A importância dos check-ups

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Ass. de Comunicação www.ptexto.com.br
Veículo: Jornal da Comunidade
Seção: Viva Melhor
Data: 14 a 20/03/2009
Pág.: 3
Viva Melhor
A importância dos check-ups
Em vez de centrar seu foco apenas na cura de doenças, a medicina atual
busca incentivar a adoção de atitudes preventivas e a realização de check-ups
periódicos
DA REDAÇÃO
Muitos pacientes deixam de levar exames, retornar às consultas ou até mesmo
esperam o problema se agravar, antes de procurarem ajuda especializada.
Entre os motivos, estão a falta de tempo, preguiça e estabelecimento de outras
prioridades no cotidiano. Entretanto, especialistas acreditam que a prevenção
deveria ser colocada em primeiro plano. “A base da medicina é promover
saúde, não curar doenças”, pondera Silvana Fahel, consultora médica do
Laboratório Sabin e professora de pediatria da Universidade de Brasília
(UnB). Nesse sentido, ela destaca a importância de se fazer check-ups,
exames periódicos que visam detectar alterações no organismo que ainda não
tenham se manifestado clinicamente. Desta forma, torna-se mais fácil o
tratamento de doenças incubadas no organismo humano, ou seja, que já foram
adquiridas, mas ainda não se manifestaram sintomaticamente.
O aposentado Osvaldino José Alves sofre de cardiopatia desencadeada pela
doença de chagas há cerca de 15 anos. Ele reconhece a importância de se
fazer um diagnóstico precoce. “Eu sempre fui ao médico com frequência, por
isso o meu problema cardíaco está controlado hoje. Afinal, não adianta você
ser diagnosticado de uma doença tardiamente. Na fase inicial, o tratamento
tem muito mais chances de sucesso”, sustenta.
Silvana Fahel: “É recomendável estimular nas pessoas o hábito de ir ao médico ao menos uma vez por
ano, a fim de conversar e tirar suas dúvidas”
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Os exames
Gustavo de Paiva, clínico-geral e professor de reumatologia da Universidade
Católica de Brasília (UCB), explica como é feito o check-up. “Faz-se uma
varredura em indivíduos que não apresentam sintomas de doenças, mas que,
pela idade, ritmo de vida ou pelo histórico familiar, são mais propensos a
determinadas patologias”, afirma.
Segundo Silvana Fahel, os check-ups podem ser solicitados até mesmo para
crianças, para analisar as células do sangue e as taxas de colesterol, por
exemplo. Já aos adolescentes, ela recomenda avaliações hormonais
periódicas. Entre os adultos, os exames mais comuns são os que avaliam a
glicose, o colesterol, a função renal e do fígado, e o hemograma.
Há pacientes, contudo, que resolvem fazer sua própria análise dos exames,
como uma forma de evitar uma nova ida ao médico. Esta, naturalmente, não é
uma iniciativa salutar, pois, por mais que os exames indiquem normalidade
nas taxas ou pequenas alterações em um ou outro item, somente a
observação pormenorizada de um especialista indicará em que pé anda a
saúde do indivíduo. “É fundamental que a análise do exame seja feita
complementarmente à história física e alimentar do paciente”, ressalta
Gustavo Paiva. “Estamos todos cheios de informações, mas sem
conhecimentos. Por isso, é recomendável estimular nas pessoas o hábito de
ir ao médico ao menos uma vez por ano, a fim de conversar e tirar suas
dúvidas”, completa Silvana Fahel.
Colaborou a estagiária Catharine Rocha
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