Como conviver com os utiliza- dores de aparelho auditivo?

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Como conviver com os utilizadores de aparelho auditivo?
Bons conselhos para auxiliar
os utilizadores de aparelho auditivo.
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Esta brochura é o número 5 de uma série de publicações da Widex
sobre a audição e os aparelhos auditivos.
Comunicação
Normalmente, uma audição deficiente afecta cabalmente a
capacidade de comunicar. Como a própria comunicação
representa uma necessidade fundamental para a grande maioria
das pessoas, é importante ter em conta que uma boa
comunicação implica, pelo menos, a existência de duas pessoas.
Uma comunicação deficiente não será ocasionada por apenas
uma das partes. Ao conviver com pessoas com uma audição
deficiente, é importante esforçar-se para melhorar a
comunicação. Esta pequena brochura contém alguns conselhos
que sabemos ser de grande ajuda para os deficientes auditivos,
bem como para os utilizadores de aparelho auditivo.
Período de adaptação
Como amigo ou familiar de um utilizador de aparelho auditivo, é importante que
conheça os benefícios que os aparelhos auditivos podem oferecer. Muitas pessoas
pensam, por engano, que o aparelho auditivo restaura a audição do utilizador. Mas
isso raramente acontece.
Um aparelho auditivo é uma ajuda sem par para o deficiente auditivo, mas
também representa para os principiantes uma mudança brusca. A imagem sonora
fica alterada por inteiro, a própria voz do utilizador parece diferente e os sons que
durante muitos anos estiveram desaparecidos voltam a ter presença. Estes factos
obrigam a um longo período de habituação. É nesta fase que o esforço dos
familiares e colegas é da maior importância.
Leitura labial, contacto com os olhos e
contacto físico
Com uma audição perfeita, o deficiente terá
de recorrer ainda mais aos seus outros
sentidos. Tanto a visão, como o sentido táctil e
a intuição passam a ser ferramentas
importantes de apoio à comunicação. Quando
se fala com um utilizador de aparelho auditivo,
que certamente recorre à leitura labial, é
importante que não lhe voltemos as costas.
Procure entrar em contacto
com os olhos do deficiente
auditivo, por exemplo,
chamando-o pelo seu nome.
Entre pessoas que se
conhecem bem haverá também
a possibilidade de tocar na
pessoa para a sua atenção.
A distância
Outro factor importante é a
distância. É da maior
importância que esta não seja
grande.
O volume sonoro é reduzida a metade, quando a distância
é duplicada, pelo que bastam poucos metros
para resultar numa comunicação frustrada.
Gritar não ajuda
Muitas pessoas com audição normal pensam que basta gritar. Todavia, isso raramente
ajuda, porque não é o volume sonoro que constitui o maior problema para o deficiente
auditivo, mas sim a pronúncia de cada palavra. Será, portanto, uma ajuda muito maior
falar lenta e distintamente - contudo, sem exagerar.
Algumas coisas ouvem-se
melhor do que outras
Quando se começa a ter problemas com a audição,
são frequentemente determinados sons que não se
conseguem ouvir ou que são confundidos com
outros. O deficiente auditivo julga ser capaz de
ouvir, mas não entende a mensagem falada. Em tais
situações, pode ser uma grande ajudar empregar
outras palavras, da mesma maneira como se
pondera na escolha de vocabulário quando se falar
com um estrangeiro.
Ruídos de fundo
É importante ter em conta que qualquer
forma de ruído de fundo torna a
comunicação mais difícil para os
utilizadores de aparelho auditivo. Quando
se deseja ter uma conversa e, como a
maioria das pessoas não deseja ser um
fardo, pode ser uma grande ajuda
desligar, por exemplo, a rádio e a
televisão. Crianças a gritar ou grupos a
falar todos ao mesmo tempo também
podem contribuir para que o deficiente
auditivo desista e se retire do convívio.
Para algumas pessoas, uma perda auditiva
pode acarretar problemas psíquicos ou
sociais. A dificuldade em poder acompanhar pode resultar no isolamento, na solidão
e na depressão. Por isso, pode ser uma grande vantagem se os companheiros
conseguirem oferecer apoio e estimular o deficiente a procurar ajuda profissional.
Muitos deficientes auditivos enfrentam um sentimento de culpa ou de vergonha,
se involuntariamente entenderem uma conversa mal ou derem uma reposta
inconveniente. Também nessas situações, os companheiros podem dar a sua ajuda
e compreensão.
Frequentemente, para os deficientes auditivos, só o facto de estar sempre à escuta
consome muitas energias. Por isso, o cansaço, o stress ou a sensação de
esgotamento podem ser consequências susceptíveis de afectar os deficientes no
emprego. Nestes casos, é importante que tanto a gerência como os colegas
compreendam as suas dificuldades.
(P!00M!0714!105aU)
Printed by FB / 07- 02
P 00M 0714 105
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