Cultura de Secreção ocular

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Procedimentos Técnicos
Código: PROMIC-0010-1
Versão: 01
Pg: 1/4
TÍTULO: Cultura de Secreção Ocular
ELABORADO POR
DE ACORDO
NOME
Dr. Renato de
Lacerda Barra
Filho
Dr. Ivo Fernandes
FUNÇÃO
ASSINATURA
Biomédico
01/10/2009
Gerente da Qualidade
Biomédico
20/10/2009
Dr. Jose Carlos
Diretor Executivo
dos Santos
HISTÓRICO DAS REVISÕES
Revisado por
Data
Assinatura
Aprovado por
APROVADO POR
Versão
Versão
1
1.
Responsável
Ivo
DATA
REVALIDAÇÃO ANUAL
Data
Versão
01/10/2013
30/10/2009
Data
Responsável
Assinatura
Data
NOME/ SINONÍMIAS/ MNE
SECREÇÃO CONJUNTIVAL, SECREÇÃO DO CANAL LACRIMAL, RASPADO DE CÓRNEA.
2. PRINCÍPIO DO TESTE
Isolar bactérias patogênicas de material ocular utilizando meios de cultura enriquecidos que propiciam
o desenvolvimento da maioria dos patógenos encontrados neste tipo de amostra.
3. SIGNIFICADO CLÍNICO
A conjuntivite, de modo geral, pode ser causada por bactérias, vírus, parasitas, irritação química ou
processos alérgicos. Entre as causas mais comuns de conjuntivite bacteriana mucopurulenta,
destarcamos o Streptococcus pneumoniae, o Staphylococcus aureus e o Haemophylus influenzae. É
importante lembrar que em recém-nascidos é muito importante a pesquisa de Neisseria gonorrhoeae.
Alguns microorganismos podem colonizar a conjuntiva, sem causar doença. Entre estes destacamos o
Staphylococcus coagulase negativo, alguns estreptococos do grupo viridans entre outros. No caso de
isolamento desses agentes, é importante sempre relatar a celularidade da amostra caso o médico
solicite (bacterioscópico pelo método de Gram com relato do número de células epiteliais e leucócitos).
O médico do paciente deverá valorizar o resultado de acordo com o quadro clínico.
4. COLETA E TRATAMENTO DA AMOSTRA
4.1. Coleta da amostra: Vide manual de coleta.
4.2. Tipos de amostra:
• Secreção ou raspado da conjuntiva (membrana mucosa que forra a parte externa do globo
ocular e a parte interna das pálpebras.
• Lente de contato
• Soluções de limpeza de lentes de contato
• Material de cirurgia de hordéolo (terçol) ou calássio (ato de separar a córnea da esclerótica).
• Raspado de córnea
• Margem da pálpebra
• Fluido vítreo
4.3. Volume mínimo para análise: N/A
4.4. Rejeição de amostras: Vide manual de coleta.
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4.5. Condições de acondicionamento: Vide manual de coleta.
4.6. Tratamento e pré-tratamento da amostra: N/A
5. MATERIAL REQUERIDO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Estufa bacteriológica;
Microscópio ótico;
Bico de Bunsen.
Alça calibrada.
Lâminas.
Jarra de anaerobiose
Swab.
Óculos de segurança.
Luvas de procedimento.
Máscara.
6. REAGENTES
•
Placa de Ágar Sangue (AS) – pronto para uso.
•
Placa de Ágar Chocolate (CHOC) – pronto para uso.
•
Placa de MacConkey (MC) – pronto para uso.
•
Caldo BHI – preparado.
7. PROCEDIMENTO DETALHADO
7.1. Bacterioscopia:
Após a fixação do esfregaço pelo calor e sua posterior coloração, observar a lâmina em objetiva de
100X. Relatar a presença de leucócitos, células epiteliais e bactérias, conforme POP de Gram.
7.2. Semeadura e Isolamento:
7.2.1.
Meios de Cultura recomendados para semeadura
•
•
•
7.2.2.
Conjuntivite – AS e MC e lâminas (quando solicitado bacterioscópico).
Raspado de córnea – CHOC, AS, e THIO e lâminas.
Raspado da pálpebra – CHOC, AS, THIO e lâminas.
Semeadura:
•
•
Com a alça calibrada realizar a semeadura do AS, CHOC e da mesma maneira que as
culturas em geral.
Incubar a placa de AS e o caldo THIO a 35ºC em atmosfera normal e a placa de
CHOC em jarra com tensão de CO2, a 35ºC.
PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS:
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TÍTULO: Cultura de Secreção Ocular
Secreção
conjuntival
Secreção de pálpebra, córnea
AS , CHOC e THIO
AS e MC
Lâminas para Gram
e outras colorações
quando solicitadas
18-24h 35 +1ºC
Placas
negativas
THIO
Placas
positivas
18-24h 35+1ºC
Positivo
Identificar e fazer
o antibiograma *
Negativo
AS
Placas
negativa
Placas
positivas
18- 24h 35+1ºC
18-24h 35+1ºC
(placas positivas)
Positivo
identificar e fazer
o antibiograma *
Identificar e
fazer
antibiograma *
Placas
negativas
18-24h 35+1ºC
AS
Placas
positivas
Havendo crescimento de outro
tipo de microorganismo,
identificar e fazer o antibiograma.
Negativo
identificar e fazer
o antibiograma *
Procedimento para cultura e triagem das amostras oculares.
*Identificar e fazer antibiograma das bactérias importantes para cada material clínico.
8. CÁLCULOS/ LIBERAÇÃO DOS RESULTADOS
Negativo
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Resultado Negativo: não houve crescimento de microorganismos.
Resultado Positivo: reportar cada microorganismo isolado e realizar antibiograma.
9. CONTROLE DE QUALIDADE
Os meios de cultura utilizados devem ser controlados para verificar se os microorganismos mais
freqüentemente isolados nestes materiais clínicos apresentam bom crescimento. Vide Manual da
Qualidade.
10. INTERVALO DE REFERÊNCIA
Negativo
11. INTERVALO CRÍTICO
N/A
12. CONFIABILIDADE ANALÍTICA
Correlacionar o resultado da cultura com o Gram (presença de polimorfonucleares e bactérias). Esta
conduta é importante para melhor determinar o significado clínico dos isolamentos bacterianos que
poderiam ser considerados da microbiota ocular normal.
13. INTERFERENTES
Qualquer antibiótico administrado previamente à coleta poderá fornecer resultados falso-negativos. A
amostra coletada pode muitas vezes estar contaminada por bactérias da flora normal (por exemplo:
estafilococos coagulase negativa). A presença deste tipo de patógeno deve ser analisada com critério
levando-se em consideração outras características do paciente como por exemplo o uso de lente ou
ainda seu estado imunológico.
14. INTERVENÇÕES
N/A
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Oplustil P.; Carmen; Zoccoli M,;Cássia; Tobouti R.;Nina; Sinto I.;Sumiko – Procedimentos
Básicos em Microbiologia Clínica – 1ªEdição – Sarvier, 2000.
2. Murray.R. Patrick ; Baron, J. Ellen; Pfaller, A. Michael; Tenover, C. Fred; Yolken, H. Robert. –
Manual of Clinical Microbiology – 7ª Edição – American Society for Microbiology, 1999.
3. Koneman, W. Elmer; Allen, D. Stephen; Janda, M. William; Schreckenberger, C. Paul; Winn,
C. Washington Jr. – Diagnóstico Microbiológico – 5ª Edição – MEDSI – 2001.
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