COMPORTAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO

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COMPORTAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO
PRELIMINAR PARA O ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
Rosele Marques Vieira1
1-INTRODUÇÃO
Na década de 90, muitas transformações ocorreram na economia brasileira, a
abertura da economia, aliada a competição internacional mostrou claramente a força da
globalização e da reestruturação produtiva. Essa década compreendeu um período de
bastante diversidade no cenário econômico. Conforme RAMOS e BRITTO (2004), no
ano de 1994, foi implementado o Plano Real que teve sucesso ao reduzir e manter sob
controle o processo inflacionário que vinha afligindo a economia nacional desde o final
da década de 1970. A redução das taxas de inflação, bem vinda por uma série de
razões, influenciou o funcionamento do mercado de trabalho. A outra alteração foi na
política econômica com a mudança do regime cambial que, no início de 1999, passou a
ser flutuante.
A elevada volatilidade do câmbio contribuiu para aumentar o grau de incerteza,
na aplicação de investimentos, que acabou repercutindo no mercado de trabalho. Nesse
sentido, JORNADA (2004, p.224) complementa que:
O Plano Real surgiu num contexto de descontrole inflacionário como
um instrumento de estabilização dos preços internos, fundamentado
na articulação entre o aumento acelerado das importações e a
absorção de recursos estrangeiros, para fechar o rombo que se abriria
nas contas externas. O eixo da política econômica foi a “âncora
cambial”-a sustentação da valorização da moeda nacional-, associada
a uma política de juros elevados, o que propiciou a maior
competitividade dos produtos importados e, em conseqüência,
demandou ajustes profundos em termos de aumento da
produtividade.
Tais mudanças também repercutiram no mercado de trabalho, com
desdobramentos sobre o nível de emprego.
A década de 90 é iniciada no Brasil num contexto de mudanças impostas pela
agenda neoliberal inspirada no “Consenso de Washington”2 e num cenário internacional
1
Professora do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Mato
Grosso do Sul, aluna do Programa de Pós-graduação –Doutorado em Economia do
Desenvolvimento da Universidade Federal do RS (UFRGS). E-mail: [email protected]
de mudança no paradigma tecnológico. A ciência e a técnica estão sendo consideradas
um dos principais fatores para as economias. As sociedades são caracterizadas pelo
processamento rápido das informações, por alto nível de conhecimento, por escalas de
produção grandiosas, por “internacionalização do capital”, ou seja, por um processo de
globalização que passa a caracterizar o novo cenário econômico internacional. 3
No que se refere ao comportamento do mercado de trabalho neste período,
conforme dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do IBGE, é possível observar
que, tomando por base o ano de 1990, em que a taxa de desemprego (dessazonalizada)
era de 4%, houve um acréscimo nesta (taxa) passando para 6 % no segundo semestre de
2002, quando houve um aprofundamento da recessão. Entretanto, ao longo do período,
essa taxa de crescimento foi moderada e em nenhum período atingiu os níveis próximos
a da recessão dos anos 80.
Cabe ressaltar que é possível observar neste período o inicio da caracterização
de um movimento estrutural, que vai se consolidar no período seguinte, de redução
sistemática do emprego industrial e aumento do emprego nos setores de comércio e
serviços. Mais especificamente é possível observar que, o nível do emprego industrial
cai 10% durante a recessão, mantendo-se constante quando a economia mostra sinais de
recuperação (1993-1994), enquanto que, o comércio – embora tenha estado estagnado
durante a recessão – apresente sinais de crescimento a partir desse período. O setor de
serviços teve comportamento ascendente ao longo de todo o período.
De forma preliminar, é possível associar, portanto, que a taxa do desemprego
aberto e a estagnação do nível de emprego estão diretamente associadas à redução do
emprego industrial. A redução deste, por sua vez, é o resultado do processo de abertura
comercial e aumento da concorrência desencadeado pela abertura econômica do país.
Esta abertura econômica modificou a estrutura industrial do país, pois foram
implementadas novas tecnologias e novas formas de organização do trabalho tendo
sempre em vista o aumento da produtividade.
2
Segundo MERCADANTE (1998), o Consenso de Washington previa a abertura
comercial completa, desregulamentação geral de economia, reconhecimento irrestrito de
patentes, privatizações, Estado mínimo, flexibilização dos direitos trabalhistas para
garantir a primazia do mercado entre outros.
3
Para mais detalhes ver MERCADANTE (1998,p.131-167). Um outro conceito de
globalização, sua importância e características no Brasil podem ser encontrados em
FRANCO (1996) seção 2.
A partir de 1994, o Brasil passa a viver uma nova dinâmica macroeconômica.
Para fornecer condições de sustentação ao Plano e, para manter o controle da inflação,
as políticas cambial e monetária passam a assumir funções primordiais.
O sucesso inicial do Real no que tange ao controle da inflação foi inegável.
Através da quebra dos mecanismos de indexação, o plano alcançou seu primeiro e
principal objetivo, a estabilização dos preços, determinando a queda imediata e
acentuada da inflação brasileira. Nesta perspectiva, a partir do ano de 1994, a taxa de
inflação reduziu-se drasticamente, chegando à casa de dois dígitos já em 1995.
Para tanto, a partir da reforma monetária que introduziu a nova moeda, a política
econômica mostrou-se baseada em duas âncoras, a saber, cambial e monetária. A
primeira delas faria o papel de estabilizar os preços internos e a âncora monetária
funcionaria no sentido de conter o ímpeto da economia no curto prazo, principalmente
no que se refere a expansão do consumo, ocasionada pela redução da inflação.
A política cambial determinou neste período inicial do Plano Real o câmbio
como âncora nominal para a fixação dos preços. De maneira simplificada pode-se
entender, que o câmbio controlado e sobrevalorizado se traduzia na queda dos preços
das importações, o que por sua vez, forçava os preços internos para baixo devido à
concorrência externa, que em síntese, combatia a inflação.
Apesar de alcançada a estabilização dos preços, a taxa de câmbio tornou-se
extremamente valorizada o que, nos primeiros períodos de circulação da nova moeda,
acabou por determinar um efeito negativo sobre o balanço de pagamentos. Com a
moeda forte, cresceram as importações e reduziram-se as exportações, provocando
déficits na balança de transações correntes.
Assim, logo nos primeiros meses do Plano Real, a crise do México determinou
significante redução do fluxo de capitais externo para o Brasil. O governo, entretanto,
temeroso de uma volta do processo inflacionário, não permitiu a desvalorização
cambial, mas adotou um regime de câmbio denominado crawling peg, ou seja,
minidesvalorizações cambiais, intra-banda, a partir de março de 1995.
Para
contrabalançar os efeitos das minidesvalorizações, fez-se altamente ortodoxa e restritiva
a política monetária, elevando marcantemente a taxa básica de juros. Tais políticas
evitaram, no momento, uma crise cambial, mas com a taxa de câmbio, ainda,
sobrevalorizada, e a taxa de juros mantida em níveis excessivamente elevados, permitiu
que a economia continuasse instável e altamente vulnerável a choques externos.
Sob estas condições, no segundo semestre de 1997, uma nova crise
internacional, agora na Ásia, promoveu um novo ataque especulativo à moeda
brasileira. Novamente as reservas foram “queimadas” pelas autoridades monetárias.
Dessa forma, o governo adota políticas conservadoras através de elevações drásticas das
taxa de juros.
A crise russa em 1998 promoveu um novo efeito contágio e evidenciou
claramente para os investidores os sérios desequilíbrios da economia Brasileira. No
entanto, as medidas adotadas nas crises anteriores não surtiram o mesmo efeito quando
deflagrada a crise e nem mesmo um acordo com o Fundo Monetário Internacional foi
capaz de restabelecer a confiança no país e no Plano Real determinando, assim, a saída
de capitais internacionais e a supressão das reservas.
É neste cenário de mudança no padrão monetário, de crises internacionais, de
ataques especulativos e do avanço do processo de liberalização que o mercado de
trabalho busca-se ajustar. Neste período, contudo, observa-se que o mesmo teve um
comportamento ambíguo, de certa forma, acompanhando o desempenho econômico do
país. Em um primeiro momento, a começar pelo ano de 1995 - dado o desempenho
positivo da economia - o mercado de trabalho teve um forte impulso que foi capaz de
aumentar o nível de emprego total levando a redução da taxa de desemprego aberto. No
entanto, em um segundo momento, principalmente associado aos efeitos adversos
causados pelas crises internacionais, a começar pela crise mexicana, a taxa de
desemprego aberto voltou a crescer, iniciando um movimento que se acentua a partir de
então.
Uma análise mais detalhada deste período mostra que, o processo que se iniciara
no período anterior torna-se mais claro, qual seja, a tendência de queda do emprego
industrial. Os dados do PME/IBGE mostram que o emprego industrial tende a cair a
partir de 1995, apesar do crescimento do produto, enquanto que nos setores comércio e
serviços este tende a aumentar acentuadamente até 1996 quando, a partir de então,
apresentam sinais de estagnação. Portanto, é fácil concluir que no inicio do processo de
estabilização, o crescimento do emprego nos setores comércio e serviços mais que
compensa a queda no setor industrial, fato que não mais ocorre a partir de 1997.
Esta tendência permanece até 1999 quando novos ataques especulativos ao Real
se sucederam, determinando a insustentabilidade dos rumos da política econômica
praticada até então, e que teve como conseqüência imediata à mudança do regime
cambial. Assim, uma nova articulação das políticas foi estabelecida, configurando um
“novo mix de políticas”, e que é, caracteristicamente, marcada pelo aprofundamento do
desemprego aberto.
Em um contexto de crise cambial e de alta vulnerabilidade externa presenciado
pelo país ao final de 1998 e inicio de 1999, a “alternativa” escolhida pelo governo foi à
desvalorização cambial. A partir de 15 de janeiro de 1999 o câmbio, que funcionava
como âncora até então, foi flexibilizado com a adoção de regime de câmbio flutuante.
Entretanto, com a adoção do regime flutuante para o câmbio, tal estratégia não é
mais possível, transferindo-se, portanto, para a política monetária a função de estabilizar
o nível de preços. Neste sentido, a fim de cumprir com seus objetivos, o BACEN
implementou em junho de 1999, no Brasil, o sistema de metas de inflação (inflation
targeting)4.
O regime de metas inflacionárias, por sua vez, é caracterizado pelo anúncio
oficial de uma banda para a flutuação da taxa de inflação e pelo reconhecimento
explícito de que o principal objetivo da política monetária deve ser a manutenção de
uma taxa de inflação baixa e estável. O controle da inflação ocorre, fundamentalmente,
pelo ajuste da taxa básica de juros em um valor compatível com as metas inflacionárias
fixadas.
O regime de metas de inflação tem sido bem sucedido no que tange a
estabilização do nível de preços, muito embora haja dúvidas quanto a sua eficácia no
que concerne ao crescimento econômico. Muitos estudiosos têm afirmado que o regime
de metas acaba impedindo que a economia cresça a seu nível potencial, uma vez que a
estabilização do nível de preços tem requerido altas taxas reais de juros, o que, por sua
vez, impede a realização de novos investimentos.
Nesse contexto, os mercados de trabalho têm buscado se ajustar à nova realidade
da economia brasileira, passando a ser caracterizado no período, por taxas de
4
De acordo com informações do Banco Central do Brasil, o Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999,
implantou no país a sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária. Desde então,
as decisões do COPOM (Conselho de Política Monetária) passaram a ter como objetivo cumprir as metas
para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
desemprego significativamente mais elevadas do que as médias históricas dos períodos
anteriores.
O emprego formal brasileiro sofreu transformações, devido à forma de
inserção da economia do país no âmbito da economia internacional que se tornou mais
globalizada. A estrutura do emprego brasileiro obteve níveis relativamente baixos no
início da década de 1990, que era condizente ao mercado de trabalho que se encontrava
desestabilizado.
A política macroeconômica dos anos de 1990 , prejudicou o desempenho do
emprego formal, não permitindo o desenvolvimento das expectativas de crescimento
sustentado, que seria fundamental para os empregadores efetuarem um número maior de
contratações formais.
Logo após a implantação do Plano Real o mercado de trabalho brasileiro
passou a gerar novos postos de trabalho em aumento relevante, mas a partir do ano de
1996 houve um processo de estagnação que permaneceu até o ano de 2001, no ano
seguinte a economia brasileira começa a mostrar sinais de melhora com queda dos juros
real, elevação dos saldos na balança comercial, a expansão do mercado interno
ocasionando a geração de novos postos de trabalho formal no país. Já no ano de 2004
houve forte crescimento da ocupação, seguido do aumento de postos de trabalho
formais em ritmo superior ao da ocupação total e queda da taxa de desemprego.
A economia brasileira sofreu transformações nas últimas décadas, o processo
de abertura comercial e o impacto das novas tecnologias, influenciaram as contratações
no mercado de trabalho e a estrutura e evolução do emprego no país.
2. OBJETIVO
No intuito de aprofundar este debate o presente trabalho tem por objetivo
analisar o comportamento do mercado de trabalho formal no Estado do Mato Grosso do
Sul- MS, no período entre 1990 à 2006, centrando-se na questão emprego-desemprego.
Mais especificamente buscou-se analisar quais os setores mais dinâmicos em termos da
criação/ destruição dos postos de trabalhos, e quais são as tendências que se configuram
a partir deste período.
3. METODOLOGIA
Para a execução deste trabalho, inicialmente foi realizada uma ampla pesquisa
bibliográfica sobre o assunto e, na seqüência, com base em dados secundários,
investigou-se o comportamento do mercado de trabalho no Estado do Mato Grosso do
Sul. Para efetuar esta análise, foram adotados um conjunto de indicadores e variáveis,
que foram selecionados com o objetivo de melhor estudar as flutuações do emprego desemprego, dentre as quais, destacam-se: a taxa da população ocupada entre os setores
de atividades (extrativa mineral,indústria de transformação comércio, serviços e
agropecuária), a variação do emprego formal por setores de atividades, e o total de
admitidos/desligados por setores de atividades . A fonte de dados utilizada como
referência foram as informações captadas pelo cadastro geral de empregados e
desempregados (GAGED) e IBGE – correspondente ao período de 1990 à 2006 e os
resultados serão apresentados levando-se em consideração o método descritivo e o
método estatístico. A apresentação e a análise dos gráficos e das tabelas será feita com o
objetivo de justificar as conclusões apresentadas pelos os autores.
A fonte de dados utilizada como referência serão as informações captadas pelo
cadastro geral de empregados e desempregados (GAGED) e IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) – correspondente ao período de 1990 a 2006, e os resultados
serão apresentados levando-se em consideração o método descritivo e o método
estatístico. A apresentação e a análise dos gráficos e das tabelas será feita com o
objetivo de justificar as conclusões apresentadas pelos os autores.
4. RESULTADOS
O mercado de trabalho brasileiro apresentou mudanças significativas diante do
novo contexto econômico durante a década de 90. Os níveis de emprego industrial e
formal foram sensivelmente reduzidos como conseqüência do processo de ajuste e
reestruturação produtiva, efetuados pelas empresas, com a adoção de medidas para
aumentar a produtividade e competitividade de seus produtos.
No que se refere ao comportamento do mercado de trabalho no Estado do Mato
Grosso do Sul, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED, 2003), no período 1990-1994, com reflexo do processo recessivo, perderamse no Estado 7.440 empregos, com maior concentração no comércio, construção civil,
serviços e indústria de transformação. Já entre 1995-1998, as demissões continuaram
aceleradas, tendo sido desligados, nos primeiros dois anos, 16.858 trabalhadores mais
que as contratações, refletindo as dificuldades vividas por alguns setores que tiveram de
adotar políticas de ajustes diante de uma conjuntura globalizada e a estabilização da
economia, atingindo principalmente as áreas de serviços, comércio e construção civil.
Gráfico 1-Distribuição da População Economicamente Ativa
Ocupada por Setores de Atividade-1990-2001
70
60
50
40
%
Primário
Secundário
Terciário
30
20
10
0
1990
1996
1997
1999
2000
2001
Anos
FONTE: Organização própria a partir dos dados do CAGED.
Analisando o gráfico acima, que mostra a distribuição da população
economicamente ativa ocupada por setores de atividade de 1990 á 2001, observa-se que
em 1990 o setor primário , no Estado de Mato Grosso do Sul , ocupava 26,0% da PEA,
o setor secundário com 14,4%, e o terciário com uma participação expressiva de 59,6%.
No período de 1998 , o setor primário voltou a ampliar a sua participação relativa na
ocupação da população economicamente ativa, representando 28,0% da PEA contra
26,0% em 1990, esse desempenho foi influenciado, principalmente pelo incremento em
escala comercial das atividades de suinocultura e avicultura, somadas à ampliação do
número de famílias assentadas no Estado. Como contrapartida, os setores terciário e
secundário apresentaram uma redução na sua participação relativa na geração de
ocupação na economia sul-mato-grossense para os mesmos períodos.
No período de 1999/2001, observa-se uma redução significativa na absorção de
mão-de-obra pelo setor primário, ocorreu um decréscimo de 27,8% para 18,4%,
resultado do elevado grau de mecanização da atividade agrícola, redução do pessoal não
remunerado, dos trabalhadores por conta própria ou das pessoas que produzem para o
próprio consumo dentro do segmento agrícola, além disso, conjugada a um crescimento
observado nos setores industrial e de serviços. A redução apresentada no total da
PEA/MS neste período deve-se ao aumento do número de pessoas que vêm engrossando
as fileiras do desemprego, dado que estes números da população economicamente ativa
aqui avaliados representam o quantitativo de pessoas que estiveram ocupadas em
alguma atividade econômica. Já o setor terciário, observa-se que ampliou a sua
participação de 59,6% em 1999 para 62,3% em 2001, indicando que a adoção do
câmbio flutuante em 1999 repercutiu favoravelmente sobre a ocupação nesse setor.
Os dados mostram que o setor terciário apresentou no período 1990/2001 um
acentuado avanço na ocupação da população sul-mato-grossense e uma quase estabilidade, sendo que do total da PEA registrada no último ano da série, 62,3% estão
no setor terciário (atividade de comércio e serviço) e o setor secundário apresentou um
crescimento expressivo de 19,3% , já o setor primário registrou uma queda acentuada de
18,4% essa queda pode ser atribuída às políticas macroeconômicas desfavoráveis à
agropecuária no período.
TABELA 1- Variação do Emprego Formal por setores de atividades de Janeiro
a Janeiro de 2000/06 no MS.
SETORES
2000
2001
2002
EXTRATIVA MINERAL
0,92
0,82
-0,17
2003
1,55
2004
3,57
2005
0,82
2006
0,43
IND. TRANSFORMACAO
1,00
2,8
0,82
COMÉRCIO
-0,25
-0,59
0,26
2,14
0,43
1,67
0,39
1,4
0,41
0,73
-0,15
SERVICOS
-0,2
0,29
0,37
0,69
0,11
0,16
-0,59
AGROPECUARIA
-0,18
3,64
3,64
5,29
3,79
2,63
6,59
FONTE: Organização própria a partir dos dados do CAGED
A tabela 1, mostra a variação do emprego formal no ano de 2000/2006, nos
setores de extrativa mineral, indústria de transformação, comércio, serviços e
agropecuária, onde no período de 2000/2003, a agropecuária apresenta uma variação de
negativa de (- 0,18%), obtendo um aumento no ano de 2001 e 2002 de 3,64%,
registrando uma elevação, no ano de 2003 para 5,29%. Em 2002 a indústria de
transformação registrou a maior elevação do período analisado 2,4%. A extrativa
mineral registrou uma queda no ano de 2002, apresentando uma variação negativa de(0,17%) mas, no ano de 2004 obteve uma recuperação com uma variação de 3,57%.
No período de 2004/2006, a agropecuária apresentou um desempenho favorável,
com uma variação no ano de 2004 de 3,79% da mesma forma, para o ano de 2006
quando atingiu a maior variação 6,59%. Enquanto, os serviços e o comércio se
encontravam com uma variação negativa para o mesmo ano, respectivamente (-015%) e
(-0,59%). A industria de transformação no período de 2000/2006 apresentou quedas
alternadas, mas em 2001/2003 mostrou um crescimento expressivo, 2,8% e 2,14%. No
ano de 2006 registrou uma variação de 0,73%, esse cenário está relacionado a
continuidade das políticas monetárias e fiscais restritivas, que acarretaram quedas na
produção industrial, e com menor nível de produção ,por sua vez elevou a taxa de
desemprego.
TABELA 2- Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal - 1990/1994
Extrativa Mineral
Anos
Ind. Transformação
Comércio
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO
1990
1.425
1.180
245
15.486
17.044
-1.558
23.775
24.208
-433
1991
804
759
45
13.741
14.252
-511
19.536
22.303
-2.767
1992
1.130
982
148
9.516
11.958
-2.442
14.762
16.649
-1.887
1993
924
928
-4
13.702
11.958
1.744
18.551
17.810
741
1994
862
1.152
-290
14.708
15.138
-430
22.342
19.672
2.670
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED)
(CONTINUAÇÃO)
Conforme demonstram os dados da tabela 2, no período de 1990-1994, com o
reflexo do processo recessivo, perderam-se no Estado de Mato Grosso do Sul 5.864
empregos (333.194 admitidos contra 339.058 demitidos), com maior concentração no
comércio, serviços e indústria de transformação.
A extrativa mineral começou no ano de 1990 com 245 pessoas admitidas, tendo
uma queda no ano de 1994 com um saldo negativo de (- 290). A indústria de
transformação começou no ano de 1990 com um saldo negativo (-1.558) continuando
até 1992 com (-2.442), esse indicador mostrou seu pior resultado neste período, obtendo
no ano seguinte um saldo positivo de 1.744, novamente apresentou uma queda no ano
de 1994 para ( -430). Já o comércio começou o ano de 1990 com saldo negativo (-433)
seguindo até ao ano de 1992. No ano de 1993/1994 mostrou uma recuperação
apresentando saldos positivos nos outros dois anos, chegando a 2.670 admitidos no ano
de 1994.
TABELA 2- Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal - 1990/1994
Serviços
Anos
TOTAL
ADMIS.
TOTAL
DESLIG.
1990
30.352
1991
Agropecuária
SALDO
TOTAL
ADMIS.
TOTAL
DESLIG.
SALDO
32.068
-1.716
4.516
4.770
-254
27.078
29.148
-2.070
5.004
4.945
59
1992
21.921
22.814
-893
4.249
4.807
-558
1993
27.923
25.636
2.337
5.359
4.450
909
1994
30.357
28.690
1.667
5.171
5.737
-566
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED)
No mesmo período de 1990 á 1994, o setor de serviços apresentou um saldo
negativo nos três primeiros anos, registrando uma evolução nos outros dois, chegando a
um saldo positivo no ano de 1993 de 2.337 e em 1994 de 1.667 admitidos. A
agropecuária apresentou saldos positivos apenas no ano de 1991 e 1993, onde dos dois
anos o melhor saldo registrado foi, em 1993 apresentando 909 admitidos.
TABELA 3- Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal - 1995/1999
Extrativa Mineral
Anos
Ind.Transformação
Comércio
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO
1995
503
679
-176
16.304
17.308
-1.004
21.081
23.520
-2.439
1996
473
561
-88
15.110
15.645
535
19.290
20.094
-804
1997
423
394
29
16.871
16.553
318
20.716
19.740
976
1998
325
307
18
15.311
15.542
-231
20.866
21.676
-810
1999
443
876
-433
23.907
24.121
-214
21.877
22.181
-304
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED)
(CONTINUAÇÃO)
Já entre 1995-1999, as demissões continuaram acelerando, tendo sido
desligados, nos primeiros dois anos, 30.812 trabalhadores mais que as contratações,
refletindo as dificuldades vividas por alguns setores que tiveram de adotar políticas de
ajustes diante de uma conjuntura globalizada e a estabilização da economia, atingindo
principalmente as áreas de serviços, comércio e indústria de transformação. Apesar de
ter mostrado sinal de recuperação em 1997, não é confirmada essa mesma tendência em
1998, apresentando um saldo negativo de (-3.723), e em 1999 um saldo negativo de (-
2.084), obtido principalmente pela a queda da oferta de emprego no setor de serviços,
comércio e agropecuária. A tabela 3 mostra que o setor de comércio começou no ano de
1995 com um saldo negativo de 2.439, sendo o seu pior desempenho neste período,
fechando no ano de 1999 com ( -304 )demitidos, aumentando o índice de contratação
do ano de 1995/99 sendo apenas positivo em 1997, com saldo de 976 admitidos.
TABELA 3- Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal - 1995/1999
Serviços
Anos
TOTAL
TOTAL
ADMIS.
DESLIG.
1995
31.906
1996
Agropecuária
TOTAL
TOTAL
SALDO
ADMIS.
DESLIG.
SALDO
35.095
-3.189
6.246
6.119
-127
27.229
48.644
-21.415
6.406
8.511
-2.105
1997
29.160
27.464
1.696
6.053
6.533
-410
1998
30.268
32.288
-2.020
6.077
6.757
-680
1999
30.024
28.991
1.033
9.962
12.128
-2.166
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED)
(CONTINUAÇÃO)
Um dos fatores para esses índices foi à abertura comercial que afetou
diretamente a organização da estrutura produtiva do país, notadamente a partir de 1990,
ano em que foram eliminados os controles não tarifários sobre as importações e se
iniciou um movimento de redução de tarifas, que implicou não apenas uma queda
substancial da tarifa média, mas também a redução de sua dispersão inter e intrasetorial. Paralelamente, pôde-se notar uma clara inflexão no comportamento da
produtividade do trabalho na indústria de transformação, que passou a crescer a taxas
elevadas, ao mesmo tempo em que se alastravam, especialmente na indústria e nos
serviços, novas tecnologias e formas de organização de produção.
Analisando o período de 1995 / 1999, verificou-se que o setor de serviço no ano
de 1996 apresentou o pior desempenho de todos os setores com um saldo de (-21.415),
ocorrendo um melhor desempenho nos anos seguintes ,apresentando um saldo de 1.033
admitidos no ano de 1999. Já a agropecuária teve seu pior desempenho no ano de 1999
com um saldo de(- 2.166), sendo que nos anos anteriores apresentou também saldos
negativos.
TABELA 4-Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal-2000/2006
Extrativa Mineral
Anos
2000
2001
Ind. Transformação
Comércio
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
TOTAL TOTAL
ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO ADMIS. DESLIG. SALDO
277
303
-26
18.324
16.529
1.795
24.764
22.381
2.383
590
172
418
21.384
18.039
3.345
26.007
23.862
2.145
2002
242
273
-31
22.416
18.254
4.162
27.231
23.509
3.722
2003
530
267
263
23.782
2004
557
484
73
27.948
23.169
613
31.036
26.817
4.219
23.508
4.440
37.311
31.514
2005
493
343
150
5.797
30.439
29.747
692
39.080
35.387
3.693
2006
484
399
85
33.205
29.579
3.626
36.703
35.028
1.675
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED)
(CONTINUAÇÃO)
TABELA 4- Flutuação do Emprego no Mercado de Trabalho Formal - 2000/2006
Serviços
Anos
TOTAL
ADMIS.
TOTAL
DESLIG.
2000
33.826
2001
Agropecuária
SALDO
TOTAL
ADMIS.
TOTAL
DESLIG.
SALDO
31.805
2.021
24.627
24.360
267
34.046
32.080
1.966
29.992
29.946
46
2002
32.829
31.627
1.202
32.256
31.110
1.146
2003
34.044
30.159
3.885
37.144
34.891
2.253
2004
41.539
36.021
5.518
41.119
38.465
2.654
2005
43.980
42.246
1.734
36.532
37.801
-1.269
2006
46.841
44.177
2.664
38.153
36.556
1.597
FONTE: -Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-(CAGED /
(CONTINUAÇÃO)
Conforme demonstra os dados da tabela 4, no ano de 2000 houve um saldo de
admissão de 6.440, já no ano de 2004 o saldo foi para 18.482 admitidos, em 2005
registrou uma queda no saldo para 5000, todos os setores possuíram quedas, mais o que
mais sentiu foi o setor primário, pois, a agropecuária no ano de 2005 obteve um saldo
negativo de (-1.269). Assim, nos anos de 2006 começou a mostrar sinais de
recuperação, o saldo de admissão/ demissão passou para 9.647.
5.CONCLUSÕES
Ao longo deste trabalho procurou-se mostrar, que o processo de globalização e a
conjugação de novas tecnologias estabelecem uma reconfiguração no processo
produtivo e, conseqüentemente, do mercado de trabalho, com desdobramentos sobre o
nível de emprego, uma vez que, a reformulação do processo produtivo e introdução de
inovações tecnológicas são, em sua maioria, poupadoras de mão-de-obra.
Da mesma forma buscou-se evidenciar, no que se refere ao desempenho do
mercado de trabalho brasileiro que a partir da década de 90, existiu um agravante, que
foi a instabilidade macroeconômica vivida pelo país no período. A década de 90 teve
como uma de suas características a deterioração das condições do mercado de trabalho,
sobretudo, a elevação das taxas de desemprego.
Nesse sentido, buscou-se analisar o comportamento do mercado de trabalho no
Estado do Mato Grosso do Sul no período de 1990 a 2006, a fim de elucidar o
comportamento deste frente a essas modificações. Como se observou, no período de
1990-1994, com o reflexo do processo recessivo, perderam-se no Estado de Mato
Grosso do Sul 5.864 empregos com maior concentração no comércio, serviços e
indústria de transformação.
Outro setor que sofreu perdas nos postos de trabalho, a partir dos anos 1990 foi o
agropecuário principalmente em função da ampliação do uso de tecnologia pelo setor. O
aumento das exportações e o crescimento da produção contribuíram para a geração de
novos postos de empregos neste setor, mas insuficientes para compensar as vagas
extintas em decorrência das mudanças tecnológicas e importações de produtos agrícolas.
No período entre 1995-1998, as demissões aumentaram, refletindo as
dificuldades vividas por alguns setores que tiveram de adotar políticas de ajustes diante
de uma conjuntura globalizada e a estabilização econômica, atingindo principalmente os
setores de serviços e comércio. No ano de 1996 o setor de serviços apresentou o pior
desempenho comparado aos outros setores.
No período de 1999/2001, observa-se uma redução na absorção de mão-de-obra
do setor primário. Já no ano de 2004/2006 a agropecuária possui um bom desempenho,
enquanto, os serviços e o comércio encontravam-se em um índice negativo.
Observou-se, também, uma queda acentuada na ocupação da indústria, em
grande parte, como conseqüência da abertura comercial. . No ano de 2006, a indústria
de transformação apresentou a retomada do crescimento interrompido no ano anterior.
A rápida abertura comercial desestruturou inicialmente este setor, que somente
nos anos recentes têm conseguido recuperar-se à medida que começa a obter os ganhos
de produtividade provindo dos investimentos realizados no período.
Essa performance conjunta dos principais indicadores do mercado de trabalho
mostra a dificuldade no aumento de postos de trabalho, No estado do Mato Grosso do
Sul , devido a conjunturas específicas em cada período analisado. Fatores estruturais
estão aliados à profunda reestruturação industrial que vem se processando com aumento
de produtividade. Aspectos conjunturais e estruturais confundem-se na análise do
comportamento do mercado de trabalho, porém, algumas tendências parecem ter um
caráter mais duradouro.
Os diferentes comportamentos da ocupação segundo os setores de atividade
econômica refletem não apenas o nível de atividade no período, mas também as
mudanças observadas na economia brasileira.
Em síntese, é possível concluir que houve um crescimento expressivo na taxa de
desemprego o que, de certa forma, característica do mercado de trabalho nacional e que
tem se intensificado no estado do Mato Grosso do Sul. O que se observa, em linhas
gerais, é que a economia não tem apresentado um crescimento significativo que seja
capaz de gerar empregos suficientes para resolver os problemas do mercado de trabalho,
mais especificamente, para reverter à tendência de desemprego crescente.
6. REFERÊNCIAS
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