Informativo DEAGRO Dezembro de 2011 Censo Demográfico 2010 » Resumo Executivo O Censo Demográfico é realizado no Brasil a cada dez anos e fornece informações que refletem a evolução da distribuição da população e as suas principais características socioeconômicas. Esses dados são relevantes aos governos e aos setores produtivos, pois auxiliam na tomada de decisões de investimentos, otimizando a alocação de recursos públicos e privados. Figura I – Principais Características do Brasil em 2010 * Refere-se ao valor do rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento (Reais). Brasil: 190,8 milhões de pessoas em 8,5 milhões de Km2 ou 851 milhões de ha __________________________________________________________ » Destaques Brasil: Em dez anos, a população brasileira aumentou em 21 milhões de habitantes; A taxa de crescimento da população brasileira vem diminuindo ao longo dos anos, atingindo na última década 1,17% a.a., em razão da menor taxa de fecundidade; Os 27 estados abrigam 5.565 municípios; A urbanização média é de 84,4%, sendo de 92% no SE e 73% no NE; A região SE, embora represente apenas 11% do território, responde por 42% da população; A região N, por sua vez, detém 45% do território nacional e responde por apenas 8% da população; O rendimento médio dos brasileiros foi de R$ 1.202, sendo de R$ 693 no MA e R$ 2.462 no DF; A população, embora jovem, apresenta taxas de envelhecimento crescentes; Os indivíduos com mais de 65 anos já representam 7,4% dos brasileiros; O país apresentou avanços em relação à redução da taxa de analfabetismo em 10 anos, saindo de 12,8% para 9%. 58% da população com rendimento recebem até 1 (um) salário mínimo / mês, segundo a PNAD 2009; Os 20% da população mais rica respondem por 59% do total de rendimentos do Brasil; Em 2010, a densidade demográfica brasileira foi de 22,4 habitantes por quilometro quadrado; Pag. 1 de 3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Elaboração: Departamento do Agronegócio - DEAGRO/FIESP [email protected] (11) 3549-4434 Informativo DEAGRO Dezembro de 2011 Censo Demográfico 2010 1. População: distribuição e taxa de crescimento Figura II – Evolução da população brasileira Total (Urbana + Rural) Milhões de pessoas Em % do Total 100% 200 190,8 Urbana 169,8 75% Rural 150 146,8 Total 119,0 50% 100 93,1 70,1 25% 50 51,9 - 0% 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Urbana 5,22 4,44 2,97 Brasil 2,47 2,99 2,89 2,48 1,93 1,55 1,55 1,17 1,64 Rural 0,57 1950/1960 1960/1970 1970/1980 1980/1991 -0,62 -0,67 1991/2000 2000/2010 -0,65 -1,31 ___________________________________________________________ 2. Educação 24,6 O Nordeste fica no outro extremo, com a menor taxa de urbanização (73%), tendo o Maranhão 63% e Pernambuco 80%; O Sudeste é a segunda menor região em extensão territorial (11%) e a maior em termos de densidade demográfica, com 86,9 habitantes por Km2; O Norte por sua vez, apesar de possuir a maior dimensão territorial (45%), apresenta a menor densidade demográfica brasileira, com uma média de aproximadamente 4 habitantes por Km2; A taxa de crescimento da população brasileira vem diminuindo ao longo dos anos (Figura III), em razão da menor taxa de fecundidade, que em 2010 foi de 1,86 filho por mulher; em 2000 era de 2,38 filhos. O Brasil apresentou redução de 3,8 p.p na taxa de analfabetismo nos últimos dez anos. Em 2010, esta foi de 9,0%; 2010 17,6 15,6 A Região Sudeste possui a maior taxa de urbanização (92%), com destaque para o RJ (96%) e SP (95%); A migração da área rural para área urbana, é um dos principais fatores para taxa de crescimento negativa da população desta área (Figura III); Figura IV – Evolução da taxa de analfabetismo Por Grandes Regiões do Brasil 2000 Nos últimos dez anos, a população brasileira aumentou em 21 milhões de pessoas; O Estado de São Paulo detém apenas 3% do território nacional, porém é o terceiro em densidade demográfica, com 166,3 2 habitantes por Km , ficando atrás de RJ e DF; Figura III – Taxa de crescimento da população Em % 5,15 Destaques: 12,8 9,0 10,6 9,7 7,5 5,1 7,0 4,7 6,6 Apesar dos avanços na taxa de analfabetismo no país, observa-se forte discrepância por Região (Figura IV); O analfabetismo continua mais presente nas áreas rurais, com expressivos 21,2%; Pag. 2 de 3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Elaboração: Departamento do Agronegócio - DEAGRO/FIESP [email protected] (11) 3549-4434 Informativo DEAGRO Dezembro de 2011 Censo Demográfico 2010 3. Rendimento Destaques: Figura V – Rendimento médio da população brasileira Por Grandes Regiões e Sexo (pessoas 10+ idade com rendimento) Os 20% da população mais rica respondem por 59% do total de rendimentos do Brasil; 58% da população com rendimento, recebem até 1 (um) salário mínimo, segundo a PNAD2009; 1% da população com os maiores salários recebeu 13,8% do rendimento total do país; A diferença entre os rendimentos por sexo foi expressiva em todas as Grandes Regiões (Figura V); Figura VI – Distribuição de renda (Índice de Gini) Por Grandes Regiões do Brasil 1,0 0,54 0,62 0,61 0,60 0,60 0,54 2010 0,56 0,58 0,56 0,52 0,55 0,48 O índice de Gini é outro indicador relevante para o entendimento da concentração de renda. Este índice varia de 0 a 1, sendo que próximo de zero significa mais igualitário e de 1 menos igualitário, em termos de distribuição de renda (Figura VI); Mais igualitário Menos igualitário 2000 0,0 O índice de Gine do país foi de 0,54 em 2010, apresentando melhora em relação ao 0,60 observado em 2000; Escala Índice de Gini: Próximo de 0 (zero) mais igualitário; Próximo de 1 (um) menos igualitário. ___________________________________________________________ 4. Envelhecimento da população Figura VII – Evolução do Envelhecimento da população Distribuído por idade (em anos) População brasileira ( milhões de pessoas) Var. Cresc. Idade 2000 2010 2000/10 0 a 14 50,3 45,9 15 a 24 34,1 25 a 34 35 a 44 45 a 64 26,9 22,8 25,8 % População total 2000 2010 -8,6% 29,6% 24,1% 34,2 0,5% 20,1% 17,9% 32,8 22,2% 15,8% 17,2% 26,9 17,9% 13,4% 14,1% 36,8 42,3% 15,2% 19,3% 5,9% 7,4% Mais de 65 9,9 14,1 41,7% Mais de 75 3,6 5,5 52,3% 2,1% 2,9% 169,8 190,8 12,3% 100,0% 100,0% Total Distrito Federal e São Paulo são os Estados com as maiores diferenças entre os rendimentos médios por sexo, sendo que no primeiro os homens recebem até R$ 678 a mais que as mulheres e o segundo, R$ 533 a mais. Pará e Amapá são os Estados que apresentaram a menor diferença entre os rendimentos por sexo: em média, os homens recebem R$ 220 a mais que as mulheres; A Região Sul registrou o menor índice (0,48) enquanto o Nordeste o maior (0,56) em 2010; O Índice de Gini do Estado de São Paulo foi de 0,50; O envelhecimento da população observada nos últimos anos foi refletido no crescimento da participação dos grupos etários mais elevados (Figura VII); Nos próximos dez anos, ou seja, para 2020, a população acima dos 65 anos de idade aumentará cerca de 15 milhões de pessoas; Pag. 3 de 3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Elaboração: Departamento do Agronegócio - DEAGRO/FIESP [email protected] (11) 3549-4434