Cultivo de Orquídeas

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Cultivo de Orquídeas
C. Walkeriana Vale do Sol
Valentini
(031) 9983 4884
Epidendrum Pseudo Epidendrum
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Cultivo de Orquídeas
A família das orquídeas é enorme, sendo conhecidas mais de 27.000 mil espécies,
alguns dizem que superam 35.000, além de milhares de cruzamentos entre elas (híbridos).
As orquídeas não são parasitas como muitos acreditam, elas se “hospedam” nas árvores e
não tiram nada delas, apenas necessitam de um lugar para “morar”. Alimentam-se do meio
em que vivem (habitat), retirando do ar a umidade, através de suas raízes. Age como
qualquer planta, ou seja, através da fotossíntese elas transformam o gás carbônico em
oxigênio e carboidratos.
Na natureza as orquídeas são encontradas e classificadas como:
1- EPÍFETAS >
Suas raízes são aéreas com as quais se fixam / prendem aos troncos / cascas e galhos
de árvores. As sementes só germinam em locais adequados, com condições mínimas
necessárias à germinação e ao desenvolvimento da plântula. Locais sombreados e
atmosfera com alta umidade são ideais para sua sobrevivência. Ex: Cattleyas,
Hadrolaelias e outras.
2- TERRESTRES >
São aquelas espécies que nascem e vivem diretamente no solo / terra. As mais
conhecidas são as Sobrálias e a Arundina (Orquídea Bambu).
3 – RUPÍCOLAS >
São aquelas que têm capacidade de vegetar diretamente sobre pedras e em locais
com bastante minério no solo, como na Região de Nova Lima, região metropolitana
de Belo Horizonte como a Laelia flava. Outro exemplo é a Cattleya walkeriana que
vegeta na pedra bruta, sob sol pleno na região de Araxá, Sete Lagoas e Itaúna em
Minas Gerais, além de outras espécies.
A MORFOLOGIA das orquidáceas compreende:
1 – RIZOMA –
É um tipo de caule, da qual brotam as raízes,
pseudobulbos e suas folhas.
2 – RAÍZES –
Folha
Principalmente nas epífitas é a estrutura
complexa e fantástica que fixa a planta nas
árvores, absorvendo água e nutrientes. As
terrestres retiram diretamente do solo os
seus nutrientes (minerais).
3 – CAULE >
É a parte que sustenta as folhas e órgãos
reprodutores. Mas existem caules que se
superpõem. Ex: Dendrobium
3.1 – MONOPODIAIS > São plantas
Desenho:
desprovidas de rizoma e de pseudobulbos,
Marcos Campacci
que crescem a partir de um só ápice
vegetativo, desenvolvendo continuamente as folhas no mesmo eixo.
Ex: Vanda, Renanthera, Vanila.
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3.2 – SIMPODIAIS > As plantas crescem a partir de numerosos ápices vegetativos,
mais ou menos próximos entre si, dispostos sobre um rizoma que apresenta com
freqüência muitas ramificações. Nas orquídeas simpodiais as folhas podem formarse tanto na base como no ápice de todos os pseudobulbos e são caducos ou
persistentes.
Ex: Cattleya, Hadrolaelia, Oncidium.
4 – PSEUDOBULBOS> São as estruturas que funcionam como órgão de
armazenagem de nutrientes e de onde brotam as folhas. Podem ser de várias formas:
Globosos, ovalados, elípticos, cilíndricos, em forma de cana ou mesmo compridos.
5 – FOLHAS – Na maioria das orquídeas as folhas estão dispostas de formas
alternadas em ambos os lados do rizoma/caule. Algumas espécies são desprovidas
de pseudobulbos.
Ex: Phaleonopsis.
6 – GÊMULAS (GEMAS) > É a parte do corpo de um vegetal que tem o poder de
originar uma nova estrutura. Nas Cattleyas, aparece como uma “unha” no inicio da
formação do pseudobulbo, de onde brotará uma nova “frente”(ramificação) da
planta. Em árvores se apresentam bem ao pé do pecíolo ao lado do ramo/galho
novo.
7 – ESPATA – É um tipo de
folha modificada que protege o
botão floral em formação,
devendo ser respeitada a sua
estrutura até que os botões
atinjam a parte superior dela, aí
sim, até podemos “ajudar”
rompendo a parte superior, para
impedirmos a deformação de um
ou outro botão; quando rompida
antes dos botões atingirem a
parte superior da espata, pode
ocorrer a entrada de água da rega
e conseqüente apodrecimento
dos brotos, que estarão ainda
muito “jovens”, com seu tecido ainda em desenvolvimento, ocasionando a perda da
floração.
8 – INFLORESCÊNCIAS > Se formam na axila da folha, na base do pseudobulbo,
no ápice do pedicelo ou no mesmo pseudobulbo. As inflorescências podem estar
constituídas por um número variado de flores, chegando até centenas delas.
9 – FLORES > As flores das orquídeas tem geralmente simetria bilateral. As partes
principais da flor de uma orquídea são:
9.1 – SÉPALAS > Folha que compõe o cálice de uma flor, em número de três,
normalmente coloridas.
9.2 – PÉTALAS > Nascem do cálice, em número de três, sendo uma delas
modificada (labelo).
9.3 > LABELO > Pétala modificada, é a mais vistosa, de localização frontal
inferior. Importante na atração de insetos polinizadores.
9.4 – PEDICELO > É a haste que sustenta as flores.
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9.5 – COLUNA > É o órgão encontrado no labelo, carnudo e claviforme, resultado
da fusão dos órgãos masculinos (estames) e femininos (carpelos), que guarda as
políneas.
10 – FRUTOS > As orquídeas formam um tipo de fruto seco e deiscente chamado
de cápsula. Ao seu tempo, este fruto se abrirá, liberando milhares de sementes que
serão dispersas pelo vento. Ou então, coletadas manualmente para fecundação in
vitro. (Este texto é uma colaboração do amigo Alcino de Juiz de Fora - MG).
Os novos métodos da atualidade permitem a multiplicação de plantas selecionadas
em grande escala através da divisão meristemática e por cruzamento de espécies através das
políneas (sementeiras), tornando-as bastante acessíveis a qualquer bolso. No Brasil, duas
grandes famílias são muito representativas de seus gêneros, pela beleza, cor, textura e porte;
são as Cattleyas e as Hadrolaelias e seus híbridos Lelio-Cattleyas, além de outros milhares.
Uma planta portando flores pode, tranqüilamente, permanecer dentro de casa por
vários dias. Durante esse período deve-se molhar o substrato de fixação (xaxim ou outros)
sempre que o mesmo se apresentar “seco”. Depois se corta as flores envelhecidas e colocase a planta de volta ao orquidário, telado, ripado ou em lugar arejado; varanda, jardim de
inverno ou próximo a uma janela, É VÁLIDO LEMBRAR, VOLTAR COM A PLANTA
PARA O MESMO LOCAL QUE ESTAVA ANTERIORMENTE.
Para o bom cultivo das orquídeas existem fatores que são importantíssimos: Luz,
Água / Rega, Calor / Temperatura, Ar, Adubação e Desinfecção.
Luz / Luminosidade
As orquídeas devem ser protegidas contra a incidência direta dos raios solares que as
queimam. Por esse motivo, é necessário abrigá-las na sombra de um ripado, área protegida
com tela de sombreamento ou sob a folhagem das árvores, em condições semelhantes
àquelas em que vivem na natureza. Além disso, elas agradecem muito um complemento de
luz artificial no inverno, quando os dias são muito curtos. Sem luz elas não podem viver.
É fácil verificar se a quantidade de luz é suficiente, basta observar a cor das folhas. Se
essas conservarem uma cor verde-alface significa que o equilíbrio de luz está perfeito; se o
verde tornar-se mais escuro, tendendo para verde-garrafa, há insuficiência de luz e como
resultado disso, no caso de Cattleyas e gêneros afins, os bulbos ficam alongados e caídos
com sérios prejuízos para a inflorescência. Se a cor das folhas atingirem um tom verdeamarelado, há sinais evidentes de excesso de luz e isso poderá causar uma grave
desidratação da planta e conseqüente atrofiamento. Neste caso é aconselhável proteger as
plantas com tela de nylon, sombrite ou folhas de palmeiras espalhadas sobre o ripado. Na
estufa a pintura dos vidros com água de cal é muito útil, especialmente no rigor do verão.
Água / Rega
As chuvas prolongadas e regas excessivas são responsáveis pelo apodrecimento das
raízes, porque estas, escondidas no substrato dos vasos, no qual as orquídeas são plantadas,
recebendo água sobre água, em acumulação e sem a necessária aeração, acabam por entrar
em decomposição devido à proliferação excessiva dos fungos e bactérias no meio onde
vive. É preciso abrigar as orquídeas do excesso das chuvas com uma cobertura de telhas
manteiga, vidro ou plástico próprio, muito utilizado em estufas, a três metros de altura, que
permita a indispensável ventilação, ou transportá-las para um lugar coberto nos dias de
chuva.
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O substrato dos vasos deve ser conservado sempre ligeiramente úmido, mas nunca
encharcado. Uma rega abundante pela manhã é o bastante para manter o substrato úmido
por vários dias, mas quando a temperatura estiver elevada, às vezes será necessário regar
diariamente, em dúvida, coloque a ponta do dedo no substrato, se estiver bem seco, regue
novamente. É possível que uma ou outra planta, às vezes, precise de nova rega no dia
seguinte, mas de forma geral deve-se molhá-la somente quando o substrato estiver
novamente seco. No verão as regas deverão ser mais freqüentes por causa da evaporação da
água do substrato devido à ação da insolação e do calor (aqui, devemos ressaltar ser
extremamente razoável levarmos em consideração a umidade relativa do ar de cada região,
onde está o seu local de cultivo. Na região metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo,
destacamos a cidade de Nova Lima, com um clima de ameno para frio, durante
praticamente 10 meses no ano, umidade relativa média anual em torno de 65% e do outro
lado esta situada a cidade de Lagoa Santa, exatamente o oposto com 10 meses de clima
quente no ano, com unidade relativa do ar em média anual de 45%. Pode parecer pouco,
mas para as orquídeas é bastante significativo, estes 20%, de diferença alteram em muito o
comportamento vegetativo das plantas. Portanto, fique atento.).
Em períodos chuvosos, a exemplo do inverno, as regas devem ser bem espaçadas
(devido aos dias serem menores, temperaturas mais amenas), talvez duas vezes por semana
ou somente uma, quando o tempo for muito úmido. Entretanto, no inverno devemos tomar
algumas precauções, pois em algumas regiões do Brasil, os dias são muito secos, com
ventos gelados que também desidratam sobremaneira nossas plantas.
É muito importante observar as condições da planta antes de regá-la: no período de
brotação ela necessita de mais água. No período de repouso vegetativo (após floração),
convém reduzir as regas ao mínimo, apenas para evitar que o substrato fique inteiramente
seco. Devemos lembrar que o substrato e as próprias folhas absorvem sempre alguma
umidade do ar, assim sendo, as orquídeas dificilmente irão morrer de “sede” (desidratação).
Podemos afirmar que o acerto na rega é o sucesso de todo cultivo, no momento em
que o cultivador de qualquer tipo de planta envasada, dominar completamente o seu “micro
clima”, adequando corretamente a sua rega, o sucesso é garantido.
Calor / Temperatura
As orquídeas em geral prosperam bem de 10ºC a 35ºC com a umidade relativa do ar
entre 50% e 80% (alertamos aqui, a região central do Brasil, Goiânia e Brasília e outras,
aonde a umidade chega abaixo dos 10%, e na região amazônica chega acima dos 90% o
que muitas vezes acarretam em várias regas ao dia ou então se utilizando da prática de
molhar o piso/solo do orquidário durante o dia para promover o aumento da umidade do ar
através da evaporação, ou melhor ainda, se for possível, manter uma fonte de água exposta
ao ar, dentro do orquidário). A temperatura ideal para as Cattleyas, por exemplo, é de
aproximadamente 20ºC, mas elas resistem facilmente a temperaturas ligeiramente
superiores a 30ºC ou inferiores a 10ºC, desde que não permaneçam expostas a tais extremos
por tempo prolongado, vale ressaltar, que a maioria delas “gosta e necessita” desta variação
de temperatura, alta durante o dia e mais baixa a noite.
Dendrobium, Vanda, Epidendrum, Catasetum e outras são plantas que toleram bem
altas temperaturas.
Paphiopedilum (sapatinho), Odontoglossum, Miltônia entre outras preferem
temperaturas médias mais baixas, tipo entre 10 e 20º.
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No Brasil, salvo em pouquíssimas localidades, não há necessidade de aquecimento
artificial, porém as plantas precisam ser protegidas do vento frio e úmido, especialmente
durante o inverno. Por outro lado, o calor muito forte deve ser compensado com regas mais
intensas, ou água pulverizada no ambiente e sobre as folhas e se o piso for de concreto,
molhe-o bem na volta do dia, pois a evaporação aumentará a umidade do ar, favorecendo o
seu cultivar. Tome muito cuidado, pois muito calor, associado com muita umidade e uma
inadequada ventilação, pode se tornar um excelente meio para a proliferação de fungos e
outras doenças.
AR
A boa ventilação é um fator muito importante para o êxito da cultura de orquídeas.
Procurar sempre um lugar bem arejado e ventilado para a construção de um ripado, um
telado ou uma estufa.
Evite agrupar os vasos em demasia, encostando um no outro, pois as raízes de um
irão “pregar” no outro, prejudicando a circulação de ar entre as plantas, o que proporcionará
o meio ideal para a proliferação de pragas e doenças.
Apenas nas regiões frias as plantas devem ser protegidas durante o inverno, fechando
um pouco os lados da estufa ou ripado para evitar correntes de ar frio sobre as plantas. O
mesmo não acontece nas regiões de clima quente ou ameno, onde o arejamento deverá ser
permanente.
É importante salientar, para a umidade relativa do ar, atente bem para a umidade da
região do cultivo, na região de Brasília, por exemplo, a umidade relativa chega a 10%,
enquanto que em Manaus chega a 95%, portanto, procure saber qual é a umidade local, para
orientação adequada. Lembre-se que a planta absorve a umidade do ar.
Adubação
Na Natureza, todos os dias caem folhas no chão, pássaros e animais defecam, animais predam, assim
sobram restos, enfim, matérias orgânicas de origem vegetal e animal, que são depositadas no solo
constantemente, com muita regularidade, todo esse material entra em decomposição, se transforma, vira pó,
vem o vento e transporta isso pelo ar, que se depositam nas folhas e vem a noite e consigo vem o orvalho e
fixa isso nas folhas, isso ocorre todos os dias, regularmente. Esse é o grande trunfo da natureza, ela
mesma resolve tudo.
Portanto, seja disciplinado e adube regularmente suas plantas.
Na maioria das vezes, adquirimos plantas em exposições que são produzidas por profissionais
super competentes e principalmente, extremamente zelosos, que adubam sistematicamente com
extremada regularidade, até mesmo, já sabemos, fertilizam as plantas diariamente, a chamada
rega diária com solução nutritiva. Volto a repetir, seja regular na adubação.
Os Adubos podem ser Orgânicos e Inorgânicos:
Orgânicos > São aqueles cujos elementos químicos são provenientes da
decomposição de matérias de origem animal ou vegetal. São o caso de estercos, farinhas,
tortas e compostos (mistura de materiais orgânicos de origem animal e vegetal).
O modo de sua utilização é colocando uma pequena porção na superfície do vaso,
nem ao pé da planta e nem na beirada do vaso
Os mais encontrados no mercado são: Torta de Mamona, Farinha de Ossos, Torta de
Cacau, Farinha de Conchas, de Peixe, enfim, toda matéria orgânica que ao se decompor se
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transforma em sais minerais, e as plantas só se alimentam de sais minerais. Hoje em dia,
felizmente, encontramos com facilidade em feiras e exposições, misturas orgânicas já
prontas, todas obtendo excelentes resultados. Ressalto que, nos adubos orgânicos,
raramente se é possível quantificar os números em percentuais existentes em sua
composição de NPK e demais nutrientes; portanto, não sabemos exatamente, o quanto de
“comida” fornecemos às nossas plantas, pois quando o colocamos no vaso, é uma
colherzinha de mexer café por vaso, se o vaso for grande, duas; ao se decompor, o que
começa por volta do 20º dia, levando aproximadamente mais 25 dias para completar o ciclo
dessa decomposição, ou seja, ao final de 45 / 50 dias toda aquela matéria orgânica, já se
decompôs, se transformou em sais e desceu com as regas diárias, as raízes encontradas
nessa descida, absorvem os nutrientes, o que não encontrou raízes se esvaem pelos buracos
dos vasos, vão embora, esse processo na natureza, chama lixiviação, foi embora para o
subsolo, não volta mais, assim, se formos colocar defeito em adubo orgânico, é só esse, não
sabemos o quanto nossa planta comeu.
A utilização constante de adubos orgânicos geram resíduos na parte superior do vaso,
no substrato, podendo com seu acúmulo, formar uma crosta que impermeabilizará a
superfície, dificultando a penetração da água das regas, além de também, acidificar o meio/
substrato, e caso o meio de cultivo (substrato), fique muito ácido, por excesso de matéria
orgânica, pode queimar a ponta das raízes (coifa), iniciando assim um processo de
regressão do sistema radicular.
Temos certo conforto na adubação orgânica, pois podemos até errar na dose, colocar
um tanto a mais, uma quantidade maior, que não correremos risco de queimar plantas.
Atentar para quem tem animais domésticos, pois ao se administrar os adubos
orgânicos, muitas vezes misturamos a torta de mamona com farinha de ossos, sendo que a
farinha de ossos tem um cheiro extremamente forte e desagradável, mas bastante atrativo
aos animais e aí pode ocorrer intoxicação, pois a torta de mamona é bastante tóxica para
animais domésticos.
Inorgânicos > São obtidos a partir da extração mineral. Apresentados na forma de
fosfatos, nitratos, cloretos, sulfatos, Salitre do Chile e NPK.
Sua utilização é via foliar, através de pulverização, sempre após as regas normais,
devendo a pulverização tanto na parte superior das folhas e principalmente na parte inferior
das folhas, é na parte debaixo das folhas que estão à maioria dos estômatos, e o horário
mais adequado é ao anoitecer, quando na natureza as plantas esperam pelo orvalho.
Há muitos adubos preparados especialmente para orquídeas, tanto estrangeiros quanto
nacionais, com diversas fórmulas diferentes para fases diferentes. Para crescimento adubos
com o Nitrogênio(N) em maior quantidade sendo o elemento químico do qual as plantas
necessitam em maior quantidade, pois estimula a brotação, o enfolhamento e é o principal
responsável pelo metabolismo dos demais nutrientes para a planta, funcionando com
cavalo, para levar com ele os demais nutrientes. Outros como o Fósforo(P) bem mais alto,
quando se deseja favorecer a floração e frutificação, e é outro elemento básico na vida de
todo vegetal, responsável pelo melhor desenvolvimento radicular e do enrijecimento dos
órgãos vegetativos e Potássio(K) que também é essencial para o desenvolvimento e a saúde
de todos os vegetais, todos de ótima qualidade, esses são os principais elementos, são os
chamados macro nutrientes, que são os utilizados em maior quantidade pelas plantas.
Adubos bem balanceados são os mais indicados para o cultivo de orquídeas para que
a planta obtenha máximo aproveitamento dos nutrientes aplicados e absorvam através de
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adubação constante, regular e equilibrada. Quanto maior a quantidade de nutrientes que o
fertilizante possuir em sua constituição, melhor será para a planta, pois quanto melhor
nutrida estiver, certamente sua saúde dificultará a instalação de pragas e doenças.
No mercado nacional, temos acesso a inúmeros fertilizantes, escolha aquele que tiver
maior quantidade de nutrientes. O mais popular entre os orquidófilos é o adubo Peters, que
tem inúmeras formulações. O plantprood também é muito elogiado. O Biofert também é
bastante elogiado, enfim, experimente diversos, pois nenhum orquidófilo utiliza apenas um
fertilizante, desde que comecei a cultivar orquídeas, sempre diversifiquei, sempre utilizei
fertilizantes de diversas origens e fórmulas.
As formulas mais utilizadas são: NPK mais micro nutrientes= 07-07-07
(manutenção), 08-09-09 (manutenção), 10-10-10 (manutenção), 04-14-08 (Floração), 0550-17(Floração), 20-20-20 (manutenção), 10-30-20 (Floração), 30-10-10 (crescimento),
dentre outras.
Mas o mais importante no cultivo de orquídeas, como nas demais plantas em geral é a
regularidade nas adubações, com períodos intercalados de 7 em 7 dias, de 15 em 15 dias e
ou no máximo de 30 em 30 dias. Toda embalagem de fertilizantes orienta o usuário sobre
as quantidades/dosagens que devem ser utilizadas, obedeça sempre às indicações dos
fabricantes.
Observe bem o comportamento das plantas, percebe-se quando o cultivo está bom ou
então, faltando alguma coisa. A percepção do cultivador é o fator mais importante dentro de
um orquidário, cuidar do estado fitossanitário do vaso, da planta, demonstra claramente se o
cultivo vai bem ou não.
DETALHE IMPORTANTE: Preste atenção no tamanho dos bulbos dianteiros (a
frente da planta ), se bulbo da frente estiver do mesmo tamanho ou um pouco maior do que
o imediatamente anterior é sinal de que seu cultivo está bom/adequado, caso contrário, ou
seja, se o bulbo mais novo(dianteiro) estiver menor que o anterior a planta está “te
avisando”, que seu cultivo está inadequado, na rega, na quantidade de luz ou na adubação.
Sintomas Gerais
Deficiência do nutriente
Planta fraca, folhas uniformemente amareladas e folhas
mais velhas e murchas.
Planta raquítica, maturação tardia dos frutos, grãos
atrofiados, folhas escuras.
Manchas brancas, amarelas ou pardas nas folhas e
secamento das margens, caules finos e fracos, ocamento
das plantas.
Folhas e brotos novos deformados; a ponta não cresce,
manchas amarelas nas margens entre as nervuras; raízes
fracas e frutos rachados.
Cor de gema de ovo ou arroxeada entre as nervuras das
folhas velhas, que se curvam; são facilmente arrancadas.
Folhas novas pálidas, às vezes com manchas secas e cores
arroxeadas.
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Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Cálcio
Magnésio
Enxofre
Folhas com as pontas deformadas; morte da gema apical da
planta (ponteiro), onde podem aparecer brotos mortos em
leque; escurecimento da cabeça ou no interior das
hortaliças como couve-flor.
Frutíferas desenvolvem a vassoura da bruxa, no tomateiro
provoca superbrotamento lateral. Em árvores provoca
caule oco.
Folhas com pontas murchas, sem manchas; dificuldade de
o caule ficar ereto.
Aparece em folhas novas, uma rede grossa de nervuras
sobre fundo amarelado. As folhas têm pequenas manchas.
Folhas pequenas, às vezes retorcidas, com manchas
amareladas, encurtamento dos extremos da planta; tufos de
folhas nas pontas dos ramos.
Boro
Cobre
Manganês
Zinco
Adaptado do Guia Rural. Horta é Saúde. Editora Abril.
Atenção: Em boa parte quando os sintomas se apresentam, podem estar relacionados com
tipos de doenças ou mesmo dificuldades ou deficiências do desenvolvimento do sistema
radicular.
Macros nutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S)
São todos aqueles que as plantas consomem em maior quantidade.
Nitrogênio – N
De todos os nutrientes o nitrogênio é absorvido em maior quantidade, sendo principal
elemento que compõe as proteínas.
O Nitrogênio forma os aminoácidos que quando se ligam, formam as proteínas. Ele é
importante e indispensável a todos os órgãos das plantas, pois promove o crescimento. O
excesso de nitrogênio diminui a resistência das plantas.
Fósforo – P
O Fósforo é usado em maior quantidade nas adubações porque nossos solos são pobres e
este elemento se fixa muito rápido ao solo (ele gruda no solo), de onde fica difícil retirá-lo e
disponibilizá-lo ao sistema de raízes das plantas. O Fósforo aumenta a produção, melhora a
qualidade do produto, porque estimula o crescimento das raízes da semente e do fruto.
Fortalece a planta contra os efeitos da seca e do frio, armazenando energia dentro dela. Sua
deficiência provoca grãos inconsistentes.
Potássio – K
O potássio é o segundo nutriente mais absorvido pelas plantas. Ele é o elemento que se
perde mais facilmente pela água no solo. (Lixívia). O potássio ajuda na formação de
açucares e proteínas, controla a absorção e perda de água pela planta, pois regula a abertura
e o fechamento dos estômatos (poros das plantas). Quando o ar está quente e seco fecha os
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estômatos, evitando a desidratação (perda de água). É fundamental para absorção de outros
nutrientes. Aumenta a resistência das plantas contra pragas e doenças.
Cálcio – Ca
É indispensável a todas as plantas. Normalmente é fornecido junto com o Magnésio quando
se aplica calcário no solo. O cálcio atua na formação das células, promovendo a absorção
da água, aumentando a elasticidade e permeabilidade da parede celular (pele da planta) e
conseqüentemente a resistência das plantas e dos frutos contra o apodrecimento. Para as
orquídeas, o Cálcio é apresentado em adubos inorgânicos específicos (CaB-Cálcio e Boro)
encontrados em casas especializadas, ou então através de Orgânicos, como casca de ovos
moídas até virar pó, ou derivados do mar, tipo: farinha de peixe, calcário de conchas, algas
marinhas, sendo que a quantidade a ser utilizada é bem pequena, peça orientação.
Magnésio - Mg
O magnésio é importante na fotossíntese da planta através da qual a planta usa a luz do sol
e produz sua energia (força e capacidade de produção). Também ajuda outros elementos
como o fósforo no trabalho dentro da planta, quase sempre, em quantidade suficiente no
solo. A água de chuva é bastante rica em Mg.
Enxofre – S
O enxofre ajuda na formação de proteínas que fazem parte dos grãos. Nas leguminosas
como o feijão, soja e outras ajudam as bactérias das raízes que vivem em simbiose a planta
e fixam nitrogênio do ar para as plantas.
Micronutrientes: B, Mo, Z, Fe, Mn, Cu, Cl, Co
São aqueles que as plantas consomem em menor quantidade, porém, não menos
importantes para o seu desenvolvimento.
Boro – B
O Boro é importante na formação do pólen e no crescimento do embrião. Ele aumenta as
resistências físicas das plantas, formando suas folhas e ramos mais rígidos. O ataque de
insetos é maior quando existe deficiência de boro.
Molibdênio – Mo
Sua deficiência em nossos solos é bastante comum, apesar de ser usado em pequenas
quantidades pelas plantas. Os sintomas de deficiência, na maioria das vezes, são
confundidos com outros nutrientes ou doenças. O Molibdênio melhora o desenvolvimento
das raízes, também é importante para fixação do nitrogênio nas plantas por bactérias
(módulos). Junto com o P, Mg e K, ajuda na formação de proteína.
Zinco – Zn
O Zinco influencia para que o desenvolvimento das partes das plantas, como os brotos, seja
normal. Ele influencia na produção dos hormônios de crescimento.
Ferro – Fe
O Ferro influencia de forma decisiva, na formação da clorofila (verde da planta) que age na
fotossíntese. Também, aumenta o aproveitamento dos outros nutrientes pela planta. Muitas
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vezes vemos plantas com a folhagem bem amarelada, de maneira quase uniforme e este é
um sintoma da ausência de ferro.
Manganês – Mn
O Manganês aumenta a resistência das plantas a pragas, doenças e variações climáticas.
E um ativador que ajuda na formação de vitaminas na planta. Acelera a germinação,
melhora o aroma e o sabor da fruta. Melhora também o desenvolvimento das raízes e o
aproveitamento dos outros nutrientes.
Cobre – Cu
Aumenta resistência a pragas, doenças e a seca. O cobre, juntamente com o Mg e o Fe,
ajuda na formação de clorofila e atua na formação das proteínas. É associado como um
grande protetor das plantas contra fungos.
Cloro – Cl
O cloro é indispensável para o bom aproveitamento dos macros nutrientes. Auxilia a planta
na absorção de água.
Cobalto – Co
O Cobalto ajuda na fotossíntese e na fixação de nitrogênio pelas leguminosas.
DICA IMPORTANTE
Grande parte dos fertilizantes, tanto orgânicos, quanto químicos, se perde principalmente
para:
Lixiviação: é a precipitação dos nutrientes através da água da rega ou chuva para dentro do
solo, ou seja, nutriente passa pelas raízes e não é absorvido, se perde definitivamente; desce
para o subsolo.
Erosão: grande parte do solo bom que está repleto de matéria orgânica, com muitos
nutrientes é totalmente desviada, levada, deixando a área com terra virgem e desprovida
tornando a área totalmente improdutiva;
Fixação no solo: a partícula do nutriente gruda no solo e não se disponibiliza ao sistema
radicular.
Solubilidade: o adubo utilizado não se dissolve, decompõe e não se disponibiliza ás raízes,
devendo aqui se verificar a origem da matéria prima que fornece o nutriente.
Replantio / Transplantio / Substratos / Vasos
Se o substrato utilizado for xaxim, é recomendado substituir a cada 3 anos, pois além
deste prazo, o meio já estará demasiado alcalino, portanto, indesejável para o cultivo de
orquidáceas em geral. Grandes colecionadores replantam todas as suas plantas logo após a
floração, anualmente. Xaxim novo é o melhor meio de cultivo. Pedriscos de rios, cascas de
árvores, corticeiras, fibra de coco, Sfagno (musgo seco), pedaços de madeira, casca de
pinus com pedaços de carvão vegetal, saibro de granito em decomposição, cacos de
cerâmica, dentre outros, são meios bastante utilizados com total sucesso, procure sua
melhor opção, acertando o seu meio escolhido com a rega/água tudo dará certo, faça suas
observações e faça sua opção, utilize o que for melhor para sua região, consulte seus
colegas e siga o que estiver dando certo.
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Tipos de vasos:
Vaso de barro / cerâmica é o mais utilizado, pois a cerâmica tem a capacidade de
absorver e reter umidade, que independente do horário da rega, ela vai perdendo
/transpirando umidade no decorrer do dia, muito adequado para o cultivo de Catléias,
Hadrolaelias e outras.
Vaso de plástico, muito utilizado por orquidófilos que residem em locais de
temperaturas muito elevadas, pois, o plástico não transpira, toda a água da rega fica dentro
dele, preserva por mais tempo a umidade, ideal como já disse, para locais muito quentes e
super indicado para diversas espécies, principalmente para o Phaleonopsis, Catasetum e a
maioria das micro orquídeas.
As micro orquídeas e demais plantas que não possuem bulbos devem ter sua rega
bem adequada, devemos manter uma maior umidade e os vasos de plásticos são os mais
indicados.
O Catasetum e o Phaleonopsis e outras fazem a fotossíntese também pelas raízes, por
isso o seu cultivo vem migrando para vasos plásticos transparentes.
O Cymbidium é cultivado em vaso plástico alto, utilizando com meio de cultivo a
pedra britada, pois em seu habitat natural durante o dia passa por temperaturas bem
elevadas e durante a noite a temperatura cai significativamente, muitas vezes, com
diferenças de mais de 20º em apenas 24 horas, portanto uma diferença diária muito grande,
por isso ao se regar a noite a pedra brita ficará bem fria e durante o dia esquentará
significativamente, proporcionando à planta aquilo que ela precisa, ou seja, a diferença de
temperatura; além de ser uma planta muito exigente em nutrientes, é preciso de adubações
semanais bem generosas, aceitando muito bem, tanto a fertilização orgânica quanto
inorgânica e é uma planta que se adapta bem ao cultivo sob sol pleno.
Vaso de madeira – Cachepot – caixotinho - caixilho
Muito utilizado em cultivo de diversas espécies de Cattleyas, principalmente a
Walkeriana e Nobilior, pois é bem arejado, proporcionado um enraizamento bem adequado
e desejado, pois nas orquidáceas em geral, quanto mais massa radicular a planta tiver,
melhor será seu estado geral.
O Dendrobium também se adapta muito bem ao cultivo no cachepot.
O Bulbophyllum, um dos gêneros que mais espécies são conhecidas, mais de 1200,
vem sendo cultivado com total sucesso em cachepots, utilizando como meio de cultivo o
Sfagno (musgo), pela sua maior capacidade de retenção de umidade, pois o Bulbophyllum é
bastante exigente em umidade, gostando de ser cultivado desta forma. Vale lembrar que
alguns deles são cultivados com sucesso em cascas de árvores.
Vale ressaltar, que, você colecionador de orquídeas, quando uma planta que já cultiva
bem, e ela começa a regredir, seu cultivar começa a não ir bem, sem explicação, o que
temos que fazer é em primeiro lugar alterar a quantidade de luz, em segundo lugar a
quantidade de água e depois checar bem a adubação.
Casca de peroba / Corticeiras / ripas de madeiras
Plantas de hábito noturno, que utilizam muito o orvalho, plantas que vegetam em
locais muito quentes e secos, como Cattleyas Nobilior, Walkerianas, Schilerianas “adoram”
ser cultivadas em cascas. Preferem ser regadas à noite, preferem dormir molhadas.
A época adequada para o replantio é quando a planta está começando a “sair” do
vaso, os mais experientes dizem que é em torno de março (final do verão e antes do
inverno) e outubro (após o inverno e antes do verão). Nas regiões, onde não se tem
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incidência de inverno, o procedimento do replantio pode ser realizado durante todo o ano,
preferencialmente no estágio em que a planta começa a brotação de novas raízes e também
varia muito de espécie para espécie. As Cattleyas e Hadrolaelias, plantas com estrutura
bem homogêneas e parecidas, devem ser plantadas com o bulbo traseiro na beirada do vaso,
de modo que ao serem replantadas, tenha espaço para crescer com até três ou quatro bulbos
mais. Os vasos podem der de cerâmica, xaxim, fibra de coco e de plástico, coloque no
fundo, pedaços de cerâmica, brita ou isopor para uma boa drenagem, em seguida o
substrato escolhido e enfim afixe bem a planta, de modo que a mesma não se mova ao ser
regada.
Utilização de Hormônios: No ato do replantio, após a limpeza e retirada das raízes
velhas e secas, utilize o Biofert Raiz indutor de enraizamento, colocando toda a planta em
solução hormonal (balde ou vasilha plástica) com 40 gotas de Biofert Raiz por cada litro de
água e deixar por até 20 minutos, depois adotar o procedimento normal, envasando a
planta. (após este procedimento manter a planta no mínimo 72 horas sem regar em sombra).
O Biofert Raiz também é muito utilizado via pulverização foliar, onde o resultado é
fantástico, pois aumenta a emissão do número de raízes e quanto mais raízes a planta
possuir, mais ele será capaz de absorver líquidos e nutrientes; além de estimular a brotação
das gêmulas (gemas), aumentando as “frentes” da planta. A utilização a cada 90 dias não
acarreta em toxicidade para as plantas.
Desinfecção e Assepsia
É indispensável, como medida preventiva, o uso de bons inseticidas e fungicidas
periodicamente, em pulverizações espaçadas de 05 em 05 dias quando em caso de
infestações, para se buscar atingir o ciclo reprodutivo dos insetos e 40 a 90 dias
preventivamente, ou sempre que manifestarem as doenças e pragas.
Os insetos em geral danificam as folhas e perfuram os bulbos, que logo se deformam.
As cochonilhas e os coccideos vivem agregados às plantas para sugar sua seiva, que é rica
em açúcares, principalmente sacarose. Estes insetos, se não forem combatidos formarão
colônias que comprometerão bastante a saúde das plantas, muitas vezes irreversivelmente.
De uma forma simplificada, a infestação por fungos pode ser identificável através da
análise visual dos órgãos das orquídeas. Por exemplo, a presença de manchas marrons
escuras, com aparência de ferrugem, que vão se alastrando e mesmo chegando até tomar
por completo as folhas, é um sinal de infestação por fungos.
Características visuais diferentes podem identificar diversos tipos de fungos. Uma
infestação fúngica bastante predominante em orquidáceas causa o aparecimento de uma
mancha de formato redondo e bem homogêneo. De forma simples, ele é controlado apenas
perfurando toda a espessura da folha no centro e nas bordas da mancha com um alfinete ou
agulha. Este simples fato permite a entrada de ar através da película formada pelo parasita.
Isto já é suficiente para conter sua expansão. Fica feio, mas não se perde a folha. A maioria
dos fungos aparece por excesso de umidade, muito calor e pouca ventilação. (fique atento!)
Procure fazer aplicações preventivas, é melhor tratar a causa do que o efeito. Fique
atento (a), onde tiver muita formiga, tem algo anormal acontecendo, observe bem.
Os pulgões também causam prejuízos porque sugam a seiva das plantas.
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No uso de inseticidas é preferível aplicá-los alternadamente, borrifando as plantas
com um inseticida e, quatro ou cinco dias após, aplicar o fungicida isoladamente. Tanto os
inseticidas, como os fungicidas devem ser aplicados (pulverizados/borrifados ou
pincelados) juntamente com um espalhante fixador (sempre após a rega normal, primeiro
hidratamos a planta), não só por cima das folhas, mas principalmente por baixo das
mesmas, porque é aí que se localiza a maioria das pragas e moléstias. Por serem tóxicos,
antes do uso de inseticidas ou fungicidas, recomendamos a observação das precauções
impressas nos recipientes/embalagens.
Também é necessário defender as orquídeas contra o ataque das lesmas ou
caramujos, alguns deles muito pequenos, quase imperceptíveis a olho nu, que devastam as
plantas comendo as flores e as raízes. É conveniente usar preventivamente iscas, após a
rega normal, utiliza-se muito colocar pratinhos ou pires com cerveja e também panos
molhados com cerveja, por volta de 19 horas e lá pelas 23 horas recolhê-los e fazer a
catação manual. Também podemos utilizar fatias / pedaços de batata, maçã, pêra, chuchu,
dentre outros, frescos com a polpa do legume ou fruto voltado para baixo para atraí-los e
posteriormente promover a catação manual com rigor até exterminar completamente estes
moluscos.
A Biofert lançou recentemente no mercado o COMBAT Inseticida Natural,
totalmente atóxico, cuja composição é à base de óleos e extratos vegetais, principalmente o
óleo de Neem, óleo de Citronela e Extrato de Capsicum sp (pimenta vermelha), eficiente
contra Pulgões, Cochonilhas, Ácaros, Tripes, Tentecoris e outros, além de eliminar a
formiguinha doceira, repelindo pernilongos, formigas e mesmo baratas.
Ao utilizar ferramentas, esterilize-as, pois podem conter algum vírus/fungos e
transmiti-los para suas plantas.
Esperando ter colaborado com informações básicas ao bom cultivo das orquídeas.
Valentini, Luiz Carlos Marquez
Orquidófilo e Bonsaista
31 9983 4884
[email protected]
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