Distúrbios alimentares

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Distúrbios alimentares
Os distúrbios alimentares caracterizam-se por uma grave perturbação do
comportamento
alimentar,
são
responsáveis
pelos
maiores
índices
de
mortalidade entre todos os tipos de transtornos mentais. A grande maioria
daqueles que sofrem de transtornos alimentares são mulheres adolescentes e
jovens. Uma das razões pelas quais mulheres dessa faixa etária são mais
vulneráveis a esses transtornos é a tendência de fazerem regimes rigorosos para
obterem o corpo ideal.
Anorexia nervosa
É o comportamento de recusa da pessoa em se alimentar, por se considerar
gorda, apesar de estar bem abaixo do peso considerado adequado à sua idade e
altura, esta recusa está associada a um medo intenso de ganhar peso e ainda
apresentam um distúrbio da imagem corporal que faz com que se percebam como
mais gordos do que realmente são. Esse distúrbio não diminui com a perda de peso,
fazendo com que o anorético continue insatisfeito com sua aparência apesar do
emagrecimento, fixando metas de peso em níveis cada vez mais baixos e podendo
utilizar métodos de controle de peso cada vez mais extremos.
A anorexia é classificada com um transtorno alimentar e suas vítimas são
quase sempre mulheres jovens, de 15 a 20 anos, excessivamente preocupadas com
a aparência e mais sensíveis às influências dos padrões de beleza em vigor para
firmar sua personalidade. A doença também ataca mulheres na faixa dos 30 e
raramente as acima dos 40, essas pessoas mesmo sem nunca terem sido gordas,
alimentam um desejo obsessivo de ficarem magras.
Sintomas
Um dos primeiros sintomas é a perda da noção de sua imagem corporal,
mesmo magra a pessoa se vê gorda, acredita que precisa emagrecer ainda mais, e
que o melhor jeito é parar de comer. Outros sintomas são:
- Preocupação excessiva com a alimentação. A pessoa passa a maior parte do
tempo pensando no medo de engordar.
- Sensação intensa de culpa e uma ansiedade desproporcional por eventualmente
ter saído um pouco da dieta.
- As pessoas dizem que você está muito magra, suas roupas estão cada vez mais
largas, mas você não se acha magra e ainda quer perder peso.
- Menstruação irregular, ou não existente.
Nas adolescentes, os principais sinais da anorexia são o enfraquecimento, a
perda de peso visível e a ausência de menstruação.
Tratamento
- Reidratar o organismo, recomeçando a alimentação à base de soros e líquidos (o
estômago reduzido por não comer a tempos não suporta alimentos sólidos).
- Introduzir gradualmente alimentos pastosos até chegar aos sólidos.
- A pessoa também vai precisar reaprender a conviver com os outros durante as
refeições, entrar em supermercados, fazer compras, ir a festas, participar dos
almoços com a família, enfim, voltar a lidar com o lado social da comida.
- A psicoterapia é muito importante para a eficácia do tratamento. Através dela a
pessoa vai alterar os hábitos adquiridos e voltar a comer.
- É recomendado também que a família do paciente participe de sessões de terapia
familiar em grupo para auxiliar a paciente em seu ambiente.
Sem tratamentos, a anorexia nervosa desgasta emocionalmente, debilita os
órgãos, provoca distúrbios associados à desnutrição, lesa o aparelho digestivo
quando há vômitos constantes e provoca arritmias cardíacas.
Nas adolescentes, os principais sinais da anorexia são o enfraquecimento, a
perda de peso visível e a ausência de menstruação.
Bulimia nervosa
É um distúrbio alimentar, onde a pessoa ingere grande quantidade de
alimentos e depois eliminam o excesso de calorias através de jejuns prolongados,
vômitos auto-induzidos, laxantes, diuréticos ou na prática exagerada e obsessiva
de exercícios físicos.
Devido ao "comer compulsivo seguido de eliminação" em segredo, e ao fato
de manterem seu peso normal ou com pouca variação deste, essas pessoas
conseguem muitas vezes esconder seu problema das outras pessoas por anos.
Assim como a anorexia, a bulimia caracteristicamente se inicia na
adolescência. A doença ocorre mais freqüentemente em mulheres, mas também
atinge os homens, podendo prejudicar gravemente seu organismo com o hábito
freqüente de comer compulsivamente e eliminarem em seguida.
Pessoas com profissões ou atividades que valorizam a magreza, como
modelos, bailarinos e atletas, são mais suscetíveis ao problema.
Sintomas
- Interrupção da menstruação.
- Interesse exagerado por alimentos e desenvolvimento de estranhos rituais
alimentares.
- Comer em segredo.
- Obsessão por exercício físico.
- Depressão.
- Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
- Vômitos ou uso de drogas para indução de vômito, evacuação ou diurese.
- Alimentação excessiva sem nítido ganho de peso.
- Longos períodos de tempo no banheiro para induzir o vômito.
- Abuso de drogas e álcool.
Tratamento
Quanto mais cedo for diagnosticado o problema melhor. Quanto mais tempo
persistir o comportamento alimentar anormal, mais difícil será superar o distúrbio
e seus efeitos no organismo.
O apoio e incentivo da família e dos amigos podem desempenhar importante
papel no êxito do tratamento. O ideal de tratamento é que a equipe envolva uma
variedade de especialistas: um clínico, um nutricionista, um psiquiatra e um
terapeuta individual, de grupo ou familiar.
Em ambos os casos o tratamento é um programa no qual participem o cliente
e todos os membros da equipe interdisciplinar, como também deve incluir um
contrato estruturado e assinado pelo cliente ao ser admitido na internação.
O documento deve possibilitar a compreensão do tratamento que o cliente
receberá e a responsabilidade que ele terá de assumir em relação as tomadas de
decisões sobre seu compromisso com o processo de tratamento e em relação a
responsabilidade de cumprir o contrato.
Esse programa tende o induzir o cliente a ter uma boa ingestão de
alimentos e a prática de exercícios. O auxilio de fármacos antidepressivos
também é um método adotado para a reabilitação.
O enfermeiro deve observar as reações do cliente ao tratamento e está
atento a qualquer mudança positiva ou negativa.
O cliente sempre terá resposta boa ou má ao tratamento.É necessário que a
equipe esteja concentrada e preparada para aconselhar e auxiliar a qualquer
mudança e adaptação.
Obesidade
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo
excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, sendo fator de
risco para outras doenças e resultado de diversas interações, nas quais chamam
a atenção os aspectos genéticos, ambientais, comportamentais e familiar. Assim,
uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a
distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.
Tratamento
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação
alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas
medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar
indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de
obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido
para a causa do distúrbio e em alguns casos o tratamento é cirúrgico (gastroplastia).
Processo de Enfermagem
Avaliação inicial
- Na fase inicial da assistência, durante a elaboração do histórico de enfermagem, é
essencial que os clientes e familiares sejam submetidos a uma entrevista que
aborde os tópicos descritos a seguir, além do solicitado no roteiro geral de
observação do comportamento:
 Peso
atual e desejado;
 Menarca
e padrão da menstuação;
Padrões alimentares : restrições e jejuns ,peculiaridades alimentares.
 Frequencia
 Uso
e extensão da hiperfagia e dos vômitos.
abusivo de laxantes, diuréticos, pílulas para emagrecer e outros.
 Distorções
 Padrões
na imagem corporal.
de exercicios fisicos.
Cabe ressaltar que durante a entrevista e na fase inicial da assistência, durante
a elaboração do histórico de enfermagem, é essencial que os clientes e familiares
sejam submetidos a uma entrevista que aborde os tópicos descritos a seguir, além
do solicitado no roteiro geral de observação do comportamento:
A
avaliação
de
enfermagem geral
deve
incluir
exames
biológicos,
psicológicos, socioculturais e dados referentes a dinâmica familiar.
No exame fisico deve-se fazer:
 Atenção
para os sinais vitais;
 Peso;
 Altura;
 Pele;
 Sistema
cardiovascular;
 Evidencias
que denotem a realização de exercícios físicos extenuantes e
vômitos;
 Um
exame dentário pode ser indicado e é útil avaliar os indicadores
decrescimento, desenvolvimentos sexual e físico.
Principais complicações clinicas da anorexia e bulimia nervosas.
 Cardiovasculares;
 Cematologicas;
 Dermatologicas;
 Respiratorias
 Gastrintestinais
 Geniturinárias
e eletróliticas;
 Musculoesqueleticas.
Diagnósticos de Enfermagem
Os diagnósticos de enfermagem relacionados aos transtornos alimentares
abrangem temas biológicos, psicológicos e socioculturais e, em razão da
complexidade desses transtornos.
São apresentados a seguir:
 Nutrição
desequilibrada;
 Distúrbio
na imagem corporal;
 Processos
 Déficit
familiares interrompidos;
de conhecimento sobre nutrição e transtornos alimentares;
 Isolamento
 Negação
ineficaz;
 Ansiedade
 Baixa
social relacionado ao medo de rejeição;
relacionada ao medo de ganhar peso;
auto-estima crônica;
Resultados Esperados
Os resultados mais específicos esperados são: O cliente:
 Apresenta
padrões saudáveis e interessa-se em normalizar os parâmetro
fisiológicos relativos ao peso corporal e à nutrição;
 Aceita
 Faz
o tratamento e reconhece que tem um transtorno alimentar;
descrição claras e corretas da sua dimensão corporal, limites do corpo e
peso ideal;
 Desenvolve
È
autonomia no meio familiar;
capaz de descrever uma dieta balanceada com base nos diferentes grupos
alimentares;
 Identifica
sistemas de apoio social que reforcem percepções corporais
corretas e respostas alimentares adaptadas;
 Está
ciente das alterações metabólicas prejudiciais resultantes das atividades
físicas inadequadas dos vômitos auto-induzidos;
 Procura
desenvolver outras estratégias para lidar com a ansiedade sem
recorrer a comportamentos alimentares inadequados;
 Verbaliza
atributos pessoais positivos não associados à aparência ou ao peso
corporal.
Intervenções de Enfermagem
As intervenções especificas de enfermagem podem ser facilitadas por
protocolos elaborados pela equipe interdisciplinar que explicitem os
objetivos do
tratamento,
os
componentes
do
programa
e
as
responsabilidades do cliente e equipe.
 Estabelecer
com o cliente a equipe interdisciplinar o peso alvo (IMC-igual ou
superior a 19) e determinar as calorias necessárias para uma nutrição
adequada;
 Firmar
contrato de aceitação mútua com o cliente para atingir a meta;
 Pesar
os clientes diariamente logo após o despetar e depois da primeira
micção. Usar sempre a mesma balança, se possível;
 Evitar
discutir e comentar sobre o ganho de peso ou perda de peso;
 Manter
um registro rigoroso de controle hídrico e aferir sinais vitais, estando
atento às possíveis alterações hidroeletrolíticas ou metabólicas;
 Permanecer
com o cliente durante o tempo estabelecido para as refeições
(em geral 30 minutos);
 Planejar
e supervisionar as atividades físicas e esclarecer sobre danos do
impaacto físico causado pelos exercícios intensos e pelo võmito autoinduzido;
 Oferecer
apoio;
 Ezaxplorar
o medo de ganhar peso quando expressar ou manifestar
comportamento que denote exacerbação da ansiedade em relação ao
aumento de peso e naquela situações em que evidencie tentativas de bular
o tratamento;
 Encorajar
a participar de grupos nas quais são utilizadas técnicas de
resolução de problemas
 Aceitar
manifestações de frustações e medo ouvindo atentamente e
demostranto compreenssão;
 Ajudar
o cliente a perceber que a busca do corpo perfeito está fora da
realidade e expllorar essa necessidade com ele;
 Ajudar
o cliente a desenvolver uma percepção realista da imagem corporal e
da relação com o alimento, principalmente quando evidenciar que tem
alguma crítica do seu comportamento;
 Manter
a colaboração interdisciplinar com o nutricionista para que o cliente e
a família adquiram conhecimentosobre nutrição;
 Reconhecer
e discutir valores familiares, culturais, crenças e esteriótipos que
dizem respeito à magreza e à atratividade;
 Explorar
o grau de dependência e envolvimento entre os membros da família.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
AUCILEIDE VELOSO
GIVANILDO
IOLANDA PEREIRA
MÔNICA JORGE
SARA PEREIRA
SILVANA DE FÁTIMA
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Brasília-DF, Maio / 2011
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Saúde Mental – Turma: Enf. 5 P30
Professora: Mônica
Aucileide
Givanildo
Iolanda
Mônica
Sara
Silvana
Distúrbios Alimentares
Brasília DF, Maio / 2011.
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