MENTE ABERTA Filiada à: O informativo da SPP Ano II - Número 05 Dezembro/2016 TRÊS ANOS DE INTENSO TRABALHO E VALORIZAÇÃO DA PSIQUIATRIA PERNAMBUCANA Neste mês de dezembro, a atual diretoria da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria encerra a sua gestão. Eleita para o triênio 2014-2016, trabalhou muito pela a valorização da especialidade médica aqui no Estado e reconhecimento no Brasil. Tendo este pensamento como fio condutor de suas decisões, o grupo pôde fazer um balanço das ações, nos últimos três anos, dividindo-as em três eixos: Científico, Político e Financeiro. Confira, abaixo, um resumo destas iniciativas: CIENTÍFICO – promoção de três importantes capacitações; realização de três Jornadas de Psiquiatria e três Encontros de Residentes, este capitaneado pelo Dr Bruno Nascimento; dois simpósios no interior do Estado (Caruaru e Garanhuns); organização do Setembro Amarelo 2015 e 2016 entre psiquiatras de Pernambuco; submissão de eventos científicos para pontuação na prova de Título de Especialista em Psiquiatria da ABP. POLÍTICO – encontro com o secretário Estadual de Saúde, José Iran Júnior; participação em audiência pública na Câmara do Recife; candidatura para sediar o CBP 2018; diálogo com representantes do Instituto Teotônio Vilela; luta pela permanência do Hospital Ulysses Pernambucano; aproximação com as Ligas de Psiquiatria (LPP e LAPPE); parcerias com outras entidades médicas para a realização de atividades científicas; entrega de três Medalhas Ulysses Pernambucano de Honra ao Mérito; incentivo e partici- pação na confraternização do grupo Psiquiatras PE; aproximação e fortalecimento das relações com a ABP. FINANCEIRO – parceria com a indústria farmacêutica para o apoio na realização das Jornadas de Psiquiatria e Encontro de Residentes; submissão de eventos científicos para aporte financeiro do FADEF-ABP; deixa as contas equilibradas e um caixa saudável para a próxima gestão. Maior inserção na mídia para dialogar com a população sobre doenças mentais e seus tratamentos. Aproximação com a Liga Pernambucana de Psiquiatria (foto) e com a Liga Acadêmica Psiquiátrica de Pernambuco. Realização de capacitações que contribuíram com a formação dos associados e médicos de outras especialidades Fotos: Jan Ribeiro Os doutores Edésio Lira, Frederick Lapa Filho, Everton Botelho, Clilma Aldeman, Luiz Carlos Albuquerque e Paulo Pinto estiveram a frente da SPP de janeiro de 2014 a dezembro de 2016. Editorial UMA JORNADA DE PSIQUIATRIA AINDA MAIS APRIMORADA Prezados colegas, Na reta final desta gestão à frente da SPP, acreditamos que pudemos contribuir com algo para a evolução, o crescimento e a consolidação da nossa Sociedade. O gerenciamento e as ações das entidades representativas refletem muito do cenário social, profissional, político e econômico do ambiente. Há vários anos, diante de nós, desfilam circunstâncias que não favorecem o progresso da Medicina, comprometem sua prática e impedem que a população utilize os serviços sem dificuldades. Tem sido assim o mar que navegamos. Eleita para o triênio 2014-2016, a diretoria encontrou a casa arrumada, as coisas em ordem dentro do possível naquele momento. Testemunhamos o trabalho, o empenho e o equilíbrio com que a gestão anterior, de Marco Antônio de Souza Leão Santos, gerenciou e superou os obstáculos havidos. Deste ponto, firmamos o pé de apoio e ganhamos impulso para ampliar o que já havia. Um aspecto que dá bem uma ideia do que foi possível fazer está evidente na quantidade de sócios adimplentes. Éramos menos de 40 no dia da eleição. Hoje somos 146, de acordo com dados da ABP. A SPP esteve presente no cotidiano da vida médica do Estado. Foram realizados simpósios, atualizações, cursos, palestras e as Jornadas Pernambucanas de Psiquiatria mais os Encontros de Residentes. Pela primeira vez, botamos o pé na estrada e fizemos encontros no interior, com muito sucesso, e ouvindo os colegas de Garanhuns, Caruaru, Serra Talhada, Petrolina e outros municípios do Agreste e Sertão. No apagar das luzes, obtivemos a cereja do bolo: está em fase final de negociação a aquisição do imóvel que sediará a ABP/NE. Fato que reconhece a força da Psiquiatria pernambucana como um dos três maiores centros nacionais na formação da especialidade. Passamos o bastão para a nova diretoria, presidida pela professora Kátia Petribú, com os sinceros votos de sucesso. Estamos satisfeitos com o trabalho realizado, no limite do possível, e honrados pela oportunidade de servir aos colegas e à Psiquiatria. Sigamos coesos e confiantes rumo ao futuro. A Diretoria. Nos dias 18, 19 e 20 de agosto, ocorreram a XXXIII Jornada Pernambucana de Psiquiatria e o III Encontro Estadual de Médicos Residentes em Psiquiatria. Eventos que, nos últimos três anos, cresceram em qualidade e quantidade de inscritos. Em 2016, as atividades científicas reuniram mais de 200 participantes e um número maior de trabalhos em formato de pôster que o ano Palestrantes de diversas regiões do país, inclusive as anterior. da casa, apresentaram trabalhos e estudos para um “Um evento realizado pratasauditório sempre lotado nos três dias de evento. no Recife, numa área central, recer o melhor aos participantes de um próximo ao aeroporto e que pontua para a prova de Título de modo geral”, completou. Pelo terceiro ano consecutivo, Especialista em Psiquiatria, tudo isso contribuiu para que fosse uma cres- as atividades aconteceram no Golden cente nestes anos”, afirmou o presi- Tulip Recife Palace, em Boa Viagem, e dente da SPP, o Dr Everton Botelho. contaram com o apoio, além da indús“Esta é a principal atividade científica tria farmacêutica e de clínicas de reda SPP e trabalhamos muito para ofe- pouso, do FADEF-ABP. ATUANTE NOS CAMPOS DA PSIQUIATRIA E DA LITERATURA Não é de hoje que profissionais da Medicina revelam, para além da clínica, seus dotes artísticos. Muitos associados da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, por exemplo, são exímios músicos ou escritores. Neste sentido, o ano de 2016 foi bastante produtivo para o vicepresidente da SPP, o Dr Luiz Carlos Albuquerque. Experiente psiquiatra e um lapidador das palavras, ele foi convidado O Dr Luiz Carlos Albuquerque (dir) autografou livros no Singularíssima Pessoa’’, na Livraria pela Associação Brasileira de lançamento de ‘‘Eu, Jaqueira, no Recife. Psiquiatria para ser um dos originalmente em 1993. A obra é um avaliadores dos textos inscritos no Concurso de Contos e Poesia, do passeio pela poesia e a mente de XXXIV Congresso Brasileiro de Psi- Augusto dos Anjos que, apesar de ter publicado apenas um único livro (EU), quiatria. Ainda este ano, o Dr Luiz permanece entre os mais lidos e estuCarlos teve o seu livro infanto-juvenil dados autores da literatura brasileira. A “Batra, o sapo” recomendado pela ABP segunda edição de ‘‘Eu, Singularíe lançou a segunda edição de “Eu, ssima Pessoa’’ foi lançada no Recife e, Singularíssima Pessoa”, publicado depois, em João Pessoa. Expediente | Diretoria triênio 2014-2016: Everton Botelho (presidente), Luiz Carlos Albuquerque (vice-presidente), Edésio Lira (diretor primeiro-secretário), Frederick Lapa Filho (diretor segundosecretário), Clilma Aldeman (diretora primeira-tesoureira) e Paulo Pinto (diretor segundo-tesoureiro) Assessoria em Comunicação - Anexotrês Comunicação | Fotografias - Jan Ribeiro | Textos - Daniel Vilarouca | Diagramação - Janilson Andrade | Contato [email protected] | Fone - (81) 3231.0767 2 PARCERIAS AMPLIAM ALCANCE E IMPACTO DO SETEMBRO AMARELO EM PERNAMBUCO no Parque da Jaqueira. Distribuindo panfletos e outros materiais informativos, a ideia foi atingir os frequentadores do Parque com a mensagem de Valorização da Vida. A banda do Exército participou da atividade tocando músicas que animaram e atraíram a atenção das pessoas. O Grupo de Estudos sobre Suicídio da UFPE ainda promoveu um concorridíssimo encontro que teve uma segunda edição devido à intensa procura. Na UPE, professores e estudantes também debateram o tema Suicídio e, no auditório do HMAR, oficiais do Exército e profissionais da Saúde receberam informações sobre como prevenir o suicídio. A Dra Alexandrina Meleiro foi a principal palestrante do Simpósio sobre Suicídio realizado pelo Cremepe e entidades parceiras. Outros Simpósios sobre Suicídio também foram realizados nas universidades Estadual e Federal. O da UFPE teve duas edições. A imprensa foi parceira na difusão da mensagem da Prevenção do Suicídio. Jornais e rádios abriram espaço para psiquiatras. No Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09), uma grande ação de conscientização foi realizada no Parque da Jaqueira. Representantes do Centro de Valorização da Vida (CVV) também estiveram presentes na atividade do Parque da Jaqueira. A Dra Ângela Tavares (dir) foi uma importante articuladora para que o Exército participasse das ações do Setembro Amarelo no Estado. Além do Palácio do Campo das Princesas, o Palácio da Justiça (foto), sede do Poder Judiciário, também foi iluminado. Um Simpósio sobre Suicídio foi realizado para oficiais e profissionais de Saúde do Exército, no Hospital Militar de Área do Recife (HMAR). Ao lado do Coronel Ronaldo (dir) e do General Jardim (esq), o Dr Everton Botelho (centro) acompanhou o Simpósio no HMAR. Foto: Jan Ribeiro A parceria entre entidades médicas ampliou as iniciativas do Setembro Amarelo, em Pernambuco, neste ano de 2016. A partir de conversas preliminares, nos meses que antecederam a Campanha de Prevenção do Suicídio, a SPP pôde incentivar, apoiar e estar presente em um número maior de atividades que o ano anterior. As ações envolveram o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, a Associação Médica (AMPE), o Sindicato dos Médicos (Simepe), o CVV, as universidades e até mesmo o Exército Brasileiro. As atividades começaram com um grande Simpósio sobre Suicídio voltado para médicos de diversas especialidades. “Queremos que as pessoas saibam identificar os sinais de ideação suicida e ajudem a evitar tragédias”, disse a Dra Jane Lemos, coordenadora do evento. Já no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09), pelo segundo ano consecutivo, todos se uniram numa grande ação de conscientização Psiquiatras, psicólogos, membros do CVV e do Exército Brasileiro participaram da atividade realizada no Parque da Jaqueira com o objetivo de difundir a mensagem de Valorização da Vida. Fotos: Jan Ribeiro 3 Em 2016, a Psiquiatria pernambucana perdeu um de seus expoentes, aquele que formou diversas gerações de profissionais que atuam dentro e fora do estado, o Dr Othon Basto. Inteligente, de riso fácil e sempre disposto a transmitir o conhecimento, o decano da nossa Psiquiatria foi o primeiro a receber a Medalha Ulysses Pernambucano de Honra ao Mérito, no ano de 2011, pelos bons serviços prestados a esta especialidade médica e por trabalhar pela saúde e o bem estar dos pernambucanos. Ele nos deixou na madrugada do dia 07 de agosto e, sobre ele, no artigo “Professor Othon Basto”, publicado no Jornal do Commercio, do dia 19 de agosto, o Dr Antônio Peregrino escreveu: “Fazer um resumo da importância do Prof. Othon para a Psiquiatria e os psiquiatras brasileiros é tarefa difícil. O próprio résumée curricular torna-se um livro que, impresso e posto de pé, não soçobra para os lados. (...) Quem conheceu Othon ficou cativo de sua generosidade e grandeza. Ensinou para todos nós, pernambucanos e brasileiros, uma Psiquiatria com P maiúsculo. Sua partida deixa enlutados todos os psiquiatras e a Psiquiatria do nosso país”. A Medalha Ulysses Pernambucano de Honra ao Mérito representa o reconhecimento e a homenagem que a Sociedade Pernambucana de Psiquiatria presta, em nome dos psiquiatras do Estado, ao profissional cuja atividade tenha sido marcante, duradoura, construtiva e contributiva para a especialidade. Nesta gestão, foram homenageados os psiquiatras Maria Gurgel Cavalcanti (2014), Cheops Teixeira (2015) e Olga Costa Rêgo (2016). Todos construíram patrimônio de dedicação, angariaram admiração e respeito dos seus pares, e gratidão de inumeráveis pacientes. A importante comenda, expressão de elevado valor científico e humanístico, não poderia estar em mãos mais merecedoras. A Dra Maria Gurgel Cavalcanti era natural do estado do Rio Grande do Norte, mas foi em Pernambuco que ela iniciou seus estudos na Psiquiatria e se estabeleceu ao inaugurar a Clínica de Repouso Reis Magos. Dizia que continuaria trabalhando enquanto tivesse discernimento, disposição, força e pessoas precisando dela. Nos deixou neste ano de 2016. Considerado membro da 3ª geração da Escola do Recife de Psiquiatria, o Dr Cheops Teixeira foi discípulo do professor José Lucena e atuou ao lado de profissionais de renome a exemplo dos doutores Othon Basto, Maria Cristina Cavalcanti e Tácito Medeiros. Ainda jovem, foi chefe de clínica do Sanatório do Recife. Continua atendendo em clínicas de repouso no Recife.. 4 A Dra Olga Costa Rêgo formou-se em Medicina pela UFPE em 1960. Foi psiquiatra do Hospital Correia Picanço e do Serviço de Saúde Mental de Pernambuco. Entre 1970 e 1972, fez Especialização em Psiquiatria Infantil na Universidade de Londres. De volta, iniciou um novo trabalho no tradicional Sanatório do Recife. Nunca deixou de clinicar. “LUTAMOS PARA QUE O TEMPO DE PERMANÊNCIA DO PACIENTE NO HOSPITAL SEJA CADA VEZ MENOR”, DIZ EVERTON BOTELHO Em meio aos constantes debates sobre o fim dos hospitais psiquiátricos, o Dr Everton Botelho defende o direito que todo cidadão tem do acesso a um tratamento adequado e profissionais qualificados para alcançar o equilíbrio e o bem estar. Para isso, ele afirma que é necessário um diálogo entre psiquiatras e representantes da luta antimanicomial em busca de um ambiente modernizado que possa receber portadores de transtornos mentais. Durante o período em que foi presidente da SPP (2014-2016), o Dr Everton Botelho procurou conversar com os diversos setores da sociedade, especialmente as autoridades, para desfazer alguns mitos que existem entorno da Psiquiatria e buscar políticas públicas para os que sofrem com doenças mentais em Pernambuco. “As pessoas chegam a dizer que não existe doença mental. O preconceito ainda é muito grande”, afirma ele. Segundo o psiquiatra, muito desse receio que a população tem de falar sobre os transtornos mentais se baseia nas antigas formas de tratamento utilizadas antes de surgirem os primeiros medicamentos para as doenças psiquiátricas. De acordo com o Dr Everton Botelho, no que ele chama de “pré-história da Psiquiatria”, os doentes mentais eram excluídos da sociedade e colocados em espaços juntamente a criminosos, bêbados e prostitutas. “Pinel foi pioneiro ao reconhecer a existência da doença mental, que ele chamava de 'alienação', e que, entre aquele grupo de pessoas separadas do convívio social, existiam algumas portadoras de transtornos mentais, necessitando de tratamento em locais mais adequados”, comenta. “O tratamento medicamentoso só surgiu a partir da década de 1950 e, mesmo antes disso, o professor Ulysses Pernambucano já cuidava muito bem dos seus pacientes porque dava uma ocupação a eles. Cada um tinha uma responsabilidade a cumprir dentro do hospital”, lembra o psiquiatra. O Dr Everton Botelho explica que, por conta desse histórico, houve um movimento contrário à Psiquiatria que acabou por descredibilizar a especialidade médica e pôs em risco a vida do paciente. “Foi quando veio a proposta de Reforma da Assistência Psiquiátrica que, no papel, é excelente, mas, na prática não funciona porque o Estado não estava preparado para isso”, argumenta. Às autoridades, o Dr Everton Botelho entregou uma cópia do documento “Diretrizes para um modelo de atenção integral em Saúde Mental no Brasil”, da ABP. Na foto, com o Secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran Junior. A Reforma da Assistência Psiquiátrica prevê o fechamento dos hospitais psiquiátricos e o atendimento dos seus pacientes nos hospitais gerais e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “Porém, os hospitais gerais não apresentaram o número de leitos necessários para receber estes pacientes, nem equipe multidisciplinar preparada para atender uma pessoa em surto psicótico, por exemplo, e os CAPS não mantêm o paciente lá por mais de 24 horas”, diz. “O conhecimento psiquiátrico evoluiu muito nos últimos 30 anos. Em termos clínicos, vivemos uma realidade completamente diferente. A resolutividade dos problemas mentais aumentou muito. Há um consenso entre os colegas de profissão que aquele modelo antigo não cabe mais. Por isso, precisamos de espaços públicos modernos e equipados para receber os pacientes. Em todo lugar do mundo existe hospital psiquiátrico para o tratamento do paciente. Então, tem de haver um diálogo entre a Psiquiatria e aqueles que querem o fim desses espaços porque estamos voltando à pré-história quando as pessoas eram excluídas da sociedade e trancadas em quartinhos nos fundos da casa. Esta é a situação que muitos colegas têm encontrado nos interiores do Estado. Divergimos em alguns aspectos, mas, com certeza, convergi- 5 mos em outros para o bem da população que está sofrendo”, completa. O ex-presidente fala que uma das principais características da Psiquiatria é “conhecer a doença, mas conhecer também a pessoa”. “Nós temos de saber da vida daquele paciente. Como ele chegou àquela situação, suas relações familiares. Não podemos nos restringir à parte fisiológica e os novos residentes em Psiquiatria são fascinados pelo funcionamento do cérebro, mas são absolutamente preocupados com os pacientes. Trabalhamos para devolver a cidadania dessas pessoas”, continua o Dr Everton Botelho. “Ainda não temos a cura para doenças como a esquizofrenia. Assim como não temos para a diabetes e a hipertensão, por exemplo, mas podemos oferecer uma melhor qualidade de vida ao nosso paciente. Lutamos para que o tempo de permanência desse paciente no hospital seja cada vez menor. Ao longo da história da Medicina, muitas outras doenças tiveram o preconceito da sociedade, como a Hanseníase, por exemplo, mas com a evolução dos tratamentos, assim como acontece na Psiquiatria, esses preconceitos foram vencidos e as pessoas foram melhorando de vida. Acredito que também será assim com os transtornos mentais”, finaliza. JUNTO À ACADEMIA No início do mês de dezembro, residentes em Psiquiatria do Hospital Ulysses Pernambucano promoveram o I Simpósio Psiquiatria em Canto, Prosa e Poesia. Sob a coordenação do Dr Bruno Nascimento, o encontro contou também com a presença de estudantes no público participante. Para as mesas redondas, os residentes trouxeram pesquisas sobre artistas que, ao longo da vida, apresentaram algum distúrbio mental e analisaram de que forma a doença afetou a sua obra. A convite da organização do evento, palestraram ainda os doutores Luiz Carlos Albuquerque, Everton Botelho e Fred Lapa Filho (foto), diretores da SPP. ATO SIMBÓLICO Durante a confraternização do grupo Psiquiatras PE, o Dr Everton Botelho transmitiu, de forma simbólica, a presidência da SPP para a Dra Kátia Petribú. Ela e a sua diretoria, composta pelos doutores Edésio Lira, Luciana Paes, Leonardo Machado, Milena França e Luiz Evandro, foram eleitos por aclamação na XXXIII Jornada Pernambucana de Psiquiatra. O grupo toma posse definitiva em janeiro de 2017. O Psiquiatras PE é um grupo de Whatsapp criado pela Dra Simone Xavier. As imagens da confraternização estão disponíveis para download no site www.flickr.com/confrapsiquiatraspe ENCONTRO ENTRE PRESIDENTES De passagem pelo Recife, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, o Dr Antônio Geraldo da Silva, encontrou com membros da atual e da próxima diretoria da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria. Na pauta da conversa, entre outros assuntos, a aquisição de uma sala comercial para a instalação da sede regional da ABP/Nordeste e a parceria com a nacional objetivando a promoção de cursos na capital pernambucana. “A sede regional da ABP é uma aspiração que encontra o valor da Psiquiatria pernambucana no reconhecimento da nossa amplitude”, comentou o Dr Everton Botelho. Os sinos de um novo tempo já ressoam anunciando um 2017 melhor para todos. Feliz Ano Novo!