.2 Objetivos específicos
- Determinar a frequência da infecção pelo vírus da diarréia viral bovina em
bovinos Curraleiro Pé-Duro.
- Determinar a frequência da infecção pelo herpesvírus bovino tipo 1 em bovinos
Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro.
- Determinar a frequência da infecção pelo vírus da leucose enzoótica bovina em
bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro.
45
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Área de estudo
O estudo foi realizado com bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro de
propriedades situadas nos estados de Goiás, Tocantins e Piauí. Estes estados
estão situados no bioma Cerrado, que ocupa uma área de 2.036.448 Km²
(23,92%) do território brasileiro, sendo o segundo maior bioma do país. Este
bioma caracteriza-se por clima tropical quente sub-úmido, com uma estação seca
e outra chuvosa. A precipitação anual varia de 600-2.200 mm, e as temperaturas
médias ficam entre 22°C e 27°C. Existem algumas formações florestais, no
entanto, a cobertura vegetal característica é a savana (IBGE, 2004).
No estudo foram incluídos também bovinos da raça Pantaneiro,
provenientes de propriedades criadoras nos estados do Mato Groso e Mato
Grosso do Sul situadas dentro do bioma Cerrado e Pantanal. De acordo com o
IBGE (2004), o bioma pantanal ocupa uma área de 150.355km² (1,76%) do
território brasileiro, sendo o menor bioma do país estando presente apenas nos
dois estados supracitados. Este bioma se caracteriza por ser a maior superfície
inundável interiorana do mundo. O clima é quente e chuvoso no verão, e ameno e
seco no inverno. A precipitação varia entre 1.000-1.400 mm anuais. A vegetação
é a mesma do cerrado.
5.2 Características dos criatórios
5.2.1 Bovinos Curraleiro Pé-Duro
As características dos criatórios de bovinos Curraleiro Pé-Duro são
semelhantes entre os diversos criatórios. O sistema produtivo é extensivo, com
emprego tecnológico considerado de nível médio, baixo custo de produção, pouco
retorno financeiro para a atividade e risco de endogamia. Os bovinos são
alimentados com pastagem natural sendo fornecido sal mineral. Poucas
propriedades praticam suplementação alimentar (FIORAVANTI et al., 2011)
46
A exploração dos bovinos de raças locais não é a principal atividade
exercida na propriedade. Os machos que não são selecionados para reprodução
são castrados para posterior abate. Algumas fêmeas são ordenhadas.
Geralmente tanto a carne quanto o leite obtidos são destinados para consumo
próprio. As vacinas administradas aos rebanhos são aquelas preconizadas pela
legislação nacional (aftosa, brucelose, raiva) e, em algumas propriedades, é
realizada vacinação contra clostridioses. O comércio desses animais não é uma
prática comum uma vez que os animais não possuem um valor de mercado
estabelecido e raramente são comercializados (GUIMARÃES, 2011).
Informações
sobre
parâmetros
produtivos
e
reprodutivos
são
observacionais e, desta forma, inexatos. A reposição de reprodutores é realizada
com animais do próprio criatório. A monta natural é o método adotado pelos
criatórios estando machos e fêmeas em contato o ano todo. A primeira cobertura
geralmente ocorre entre 2,0 – 2,5 anos de idade e o primeiro parto aos 3,0-3,5
anos (FIORAVANTI et al., 2011). Além disto, não há relatos de problemas de
escala reprodutiva como abortos ou natimortalidade (GUIMARÃES, 2011).
Há um grande nível de satisfação por parte dos criadores, que
justificam seu interesse primeiramente baseado na tradição cultural e familiar e
esta, por sua vez, pautada em características intrínsecas aos animais como maior
resistência a enfermidades e plantas tóxicas, rusticidade, facilidade com manejo,
capacidade de se alimentar de pastos nativos, excelente sabor da carne e do leite,
entre outros atributos positivos pontuados (FIORAVANTI et al., 2011).
5.2.2 Bovinos Pantaneiros
Como características gerais os dos dois principais núcleos de criação
de Pantaneiro, propriedade de Poconé e de Corumbá são semelhantes ao gado
Curraleiro Pé-Duro, tem-se o sistema de exploração extensivo, baixo investimento
financeiro, alimentação baseada em pastagem natural, exceto a propriedade
localizada no município de Poconé (MT) onde a pastagem é composta por
braquiária e capim colonião (JULIANO et al., 2011). O manejo reprodutivo
adotado pela propriedade de Corumbá, no período de coleta das amostras foi a
monta natural com emprego de estação de monta. Os produtos da reprodução
47
geralmente são selecionados e cerca de 10% dos animais são mantidos no
rebanho, sendo o restante comercializado. Todos os núcleos apresentam poucas
áreas inundáveis, o que não prejudica o acesso dos animais a pastagem. O
calendário imunoprofilático inclui vacinas para febre aftosa, brucelose, carbúnculo
sintomático e, em algumas propriedades, para botulismo e raiva (JULIANO et al.,
2011).
Nos rebanhos de Corumbá não são relatados surtos ou casos clínicos
de doenças reprodutivas, apesar de haver soropositividade para diversos agentes
patogênicos como, toxoplasmose, neosporose, diarréia viral bovina, rinotraqueíte
infecciosa bovina entre outros. Os índices reprodutivos registrados na propriedade
de Poconé estão acima dos observados em propriedades que praticam a pecuária
tradicional do Pantanal, sendo a taxa de prenhes de 71% e a taxa de natalidade
de 70%. Abortos não são comuns e são reconhecidos quando a vaca apresenta
sinais de parto sem bezerro ao pé. Em geral, não se tem acesso aos fetos
abortados ou natimortos, pois é frequente a predação destes por animais
carnívoros silvestres (JULIANO et al., 2011).
Os dois núcleos de conservação, implantados mais recentemente
estão localizados em região típica do Cerrado, nos municípios de Rochedo e
Aquidauana, ambos iniciaram seus rebanhos com animais provenientes da
Fazenda Nhumirim. O núcleo de Rochedo utiliza sistema produtivo extensivo em
pastagens cultivadas com suplementação mineral-proteica. O núcleo de
Aquidauana, o NUBOPAN, constitui-se de um rebanho experimental para
pesquisa com produção leiteira e os animais são criados em sistema intensivo,
estabulados, com fornecimento de volumoso e ração no cocho. Quando as
amostras foram colhidas nessas duas propriedades, os núcleos estávam no início
de implantação e o manejo reprodutivo a ser realizado seria a inseminação
artificial em tempo fixo (IATF) e a fecundação in vitro, para os núcleos de
Aquidauana e Rochedo, respectivamente (JULIANO, comunicação pessoal).
5.3 Colheita, remessa e armazenamento das amostras
Neste estudo foram utilizadas amostras de bovinos Curraleiro Pé-Duro
e Pantaneiro de diferentes sexos e idades, clinicamente saudáveis, não vacinados
48
para BVDV, BoHV-1 (IBR) e BLV, componentes de um banco de amostras
colhidas por ocasião das visitas aos núcleos de conservação das raças em
atividades, realizadas pela equipe da Rede Pró-Centro Oeste, em 2011.
A colheita de sangue foi realizada por venopunção da veia jugular, com
uso de tubos a vácuo esterilizados e sem anticoagulante, tipo vaccutaniner®,
deixados em descanso em temperatura ambiente até retração do coágulo para
obtenção do soro. O soro obtido foi transferido para tubos, tipo eppendorf®, de 1,5
mL, acondicionados em caixas isotérmicas contendo gelo reciclável e remetidos
ao Laboratório Multiusuário de Pós-Graduação EVZ/UFG e armazenados em
freezer a -18C. Posteriormente, por ocasião deste estudo, as amostras foram
remetidas ao Laboratório de Virologia Animal do IPTSP/UFG e mantidos sob as
mesmas condições para posterior análise.
5.4 Avaliação sorológica dos animais
5.4.1 Detecção de anticorpos anti-BVDV
Para a determinação de frequência de soropositivos a anticorpos antiBVDV foram testadas 911 amostras. A amostragem foi composta por soros de
bovinos Curraleiro Pé-Duro, proveniente de quatro propriedades de GO, quatro do
TO e sete do PI, totalizando 15 propriedades (Quadro 1).
A detecção de anticorpos anti-BVDV foi realizado por meio da técnica
de EIE indireto utilizando kit comercial (HERDCHEK BVDV TOTAL Ab® Idexx
Laboratories) seguindo as recomendações do fabricante.
A técnica é baseada na reação que ocorre quando anticorpos antiBVDV presentes na amostra se ligam a antígenos de BVDV imobilizados na placa.
Após a incubação das amostras nas cavidades, anticorpos de captura contra o
BVDV são detectados pelo conjugado adicionado. O kit utiliza anti-igG conjugado
a peroxidase e peróxido de hidrogênio como substrato enzimático, associado a
um cromógeno (3,3’, 5, 5’ tetrametilbenzidina – TMB), resultando em cor azul nas
amostras positivas e que, após a adição da solução de interrupção, se torna
amarela.
49
O resultado da reação foi obtido através da leitura da densidade óptica
(DO) das amostras em teste em leitora de ensaio imuno-enzimático (EIE) (Thermo
Labsystems Multiskan), com base na DO dos controles positivo e negativo, em
filtro de 450 nanômetros. Considerou-se positiva a amostra cuja razão
[DOamostras/XCP-XCN] foi igual ou maior que 0,3. Considerou-se negativas a
amostra cuja razão [DOamostra/XCP-XCN] foi menor que 0,2. As amostras cuja
razão [DOamostra/XCP-XCN] foi maior ou igual a 0,2 e menor que 0,3, foram
consideradas suspeitas.
QUADRO 1 - Estado, identificação e número de amostras de cada propriedade
criadora de bovinos Curraleiro Pé-Duro submetidos ao teste de EIE para detecção
de anticorpos anti-BVDV
Estado
Propriedade
N° de amostras
Goiás
1A
223
1B
47
1C
67
1D
48
Subtotal
385
Tocantins
1E
81
1F
19
1G
40
1H
18
Subtotal
158
Piauí
1I
15
1J
59
1K
36
1L
50
1M
15
1N
40
1O
153
Subtotal
368
TOTAL
911
5.4.2 Detecção de anticorpos anti-BoHV-1
Para a determinação de frequência de soropositivos a anticorpos antiBoHV-1 foram testadas 878 amostras. A amostragem foi composta por 623 soros
50
de bovinos Curraleiro Pé-Duro, proveniente de sete criatórios de Goiás. Já a
amostragem dos bovinos Pantaneiros foi composta por 255 soros de um criatório
do Mato Grosso e três do Mato Grosso do Sul, totalizando quatro propriedades
(Quadro 2).
A detecção de anticorpos anti-BoHV foi realizado por meio da técnica
de EIE utilizando kit comercial (HERDCHEK IBRgB ® Idexx Laboratories)
seguindo as recomendações do fabricante. O resultado da reação foi obtido
através da leitura da densidade óptica (DO) das amostras em teste em leitora
(Thermo Labsystems Multiskan), com base na DO dos controles positivo e
negativo, em filtro de 450 nanômetros. Considerou-se positiva a amostra cuja
porcentagem de bloqueio foi igual ou maior que 55%, como negativa a amostra
com porcentagem de bloqueio menor que 45% e como suspeita, as amostras
maiores ou iguais a 45% e menores que 55%. O kit utiliza anti-IgB conjugado a
peroxidase, e peróxido de hidrogênio como substrato enzimático, associado a um
cromógeno (3,3’, 5, 5’ tetrametilbenzidina – TMB), resultando em cor azul nas
amostras positivas e que, após a adição da solução de interrupção, se torna
amarela.
QUADRO 2 - Estado, propriedade, raça e número de amostras de cada
propriedade criadora de bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro submetidos ao
teste de EIE para detecção de anticorpos anti-BoHV-1
Raça
Estado
Propriedade
N° amostras
Goiás
2A
223
2B
60
2C
42
Curraleiro Pé-Duro
2D
79
2E
67
2F
48
2G
104
Subtotal
623
Mato Grosso do
2H
99
Sul
Pantaneiro
2I
38
2J
14
Mato Grosso
2K
104
Subtotal
255
TOTAL
878
51
5.4.3 Detecção de anticorpos anti-BLV
Para a determinação de frequência de soropositivos a anticorpos antiBLV foram testadas 1.481 amostras de bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro.
A amostragem foi composta por 1.226 soros de bovinos Curraleiro Pé-Duro,
proveniente de nove propriedades de Goiás, quatro do Tocantins e sete do Piauí,
totalizando 20 propriedades. Já a amostragem dos bovinos Pantaneiros foi
composta por 255 soros provenientes de uma propriedade do Mato Grosso e três
do Mato Grosso do Sul, totalizando quatro propriedades (QUADRO 3).
QUADRO 3: Estado, raça e número de amostras de cada propriedade criadora de
bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro submetidos ao teste de EIE para
detecção de anticorpos anti-BLV
Raça
Estado
Propriedade
N° de amostras
Curraleiro Pé Duro
Goiás
Curraleiro Pé Duro
Tocantins
Curraleiro Pé Duro
Piauí
Subtotal
Pantaneiro
Pantaneiro
Subtotal
TOTAL
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
3A
3B
3C
3D
3E
3F
3G
3H
3I
3J
3K
3L
3M
3N
3O
3P
3Q
3R
3S
3T
20
3U
3V
3W
3X
4
24
223
60
42
47
79
67
48
104
30
81
19
40
18
15
153
50
59
15
40
36
1.226
99
38
14
104
255
1481
52
A detecção de anticorpos anti-BLV foi realizado por meio da técnica de
EIE utilizando kit comercial (CHEKIT Leucose Serum ® Idexx Laboratories)
seguindo as recomendações do fabricante. O resultado da reação foi obtido
através da leitura da densidade óptica (DO) das amostras em teste em leitora
(Thermo Labsystems Multiskan), com base na DO dos controles positivo e
negativo, em filtro de 450 nanômetros. Considerou-se positiva a amostra cuja taxa
de bloqueio foi igual ou maior que 40%, como negativa a amostra com taxa de
bloqueio menor que 30% e como duvidoso as amostras maiores ou iguais a 30%
e menores que 40%. O kit utiliza anti-igG conjugado a peroxidase, e peróxido de
hidrogênio como substrato enzimático, associado a um cromógeno (3,3’, 5, 5’
tetrametilbenzidina – TMB), resultando em cor azul nas amostras positivas e que,
após a adição da solução de interrupção, se torna amarela.
5.5 Análise estatística
Utilizou-se análise estatística descritiva simples.
53
6 RESULTADOS
6.1 Sorologia para anticorpos anti-BVDV
O resultado da investigação soroepidemiológica das 911 amostras de
soro de bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro proveniente de 15 criatórios estão na
Tabela 1. Foram soropositivos ao EIE 46,5% (424/911) das amostras. Foram
identificados animais soropositivos em todas as propriedades numa proporção
que variou de 6,7% na propriedade 1I a 77,8% na propriedade 1K. Avaliando por
estado, Tocantins apresentou 49,4% de animais reagentes, Goiás 48,6% e Piauí
43,2%.
6.2 Sorologia para anticorpos anti-BoHV-1
A avaliação sorológica através de EIE comercial das amostras de soro
dos bovinos Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro proveniente dos 11 núcleos de
criação participante da Rede Pró-Centro Oeste mostrou que 64,4% (401/623) da
população de Curraleiro Pé-Duro é soropositiva para a infecção. O índice
encontrado para os bovinos Pantaneiros foi de 54,1% (138/255).
As frequências observadas nos diferentes criatórios, de acordo com a
raça e o Estado de origem esta apresentada na Tabela 2. Para o gado Curraleiro
Pé-Duro a propriedade 2D apresentou o menor índice de animais soropositivos ao
EIE (49,4%) e a propriedade 2A apresentou o maior índice de soropositivos
(76,2%). Para o gado Pantaneiro, dentre as propriedades com animais
soropositivos, a propriedade 2I foi a que apresentou menor índice para a infecção
(47,4%) e a propriedade 2K foi a que apresentou o maior índice de animais
soropositivos, 59,6%.
Todos os sete (100,0%) núcleos de criação dos Curraleiros Pé-Duro
apresentaram animais soropositivos. Entretanto dos quatro rebanhos, apenas três
(75,0%), de bovino Pantaneiro apresentaram amostras positivas a anticorpos antiBoHV-1.
54
Tabela 1 - Identificação das propriedades, número de amostras e frequência de
amostras positivas, negativas e suspeitas após o teste de EIE indireto para
detecção de anticorpos anti-BVDV em soro de bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro
nas 15 propriedades.
N° amostras (Frequência %)
Estado
Propriedade
Goiás
Subtotal
Positivo
Negativo
Suspeito
TOTAL
1A
140 (62,8)
66 (29,6)
17 (7,6)
223
1B
14 (29,8)
30 (63,8)
3 (6,4)
47
1C
27 (40,3)
38 (56,7)
2 (3,0)
67
1D
6 (12,5)
36 (75,0)
6 (12,5)
48
4
187 (48,6)
170 (44, 1)
28 (7,3)
385
1E
37 (45,7)
38 (46,9)
6 (7,4)
81
1F
4 (21,0)
13 (68,4)
2 (10,6)
19
1G
28 (70,0)
8 (20,0)
4 (10,0)
40
1H
9 (50,0)
7 (38,9)
2 (11,1)
18
4
78 (49,4)
66 (41,8)
14 (8,8)
158
1I
1 (6,7)
13 (86,6)
1 (6.7)
15
1J
27 (45,7)
26 (44,1)
6 (10,2)
59
1K
28 (77,8)
5 (13,9)
3 (8,3)
36
1L
16 (32,0)
29 (58,0)
5 (10,0)
50
1M
6 (40,0)
7 (46,7)
2 (13,3)
15
1N
11 (27,5)
18 (45,0)
11 (27,5)
40
1O
70 (45,7)
67 (43,8)
16 (10,5)
153
Subtotal
7
159 (43,2)
165 (44,8)
44 (12,0)
368
TOTAL
15
424 (46,5)
401 (44,0)
86 (9,5)
911
Tocantins
Subtotal
Piauí
6.3 Sorologia para anticorpos anti-BLV
A frequência de anticorpos anti-BLV no teste EIE das amostras de
bovinos Curraleiro Pé Duro e Pantaneiro estão na Tabela 3.
55
Tabela 2 - Frequência de amostras positivas, negativas e suspeitas após o teste
de EIE comercial para detecção de anticorpos anti-BoHV-1 em soro de bovinos da
raça Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro nos 11 núcleos de criação participantes
deste estudo.
N° amostras (Frequência %)
Estado
Propriedade
Goiás
Subtotal
Mato Grosso
do Sul
Subtotal
Mato Grosso
Subtotal
TOTAL
Positivo
Negativo
Suspeito
Total
n%
n%
n%
n
2A
170 (76,2)
49 (22,0)
4 (01,8)
223
2B
41 (68,3)
16 (26,7)
3 (05,0)
60
2C
21 (50,0)
20 (47,6)
1 (02,4)
42
2D
39 (49,4)
40 (50,6)
-
79
2E
45 (67,2)
22 (32,8)
-
67
2F
27 (56,2)
21 (43,8)
-
48
2G
58 (55,8)
35 (33,6)
11 (10,6)
104
7
401 (64,4)
203 (32,6)
19 (3,0)
623
2H
58 (58,6)
37 (37,4)
4 (04,0)
99
2I
18 (47,4)
18 (47,4)
2 (05,2)
38
2J
-
14 (100,0)
-
14
3
76 (50,3)
59(39,1)
25(16,6)
151
2K
62 (59,6)
40 (38,4)
2 (02,0)
104
1
62 (59,6)
40 (38,4)
2 (02,0)
104
11
539 (61,4)
312 (35,5)
27 (03,1)
878
Das 1.225 amostras de soro dos bovinos Curraleiro Pé-Duro criados
nos Estados de Goiás, Tocantins e Piauí testadas, 201 (16,4%) foram
soropositivas, sendo que em 19 das 20 propriedades foram detectados animais
soropositivos, indicando um índice de infecção para o rebanho Curraleiro Pé-Duro
de 95%. Das 19 propriedades que apresentaram pelo menos um animal
soropositivo, o menor índice verificado pertence à propriedade 3O, 1,3%, e o
maior foi verificado na propriedade 3M, 88,9%.
56
Tabela 3 - Frequência de amostras positivas, negativas e suspeitas após o teste
de EIE comercial para detecção de anticorpos anti-BLV em soro de bovinos da
raça Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro nas 24 propriedades participantes deste
estudo.
N° amostras (Frequência %)
Estado
Goiás
Subtotal
Tocantins
Subtotal
Piauí
Subtotal
Mato Grosso
do Sul
Subtotal
Mato Grosso
Subtotal
TOTAL
Propriedade
Positivo
Negativo
3A
7 (3,1)
215 (96,4)
3B
14 (23,3)
3C
Suspeito
Total
1 (0,4)
223
46 (76,7)
-
60
-
42 (100,0)
-
42
3D
12 (25,5)
35 (74,5)
-
47
3E
8 (10,1)
71 (89,9)
-
79
3F
9 (13,4)
58 (86,6)
-
67
3G
20 (41,7)
28 (58,3)
-
48
3H
20 (19,2)
84 (80,8)
-
104
3I
3 (10,0)
27 (90,0)
-
30
9
93 (13,3)
606 (86,6)
1 (0,1)
700
3J
28 (34,7)
53 (65,3)
-
81
3K
1 (5,3)
18 (94,7)
-
19
3L
17 (42,5)
23 (57,5)
-
40
3M
16 (88,9)
2 (11,2)
-
18
4
62 (39,2)
96 (60,8)
-
158
3N
6 (40,0)
9 (60,0)
-
15
3O
2 (1,3)
151 (98,7)
-
153
3P
4 (8,0)
44 (88,0)
2 (4,0)
50
3Q
11 (18,6)
47 (81,4)
-
58
3R
3 (20,0)
12 (80,0)
-
15
3S
7 (17,5)
33 (82,5)
-
40
3T
13 (36,1)
23 (63,9)
-
36
7
46 (12,5)
319 (87,0)
2 (0,5)
367
3U
17 (17,2)
80 (80,8)
2 (2,0)
99
3V
9 (23,7)
29 (76,3)
-
38
3W
1 (7,1)
13 (92,9)
-
14
3
27 (17,9)
122 (80,7)
2 (1,4)
151
3X
33 (31,7)
65 (62,5)
6 (5,8)
104
1
33 (31,7)
65 (62,5)
6 (5,8)
104
24
261
1.208
11
1480
57
Das 255 amostras de soro de gado Pantaneiro testadas, 60 (23,5%)
foram soropositivas. Todas as quatro propriedades avaliadas possuíam pelo
menos um animal soropositivo, sendo que o menor índice observado foi de 7,1%
na propriedade 3W e a maior de 31,7% na propriedade 3X.
Considerando o nível de infecção por estado e raça observa-se que
para os bovinos Curraleiro Pé-Duro, de Goiás o índice de soropositivos foi de
13,3%, do Tocantins foi de 39,2% e do Piauí, 12,5%. Já para o gado Pantaneiro,
no Mato Grosso do Sul o índice de soropositivos foi de 17,9% e para o Mato
Grosso do Sul foi de 31,7%.
58
7 DISCUSSÃO
7.1 BVDV
Neste estudo foi avaliada a soroprevalência de anticorpos anti-BVDV
em bovinos Curraleiro Pé-Duro em 15 criatórios da raça, totalizando 911 amostras,
valor que representa aproximadamente 30% das propriedades e 25% da
população de bovinos da raça, apontados pelo ultimo senso populacional
realizado por FIORAVANTI et al. (2011). Desta forma, os resultados deste estudo
revestem-se de inegável relevância para a população de bovinos Curraleiro PéDuro, uma vez que é o primeiro estudo voltado para a determinação da frequência
da infecção pelo BVDV nesta população.
O percentual geral observado de 46,5% (Tabela1) está dentro da faixa
de valores de prevalência de 18,0% a 84,0% identificados em vários estudos
realizados no Brasil conforme observado por FLORES et al. (2005) para uma
população bovina na qual o agente é endêmico. Estes mesmos autores, todavia,
destacam que na maioria dos estudos não foram feitas amostragens com bases
estatísticas e assim nem sempre representam dados de prevalência das
populações e regiões analisadas.
Apesar da frequência de anticorpos encontrada neste estudo, para o
estado de Goiás de 48,6%, estar um pouco abaixo do índice observado por
BRITO et al. (2010), quando estabeleceram a prevalência da infecção pelo BVDV
em bovinos do referido estado, é semelhante ao encontrado por GUIMARÃES et
al. (2001) quando avaliaram amostras de bovinos criados no entorno de Goiânia
(47,8%) utilizando também a técnica de EIE. Tal situação pode ser justificada pelo
fato dos animais provavelmente estarem submetidos às condições de solo, clima
e manejo semelhantes.
Não foram encontrados dados na literatura sobre a ocorrência da
infecção nos estados do Tocantins e do Piaui. Contudo, o índice observado de
49,4% para animais de rebanhos no Tocantins aproximam-se do observado para
os animais de Goiás, Curraleiros Pé-Duro ou não, e podem ser justificados, pois
os bovinos encontram-se em condições edafoclimáticas semelhantes.
No Piauí, o índice de 43,2% encontrado está abaixo do identificado por
59
CHAVES et al. (2009), SOUSA et al. (2009) e CHAVES et al. (2010) de 69,4%,
67,3% e 61,5% de soropositivos, respectivamente, avaliando fêmeas leiterias
criadas em diferentes regiões de estado do Maranhão. Apesar de serem estados
diferentes, por serem limítrofes e pertencerem à mesma região, provavelmente
apresentam algumas condições de clima, solo e manejo semelhantes. É
importante ressaltar que, diferente deste estudo, a maioria das análises foram em
animais de aptidão leiteira. Nestes, em geral, a criação intensiva favorece a
disseminação de agentes quando comparado com a criação extensiva (MÉDICI et
al. 2000).
A presença de animais soropositivos em todas as propriedades
analisadas, associada ao fato de que não se pratica a vacinação contra a
enfermidade, indica que o agente está presente de forma disseminada pelos
criatórios da raça à semelhança do que ocorre com a maioria dos rebanhos
brasileiros (GUIMARÃES et al., 2001; DIAS & SAMARA (2003); FLORES et al.,
2005; SOUZA et al., 2009).
Poucos são os estudos que identificaram a presença de rebanhos
negativos para a infecção e, mesmo assim, em baixa frequência (BRITO et
al.,2010; CHAVES et al., 2010). Em dois estudos (FRANDOLOSO et al., 2008;
ALMEIDA, 2010) foram identificados um elevado número de rebanhos
soronegativos. ALMEIDA (2010) sugeriu que o pequeno número de animais
soropositivos por rebanho pode favorecer a uma provável controle ou erradicação
da infecção nas criações. O autor destaca também que a observação de
prevalências mais baixas, como as verificadas em algumas propriedades neste
estudo, devem corresponder ao ponto de equilíbrio entre a pressão de infecção e
a limpeza da infecção destes rebanhos. Baixa prevalência pode ser uma condição
favorável para iniciar um programa de controle para BVDV na população
estudada, situação que pode ser aplicada em alguns rebanhos deste estudo.
Um ponto que merece atenção nos rebanhos de Curraleiro Pé-Duro é o
fato de que nas propriedades onde são criados há também a criação de bovinos
de outras raças (FIORAVANTI et al., 2011), desta forma estes animais em algum
momento podem entrar em contato com os Curraleiros Pé-Duro e, no caso de
infectados pelo BVDV, reiniciar o ciclo de transmissão da doença. Este fato torna
interessante a investigação sanitária destes bovinos quando do estabelecimento
60
de um programa de controle para a enfermidade, estabelecendo um programa
para toda a propriedade e não somente para o rebanho de bovinos da raça
Curraleiro Pé-Duro.
Não obstante, geralmente o gado Curraleiro Pé-Duro se alimenta em
pastos nativos, o que favorece o contato com animais silvestres (GUIMARÃES,
2011), potenciais portadores e transmissores do agente, tornando esta
característica um ponto a ser considerado numa futura avaliação dos fatores de
risco para o BVDV nas propriedades criadoras de gado Curraleiro Pé-Duro.
Salvaguardando as particularidades de cada propriedade e cada região,
independente da prevalência verificada, o controle do BVDV deve ser pautado
numa estratégica de teste e descarte de animais persistentemente infectados (PI).
Desta forma, como manejo a ser adotado nos rebanhos de bovinos Curraleiro PéDuro sugere-se testar animais soronegativos, Curraleiros Pé-Duro ou não, para
antígeno BVDV na tentativa de identificar bovinos PI e assim eliminá-los do
rebanho.
7.2 BoHV-1
A amostragem empregada neste estudo para bovinos Curraleiros PéDuro correspondeu a aproximadamente 17,0% da população da raça e de
aproximadamente 50,0% para Pantaneiros baseados nos últimos sensos
realizados (FIORAVANTI et al., 2011; JULIANO et al., 2011). Sendo assim, os
resultados apresentados neste estudo são importantes uma vez que estabelecem,
pela primeira vez, a prevalência da infecção pelo BoHV-1 em bovinos Curraleiro
Pé–Duro e permite uma segunda e mais abrangente avaliação da condição
sanitária dos bovinos Pantaneiro em relação ao BoHV-1.
Apesar de escassos, alguns estudos comprovam a presença da
infecção pelo BoHV-1 tanto em bovinos Curraleiro Pé-Duro (SANTIN, 2008),
quanto no bovino Pantaneiro (JULIANO et al., 2011). Para os bovinos Curraleiro
Pé-Duro, o índice de infecção detectado de 64,4%, está abaixo dos 91,1%
verificado por SANTIN (2008) para bovinos desta raça. Entretanto, em seu estudo,
SANTIN (2008) avaliou apenas 45 soros de animais de três rebanhos de
61
Curraleiro Pé-Duro, não representando uma amostragem feita com bases
estatísticas. Assim, o maior valor encontrado pode não representar a real
condição epidemiológica a que a população de bovinos Curraleiro Pé-Duro estava
exposta, mas sim o aqui obtido.
Como neste estudo apenas bovinos Curraleiro Pé-Duro do estado de
Goiás foram analisados, ao comparar o índice obtido de 64,4% com dados de
prevalência da infecção para bovinos de Goiás, verifica-se que tanto no estudo de
VIEIRA et al., (2003), 83,0%, quanto no estudo de AFFONSO et al. (2010), 84,5%,
foram identificados maior número de amostras sororeagentes para o BoHV-1.
Valores de prevalência mais baixos que os observados neste estudo foram
verificados por BARBOSA et al. (2005) 51,9%. Diferenças nos coeficientes da
infecção têm sido apontadas como consequência do tipo de população bovina
estudada, faixa etária, condições de manejo, técnicas de amostragem e de
diagnóstico utilizadas, além das heterogeneidades regionais de cada estudo
(LOVATO et al., 1995).
O coeficiente de 100% de propriedades positivas para o BoHV-1
também foi observado por SANTIN (2008) e aproxima-se dos índices identificados
por outros autores para o estado de Goiás (VIEIRA et al., 2003; BARBOSA et al.
2005) indicando que também a infecção por esse agente esta amplamente
disseminada nos rebanhos Curraleiros Pé-Duro a semelhança do que ocorre com
outras raças.
Para o gado Pantaneiro, JULIANO et al. (2011), pela técnica de SN,
analisaram amostras nos dois principais núcleos de conservação nos estados de
MS e MT, encontrando respectivamente os índices de 99,4% e 61,7%. Apesar da
média global observada aqui ter sido de 54,1%, se os resultados forem analisados
separadamente por estado, os índices para as três propriedades do MS (58,6%
47,4 e zero) são expressivamente menores do que o identificado por JULIANO et
al. (2011). Inclusive, a única propriedade analisada por estes autores também foi
analisada no presente estudo sendo identificada como 2H, onde foi notada uma
queda expressiva na prevalência, de 99,4% para 58,6%. Como de acordo com
JULIANO et al (2011), os animais pesquisados era constituída prioritariamente de
bovinos com menos de 24 meses, e nesta propriedade há comercialização da
maioria dos bezerros nascidos, a redução pode ter ocorrido em função da venda
62
de bezerros soropositivos no primeiro estudo, e que não participaram desta
segundo avaliação.
Situação semelhante à ocorrida com a propriedade do MS, no MT, uma
mesma propriedade, aqui identificada como 2K, foi avaliada no presente e no
estudo de JULIANO et al. (2011). Conforme mostrado neste estudo, o índice de
59,6% neste estudo é bastante semelhante ao do obtido no primeiro, 61,7%. Tal
similitude pode ser decorrente de que, provavelmente após a primeira avaliação
do rebanho para o BoHV-1, não houve alterações consideráveis no manejo
praticado na propriedade, não havendo portanto, alteração da condição sanitária
do rebanho frente à essa infecção.
Duas entre as três propriedades com animais reagentes identificadas
neste estudo foram também analisadas por JULIANO et al. (2011), que justifica o
índice de 100% de propriedades soropositivas identificadas por estes autores.
Das propriedades avaliadas pelo estudo, incluindo bovinos Curraleiro Pé-Duro e
Pantaneiro, o único rebanho soronegativo, localizado no estado de MS, é
composto por apenas 14 animais. Este rebanho foi formado com fêmeas de oito a
nove meses, nascidas na propriedade 2H, em 2009, anteriormente referida como
tendo sido analisada por JULIANO et al (2011). Estes animais provavelmente
devem ter sido adquiridos soronegativos e não devem ter sido submetidos a
fatores de potencial risco para a infecção mantendo-se assim, soronegativos.
Diferentes são os fatores apontados como de risco para a infecção pelo
BoHV-1 (DIAS et al. 2008; EIRAS et al., 2009). MÉDICI et al. (2000) afirmaram
que, de forma geral, as práticas de manejo intensivo possibilitam um maior risco
de transmissão de várias enfermidades infecciosas em comparação a bovinos
criados de forma extensiva, contudo os episódios de reativação e excreção viral
característicos das infecções por herpesvírus permitem a manutenção e
perpetuação do BoHV-1 nos rebanhos, independentemente do tipo de manejo
praticado.
Em diferentes estudos, um dos fatores frequentemente apontado como
de risco para a infecção é a idade, uma vez que com o avançar da idade
aumentam a chance de exposição ao agente (BARBOSA et al., 2005; DIAS et al.,
2008; EIRAS et al., 2009) Todavia este fator não pode ser avaliado pois não foi
registrada a idade dos animais amostrados. Entretanto, FIORAVANTI et al. (2011)
63
e GUIMARÃES (2011) relataram que uma das características dos criatórios de
Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro é a manutenção dos reprodutores por muitos
anos nos rebanhos, desta forma, é possível que, assim como nos outros estudos
citados, a idade dos animais pode estar influenciando a dinâmica de infecção pelo
BoHV-1 dentro dos criatórios deste estudo.
A semelhança do já descrito para o BVDV, o provável contato com
outros bovinos e mesmo com animais silvestres possíveis reservatórios presentes
na propriedade (FIORAVANTI et al., 2011; GUIMARÃES, 2011) podem ter
representado fatores de risco para a infeção, contribuindo assim para a
manutenção e disseminação do agente dentro dos rebanhos. Entretanto, para
estabelecer a importância de tais fatores na manutenção da infecção nos
rebanhos, um estudo específico combinando os resultados dos testes sorológicos
aos diferentes fatores deve ser realizado.
A variação de positividade entre os diferentes criatórios neste estudo,
independente, de ser Curraleiros Pé-Duro ou Pantaneiro, foi de 47,4%
(propriedade 2I) a 76,2% (propriedade 2A). Estes índices podem ser considerados
elevados quando se pensa em programas de erradicação da infecção como
preconizado por DEL-FAVA et al. (1998). De acordo com estes autores uma das
ações indicadas é da eliminação de animais soropositivo para o BoHV-1, mas que
só é viável em populações com baixos índices, caso diferente do estudo aqui
conduzido.
Diferentes estratégias podem ser adotadas para o controle da infecção
do BoHV-1 e vários fatores devem ser considerados para se eleger qual a mais
adequada, inclusive o índice de infecção (BRAGA et al., 1998; ACKERMAN &
ENGELS, 2006; NUOTIO et al., 2007). No caso específico de rebanhos com
percentuais mais elevados, como os identificados neste estudo, sugere-se a
tomada de medidas imediatas, visando redução da frequência de soropositivos e
posterior elaboração e adoção de um programa de controle e/ou erradicação para
a infecção. Inicialmente deveria ser realizado um monitoramento sorológico de
todos os animais do rebanho associado a descarte gradual de animais
soropositivos idosos e com baixos índices zootécnicos. Além disto, a segregação
de animais soropositivos daqueles não reagentes deve ser feita visando à
prevenção de soroconversão dos susceptíveis. Todo animal a ser introduzido na
64
propriedade para reposição, seja reprodutor ou não, deve passar por um período
de quarentena no qual se comprove a condição de soronegativo para BoHV-1.
Ainda, deve-se atentar para utilização de touro para monta natural ou sêmen de
animal para inseminação artificial comprovadamente livre da infecção (BRAGA et
al., 1998; ACKERMAN & ENGELS, 2006; NUOTIO et al., 2007).
7.3 BLV
A amostragem empregada neste estudo correspondeu, na época em
que as amostras foram coletadas, a aproximadamente 33,0% da população de
bovinos Curraleiros Pé-Duro e 50,0% da população de Pantaneiros, realizados
nas
ultimas
determinações
populacionais
destas
raças,
realizados
respectivamente por FIORAVANTI et al. (2011) e JULIANO et al. (2011).
Apesar de que no Brasil não há um estudo nacional sobre a prevalência da
infecção, DEL-FAVA & PITUCO (2004), revisando sobre o assunto no país,
indicaram haver soropositividade de zero a 70,9%. Desta forma, as frequências
de 16,4% e 23,5% identificadas para os bovinos das raças Curraleiro Pé-Duro e
Pantaneiro, respectivamente, encontram-se dentro da ampla faixa de valores de
prevalência apontadas pelas autoras.
O índice de infecção de 16,4% observado para os bovinos Curraleiro
Pé-Duro está acima dos valores de infecção para os animais da raça apontados
por SILVA et al. (2005) que detectaram 5,2% de soropositivos a anticorpos contra
o agente da EBL utilizando como método diagnóstico a técnica de imunodifusão
em gel ágar (IDGA). Essa diferença pode ser creditada ao fato de que o teste de
IDGA é menos sensível que o EIE utilizado neste estudo (SIMARD et al 2000).
SANTIN (2008), também analisando bovinos Curraleiro Pé-Duro,
observou 12,1% de soropositividade utilizando um kit comercial semelhante ao
utilizado neste estudo. Porém, como já referido, o objetivo do estudo de Santin
não era de avaliar prevalência, desta forma, o índice encontrado pôde não
conferir com a real situação da infecção da população de Curraleiros Pé-Duro.
A ocorrência da infecção em 95,0% dos rebanhos Curraleiro Pé-Duro
aproxima-se dos 100% de propriedades reagentes obtidos por SILVA et al. (2005),
65
apontando para a elevada disseminação da infecção entre os rebanhos. Cabe
ressaltar que, apesar do elevado número de propriedade positivas, algumas
propriedades apresentam baixo índice de infecção (3A, 3E, 3I, 3K, 3O, 3P, 3W)
de acordo com o estabelecido por BRAGA et al. (1997). Este fato é bastante
relevante no tocante ao controle/erradicação da infecção nas propriedades.
Com relação à infecção de bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro, por
estado, o estado do Tocantins foi o que apresentou índice mais elevado em
relação aos estados do Piauí e Goiás o que não foi observado entre estes dois
estados. O coeficiente no Tocantins aproxima-se do identificado por FERNANDES
et al. (2009), de 37,0% em rebanhos bovinos daquele estado. Esta similaridade
pode ser devida ao fato de que a população analisada, de acordo com o citado
por estes autores, estarem submetidas a forma de criação e condições de solo e
clima semelhantes.
Para o estado de Goiás, único estudo disponível na literatura refere-se
a um inquérito sorológico realizado com animais da bacia leiteria de Goiânia no
inicio da década de 1990 por DEL-FAVA e PITUCO (2004) que relataram
frequências que variaram de 13,2% a 46,0%, sendo que o menor índice foi
observado em rebanhos de corte e os mais elevados em rebanhos leiteiros. Como
os animais do presente estudo tem características de exploração similares as
aplicadas aos rebanhos de corte, o índice de 13,3% assemelha-se ao obtido
naquele estudo.
Para o estado do Piauí, o índice de 12,5% observado é menor do que o
obtido por SILVA (2001), de 17,7%, quando analisou amostras de soro de bovinos
de várias raças, incluindo o Curraleiro Pé-Duro. Todavia este resultado deve ser
analisado com cautela, pois o índice não segrega os diferentes grupos analisados,
podendo não representar o valor para a raça.
O índice de infecção de 23,5% para o gado Pantaneiro encontrado
neste estudo é similar ao valor encontrado por JULIANO et al. (2011), de 21,0%, o
único estudo disponível para o BLV nesta raça. Especificamente para o MS, o
índice de 17,9% identificado neste estudo é menor que o observado por
CAMARGOS et al. (2000) de 22% para bovinos do estado. Nenhum estudo a
cerca da prevalência da EBL foi encontrado para o estado do Mato Grosso.
Como já apontado para BoHV-1, os dois criatórios analisados por
66
JULIANO et al. (2011), foram também avaliados neste estudo e referidos como
3U (MS) e 3X (MT). Observa-se que a frequência na propriedade 3U do MS
sofreu uma leve queda, diferente do observado na 3X do MT (Tabela 3). No caso
do criatório 3U, JULIANO et al., (2011) relataram que é uma propriedade que
vende 90% dos bezerros nascidos na propriedade, sendo que esta pode ser um
das razões pela baixa na frequência.
Já na propriedade 3X, JULIANO et al., (2011) destacaram que é
comum a utilização de touros de outra propriedade para cobertura das fêmeas,
uma dos fatores apontados por ERSKINE et al., (2012a), como de possível
transmissão do vírus. Além disso, o criatório deve manter alguma estratégia de
criação que esteja promovendo o aumento do número de animais infectados, o
que justifica a elevação do índice conforme observado. Entretanto, para isto, é
necessária à avaliação dos possíveis fatores de risco para a infecção.
Vários fatores tem sido apontados como de risco para a infecção pelo
BLV (BURNY et al., 1988; WILLEMS et al., 2000; GILLET et al., 2007;
RODRÍGUEZ
et
al.,
2011),
no
entanto,
todos
convergem
para
procedimentos/eventos que envolvam a transferência de linfócitos contaminados
a um bovino susceptível, principalmente pelo sangue e o leite (LEUZZI JUNIOR et
al., 2001; MURAKAMI et al., 2011; RODRÍGUEZ et al., 2011). Neste contexto, é
importante que em todos os criatórios seja conduzida uma avaliação de todos os
procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos potencialmente capazes de transmitir a
infecção a fim de minimizar, principalmente, a transmissão iatrogênica (LEUZZI
JUNIOR et al., 2001).
MURAKAMI et al. (2011) apontaram para a possibilidade de transmissão
do BLV pela picada de moscas hematófagas. Em alguns criatórios de bovino
Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro, em determinadas épocas do ano, é frequente a
presença de tabanídeos. Além disso, é relatada uma elevada infestação de
carrapatos nos animais e nas pastagens (FIORAVANTI, comunicação pessoal).
Desta forma seria oportuno o estudo da participação de tais agentes como
possíveis vetores para este vírus nestas populações
A positividade entre os diferentes criatórios neste estudo, independente
de ser Curraleiro Pé-Duro ou Pantaneiro variou de zero a 88,9%. BRAGA et al.
(1997) sugeriram que diferentes medidas de controle devem ser tomadas de
67
acordo com o nível de infecção do rebanho. Para rebanhos com baixa prevalência
(<10,0%) como o observado nos rebanhos 3A, 3E, 3I, 3K, 3O, 3P, 3W, seria
indicada a avaliação sorológica de todos os animais e o descarte dos animais
positivos. Para as demais, após a sorologia, seria indicada a segregação de
animais soropositivos dos negativos associada adoção de medidas que visem à
redução da transmissão iatrogênica e outras medidas de biosseguridade, como
quarentena e exigência de atestado negativo para a doença ao se adquirir
animais para a propriedade. BRAGA et al., (1997) enfatizaram que a eficácia de
medidas de controle/erradicação do BLV é possível quando há comprometimento
total por parte dos criadores com tais condutas.
68
8 CONCLUSÕES
A análise dos resultados aponta que aproximadamente metade da
população dos bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro de Goiás foram infectados
pelo BVDV em algum momento de suas vidas, estando à infecção presente em
todos os criatórios da raça.
Os resultados deste estudo permitiram concluir que o BoHV-1 esta
amplamente difundido dentro dos núcleos de conservação de Curraleiro Pé-Duro
de Goiás e Pantaneiro de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e em elevada
frequência.
Os resultados obtidos após a análise das amostras de soro sanguíneo de
bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro para o BLV apontam para a
presença da infecção nestas populações em níveis que, para alguns criatórios,
são passíveis de tomada de medidas imediatas para controle.
Os dados aqui obtidos em relação BVDV e BoHV-1 são os primeiros
relatos de prevalência para a população de bovinos Curraleiros Pé-Duro.
69
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao se determinar a soroprevalência de infecções virais que influenciam
diretamente nas questões produtivas e reprodutivas dos rebanhos de bovinos da
raça Curraleiro Pé Duro e Pantaneiro forma-se uma base sólida para que medidas
de prevenção, controle e erradicação sejam tomadas dentro do âmbito do manejo
destes rebanhos.
O cenário evidenciado neste estudo parece demonstrar haver um
fenômeno epidemiológico semelhante aquele denominado estabilidade enzoótica,
onde mesmo havendo a presença do agente patogênico nos rebanhos, não há
manifestações clínicas das enfermidades constatadas.
O vírus da diarreia viral bovina (BVDV) demonstrou estar amplamente
difundido nos rebanhos de bovinos Curraleiro Pé Duro explorados nos estados de
Goiás, Tocantins e Piauí. Além disto, os valores de soroprevalência verificados
estão de acordo com aqueles já pesquisados pra outras raças de bovinos
explorados na mesma região. Como próxima medida a ser tomada nestes
rebanhos para a prevenção e controle do agente infeccioso seria indicada a
pesquisa de bovinos persistentemente infectados. Uma vez que estes animais
são os responsáveis pela manutenção do BVDV dentro dos rebanhos, sua
eliminação é o primeiro passo para que as medidas de prevenção e controle
surtam efeito desejado.
Para o herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) foi demonstrado que o vírus
está presente em praticamente todos os rebanhos de bovinos Curraleiro Pé Duro
e Pantaneiro. Assim como no estudo de BVDV, citado anteriormente, os valores
de soroprevalência encontrados tanto para os rebanhos quanto para os animais
estão próximos aos valores para outros rebanhos de outras raças explorados na
mesma região. Diferentemente do BVDV, em que os animais só disseminam o
agente durante a infecção clinica, exceto os persistentemente infectados, os
animais infectados pelo BoHV-1 podem excretar o agente em qualquer momento
em que haja baixa de imunidade. Desta forma, o controle e a eliminação deste
agente dos rebanhos de Curraleiro Pé Duro e Pantaneiro torna-se complexo, pois
as vacinas existentes não impedem a infecção e a eliminação dos soropositivos é
impensável.
70
A principal preocupação, no momento, para a conservação das raças
Curraleiro Pé Duro e Pantaneiro é o aumento do número de exemplares destas
raças a fim de que não corram mais risco de extinção. Desta forma, o
conhecimento das interações entre estes agentes, BVDV e BoHV-1, com estas
raças, permitem que sejam estabelecidas medidas mais efetivas para que as
taxas reprodutivas sejam expressivamente positivas. Felizmente, o quadro de
‘‘estabilidade enzoótica’’ verificado permite uma certa tranquilidade com relação a
estes agentes, uma vez que mesmo presentes não há queixas a respeito de
distúrbios reprodutivos.
O vírus da leucose bovina (BLV) não influencia negativamente nos
índices reprodutivos dos rebanhos como o BVDV e o BoHV-1, no entanto sua
presença em rebanhos leva a consideráveis perdas em questões produtivas. Este
é um agente cuja eliminação dos rebanhos é mais plausível no momento, uma
vez que as características de transmissão da doença permitem que medidas
contundentes de prevenção e controle sejam tomadas. Somada a isto, a baixa
frequência de animais soropositivos dentro de alguns rebanhos, permite que
apenas com medidas de manejo devidamente implementadas, o controle e futura
eliminação do agente sejam possíveis.
O conhecimento gerado cientificamente para estes bovinos somados a
conhecimentos populares tem permitido a evidenciação de que os bovinos
Curraleiro Pé Duro e Pantaneiro, de modo geral, são uma boa alternativa de
exploração sustentável do que ainda restam do bioma Cerrado e Pantanal,
respectivamente. Desta forma, os estudos desenvolvidos pela Rede Pro CentroOeste são de fundamental importância para manutenção dos biomas originais do
país, assim como permitem e impulsionam a recuperação de raças bovinas
genuinamente brasileiras, as quais, quase se perderam com o desenvolvimento
do agronegócio brasileiro.
71
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