Zootecnia Viva Jornal Projeto Socializando Saberes - Edição nº 04 - Dezembro 2013 A importância do manejo preventivo das plantas daninhas Prof. Msc. Hélida Campos de Mesquita Que produtor rural nunca teve problemas com “ervas daninhas” em sua propriedade? Muitas lavouras e pastos ficam infestadas com várias espécies de invasoras que reduzem a produção e o lucro da atividade. As plantas daninhas reduzem a produção pois competem diretamente com as plantas cultivadas por fatores de crescimento como água, luz e nutrientes do solo. Além disso a presença delas aumenta os custos de produção, pela necessidade de capinas, e em alguns casos inutilizam áreas de cultivo devido aos altos índices de infestação, principalmente em casos de espécies de difícil controle. Algumas espécies como a tiririca (Cyperus rotundus L.) e o capim de burro (Cynodon dactylon (L.) Pers.) causam muitos prejuízos aos produtores. São plantas altamente competitivas com as culturas, e de difícil controle, pois se propagam tanto de forma reprodutiva, através de sementes, como de forma vegetativa, pela dispersão de fragmentos da planta. Este fato impossibilita o controle por métodos mecânicos como a capina manual e mecanizada através de implementos tracionados, e seu uso contribui para espalha-las pela área de cultivo, sendo necessário recorrer ao controle químico através do uso de herbicidas. A aplicação de produtos químicos no controle (A) (B) dessas plantas em alguns casos se torna inviável financeiramente para o produtor, além de causar prejuízos ao meio ambiente quando mal utilizados. Uma medida que pode ser adotada para evitar problemas com espécies de difícil controle é prevenir a entrada das mesma na sua área de cultivo, que é o chamado de controle preventivo. O controle preventivo evita a entrada e disseminação das plantas daninhas em áreas livres de infestação. Uma das primeiras medidas do controle preventivo começa na Figura 2: Arado de discos removendo plantas daninhas do solo (A) e arado de escolha das sementes, que devem ser de boa qualidade, e discos higienizado após o uso (B). não apresentarem sementes de plantas daninhas misturadas. O ideal é a compra de sementes certificadas que são inspecionadas e tem pureza garantida. Aos produtores que praticam a adubação orgânica é imprescindível a aquisição de esterco e composto de procedência conhecida, pois eles podem ser veículo de transporte de sementes e partes vegetativas de muitas plantas daninhas, que virão a infestar as áreas que forem adubadas. (B) Um outro aspecto a ser considerado é a limpeza de máquinas, implementos e (A) ferramentas agrícolas. Áreas com altos índices de infestação de espécies de propagação vegetativas deixam muitas partes da planta aderida às enxadas, arados, grades e demais implementos que forem utilizados, que ao serem usados novamente em outras áreas depositam as partes vegetativas no solo causado infestação durante os próximos cultivos. Todas as ferramentas e implementos de vem ser limpos antes de depois da utilização para evitar a propagação de plantas daninhas em outras áreas! E uma prática que muito produtores esquecem é o controle das plantas daninhas nos arredores da sua lavoura, pois estas áreas infestadas servem como um banco de sementes de plantas que sempre estarão presentes na área de cultivo. Estas simples práticas possibilitarão uma redução considerável na infestação de Figura 1: Tiririca (Cyperus rotundus L.) (A) e Capim plantas daninha na lavoura implicando e menor custo com métodos de controle. de burro (Cynodon dactylon (L.) Pers.) (B). Nesta quarta edição, parabenizamos a iniciativa, criatividade e persistência dos alunos da Escola Estadual Maria Zenilda Gama Torres, Jociel, Geracino e Huguemberg, pela divulgação da pesquisa "A Fruta do Faraó", em rede nacional. Relacionado a este assunto, temos nesta edição, a entrevista com o Doutorando da sor s UFERSA, Daniel Santiago, sobre a e f o Pr ldo importância da apicultura no município de Geni ca e Fons Msc. Apodi. Temos na matéria de capa uma a, r i e r reportagem da professora Hélida Mesquita, Pe que trouxe para os nossos leitores informações sobre o controle de erva daninha nas culturas vegetais. Outra informação muito esperada pelos nossos leitores está sendo abordada na coluna pesquisa em foco, com a matéria sobre a alimentação de cavalos atletas. Também temos nas outras colunas, muitas informações e dicas importantes para enriquecer os conhecimentos dos nossos leitores. E D I T O R I A L { IFRN Pesquisa em Foco Entrevistamos o Engenheiro Daniel Santiago, especialista em Apicultura Pág. 03 ARTIGO NUTRIÇÃO DE CAVALOS ATLETAS Kourbany Luiz Cordeiro da Cruz Zootecnista; Fernando Queiroz de Almeida Veterinário Na seção Delícias da Chapada tem receita: Bolo de Mel Pág. 04 Na seção Curiosidades: Curiosidades sobre os Cavalos Pág. 04 Pesquisa em Foco IFRN ARTIGO - NUTRIÇÃO DE CAVALOS ATLETAS Kourbany Luiz Cordeiro da Cruz – Zootecnista; Fernando Queiroz de Almeida – veterinário. Adaptado pelo professor Genildo Fonseca Pereira Expediente GENILDO FONSECA PEREIRA Coordenador ANGELA PATRÍCIA A. C. GRACINDO Membro Colaborador ÊLIKA SUZIANNY DE SOUSA Membro Colaborador AHIRAM BRUNNI C. DE CASTRO Membro Colaborador Na região de Apodi, além das vaquejadas, que já é comum acontecerem todos os anos, nos FRANCISCO DAMIÃO F. RODRIGUES Revisor diferentes municípios da região e em todo o Estado, também é tradição, principalmente no RINALDO MEDEIROS A. DE OLIVEIRA município de Felipe Guerra, a corrida de Prado. Diagramador Quando abordamos a nutrição de equinos, devemos levar em consideração dois tipos de LEANDRO ALVES DA SILVA exigências nutricionais: as de manutenção e as destinadas para as atividades físicas. Dessa forma, Bolsista devemos voltar nossas atenções à energia para suprir a exigência normal do animal e a exigência nutricional extra para animais de competição, sempre respeitando seus limites. SALOMÃO ALVES DE OLIVEIRA Bolsista Na alimentação de equinos, temos como grande fonte de energia digestível, os grãos de cereais. Ao ofertar ao animal uma ração contendo diferentes grãos, de boa qualidade, notamos o JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA Bolsista bem estar metabólico do animal. Nutricionalmente, a dieta de um cavalo atleta é a mesma da alimentação de manutenção. TEÓFILO MATHEUS P. FERNANDES Bolsista Porém, a diferença está na qualidade e na quantidade de nutrientes dos alimentos adicionados na dieta total, principalmente o valor energético. Para complementarmos, é fundamental darmos ALEXANDRE MEDEIROS G. DE OLIVEIRA importância à qualidade dos suplementos minerais que devemos oferecer ao animal, respeitando Bolsista as exigências, que devem ser preenchidas com o objetivo do animal manter o peso, a condição corporal e uma boa saúde do animal. O consumo dietético nos equinos em atividade Intensa é de 0,75% – 1,5% do seu peso vivo de volumoso e 1,0% – 2,0% de concentrado; 2,0% – 3,0% do seu peso vivo total, com uma relação de volumoso concentrado de 35%: 65%. A necessidade de Nutrientes na Dieta (na MS), para animais com atividade física intensa é de 2,85% de Energia Digestível; 11,4% de proteína bruta; 0,40% de Lisina; 0,35% de cálcio; 0,25% de fosforo; 0,13% de magnésio; 0,43% de potássio e 1950 (IU/kg) de vitamina A. Manejo da Alimentação Fornecer 1/3 da dieta (0,75 a 1,5% PV) como volumoso de boa qualidade; Umedecer os alimentos muito pulverulentos; Fornecimento de água - à vontade; Sal mineral - disponível no cocho; Alimentar o cavalo individualmente; Avaliar com frequência o peso e condição corporal; Fornecer o concentrado três a quatro vezes durante o dia em intervalos regulares e pontuais ;Período noturno - fornecer maior quantidade de feno para maximizar as reservas intestinais de energia, água e eletrólitos. Alimentação no dia da competição: Cavalos em Desempenho Máximo em exercício de Curta Duração; Esforço anaeróbio Duração de ± 3 minutos - Minimizar peso corporal - Feno - remover 12 horas antes do evento - Ração - suspender 5 horas antes do evento - Água - sem restrições. Muitos criadores e apreciadores de equinos consideram que alimento bom é aquele com valor protéico elevado. Porém, não podemos esquecer que o trabalho muscular é condicionado ao consumo de energia, e não de proteína. A ração com teor de proteína elevado pode ser utilizada para éguas em reprodução (principalmente no terço final da gestação e durante a lactação) assim como para potros em fase inicial de crescimento (até a fase final de consolidação do cavalo, que seria aproximadamente os 24 meses de idade), pois estão em fase de formação. Sites consultados: http://www.purotrato.com.br/b-nutricao-de-cavalos-atletas.html http://www.ufrrj.br/ladeq/paginas/docs_eventos/anais_IIIciclo/L-Nutricaocavaloatleta.pdf O Produtor Pergunta O Responde RN GADO DE LEITE: O produtor pergunta, a EMBRAPA responde. Quando iniciar os cuidados com os bezerros? Os cuidados com o bezerro devem começar ainda na fase de gestação. A fase de maior crescimento do feto se dá nos últimos 3 meses de gestação. Assim, a vaca gestante e em lactação deve ser seca 60 dias antes da data prevista para o parto, para a recuperação da glândula mamária e a produção de colostro. A influência da alimentação pré-natal é decisiva, tanto para o crescimento normal do feto quanto para a sobrevivência do bezerro durante as primeiras semanas de vida. No que se refere ao aspecto nutricional, as deficiências de energia, minerais e vitaminas são consideradas as mais importantes. O teor de proteína da dieta (volumoso mais concentrado) da vaca nesse período não deve ser inferior a 14% na base da matéria seca (MS). Mas deve-se evitar que a vaca esteja muito gorda pois há riscos de problemas no parto. Assim, de 20 a 30 dias antes do parto, as vacas devem ser conduzidas ao pasto ou ao piquete maternidade, que deve estar seco, limpo e localizado próximo às instalações principais, para permitir alimentação diferenciada, observações frequentes e assistência, caso ocorra algum problema por ocasião do parto. Página 02 - Jornal Zootecnia Viva - Edição nº 04 - Dezembro 2013 Entrevista Há quanto tempo se especializou em Apicultura? A partir de 1995, aos 15 anos de idade, com o inicio de um apiário em propriedade da família, no município de Jaguaruana-CE, tendo fortalecido os conhecimentos nos cursos Técnico em Agropecuária e Agronomia, pós-graduação, pesquisa, estágios e prestação de serviços técnicos no manejo de abelhas, no Brasil e no Exterior. O que levou você a escolher essa área? Inicialmente, a curiosidade de trabalhar com indivíduos considerados irracionais, com um nível organizacional de causar inveja a qualquer sistema de produção já executado por humanos; a importância das abelhas para o equilíbrio dos ecossistemas, representando até 80% da polinização das plantas Angiospermas (que necessitam de polinização), tendo, após o entendimento de um pouco da biologia, da complexidade e ao mesmo tempo simplicidade de suas interações essenciais para o desenvolvimento das atividades da colméia, a atividade tornou-se cada vez mais atrativa, culminando com a especialização nesta área. Dê um conceito para Apicultura: Atividade agropecuária que trata da manutenção de enxames de abelhas da espécie Apis mellifera L. em ambiente padronizado, objetivando lucro a partir dos produtos e serviços da colméia. Financeiramente falando, o investimento nessa área é viável? A cadeia produtiva da apicultura propicia a geração de inúmeros postos de trabalho, emprego e fluxo de renda, principalmente no ambiente da agricultura familiar, sendo, dessa forma, determinante na melhoria da qualidade de vida e fixação do homem no meio rural. Com o crescimento da população, a agricultura se torna dependente de um serviço de polinização eficiente para ofertar frutos de qualidade e em quantidade para atender a demanda, que tem aumentado desde a revolução verde. Este é o principal serviço das abelhas prestado para o equilíbrio dos ecossistemas ao redor do globo. Além disso, é importante lembrar que as populações humanas têm buscado melhorar sua saúde, principalmente, através da ingestão de alimentos de qualidade e muitas vezes ecologicamente corretos. É o caso dos produtos das abelhas: A apicultura é uma das atividades capazes de causar impactos positivos, tanto sociais quanto econômicos, além de contribuir para a manutenção e preservação dos ecossistemas existentes. Com tudo isso, podemos prever que além desta gama de produtos e serviços que as abelhas nos fornecem, no futuro, aqui no Brasil, seremos verdadeiramente o celeiro do mundo, e a apicultura do Nordeste entra perfeitamente através do tripé social,econômico e ambiental. Quais os fatores favoráveis e desfavoráveis à apicultura na chapada do Apodi? FAVORÁVEIS - Flora de qualidade reconhecida no mercado externo; - Capacitação de um grupo considerável de apicultores na região; - Presença de instituições de ensino e assessoria técnica na região para formação de profissionais de qualidade, tanto para a produção quanto para o acompanhamento e instrução; - Presença de instituições de representação de classe como cooperativas e associações para o desenvolvimento da cadeia produtiva da apicultura, segurança alimentar, comercialização e renda; - Único município do Brasil onde o BNB apresenta linha de custeio para a apicultura no período da seca; DESFAVORÁVEIS - Despreparo dos apicultores para os períodos cíclicos de seca da região; - Muitos apicultores não seguem o ABC do manejo apícola, realizando manejo, às vezes, somente no período de produção; - Desmatamento da flora nativa; - Existência e execução de Programa de governo de desapropriação de terras para agricultura em larga escala, com consequente desmatamento e deslocamento de um grande número de famílias de apicultores para áreas onde não se sabe o potencial apícola, ou mesmo periféricas de municípios, destacando que o uso projetado de água da barragem local não é suficiente para suprir as necessidades hídricas dos 13.000 hectares do projeto, sem contar com a transposição que caminha a passos lentos, há 10 anos. Quais as principais espécies criadas na chapada do Apodi? As “abelhas nativas”, também chamadas de “abelhas indígenas” ou “sem ferrão”, foram durante a pré-história as mais importantes representantes das famílias de abelhas sociais, exploradas também pelos nativos potiguares, hoje em quantidade reduzida por conta da degradação de seu ambiente natural, a Caatinga, e da caça predatória. TEMA: APICULTURA ENTREVISTADO: ENG. AGRÔNOMO DANIEL SANTIAGO PEREIRA Sua exploração e manutenção em ambientes chamados meliponários para obtenção de seus produtos ou preservação caracteriza a meliponicultura. As abelhas nativas relatadas por ordem de importancia e/ou ocorrência em estudos recentes na chapada do Apodi foram: jandaíra (Melipona subnitida); mosquito (Plebeia sp.); a abelha “amarela” e a “moça branca” (Frisiomellita sp.), e a abelha rajada (Melipona asilvae). A raça exótica “abelha africanizada” (Apis mellifera L.), seus mantenedores são os apicultores, é a espécie da família Apidae de maior importância comercial e social na chapada, pelo fato do envolvimento de centenas de famílias no sistema de produção da agricultura familiar, organização de instituições de representação de classe, com o objetivo de benefício dos apicultores na região, a periodicidade e quantidade da oferta de seus produtos, em destaque principalmente o mel, que garante o poder de barganha, quando os grupos de apicultores encontram-se definidos e organizados. Qual o melhor sistema de produção para essas espécies em nossa região? Em razão da maioria dos que fazem a apicultura da mesorregião do Oeste Potiguar fazer parte da agricultura familiar, o sistema que mais se adequa, em virtude da redução de custos e baixo investimento em transporte, é a apicultura fixista, que é caracterizada pela instalação de apiários em locais onde as colméias habitadas com enxames de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) são manejadas para obtenção de seus produtos, em sua maioria o “mel”, em locais selecionados pela facilidade de acesso para o manejo, pasto apícola, e água. Muitas vezes, o fluxo de alimento, néctar e pólen, ocorre em abundância de 3 a 4 meses na maioria das regiões do Nordeste. Já a apicultura migratória, tende a utilizar todo o potencial do fluxo de néctar e pólen, migrando as colmeias com enxames de abelhas de ambientes onde os recursos já cessaram para outros onde iniciaram as floradas, podendo dessa forma, direcionar a produção de sub-produtos de origem floral com valor já garantido no mercado, como o que acontece com o mel da vassourinha, do cipó-uva, e do marmeleiro. Apesar disso, este sistema de produção é mais praticado por grandes empresários, em razão do custo de transporte de centenas, senão milhares de colônias de abelhas, além do pacote tecnológico empregado para manutenção destes enxames. Qual orientação você daria para os empreendedores ou futuros empreendedores nessa atividade? Ao se pensar em apicultura como alternativa de geração de trabalho e renda ao homem do campo, é necessário que se avalie a atividade apícola sob os diversos aspectos que a cercam e que a tornam uma importante ferramenta de inclusão social para os pequenos e médios produtores. Sendo assim, é possível aos apicultores locais, apesar da perda dos enxames, selecionar enxames de abelhas mais resistentes, ou que suportam melhor as adversidades climáticas e tróficas no semiárido do nordeste brasileiro, para enfrentamento das mesmas condições em período vindouro, e consequente minimização de perdas no plantel. As taxas de abandono dos enxames estão, geralmente, atreladas a fatores tróficos, ausência de fonte natural de alimento (pólen e néctar), alimentação artificial inadequada ou insuficiente, não proximidade da água, falta de sombreamento, falta de manejo na redução de alvado, equalização dos enxames, não retirada das melgueiras no período de entressafra, e colmeias desprotegidas, ficando suceptíveis ao ataque de pragas. Levando em consideração as características climáticas de nossa região, é importante que os apicultores, atuais e futuros, estejam preparados para os períodos de escassez de alimento, que geralmente vêm acompanhados de um longo período de ausência de chuvas, para evitar a perda de enxames, uma vez que, analisando o histórico desses acontecimentos, evidencia-se que é cíclico, acontecendo sempre após um determinado espaço de tempo. Desse modo, é importante que todos estejam preparados, reciclando e redimensionando os conhecimentos relacionados à manutenção dos enxames em apiários, afim de reduzir prejuízos. Outro ponto importante é a reposição da vegetação nativa, principalmente de plantas que apresentem seu período de floração no segundo semestre do ano, como é o caso do juazeiro, por exemplo, para que as abelhas possam ter alternativa alimentar para suprir suas necessidades e, assim, reduzir a mão de obra dos apicultores e comportamentos indesejados pelos enxames. Jornal Zootecnia Viva - Edição nº 04 - Dezembro 2013 - Página 03 Delícias da Chapada Curiosidades BOLO DE MEL CAVALOS INGREDIENTES: 02 xícaras (chá) de mel (recomenda-se usar o mel novo); 04 ovos caipiras; 04 colheres (sopa) de manteiga; 02 xícaras (chá) de açúcar; 03 xícaras (chá) de farinha de trigo; 02 colheres (chá) de canela em pó; 01 pitada de cravo-daíndia em pó; 01 colher (chá) de bicarbonato de sódio; 01 pitada de sal. PREPARO: Bater a manteiga, o açúcar, o sal e os temperos. Adicionar os ovos depois de bem batidos e por último a farinha de trigo. Colocar a mistura num forno quente durante 01 hora. O fermento é dispensável porque o mel exerce o mesmo efeito. Dica de Leitura HISTÓRIA DAS AGRICULTURAS NO MUNDO Alunos do IFRN/Apodi assistem a palestra sobre Crédito Rural No último dia 29/11/2013, José Mariano Carlos Júnior, funcionário do Banco do Nordeste do Brasil, agência de Apodi veio a convite da professora Angela Patrícia A. C. Gracindo ministrar palestra para os alunos do curso técnico em zootecnia. O tema foi o acesso ao crédito rural, com foco no PRONAF JOVEM e PRONAF MULHER. Na ocasião foi feita uma simulação de um financiamento rural, em que ficaram claras as formas de pagamento, o teto máximo de financiamento do Pronaf jovem (R$ 15.000,00), o tempo de carência, as formas de acesso ao crédito via PRONAF, entre outros assuntos. O cavalo é um mamífero do gênero Equus e espécie Equus ferus Além do cavalo, os equídeos mais conhecidos são o jumento e a zebra A mula é um híbrido entre o cavalo e o jumento. A denominação para o macho é garanhão; para a fêmea, égua; para o filhote, potro. A palavra cavalo veio do latim caballus. Acredita-se que os primeiros cavalos tenham sido domesticados em 6.000 a. C. ou até mesmo antes disso. Assim como a do elefante, a sociedade do cavalo (afinal, trata-se de um animal que vive em grupo) é matriarcal. A gestação da égua dura 336 dias – 11 meses – o que a torna mais longa do que a humana. As raças de cavalos mais valorizadas são: quarto de milha, puro sangue inglês, appalooza, percheron, paint horse, lusitano, mustang, andaluz, Galloway, frísio, shire, bretão e árabe. As raças brasileiras: mangalarga, pampa, campolina e crioulo. Apesar de ainda ser tabu no Brasil, a carne de cavalo é consumida em diversos lugares, principalmente China e países da Europa. Detalhe: o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de cavalo. Os cortes mais comuns são lagarto, filé mignon, contrafilé, patinho, peito, alcatra e peixinho. Devido à conformação do animal, não existe picanha e cupim. 1. Um cavalo bebe, em média, 50 litros de água por dia. 2. Em média, os cavalos vivem 25 anos – embora tenham sido registrados indivíduos com até 40 anos. 3.Os potros conseguem se sustentar nas duas pernas (diga-se, ficar em pé) apenas duas horas depois de nascidos. 4. A raça mais veloz é o puro sangue inglês, que chega a atingir 80 Km/h. Acredite se quiser, mas ele é capaz de fazer 400 metros em apenas 20 segundos. 5. A raça mais antiga é a árabe. Só para se ter uma ideia, a árabe já era conhecida dos antigos egípcios. Acredita-se que seja a precursora de todas as raças modernas. 6.Cavalos tem excelente memória. Eles são capazes de reconhecer uma pessoa anos depois de tê-la visto pela última vez. Página 04 - Jornal Zootecnia Viva - Edição nº 04 - Dezembro 2013