Procedimentos Técnicos Código: PROMIC-0009-1 Versão: 01 Pg: 1/3 TÍTULO: Cultura de Secreção de Ouvido ELABORADO POR DE ACORDO NOME Dr. Renato de Lacerda Barra Filho Dr. Ivo Fernandes FUNÇÃO ASSINATURA Biomédico 01/10/2009 Gerente da Qualidade Biomédico 20/10/2009 Dr. Jose Carlos Diretor Executivo dos Santos HISTÓRICO DAS REVISÕES Revisado por Data Assinatura Aprovado por APROVADO POR Versão Versão 1 Responsável Ivo DATA REVALIDAÇÃO ANUAL Data Versão 01/10/2013 30/10/2009 Data Responsável Assinatura Data 1. NOME E SINONÍMIAS/MNE: SECREÇÃO OTOLÓGICA, SECREÇÃO DE OUVIDO MÉDIO, SECREÇÃO DE CONDUTO AUDITIVO. 2. PRINCÍPIO DO TESTE Desenvolvimento de bactérias Gram negativas e Gram positivas utilizando meios de cultura apropriados (agar-sangue, agar-chocolate e agar MacConkey). Com estes meios pode-se isolar os principais patógenos envolvidos em infeções externas do ouvido e otites médias, inclusive patógenos mais exigentes (p. ex.: Haemophius influenzae e Streptococcus pneumoniae). 3. SIGNIFICADO CLÍNICO A otite média é uma infecção comum em recém-nascidos e crianças até o início da idade escolar .Os microorganismos oriundos do trato respiratório como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e menos freqüentemente Staphylococcus aureus, Moraxella catarrhalis e enteobactérias são os patógenos geralmente isolados. Em otite externa,Peudomonas aeruginosa é o agente mais freqüentemente isolado, embora outras bactérias, aeróbias possam ser isoladas. Devido a colonização da parte externa do ouvido por diversas bactérias, o resultado do exame microbiológico necessita ser avaliado com cautela para valorizarmos o real patógeno. 4. COLETA E TRATAMENTO DA AMOSTRA 4.1. Coleta da amostra: Vide manual de coleta. 4.2. Tipos de amostra: • Secreção de ouvido • Material de timpanocentese 4.3. Volume mínimo para análise: N/A 4.4. Rejeição de amostras: Vide manual de coleta 4.5. Condições de acondicionamento: Vide manual de coleta 4.6. Tratamento e pré-tratamento da amostra: N/A 5. MATERIAL REQUERIDO • Estufa Bacteriológica; Procedimentos Técnicos Código: PROMIC-0009-1 Versão: 01 Pg: 2/3 TÍTULO: Cultura de Secreção de Ouvido • • • • • • • • • • • Microscópio ótico; Bico de Bunsen. Swab Tubo estéril. Alça calibrada. Lâminas. Jarra de anaerobiose Capneibac – gerador de CO2 Óculos de segurança. Luvas de procedimento. Máscara. 6. REAGENTES • Placa de Ágar Sangue (AS) - pronto para uso. • Placa de Mac Conkey (MC) - pronto para uso. • Caldo Tioglicolato (THIO) - preparado. 7. PROCEDIMENTO DETALHADO 7.1. Bacterioscopia: • As lâminas devem ser confeccionadas no próprio local da coleta, se houver quantidade suficiente. Fixar as lâminas pelo calor brando, que pode ser feito, colocando-se as lâminas abaixo de uma lâmpada. Corar as lâminas pelo método de Gram . Anotar o resultado no caderno, valorizando a presença de leucócitos e de bactérias. • • • 7.2. Semeadura e Isolamento: Colocar uma gota da amostra em placas AS, MC e Caldo THIO. • Semear por esgotamento em três direções diferentes (ver POP semeadura). • Incubar por 18-24 horas as placas de AS, MC e caldo THIO em estufa aeróbia a 35+ 1ºC. • Incubar por mais 18-24 horas se não houver crescimento de microorganismos ou se as colônias estiverem muito pequenas para diferenciação • Proceder a identificação de acordo com as orientações descritas no POP, fazer antibiograma (vide POP de antibiograma) se houver solicitação médica. 7.2.1. Semeadura de amostras colhidas com “swab”: • • • • Rolar o “swab” em uma pequena área das placas de AS, MC (vide POP de semeadura). Incubar por 18-24 horas as placas de AS e MC em estufa a 35 + 1ºC. Incubar por mais 18-24 horas se não houver crescimento de microorganismos, desprezando as placas de MC. Proceder a identificação de acordo com as orientações descritas no POP de identificação, fazer antibiograma se houver solicitação médica (vide POP de antibiograma). Procedimentos Técnicos Código: PROMIC-0009-1 Versão: 01 Pg: 3/3 TÍTULO: Cultura de Secreção de Ouvido 8. CÁLCULOS/ LIBERAÇÃO DOS RESULTADOS Reportar no resultado todos os microorganismos observados na cultura e o antibiograma deve ser realizado somente dos patógenos principais. Os microorganismos isolados fazem parte da microbiota normal e não deve ser realizado o antibiograma. 9. CONTROLE DE QUALIDADE Os meios de cultura utilizados devem ser controlados para verificar se os microorganismos mais freqüentemente isolados nestes materiais clínicos apresentam bom crescimento. Ver Manual da Qualidade. 10. INTERVALO DE REFERÊNCIA Negativo 11. INTERVALO CRÍTICO N/A 12. CONFIABILIDADE ANALÍTICA N/A 13. INTERFERENTES N/A 14. INTERVENÇÕES N/A 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Oplustil P.; Carmen; Zoccoli M,;Cássia; Tobouti R.;Nina; Sinto I.;Sumiko – Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica – 1ªEdição – Sarvier, 2000. 2. Murray.R. Patrick ; Baron, J. Ellen; Pfaller, A. Michael; Tenover, C. Fred; Yolken, H. Robert. – Manual of Clinical Microbiology – 7ª Edição – American Society for Microbiology, 1999. 3. Koneman, W. Elmer; Allen, D. Stephen; Janda, M. William; Schreckenberger, C. Paul; Winn, C. Washington Jr. – Diagnóstico Microbiológico – 5ª Edição – MEDSI – 2001.