XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPH0995 O DEFICIENTE AUDITIVO E SUA INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO VANESSA DOS SANTOS OLIVEIRA MÔNICA MARIA NUNES DA TRINDADE SIQUEIRA [email protected] SERVIÇO SOCIAL NOTURNO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) MONICA MARIA NUNES DA TRINDADE SIQUEIRA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO O DEFICIENTE AUDITIVO E SUA INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO (Autor 1) Vanessa dos Santos Oliveira (Orientador) Mônica Maria Nunes da Trindade Siqueira Resumo Esta pesquisa teve como intuito investigar o mercado de trabalho em relação à contratação de pessoas com deficiência, especialmente deficiente auditivo. Fala-se muito em inclusão social, mas a sociedade ainda carrega um preconceito para com o “diferente”. O sistema capitalista exige a excelência das pessoas, inclusive no que diz respeito à aparência, há um padrão denominado perfeito em que as pessoas devem seguir e aqueles com deficiência auditiva fogem a este padrão. Neste sentido foram investigadas três questões: as dificuldades encontradas pelo deficiente auditivo para ingressarem no mercado de trabalho; o processo de integração do deficiente auditivo no ambiente de trabalho e a eficácia da profissionalização do deficiente auditivo. Esta pesquisa, portanto problematiza a inserção das pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho. O Serviço Social trabalha com as políticas sociais e tem como objetivo viabilizar os direitos da população. Neste sentido a contribuição desta pesquisa ao Serviço Social é de trabalhar a questão da inclusão do deficiente auditivo no mercado de trabalho. Este estudo pretende fornecer elementos para apoiar as ações do assistente social na inserção da pessoa com deficiência auditiva no mercado de trabalho. Para os sujeitos da pesquisa espera-se que possam compreender seus dilemas e dificuldades e conseguir por meio das políticas públicas o apoio necessário para atender suas demandas. Este estudo foi realizado no município de Taubaté, onde existe mais de 6.000 deficientes auditivos. O público alvo envolveu cinco deficientes auditivos, sendo três empregados e dois desempregados. Foi utilizada a abordagem qualitativa que permitiu analisar e compreender os fenômenos estudados. Realizou-se pesquisa de campo por meio de um questionário com perguntas fechadas, abertas e a combinação de questões fechadas e abertas. Também foi utilizada a observação para enriquecer a coleta de dados. Para a análise de dados partiu-se das seguintes categorias: inclusão, deficiente auditivo e mercado de trabalho. Obteve-se como resultados parciais deste estudo que os deficientes auditivos apresentaram dificuldades em se comunicarem com os colegas de trabalho. As tarefas são desenvolvidas com a ajuda do chefe e dos colegas de trabalho e ambos não possuem conhecimento da linguagem em Libras para facilitar a comunicação com o deficiente auditivo. Dos sujeitos entrevistados a maioria estava trabalhando e não era o primeiro emprego. Percebemos que a dificuldade em arrumar emprego é amenizada com a intervenção das instituições que encaminham para o mercado de trabalho. Foi observado também que o número de vagas de trabalho para deficiente auditivo é reduzido. Todos os entrevistados apontaram dificuldades no treinamento das tarefas a serem executadas quando começam a trabalhar. O local de trabalho não é adaptado para o deficiente auditivo, há necessidade de sinais visuais e intérpretes de Libras. No ensino regular disseram que não conseguem acompanhar, mas na escola especial afirmaram não ter dificuldades, pois a professora utiliza Libras. Nenhum dos participantes deste estudo possui curso profissionalizante. Concluímos que a inclusão é realizada para o cumprimento da lei. O ambiente de trabalho não é adaptado ao deficiente auditivo, mas sim realizados arranjos no ambiente de trabalho. Há demora na conclusão do ensino regular e os cursos profissionalizantes não estão preparados para receber os deficientes auditivos. É assegurado por lei que o Estado garanta uma educação de qualidade para todos, mas a efetivação desse direito ainda é falha. É preciso que haja uma conscientização dos empregadores frente às necessidades do deficiente, para que a inclusão seja realizada de forma efetiva, trazendo não somente remuneração, mas também satisfação pessoal. Palavras-chave: Inclusão; Deficiente Auditivo; Mercado de Trabalho.