05:35 Natureza: Sociologia – Nota de Aula 06 – 2º Bimestre 2016 Professor: Natan de Sousa Ano: 2° MARX E A SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA Capitalismo: desigualdade social e subdesenvolvimento Cap. 02 – A sociologia e a expansão do capitalismo – O capitalismo do séc. XX (pp. 20-21) Cap. 04 – O subdesenvolvimento e as novas tecnologias (pp. 44-53) A sociedade capitalista e as classes sociais A estratificação na sociedade capitalista, dividida em classes, é definida por relações de apropriação (econômica) e dominação (política e cultural). As classes sociais são consideradas, em geral, a partir de dois aspectos: Pelo processo de produção: Pela capacidade de consumo: - Proprietários de terra; - Classe alta (A); - Burgueses (setor industrial, setor financeiro); - Classe média (B e C); - Pequeno-burgueses (ou classe média); - Classe baixa (D e E). - Proletariados (ou operários). Marx e a desigualdade no capitalismo: Sociedades capitalistas são aquelas em que o capital e o trabalho assalariado são dominantes e a propriedade privada é o bem maior a ser preservado. É na luta de classes, ou no antagonismo entre burguesia e proletariado, que está a base da transformação social. Luta de classes seria “não somente o confronto armado, mas também todos os procedimentos institucionais, políticos, policiais, legais e ilegais de que a classe dominante se utiliza para manter o status quo”. Marx tentou provar que: - A existência de classes diversificadas se dá em um momento histórico determinado. - A luta de classes desembocará na ditadura do proletariado. Momento histórico no qual a classe operária toma para si os meios de produção (capital, ferramentas, máquinas, terras, matérias-primas). - A ditadura do proletariado é um momento de transição para uma sociedade sem classes. Weber: desigualdades de riqueza, prestígio e poder: Dimensões das diferenças de classes: Econômica (riqueza); Social (status); Política (poder). Classe é um agrupamento humano onde há oportunidades iguais de acesso a bens e rendas, ou seja, “classe é todo grupo humano que se encontra em igual situação de classe”. A luta de classes ocorre também dentro das classes: luta pela manutenção do poder. Kingsley Davis e Wilbert Moore e a positividade da concorrência: As desigualdades sociais não são necessariamente negativas: a busca do interesse pessoal favorece ao surgimento de inovações que, em última instância, favorecem a sociedade como um todo. O capitalismo, por ser desigual é dinâmico. Onde não há competição há conformismo e acomodação. Um sistema competitivo, com suas recompensas, é mais motivador. José de Souza Martins e os “excluídos”: É um disparate falar de “excluídos” quando, na verdade, estes não estão fora, mas, antes, inseridos, embora precariamente, no sistema econômico. Antes de promover “inclusão social” deveríamos nos perguntar: “em que tipo de sociedade nós queremos incluir indivíduos?”. Na prostituição infantil, p. ex., há uma inclusão do ponto de vista econômico (aumento da capacidade de consumo), mas há uma exclusão de nível social, moral e político. Rua Des. Leite Albuquerque, 1056 – Aldeota – CEP: 60.150-150 – Fone: 4008-2313 – Fortaleza-CE • e-mail:[email protected] Unidade Edson Queiroz – Rua Hil Morais, 124 – Edson Queiroz – CEP: 60.811-760 – Fone: 3273.1282 Unidade Sul – Rua Roberto Gradvohl, 3470 – Alagadiço Novo –CEP: 60.812-540 – Fone: 3276.3969/3274.9075 Unidade Varjota – Av. Antônio Justa, 3790 – Varjota – CEP: 60.165-090 – Fone: 3267.2929 –“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Fil. 4:13.) Capitalismo: desigualdade social e subdesenvolvimento A sociologia e o capitalismo do século XX Com a expansão do capitalismo industrial do século XX e sua consequente internacionalização, diversas teorias sociológicas surgiram na tentativa de dar conta dos problemas daí decorrentes. O antigo modelo colonial de exploração foi sendo substituído, mas a economia dos países latino-americanos se manteve organizada segundo o modelo agrário-exportador. Isso propiciou o contínuo desenvolvimento industrial europeu e, apesar da nova divisão econômica internacional tornar desnecessário o modelo colonial, forjaram-se outras relações de dependência entre as nações. A indústria de massa supera a produção impulsionada simplesmente pela demanda. Os recursos tecnológicos propiciaram a criação de uma sociedade da abundância. A concorrência agora se dá pela preferência dos consumidores. Crises financeiras surgem, impulsionadas pela superprodução e pela especulação financeira. Os reflexos das crises afetam toda a estrutura econômica internacional. O subdesenvolvimento como consequência: O subdesenvolvimento tem uma razão histórica associada à necessidade das nações e setores dominantes se desenvolverem mais a um menor custo. As desigualdades tendem a se reproduzir e a se ampliar, e nunca a alcançar um equilíbrio. O desenvolvimento de um país ou de uma região resulta sempre do subdesenvolvimento de outro. Países “em desenvolvimento”: - Cerca de 120 países localizados na África, América Latina e Ásia. Somam 4/5 da população mundial e possuem aproximadamente 1/10 do PIB dos países “desenvolvidos”. - Características em comum: foram colonizados por países europeus; possuem economia estruturada em função de interesses estrangeiros; sempre tiveram uma posição de inferioridade nas relações internacionais com os chamados países desenvolvidos. O colonialismo ainda existe e só será bem entendido se tivermos consciência da interdependência existente no mundo. A violência e a pobreza, p.ex., afetam também a segurança dos países, setores e regiões ricas e “desenvolvidas”. Dizer que o subdesenvolvimento é resultado da expansão do capitalismo é reconhecer que essa expansão não é a mera reprodução de um modo de produção copiado ou absorvido livremente por outro país, mas, ao contrário, trata-se de uma imposição feita militarmente ou comercialmente aos demais países não europeus (o Japão é uma exceção). Muitas nações foram submetidas ao capitalismo na condição de sustentarem o capitalismo central, no caso o europeu, tornando-se regiões subdesenvolvidas. 2 0000/05