IH – 1529 Teoria Antropológica 3 créditos Professor: Andrey Cordeiro Ferreira Semestre: 2014/2 Horário: 2ª. Feiras, 13:30-17:30h Ementa: O curso pretende oferecer uma introdução geral às tradições antropológicas de pesquisa e reflexão, familiarizando os estudantes com algumas referências básicas, eixos temáticos, e exemplos de etnografias, sem pretensão de realizar uma cobertura exaustiva de todo o campo da antropologia em suas diferentes tradições nacionais e “escolas”. Após uma breve introdução refletindo sobre continuidades e descontinuidades constitutivas do campo antropológico, abordaremos alguns eixos teóricos, dentre vários possíveis, que de algum modo atravessam diferentes tradições na antropologia. Daremos ênfase a exemplos de tratamentos etnográficos de temas que acreditamos pertinentes para diálogos com as linhas de pesquisa em um curso interdisciplinar como o CPDA.O objetivo do curso é possibilitar que os alunos tenham noções gerais de teoria antropológica clássica e possam empregar conceitos e problemas da antropologia na construção de seus próprios objetos de pesquisa e contextos de investigação. A avaliação consistirá de seminários realizados ao longo do curso bem como apresentação de ensaio teórico sobre a literatura. Bibliografia Sessão 1. As tensões da disciplina e seu objeto (08/10/2012) Copans, Jean. Cap. 1“Da Etnologia à Antropologia”. IN: Copans, Jean, Godelier, Maucire ET. All.Antropologia: Ciência das Sociedades Primitivas? Edições 70, Lisboa, 1971. Talal Asad, Anthropology & the Colonial Encounter (Introdução), Ithaca Press, 1973. Sessão 2 – Tradições e Escolas e questões Cardoso de Oliveira, Roberto Sobre o pensamento antropológico. Capítulo 1: “Tempo e tradição: interpretando a antropologia.” Págs 13 – 25. Brasília: CNPq/Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. (1988) Kuper, Adam The Reinvention of Primitive Society (“The idea of primitive society”). Routledge, Lond & New York, 2005. Leitura Complementar: L’Estoile; Sigaud; Neiburg (orgs). “Introdução”. Antropologia, Impérios e Estados Nacionais. Rio de Janeiro: Relume Dumará. Sessão 3 –Evolução, difusão e a invenção do outro MORGAN, Lewis Henry. A sociedade primitiva. Lisboa: Presença, 1980 [1877]. (Vol. I – Parte IV). Castro, Celso.Evolucionismo Cultural.Jorge Zahar Editor, 2005. TYLOR, Edward Burnett. Primitive Culture. London: Jonh Murray, 1967 [1871]. Sessão 4– A escola sociológica francesa: o conceito de sociedade e lógicas de reciprocidade MAUSS, Marcel. [1923]. Ensaios de sociologia. Cap. 7: A coesão social nas sociedades polissegmentares; Cap. 7 Dom, Contrato, Troca. Editora Perspectiva, São Paulo, 2001. MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia, COSACNAIFY (“Ensaio sobre a Dádiva” p.183-210) Sessão 5 - Críticas do evolucionismo: estrutural-funcionalismo RADCLIFFE-BROWN, A.R.– Estrutura e Função na Sociedade Primitiva. Petrópolis (RJ), Vozes. 1973 Radcliffe Brown. Prefácio. Sistemas políticos africanos. Lisboa: Calouste Gulbenkian.(1981) [1940] 1 Sessão –6 Críticas do evolucionismo: o estruturalismo Lévi-Strauss, Claude Antropologia estrutural “A noção de estrutura em etnologia” & “Posfácio ao capítulo xv”, CosacNaify, São Paulo, 2008 Sahlins, Marshall., I.: Ilhas de História. Cap. 1. Suplemento à Viagem de Cook; ou "lê calcul sauvage". Cap. 2 Outras Épocas, Outros Costumes: a Antropologia da História. Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro, 1994 Sessão7– Críticas do evolucionismo: a escola histórico-cultural Boas, Franz. Antropologia Cultural (As limitações do método comparativo da antropologia; Os Objetivos da Pesquisa Antropológica), Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2004. Steward, Julian Haynes Theory of Culture Change: The Methodology of Multilinear Evolution (Introdução e Capítulo 1). University of Illinois Press, 1972 Sessão 8- Críticas da antropologia I: conflito e ordem social (07/10/2013) LEACH, Edmund Sistemas políticos da Alta Birmânia. “Introdução e Conclusão”, São Paulo, Edusp, 1996 [1954] p. 307-319. Gluckman, Max (1940) Análise de uma situação social na Zululândia moderna. In Feldman-Bianco, Bela (org) Antropologia das Sociedades Contemporâneas. Métodos. São Paulo, Global, Juliana Sessão 9– Críticas da antropologia II: processos e redes Mayer, Adrian A importância dos quase-grupos no estudo das sociedades complexas. In: Feldman-Bianco, Bela (org) Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo, Global (1987) Boissevain, J. Apresentando “Amigos de Amigos: redes sociais, manipuladores e coalizões”. IN: FeldmanBianco, Bela (org) Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo, Global, 1987 Sessão 10 – Críticas da antropologia III: símbolos e rituais Turner, Victor Floresta de símbolos. Aspectos do Ritual Ndembu. Niterói, Eduff. (2005)(capítulos a indicar) Turner, V. O processo ritual. Petrópolis: Ed. Vozes, 1974 (capítulos a indicar) GLUCKMAN, Max 1974. Ordem e rebelião na África tribal (Cap.3. “Rituais de rebelião no sudeste da África”) Cadernos de Antropologia, n. 4, Ed. da UnB. Sessão 11 – Críticas da antropologia IV: Ecologia cultural e materialismo cultural revendo os conceitos de sociedade e cultura Steward, Julian. Theory of Culture Change: The Methodology of Multilinear Evolution, University of Illinois Press, 1972- HARRIS, M. Vacas, Porcos, Guerras e Bruxas: Enigmas da Cultura. RJ: Civilização Brasileira, 1978. Sessão 12 –Críticas da antropologia V: revendo os conceitos de sociedade e cultura Fabian, Johannes. O Tempo e o Outro: como A Antropologia Estabelece Seu Objeto. Editora Vozes, 2013 Barth, Fredrik. In O Guru, o Iniciador e Outras Variações Antropológicas (organização de Tomke Lask). Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria. 2000 Ribeiro, Gustavo Lins & Feldman-Bianco, Bela. ANTROPOLOGIA E PODER: CONTRIBUIÇÔES DE ERIC R. WOLF, Imprensa Oficial SP, 2003 Sessão 13 – Seminários e Trabalhos 2