Dores de cabeça frequentes podem ser um sinal de alerta para o

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Dores de cabeça frequentes podem ser um sinal de alerta para o
meningioma
Responsável por 20% dos tumores primários do crânio, o meningioma é um
tumor benigno que nasce nas células da aracnoide – membrana que reveste o
Sistema Nervoso Central (SNC). De acordo com o neurocirurgião do IOP, Dr.
Samuel Dobrowolski, a predominância dos casos de meningioma é de 1,8
mulheres para 1 homem, sendo mais frequentes na idade compreendida entre
40 e 50 anos de idade. Ainda não existem razões cientificamente comprovadas
para o surgimento do meningioma. “A ciência ainda não encontrou o que pode
causar o tumor que em 98% é benigno e que somente em 2% pode ser causador
de câncer. Acredita-se que radiação pode ser uma das responsáveis. Estudos
em andamento falam sobre alterações genéticas. No entanto, é comprovado que
pacientes com neurofibromatose podem desenvolver a doença devido a
questões genéticas e hereditárias.”
Mesmo com uma incidência anual baixa no Brasil, cerca de 0,1%, as pessoas
devem ficar atentas aos sintomas, pois quando tratado em sua fase inicial evitase déficits pós-operatórios, mantendo a qualidade de vida do paciente intacta ou
melhor. “Muitos meningiomas são assintomáticos, por essa razão o paciente
deve ficar atento a dores de cabeça frequentes, alteração de força, olfato e
formigamento nas extremidades. Essas são características importantes, porque
são sinais de compressão de estruturas neurológicas. Nessas horas é
fundamental procurar um especialista”, salienta Dr. Samuel.
A tomografia de crânio e a ressonância nuclear magnética são os dois exames
mais eficazes para detectar o meningioma, sendo o segundo mais detalhado,
apresentando cortes de diferentes formas que possibilitam a visualização de
locais no crânio onde a tomografia não mostra. A melhor forma de tratamento é
a cirurgia. Em casos de o tumor aparecer em lugares de difícil acesso ou quando
o paciente está com uma idade avançada, pode-se fazer radioterapia como
opção de tratamento. “Quando é possível fazer uma ressecção completa, a taxa
de cura gira em torno de 90%, por isso os pacientes devem ficar atentos com
qualquer alteração, evitando que o tumor cresça e transforme-se em mais
agressivo”, finaliza o neurologista.
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