Aula Testículos, Ovários e Hipófise - laac

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Hipófise, Testículos e Ovários
Marcela Ludwig e Nathália Crusoé
hipófise
considerações
 glândula endócrina: possui 6 mm no sentido
ântero-posterior e 10 mm de largura, com um
peso de 500 mg
 localização: sela túrcica
 comunicação com o hipotálamo
relações anatômicas
 seios intercavernosos e circulares
 seios cavernosos
 artéria carótida interna
 quiasma óptico, nervo e trato óptico
 seio esfenoidal
divisões
 embriologia: o ectoderma do teto do estomadeu se invagina e
forma a bolsa de Rathke, que forma a adeno-hipófise, esta vai
se unir a uma evaginação ectoderma do assoalho do
diencéfalo, que forma a neuro-hipófise, para formar uma
estrutura anatômica unida
 Adeno-hipófise:
 Pars distalis
 Pars intermedia
 Pars tuberal
 Neuro- hipófise
 Pars nervosa
 Infundíbulo (eminência mediana +pedículo)
suprimento arterial
carótida interna
hipofisária superior
hipofisária inferior
plexo 1ário do sistema porta-hipofisário
plexo 2ário do sistema porta-hipofisário
drenagem venosa
Veias hipofisárias laterais
Seios cavernosos e
intracavernosos
hormônios
ovários
considerações
 gônadas femininas
 glândulas endócrinas
 tamanho
 superfície: mulheres pré-puberes x após a puberdade
localização
 perto da fixação do ligamento largo nas paredes laterais da
pelve
 suspensos pelas pregas peritoneais:
 da face póstero-superior do ligamento largo pelo mesovário
 das paredes laterais da pelve pelos ligamentos suspensores dos
ovários
 fixo ao útero:
 ligamento útero-ovárico
 sua superfície não é coberta por peritônio
suprimento arterial
aorta abdominal
ilíaca interna
artérias ováricas
artérias uterinas
(faces laterais)
(faces mediais)
ramos ováricos
drenagem venosa
plexo venoso pampiniforme
veia ovárica
(direita)
VCI
(esquerda)
veia renal esquerda
drenagem linfática
vasos linfáticos do ovário
(+ vasos linfáticos da tubáricos e do fundo uterino)
linfonodos lombares direitos e esquerdos
(cavais/aórticos)
inervação
 plexo ovárico
 plexo uterino (pélvico)
Fibras de dor aferentes viscerais seguem com as
fibras simpáticas do plexo ovárico– nervos
esplâncnicos lombares – gânglios sensitvos
espinhais T11-L1
Fibras reflexas aferentes viscerais seguem com as
fibras parassimpáticas – plexo pélvico – nervos
esplâncnicos pélvicos – gânglios sensitivos
espinhais S2-S4
Interação hipófise-ovário
testículos
considerações
 gônadas masculinas
 glândulas endócrinas
 ovóides
 suspensos no escroto pelo funículo espermático
 esquerdo mais abaixo do que o direito
anatomia
 túnica albugínea
 mediastino do testículo
 túbulos seminíferos
 túbulos retos
 rede do testículo
 lâmina visceral da túnica vaginal
 lâmina parietal da túnica vaginal
 seio do epidídimo
suprimento arterial
aorta abdominal
artérias testiculares
(anéis inguinais profundos – canais inguinais – anéis
inguinais superficiais – funículos espermáticos)
*anastomose com artéria do ducto deferente
drenagem venosa
plexo venoso pampiniforme
veia testicular
(direita)
VCI
(esquerda)
veia renal esquerda
drenagem linfática
linfonodos lombares direito e esquerdo
(caval/aórtico) e pré-aórticos
inervação
 plexo testicular de nervos
 fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e
fibras simpáticas
Interação hipófise-testículos
Não há variação cíclica dos hormônios FSH e LH
caso clínico
 FOJ, 18 anos, raça caucasiana, recorreu ao
Serviço de Urgência do hospital por síndrome
gripal. Ao exame objetivo constatou-se: voz
aguda, ausência de barba e de padrão
masculino de pêlos, distribuição ginóide da
gordura corporal, ginecomastia, crescimento
excessivo dos membros, micropênis, cicatriz de
cirurgia ao testículo direito, que se encontrava
no canal inguinal e presença de pêlos axilares.
Estava apirético e normotenso. A ausculta
cárdio-pulmonar era normal e a palpação
abdominal não mostrou alterações.
 Antecedentes pessoais: referia cirurgia no
testículo direito aos 9 anos, por criptorquidia, e
hiposmia marcada. Negava hábitos tabágicos,
alcoólicos ou medicamentosos.
 Antecedentes familiares: a mãe, com 40 anos,
era saudável, o pai, com 44 anos, era alcoólico,
tinha um irmão de 9 anos saudável. Sem história
familiar conhecida de atraso da puberdade.
 Quais
os
envolvidos?
hormônios
 Quais exames devem ser
pedidos?
 Qual a patologia
paciente?
do
 Resultados:
Analiticamente
apresentava
hemograma e bioquímica com provas de
função renal e hepática sem alterações.
Dosagens séricas de testosterona total: 0,28
ng/ml (N: 2,62-15,9); testosterona livre: 1,0 pg/ml
(N: 8,8-27); FSH: 0,7 UI/L (N: 1,6-11,0); LH: <0,1 UI/L
(N: 0,8-6,1); todos em níveis inferiores aos
normais. Dosagens das restantes hormônios da
hipófise anterior dentro dos valores normais:
TSH:2,72ìU/ml (N: 0,27-4,2); ACTH: 38,2 pg/ml (N:<
26); Prolactina: 10,2 ng/ml (N: 2,7-36,9) e GH: 3,3
ng/ml (N: 0,06-5,0). As provas de função
tireóidea com T3 livre e T4 livre eram normais,
assim como os dosagens de cortisol basal,
progesterona, estradiol e 17-OH progesterona.
 TC-CE: sem alterações
 RMN-CE: discreta assimetria de pneumatização
do corpo do esfenóide a condicionar assimetria
do pavimento da fossa hipofisária e da superfície
inferior da glândula, não estando presentes sinais
indiretos de neoplasia na região hipotálamohipofisária
Diagnóstico
 Hipogonadismo secundário por Síndrome de Kallamann’s
HIPOGONADISMO PRIMÁRIO X SECUNDÁRIO
Síndrome de Kallamann’s: A SK é um distúrbio genético
relacionado com uma anomalia do sistema olfativo durante vida
embrionária. Manifesta-se clinicamente pela associação de
hipogonadismo hipogonadotrófico com a anosmia/hiposmia.
Caracteriza-se por uma deficiência congênita de GnRH
habitualmente dura toda a vida e, por isso, os doentes
necessitam de tratamento a longo prazo, podendo existir
exeções.
Terapêutica
 O doente foi submetido a terapêutica
adequada com hCG, 5000 UI subcutâneas 3
vezes por semana, que reduziu para 2 vezes por
semana aos 6 meses de tratamento, tendo
desencadeado a puberdade e havendo
normalização dos níveis séricos de testosterona.
Atualmente mantém terapêutica com baixas
doses de hCG.
Referência
 http://www.spmi.pt/revista/vol12/vol12_n1_2005_32-36.pdf
OBRIGADA!
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