Tuberculose

Propaganda
Conduta Frente a Casos de
Tuberculose
Eletânia Esteves de Almeida
Infectologista
www.ccdionline.com
Tuberculose
Mycobacterium tuberculosis;
 Forma pulmonar: responsável pela
manutenção da cadeia de transmissão.

Transmissão: pessoa a pessoa
Sintomático Respiratório
Indivíduos com tosse por tempo igual
ou superior a três semanas.
Tuberculose pulmonar – Sintomas
Clássicos

Comprometimento do estado geral;
 Febre baixa vespertina;
 Sudorese noturna;
 Emagrecimento;
 Inapetência.
Tuberculose pulmonar – Sintomas
Clássicos
Tosse, inicialmente seca;
Tosse produtiva: sintoma mais frequente;
 Hemoptise;
 Dispnéia;
 Dor torácica;
 Rouquidão;


Tuberculose Miliar
Aspecto radiológico pulmonar;
 Forma grave de doença;
 1% dos casos de TB em HIV -;
 10% dos casos em HIV +;
 Apresentação clássica é a forma aguda;
 Crianças e adultos jovens;
80% dos casos: febre, astenia, emagrecimento e tosse.
 35% hepatoesplenomegalia e 30% alterações SNC.


Bacteriológico
Baciloscopia Direta do escarro: identificação de
bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método
de Ziehl-Nielsen.
 Método prioritário, permite identificar o paciente
bacilífero em até 60 a 80% dos casos.
 Deverá ser indicada para todos os indivíduos com
tosse e expectoração por três semanas ou mais.

Baciloscopia Direta do escarro

Realizar em pacientes que apresentem alterações
pulmonares nas radiografias de tórax;
 Contatos de Tuberculose Pulmonar bacilíferos;
 Utilizada para acompanhar a evolução
bacteriológica do paciente em tratamento;
 O controle bacteriológico deve ser mensal e,
obrigatoriamente ao término do 2 , 4 e 6 mês de
tratamento.
 Suspeita clínica de TB extrapulmonar.

Baciloscopia de escarro deve ser realizada, em no
mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da
primeira consulta, e outra na manhã do dia
seguinte.

Duas baciloscopias positivas ou uma baciloscopia
positiva associado a radiografia de tórax sugestiva
de TB= tratamento.
Cultura de Escarro ou Outras Secreções
Suspeita clínica e/ou radiológica TB com
baciloscopia negativa;
 Suspeitos de TB com amostra paucibacilares;
 Suspeita de TB com dificuldade na obtenção da
amostra (crianças);
 Suspeito de TB extrapulmonar;
 Casos suspeitos de infecções causadas por
Micobactérias não tuberculosas (MNT);

Cultura Com Teste de Sensibilidade
Suspeita nos casos de resistência às drogas;
 Pacientes imunossuprimidos, HIV;
 Ao final do segundo mês de tratamento quando a
baciloscopia se mantem positiva;
 Retratamento após falência ao esquema básico;
 Reinício após abandono

Diagnóstico – Radiografia Convencional
Melhor preditor da doença.
 Elevada sensibilidade e baixa especificidade.
 Diagnóstico precoce, pronto início da terapia
apropriada , reduzindo a morbidade.
Diferenciar as formas típica e atípica e estudo da
extensão das lesões pulmomares.
15% dos casos de TB pulmonar não apresentam
alterações radiológicas.



Manifestações Radiológicas
Tuberculose pós-primária
Cavitação: geralmente múltiplas e contribui para o
diagnóstico.
 Cavidade=Alta carga bacilar=ALTA
INFECCIOSIDADE.
Correlação entre a baciloscopia positiva e a presença
de lesões cavitárias á radiografia torácica.


Tomografia computadorizada
Imagens atípicas como pseudotumores e forma
miliar.
 Permiti distinguir lesões antigas e Tuberculose
ativa.
 Forma miliar: caracteriza com mais precisão o
infiltrado micronodular e estudar o mediastino.
 Indicada nos sintomático respiratórios com BAAR
negativo e a radiografia é insuficiente.
 Diagnóstico diferencial com outras doenças.
 Meningite por TB: hidrocefalia, espessamento
meníngeo e infartos parênquima cerebral.

Broncoscopia com Lavado Broncoalveolar
Doença pulmonar difusa;
 Presença de imunossupressão (HIV positivo);
BAAR negativo + suspeita clínica de outra doença
não TB.


Co-Infecção HIV/Tuberculose
O teste anti-HIV deve ser sempre oferecido com
suspeita de TB;
 Deve ser realizada cultura com teste de
sensibilidade do escarro;
 Apresentação clínica de acordo com o grau de
imunossupressão;
 Maior frequencia de formas extrapulmonares e
disseminadas.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar
Brasil:15% dos casos de TB;
 HIV – pleural e HIV + ganglionar;
 TB pleural: toracocentese e biópsia de pleura;
 TB ganglionar: biópsia dos linfonodos;
 TB Vias Urinárias: cultura de urina para M.
tuberculosis (positiva 40% dos casos); Biópsia e
cultura.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar
TB Osteoarticular: coluna vertebral, quadril e joelho.
Biópsia e cultura.
 TB entérica: região ileocecal e ceco ascendente.
Biópsia e cultura.
 TB meníngea: elevada taxa de mortalidade. Quadro
clínico agudo e grave em crianças e crônico e
arrastado em adultos. 50% dos casos com doença
pulmonar. Líquor e cultura.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar
TB miliar: Hemocultura, punção e biópsia de
medula, biópsia transbrônquica;
 TB do pericardio: líquido pericardico e/ou
fragmento de pericárdio.
TB do trato genital: trompas, endométrio, epidídimo
e testículos.
 TB oftálmica: Conjuntivite flictenular nas formas
agudas e uveíte anterior na subaguda.


Prova Tuberculínica/Teste Intradérmico
Consiste na inoculação intradérmica de um derivado
proteico do M. tuberculosis para medir a resposta
imune celular a estes antígenos.
 Utilizada para o diagnóstico de infecção latente pelo
M. tuberculosis (ILTB).
 Importante para o diagnóstico de TB doença em
crianças.

Prova Tuberculínica/Teste Tuberculínico
Consiste na aplicação de tuberculina PPD por via
intradérmica no terço médio da face anterior do
antebraço esquerdo.
 A leitura é realizada após 72 horas da aplicação.
 Medida do maior diâmetro tranverso na área de
enduração palpável.
 O resultado é registrado em milímetros.

Tuberculose Infecção Latente


OMS: redução do grande reservatório de indivíduos
infectados pelo M. tuberculosis com risco de
progressão para doença.
Indivíduos recém-infectados e indivíduos infectados
a qualquer tempo que apresentem condições para o
desenvolvimento da tuberculose-doença.
 Brasil: 50 milhões de infectados.
Prevenção da Infecção Latente ou
Quimioprofilaxia Primária

Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa
em recém-nascidos cohabitantes de caso índice
bacilífero.
 Isoniazida 10 mg/kg de peso por 3 meses.
 Faz-se PT ≥ 5mm Isoniazida por mais 3 meses.
 Se PT < 5mm: Vacinação BCG.
Tratamento da Infecção Latente ou
Quimioprofilaxia Secundária
Reduz em 60 a 95% o risco de adoecimento.
 Isoniazida 300mg ao dia por 6 meses.
Indicações: depende da idade, probabilidade de
infecção latente e o risco de adoecimento.


Tratamento
A Tuberculose é uma doença curável em
praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos
medicamentos antiTB, desde que obedecidos os
princípios básicos da terapia medicamento
O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária
para o controle da tuberculose, uma que permite
interromper a cadeia de transmissão.


Resistência aos Medicamentos
Aumento da resistência a Isoniazida de 4,4 a 6%;
 Aumento da resistência a Isoniazida associada a
Rifampicina de 0,9 a 1,4%;
 II Inquérito Nacional de Resistência aos fármacos
Anti-TB conduzido em 2007-2008.

Tratamento Básico para Adultos e
Adolescentes
Rifampicina+Isoniazida+Pirazinamida+Etambutol
2 meses
Rifampicina+Isoniazida
4 meses
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