Roland JC-120 Jazz Chorus

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Música e Imagem
Expediente
Revista Roland Brasil
Parcerias
verdadeiras
Quando a Roland Brasil decidiu lançar a revista Música & Imagem, já durante a fase
de definição do conceito e do projeto gráfico, resolvemos que sempre teríamos
pessoas e não produtos como foco da capa. Convidaríamos preferencialmente os
parceiros. São artistas que amam a música, vivem dela e, por que não dizer, para
ela. Mas quem são eles? Quanto pagamos para aparecerem?
Desde a sua fundação, a Roland nunca teve endorsers profissionais, isto é, aqueles
que são pagos para falar que usam o equipamento. A filosofia da empresa sempre
foi a de parceria. São artistas e músicos profissionais escolhidos pela afinidade
com o produto e um ótimo relacionamento com as pessoas da companhia. E isso
está acima do dinheiro.
No entanto, quando o assunto é trabalho, ou seja, fazer
uma apresentação ou workshop, o artista recebe por
isso. Da mesma forma, a Roland não doa produtos para
serem usados por eles, pois os parceiros utilizam porque querem e precisam para executar seus projetos.
Na lista, existem pessoas famosas e outras não tão
populares. Mas, para nós, ambos têm seu valor. Temos
parceiros que conhecemos há muitos anos e outros
que chegaram há pouco tempo.
Luiz Schiavon, nosso convidado para a capa desta
Presidente
Takao Shirahata
Vice-presidente
Celso Bento
Editor
Nilton Corazza
Redação
Rafael Furugen
Colunistas
Jether Garotti Jr. e
Michael Kenneth Alpert
Colaboradores
Alex Lameira, Amador Rubio,
Gino Seriacopi, Pakito,
Sérgio Motta, Sergio Terranova Jr.,
Renan Dias, Arthur Cunha,
Júnior Alves, Leandro Justino,
Michel Brasil, Pedro Lobão
e Raphael Daloia Neto
Fotografia
Mário Moreno
edição, seguramente é um dos usuários mais antigos
de equipamentos Roland no Brasil. Ele cresceu com
a marca, desde os synths analógicos (claro, na época
não tinha digital!). A partir disso, muitos produtos da empresa passaram pelas suas
mãos. E ele continua utilizando esses instrumentos em seus trabalhos.
A parceria com artistas gera uma grande exposição da marca e isso é bom para a
Roland. Mas o aspecto mais importante é que, com esse vínculo, cria-se um canal
de comunicação entre o profissional e a empresa em que os assuntos tratados
são essenciais. Recebemos um feedback sobre o modelo e sua utilização: o que
agradou ou poderia ser melhorado. E de que forma o instrumento agregou valor ao
trabalho. Por outro lado, quem atende os parceiros são os gerentes de produtos,
que conhecem a fundo os equipamentos e que estão à disposição para orientá-los
e dar as melhores dicas. Nessa relação saudável, os dois lados ganham.
A base desse relacionamento está no respeito e na valorização da pessoa com
quem lidamos. E esse é o mesmo alicerce com que a Roland trata todos os seus
usuários, sejam artistas ou não. Para nós, essa é a verdadeira parceria.
J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – Roland Brasil
Conteúdo on-line
Mário Moreno e William Antony
Diagramação
Detonart´s Criações
Impressão/acabamento
Oceano Indústria Gráfica e Editora
Jornalista responsável
Nilton Corazza (MTb 43.958)
Música & Imagem
Revista Roland Brasil na internet
www.musicaeimagem.com.br
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Os editores não se responsabilizam
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colaboradores em artigos assinados.
Não é permitida a reprodução total
ou parcial das matérias publicadas.
06
Cartas
Opiniões e sugestões
dos leitores
08
Turnê
Artistas e eventos
Roland Brasil
11
Mundo Roland
A presença da Roland
Corporation na mídia
12
Perfil
A integração de vídeos no
trabalho de Fernanda Porto
14
Clássico
Roland JC-120: o amplificador
preferido dos guitarristas
16
Novos Produtos
As novidadas da
Roland Corporation
para o início de 2010
22
Interação
A praticidade do Cakewalk
VS-100 em produções musicais
24
Capa
A paixão de Luiz Schiavon
pelos sintetizadores Roland
28
TD-20KX
A bateria dos profissionais
4
Música & Imagem
32
FR-7X
A evolução do
acordeon digital
36
VE-20
O melhor em
efeitos para voz
40
Rodgers
A solução para
que a tradição
não se perca
44
Especial
V-Drums HD-1:
perfeito para
pequenos estúdios
46
Pergunte ao
Especialista
As respostas para as
dúvidas mais frequentes
48
Carreira
Uso de ferramentas
digitais para a
criação musical
49
Educação
A preparação
de um recital
50
Fronteiras
A importância da
música nos trabalhos
de Orlando Paes Filho
Música & Imagem
5
Cartas
Fã
Distribuição
Sempre fui usuário dos produtos BOSS, tanto que
Na Expomusic 2009, recebi um exemplar de Música &
meu primeiro pedal foi um dos modelos desenvol-
Imagem quando estava visitando o estande da Roland Brasil.
vidos pela marca. Entre os inúmeros equipamentos
No momento, pensei que fosse mais um catálogo, com da-
que possuo, destaca-se o TU-12H, que ainda funciona
dos superficiais sobre os produtos da empresa. Mas, para a
perfeitamente mesmo após eu ter derrubado, molha-
minha surpresa, era uma revista completa, com entrevistas,
do e pisado. Recentemente, comprei uma GT-10 e
notícias e muitas informações relevantes para os músicos.
estou satisfeitíssimo, pois atende plenamente minhas
Agora, quero saber quando sai a próxima e como posso fazer
necessidades como professor, sideman e músico de
para conseguir uma edição. Sucesso!
estúdio. E minha última aquisição foi um Cube-20X,
William Borsato
que utilizo em minhas aulas.
(por e-mail)
Além de todos esses produtos, também fiquei muito
feliz com o atendimento que recebi dos profissionais
William, a revista Música & Imagem é uma publicação
da Roland Brasil, principalmente de Sérgio Motta e
semestral da Roland Brasil. Ela é distribuída gratuitamente
Cecília Lucena, na Expomusic 2009. Depois desse
por seus dealers, além de escolas de música e estúdios.
contato, ficou evidente que, ao comprar equipamen-
A maneira mais simples de ter acesso a ela é procurar
tos desenvolvidos pela Roland Corporation, estou
um revendedor oficial da empresa ou visitar o site
adquirindo um aparelho de altíssima qualidade, além
www.musicaeimagem.com.br.
de atendimento personalizado.
Na minha opinião, a qualidade e a versatilidade dos
produtos chegaram a um ponto em que a única
limitação acaba sendo o próprio usuário. Tanto que a
Roland Corporation desenvolveu todas as ferramentas
necessárias para qualquer indivíduo realizar-se musicalmente. Realmente vocês criam o futuro.
Esta carta é para expressar meu agradecimento e admiração pela Roland Corporation. Para mim, vocês são
exemplos de conduta e profissionalismo. Obrigado
por tudo que fizeram e pelo que ainda farão.
Cubos
Pessoal, acompanho a revista Música & Imagem desde a
primeira edição e estou muito satisfeito com a qualidade da
publicação. No entanto, gostaria de saber quando vocês farão
uma matéria sobre os cubos desenvolvidos pela Roland. São
tantos modelos e, pelas características expostas no site, um
parece ser melhor que o outro. Fico no aguardo!
Márcio Ferrari
Alex Poliver
(por e-mail)
(por e-mail)
Alex, ficamos muito felizes em saber que os produtos
desenvolvidos pela Roland Corporation fazem parte
de sua trajetória artística. Esperamos poder auxiliá-lo
em muitos outros projetos, criando equipamentos
que possam facilitar o trabalho, além de incitar sua
criatividade musical.
Márcio, primeiramente, gostaríamos de agradecer seu
interesse pelas matérias publicadas nas edições de Música
& Imagem. Quanto à sua sugestão, ela está anotada. Em
breve, você encontrará uma reportagem sobre a linha de
cubos Roland. Enquanto isso, acompanhe uma matéria sobre
o JC-120 Jazz Chorus nesta edição. Fique ligado!
OBS.: As mensagens publicadas aqui tiveram os e-mails omitidos para privacidade de seus autores.
Este
espaço é seu!
Envie
sugestões, críticas
e elogios em relação à
Música & Imagem Revista Roland Brasil.
6
Música & Imagem
Por carta: Música & Imagem - Revista Roland Brasil
Rua Teodoro Sampaio, 727 – Pinheiros, São Paulo – SP
CEP: 05405-050
Por e-mail:
[email protected]
Música & Imagem
7
Turnê
Prodígio
Em 2 de fevereiro de 2010, ocorreu a final da primeira
desse problema, a final foi cancelada e agendada para
edição do V-Drums Contest EM&T. E o vencedor do
o ano seguinte.
concurso organizado pela Roland Brasil, em parceria
Quase três meses após o fatídico problema energético,
com a EM&T (Escola de Música e Tecnologia), foi Maick
os seis candidatos voltaram a se encontrar, mas, dessa
Souza Cruz, de apenas 15 anos. O adolescente superou
vez, no Auditório Roland, também localizado na capital
cinco concorrentes – todos mais velhos – e, com isso,
paulista. A decisão foi bastante acirrada, com todos
acabou premiado com um kit TD-4K, um monitor pessoal
os participantes realizando performances impecáveis,
PM-10 e um pacote de acessórios DAP-3, além de tornar-
além de demonstrarem a versatilidade e a potência
se parceiro da empresa.
do kit V-Drums TD-4KX. No final, o corpo de jurados –
Meses antes de celebrar esse título, Cruz, assim como
formado pelos bateristas Giba Favery, Albino Infantozzih
todos os outros concorrentes, precisou justificar o seu
e Beto Caldas; pelo diretor da EM&T Célio Ramos; e
talento com as baquetas, realizando inúmeras tarefas.
pelo engenheiro de som Guilherme Canaes – escolheu
A primeira foi gravar um vídeo caseiro demonstrando
Maick Souza Cruz como o grande vencedor, mas por
suas técnicas e habilidades. Aprovado, teve que enfrentar
uma margem muito pequena em relação ao segundo e
as câmeras novamente, mas utilizando um kit TD-4K.
terceiro colocados.
O material foi analisado pelos organizadores do
evento e o jovem acabou classificado para a decisão,
Como ficou sabendo do concurso?
juntamente com Bruno Valverde dos Santos, Gabriel
Foi na Escola de Música do Estado de São Paulo
Caressato de Carvalho, Júlio César Fernandes, Mi-
(EMESP). Tinha um cartaz avisando sobre o concurso.
chel Maeda Cavalcante Sá e Rodrigo Star Tagliassachi
Fiquei interessado e resolvi mandar um vídeo que gravei
Budemberg.
com a ajuda de um amigo.
No dia 10 de novembro de 2009, os concorrentes se
reuniram no Auditório Mix Hall, em São Paulo, para
Como foi a preparação para a decisão?
disputar a decisão do V-Drums Contest EM&T. O
Estudei bastante a parte da música e o solo, que foi ba-
evento transcorria normalmente até que aconteceu o
seado em um que meu professor costuma tocar. Assim,
apagão que assolou 18 Estados brasileiros. Por conta
só precisei fazer um “resumo”.
O que achou do kit V-Drums TD-4K?
Gostei muito. As características que mais
chamaram a minha atenção foram os timbres
e a sensibilidade. Havia testado outros modelos de baterias eletrônicas anteriormente,
mas nunca tinha me adaptado.
Precisou alterar alguma configuração
no módulo para se adaptar à bateria?
Somente a sensibilidade e os timbres da
caixa e dos pedais.
E foi difícil configurá-la para sua disposição física?
Não. E esse é outro ponto que chamou minha
atenção. Ela é muito simples de mexer.
8
Música & Imagem
Fernanda Porto
Heraldo do Monte
Parcerias
A Roland Brasil continua ampliando o número de parceiros. Na área de
cordas, por exemplo, destacam-se Heraldo do Monte e Roberto Menescal, ícones da música popular nacional. O primeiro está utilizando o
pedal BOSS DD-3 Digital Delay, ao passo que o segundo conta com o
auxílio do amplificador Roland AC-60. Outro instrumentista consagrado
que se tornou parceiro da empresa foi Miltinho Batera. Integrante mais
antigo da banda que acompanha o apresentador Jô Soares, o músico
possui um kit V-Drums TD-12KV e um controlador de percussão HPD-10.
“Costumo utilizar o Handsonic tanto com o sexteto quanto com meus
projetos paralelos. A bateria, por sua vez, fica em Juiz de Fora para ensaios e apresentações”, explica.
A cantora, compositora e multi-instrumentista Fernanda Porto também
passou a utilizar produtos desenvolvidos pela Roland e Edirol - como o
sampler percussivo SPD-S, o pad metrônomo RPM-5A, o mixer de vídeo
V-8 e o sampler de vídeo P-10 - principalmente para ajudá-la na divulgação
de seu novo álbum, intitulado Auto-Retrato. O produtor musical Maurício
Maurício Monteiro
Monteiro, responsável por alguns projetos da Igreja Bola de Neve, por sua
vez, conta com o sistema de gravação Cakewalk VS-700 para auxiliá-lo
em seus trabalhos. “Sei que essa solução integrada é realmente muito
boa e tenho certeza que tende a ficar ainda melhor”, disse.
Miltinho
Roberto Menescal
Música & Imagem
9
Turnê
Clássico
Entre os inúmeros eventos que a Roland Brasil organizou no segundo semestre
de 2009, destaca-se o Roland Classic Concert, que promoveu um encontro entre
a tradição e a tecnologia. Realizado no Auditório Roland, o recital de música de
câmara contou com apresentação do Concerto Versatile, grupo que tem como
proposta a pesquisa e a difusão de composições do período barroco. Formado
por Luana Fernandes Barros (flauta-doce) Carolina Rosati Colepicolo (violino barroco e canto – mezzo soprano), Ivan Ferreira do Nascimento (fagote), Carla Rosati
Colepicolo (canto – soprano), Rebeca Friedmann Zetzsche (violoncelo) e Fernando
Cardoso (cravo), o grupo executou repertório camerístico dos séculos 17 e 18, com
obras de J.J. Forberger, Joseph Bodin de Boismortier e George Philipp Telemann,
utilizando, entre outros instrumentos, o cravo digital C-30.
Na ocasião, Cardoso também apresentou as qualidades do instrumento desenvolvido pela Roland e os recursos que fazem dele uma opção viável para o estudo e
a apresentação de música barroca.
Solitários
No início de 2010, o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão)
estreou o reality show Solitários, no qual nove participantes
ficam isolados em pequenas
cabines e precisam cumprir
alguns desafios físicos e psicológicos para não serem eliminados. E a Roland Brasil está
presente nessa empreitada,
especificamente na área que
envolve o gerenciamento de
áudio, por meio de produtos
desenvolvidos pela RSS, como
o mixer de monitoração pessoal
M-48, o sistema Digital Snake
e a console V-Mixer M-400.
Esta última é sucesso entre
os profissionais responsáveis
pela sonorização do programa.
“É a união perfeita entre um
mixer de fácil operação com
uma sonoridade excelente,
além de um custo-benefício
extremamente convidativo”,
explicou o consultor técnico
Antônio Lorenzetti.
Representação
Em 21 de novembro, a cidade de Roma sediou a
decisão do 3º Festival Internacional Roland de Acordeon. E o grande vencedor foi o neozelandês Grayson
Masefield, que recebeu um prêmio de cinco mil euros,
além do título de melhor acordeonista do mundo. O
chinês Xiaonan Xu terminou em segundo lugar e o
francês Nicolas Koch foi o terceiro colocado.
O catarinense Orimar Hess Júnior também esteve presente no Auditorium Parco della Musica, já que venceu
a etapa brasileira do 3º Festival Internacional Roland
de Acordeon. “Foi uma experiência sem igual. Como
todos os participantes eram exímios acordeonistas,
aproveitamos para trocar ideias. Acabei aprendendo
muito com eles”, disse o músico de Joinville.
10
Música & Imagem
Mundo Roland
Sustentabilidade
O Japão é um país pequeno, quase do
linha para estar de acordo com as
tamanho do Estado de São Paulo, mas
normas diretivas Restrição de Certas
com população de mais de 127 milhões
Substâncias Perigosas (RoHS). Esse
de habitantes. Os recursos naturais
código proíbe o uso de elementos
daquela nação são limitados e, por ques-
como cádmio, mercúrio, chumbo e
tões de sobrevivência, algumas práticas
outros no processo de fabricação de
como reciclagem, economia de energia
produtos. E assim que a ISO 14.000
pianos digitais, tal esforço se traduz em
e cuidados com o meio ambiente são
(gestão ambiental) foi estabelecida, em
resultados surpreendentes: o recém-lan-
rotineiras ali há muitos anos.
2004, a corporação aderiu ao programa
çado HP-203 usa apenas 24W, enquanto
É nesse contexto que as companhias
e incorporou essa filosofia como parte
o modelo anterior utilizava 70W.
nipônicas desenvolvem tecnologias e so-
de sua cultura.
Esse e outros exemplos provam que,
luções para as mais diversas finalidades:
Como resultado, os engenheiros da Ro-
sem se deixar levar por modismos ou
levam em conta que o benefício trazido
land Corporation, cada vez mais preocu-
ações de marketing, a Roland Corpora-
pela ciência não deve colocar em risco a
pados com o meio ambiente, dedicam-se
tion adota práticas de sustentabilidade
sustentabilidade do planeta e da vida.
a criar produtos dentro dessa filosofia.
por questões de consciência e sobrevi-
A Roland Corporation é uma dessas
A linha de equipamentos que funcionam
vência. E o consumidor deve, cada vez
empresas. Sempre atenta às melhores
alimentados por pilhas ou baterias re-
mais, questionar não apenas a qualidade
práticas, há alguns anos ajustou toda a
carregáveis é fruto de extensa pesquisa
do produto, mas também a origem e a
para reduzir o consumo de
forma como é fabricado. Afinal, música
energia. Mesmo para os ins-
não combina com poluição, destruição
trumentos que necessitam
do meio ambiente ou desrespeito às
de eletricidade, como os
pessoas e à natureza. Musica é vida!
Reconhecimento
Cirque
Três instrumentos de teclas
Tem instrumento Roland no picadeiro mais famoso do mundo.
desenvolvidos pela Roland
Steve Bach, um dos músicos presentes no espetáculo ZAIA,
conquistaram importantes
atração do Cirque du Soleil, está utilizando o V-Accordion FR-2.
prêmios internacionais.
Em entrevista ao site Accordions Worldwide, o artista contou
Os modelos da linha
detalhes sobre o modelo, inclusive a respeito da adaptação.
RD - RD-300GX e RD-700GX
“Após pouco tempo estava apto a conseguir um bom som”,
- foram escolhidos como os
disse. A confiança é tanta que o instrumentista nem levou um
melhores pianos digitais de 2009 no MMR Dealer’s
acordeon acústico para Macau, China, local onde ocorreram
Choice Award. O V-Piano, por sua vez, foi o vencedor
algumas apresentações. “A umidade é tanta que senti que a
da categoria “Produto Mais Inovador” no Electronic
manutenção requerida pelo instrumento tradicional seria um
Musician Editors’ Choice Award.
du
Soleil
problema por aqui”, explicou.
Além deles, o AX-Synth foi considerado
O músico falou também so-
pelo site MusicRadar.com como o
bre as gravações que fez com
melhor sintetizador de 2009.
o acordeon Roland. “Fiquei
De acordo com o veículo,
impressionado com a flexi-
“a Roland não se preocu-
bilidade que o instrumento
pou apenas em lançar um
oferece. Estou planejando
instrumento expressivo e
adquirir um FR-5 ou FR-7X
fácil de ser executado, mas
em breve para ter acesso a
também em reacender
mais recursos e um teclado
um gênero inteiro.”
maior”, comentou.
Música & Imagem
11
Perfil
Precursora
Uma das principais responsáveis pela mistura de batidas eletrônicas com estilos brasileiros,
Fernanda Porto está utilizando recursos de vídeo para incrementar suas performances
Fernanda Porto revolucionou a músi-
Com o lançamento do quarto disco
a cantora conta com dois equipamentos
ca brasileira ao incorporar batidas ele-
de sua vitoriosa carreira, intitulado Auto-
desenvolvidos pela Edirol: o mixer V-8 e
trônicas em alguns clássicos nacionais,
Retrato, Fernanda começou a utilizar
o sampler P-10. Com esses produtos, ela
como “Roda Viva”, de Chico Buarque
recursos de vídeo em suas apresenta-
consegue controlar oito câmeras simulta-
de Holanda, e “Só Tinha de Ser com
ções. E, de acordo com a artista, isso
neamente e pode disparar vídeos, imagens
Você”, de Antonio Carlos Jobim e Aloy-
facilita o acompanhamento do público,
e letras das músicas. Além disso, Fernanda
sio de Oliveira. Atualmente, a cantora e
que consegue visualizar melhor a exe-
também utiliza outros dois instrumentos
multi-instrumentista continua realizando
cução das músicas. “Acredito na ideia
fabricados pela Roland: o sampler percus-
trabalhos nesse mesmo segmento, mas
de sincronizar imagens, vídeos e fotos
sivo SPD-S e o pad metrônomo RMP-5A.
agregando novas tecnologias para enri-
com a música”, explicou.
“Isso garante uma maior qualidade sonora
quecer ainda mais suas performances.
Para auxiliá-la nessa complicada tarefa,
Por que decidiu utilizar os equipamentos Roland na turnê do disco
Auto-Retrato?
Estou fazendo apresentações juntamente com a Christianne Neves. Enquanto
canto e toco violão, guitarra, teclados, pads eletrônicos, sax alto e soprano, além
de disparar algumas bases pré-gravadas no computador, ela fica responsável por
teclados, cavaquinho, percussão e baixo. Então, é muito importante que o público
possa acompanhar os detalhes de execução desses instrumentos no telão. Com o
mixer V-8, consigo misturar oito câmeras ao vivo. Já o sampler P-10, permite que eu
dispare vídeos, fotos e textos das letras, entre outras coisas. Esses equipamentos
foram fundamentais para essa formação. Sempre trabalhei com trilhas sonoras,
portanto acredito na ideia de sincronizar imagens, vídeos e fotos com música.
E quais são os recursos mais marcantes desses equipamentos?
No caso do P-10, destaco a quantidade de pads disponíveis que possibilitam o
disparo de samples ao vivo. O V-8, por sua vez, chama a atenção pelos efeitos de
imagens e a possibilidade de sincronizar tudo com oito câmeras ao vivo.
Em relação aos instrumentos de percussão, como eles ajudaram na
criação, na definição do conceito sonoro e na sonorização de seus
shows?
Consegui substituir as percussões acústicas pelo pad metrônomo RMP-5A e,
agora, posso disparar os loops ao vivo com o sampler percussivo SPD-S. Além
disso, não preciso me preocupar com a microfonação da caixa. Isso garante uma
maior qualidade sonora para a minha apresentação.
Além da turnê, pretende utilizar esses equipamentos em outras ocasiões?
Com certeza. Um bom exemplo é o meu sampler groovebox Roland MC-808.
Costumo utilizá-lo muito na hora de compor.
12
& Imagem
Música &
para minhas apresentações”, explica.
Por que resolveu firmar parceria com a Roland
Brasil?
Para mim, é muito importante poder contar com toda a
assessoria que a Roland Brasil oferece. Mas existe outro
fator essencial: os equipamentos.
E como conheceu os equipamentos desenvolvidos
pela Roland?
Indicações de amigos que também trabalham com música
eletrônica.
Qual foi o seu primeiro instrumento Roland?
Um Juno-106. Falando nele, foi o meu primeiro teclado.
Quais os equipamentos Roland pretende utilizar
futuramente?
Gostaria muito de contar com a bateria eletrônica V-Drums
TD-20 em meu estúdio. Experimentei esse instrumento
e adorei. E como sou apaixonada por tecnologia musical,
certamente minha lista de produtos é enorme. E não
citei outro equipamento de que também gosto muito,
a pedaleira BOSS RC-50 Loop Station. É sensacional.
(Rafael Furugen)
Roland RMP-5A
Compact Flash – fazendo a expansão
Desenvolvido para atender as
de tempo de amostras e armaze-
necessidades dos músicos em inú-
namento de sons e importando e
meras ocasiões – como gravações,
exportando arquivos .wav/aiff.
apresentações ou aprendizados
–, o mais recente pad metrônomo
Edirol V-8
lançado pela Roland apresenta
A Edirol desenvolveu inúmeros
diversos recursos que facilitam a
equipamentos para facilitar a utiliza-
vida do usuário. Além de contar
ção de imagens em apresentações
com 50 sons internos no formato
musicais, entre outras tarefas. E
PCM (Pulse Code Modulation), o
um dos destaques é o mixer de
RMP-5A possui visor LCD e entrada
vídeo Edirol V-8, que conta com oito
de áudio, possibilitando que o instru-
entradas e três saídas. Com pro-
mentista acompanhe suas canções
cessamento interno em full-frame
preferidas diretamente de um CD
digital 4:2:2, esse produto possui
ou mp3 player.
conversor de varredura, oferecendo
Os interessados em utilizar o
entrada direta de sinais RGB (VGA -
equipamento especificamente para
UXGA) por meio de dois terminais
treinar ou estudar, podem usufruir do
D-Sub.
recurso Rhythm Coach, que possui
O V-8, que conta com inúmeros
inúmeros exercícios para aprimorar
efeitos gráficos, possibilita a transi-
a técnica. E para ampliar ainda mais
ções entre o bus A e B com múltiplas
suas possibilidades, o RMP-5A for-
tonalidades e mixagens. Além disso,
nece uma entrada de trigger duplo
o equipamento pode ser controlado
que pode ser usado para conectar
remotamente a partir de um apre-
os controladores fabricados pela
sentador de vídeo da série Edirol
Roland, como o bumbo KD-8 ou os
PR, assim como por outros mixers
pratos CY-8 ou CY-5.
de vídeo da marca.
Roland SPD-S
Edirol P-10
Para facilitar a introdução de sam-
O reprodutor portátil de vídeos
plers durante uma apresentação, a
Edirol P-10 possui inúmeros recur-
Roland desenvolveu o módulo de
sos que, certamente, atenderão
percussão SPD-S. Com seis pads
as necessidades dos usuários
na superfície e mais três na borda, o
mais exigentes. O modelo grava e
equipamento permite que o músico
reproduz em cartões de memória
dispare sons com qualidade de CD
SD ou SDHC, além de contar com
da maneira mais simples e intuitiva
visor LCD colorido de 3.5 polegadas
possível.
incorporado, dispensando monitor
Além disso, o equipamento
externo.
oferece 12 minutos de gravação
O equipamento desenvolvido
(em 44.1 kHz) para que o músico
pela Edirol também apresenta bo-
personalize ainda mais a ferramenta.
tões visuais para disparar vídeos e
Se não bastasse isso, conta com
conexão V-Link, que permite contro-
espaço para até 399 waves, além
le MIDI a partir de produtos Roland.
de possuir 181 amostras de fábricas
Além disso, conta com conexão USB
prontas para usar. Para completar, o
de alta velocidade, possibilitando
SPD-S funciona com mídia do tipo
transferência rápida de dados.
Música & Imagem
13
Clássico
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Música & Imagem
15
Novos Produtos
KC-110
O KC-110 é o primeiro amplificador estéreo para teclados
alimentado a pilhas. A Roland tem investido nesta solução
alternativa para oferecer praticidade aos consumidores, além
de auxiliar na luta para gerar menos consumo de energia
elétrica.
O equipamento mantém o padrão de qualidade da linha, gerando 30 watts RMS de potência sonora, com dois falantes de
6,5 polegadas e dois tweeters. Quando usado com oito pilhas
AA, sua potência fica em torno dos 20 watts. Os três canais
independentes permitem não apenas a conexão de teclados
e pianos digitais, mas também players de mp3, microfones,
samplers e outros instrumentos.
O modelo apresenta uma seção de efeitos com reverb, chorus,
wide chorus - que podem ser acionados por um pedal foot
switch - e um equalizador com knobs para controle de graves e
agudos. Possui ainda mecanismo de inclinação embutido, que
RD-700GX
SuperNATURAL
Piano Kit
O kit de expansão é baseado na tecnologia
SuperNATURAL, presente em equipamentos
de ponta da empresa. Essa geração sonora
proporciona timbres orgânicos e naturais,
com as “imperfeições” que um instrumento
acústico possui e que, normalmente, são
eliminadas nos sons sintetizados.
Os 17 patches de piano disponíveis atingem o
que parecia impossível: melhorar ainda mais
a qualidade de timbre do RD-700GX - piano
digital de palco líder de mercado. As respostas das notas não possuem emendas e o
músico pode transitar entre diferentes níveis
de expressão, tal qual em um instrumento
acústico.
permite posicionamento em
um ângulo favorável ao músico. Mas, por se tratar de
um amplificador compacto
(pesa somente 7,3 quilos),
também é possível utilizálo em um pedestal para
caixas acústicas.
Todos os sons foram sampleados em 88 notas, com
diversos níveis de sensibilidade e com o decay natural,
sem cortes abruptos. O kit
é composto de uma placa
(motor sonoro) e um pen
drive com o novo sistema
operacional.
SP-404SX
16
O SP-404SX, a evolução do SP-404, amplia a
equipamento externo. Na entrada de linha estéreo,
qualidade de resolução do sampler (16 bit linear),
pode-se, por exemplo, conectar uma pickup ou um
apresenta novos efeitos DSP, aprimora o sequencer
CD/mp3 player e usar o modelo como um proces-
para criação de patterns e facilita o armazenamen-
sador de efeitos. Destaque para o Looper, em que
to de dados, utilizando mídias SD e SDHC de até
é possível, por meio dos knobs, criar um “reverse
32Gb. Os 12 pads iluminados (em conjunto com
playback”.
um sub pad) auxiliam nos momentos em que a
O SP também funciona com seis pilhas
luminosidade no palco for precária. Utilizando o
AA, tornando-se um sampler portátil que
sequencer interno, é fácil registrar um loop ou
pode ser usado em qualquer momento.
criar um groove. Durante a gravação dos patterns,
E basta utilizar o microfone embutido
o display do SP pisca no beat do metrônomo, faci-
para samplear o que desejar. Um
litando o processo.
software acompanha o produto
Um dos pontos fortes desta máquina é a unidade
para gerenciamento dos dados
de efeitos DSP: as 29 opções disponíveis permitem
do cartão e conversão de ar-
que o músico dê um colorido especial nos sam-
quivos do modelo anterior
plers da memória interna, do cartão ou de algum
para o atual.
Música & Imagem
RP-201
O RP-201 apresenta o timbre de piano Roland
de tecla solta, damper e cordas possibilita a
de 88 teclas multissampleadas em estéreo, no
sonoridade de um modelo acústico. Entre os
qual cada detalhe acústico de um instrumento
recursos disponíveis estão metrônomo, gravador
de cauda foi fielmente reproduzido. Junto à po-
e Twin Piano, em que professor e aluno tocam
lifonia de 128 vozes, o controle de ressonância
lado a lado.
O painel apresenta acesso fácil a todas
as funções e permite interação rápida, ao
passo que o baixo consumo de energia faz
dele um equipamento que não prejudica o
meio ambiente e nem o resultado sonoro.
O teclado Progressive Hammer Action
Alpha II oferece toque real e resposta de
um piano acústico de cauda. O instrumento
está disponível em duas versões de acabamento: Satin Black e Rosewood.
V-COMBO
VR-700
Quem é tecladista, provavelmente precisa
de três componentes
para suas gigs: bons
timbres de pianos
acústicos e elétricos, instrumentos sintetizados, como
metais e leads, e sons realísticos de órgão. O modelo
VR-700 remete aos clássicos órgãos, com acabamento
A outra seção presente no V-Combo é a que agrupa
em madeira, juntamente com as tradicionais barras
sons sintetizados, como metais, synths e pads. Para
harmônicas, responsáveis por comandar as tecnologias
os timbres orquestrais, há um recurso que diferencia
Virtual Tone Wheel e COSM. Por meio delas, são gerados
o modelo dos concorrentes: com o Tone Remain,
sons fiéis, proporcionando timbres que vão desde os
a troca de patches não apresenta corte. O VR-700
suaves, para bossa-nova e jazz, aos mais agressivos,
possui polifonia ilimitada para a seção de órgão e 128
para rock e blues.
notas para os sons orquestrais. As teclas waterfall
O produto também trabalha como um piano, tendo
proporcionam glissandos suaves e resposta rápida
excelentes timbres acústicos e elétricos. Como padrão,
nas execuções de passagens complexas. Além de
a Roland inseriu um piano com multissamples em 88
tudo isso, o V-Combo reproduz arquivos de áudio e
notas com diversas camadas de sensibilidade.
SMF diretamente de um pen drive.
Música & Imagem
17
Novos Produtos
V-Piano Evolution
Desde o lançamento, o V-Piano tem sido prestigiado
produzido a partir do modelo Vintage. Outro timbre
e reverenciado como sendo o primeiro piano digital a
baseado nesse modelo é o V1 Impactance, que possui
alcançar um novo patamar na geração sonora e na ação
mais presença dos ruídos dos martelos, o que faz dele
das teclas. A atualização de sistema operacional do
poderoso, perfeito para músicas clássicas e pop.
equipamento traz quatro novos timbres com diferentes
As outras duas recriações foram desenvolvidas tendo
texturas. Com eles, o instrumento torna-se ainda mais
como raiz o modelo Vangard. O Triple Large apresenta
realístico. Os usuários têm à disposição uma recriação
o som de um piano com a cauda longa e três cordas
perfeita de um piano de armário, o Vertical Piano, som
revestidas de cobre para todas as teclas. O som Metallic
SB oferece um timbre baseado na combinação de placas
de metal fino no meio da tábua harmônica de madeira
do instrumento, proporcionando uma tonalidade suavemente metálica.
Os interessados em fazer a atualização de software
devem entrar em contato com uma revenda autorizada ou com o suporte técnico da Roland pelo site
www.roland.com.br
TD-12KX
18
Reestruturado para apresentações
de sonora do topo de linha TD-20X,
em LCD do seu irmão maior, o equi-
mais exigentes e gravações, o kit
o módulo TD-12 tem centenas de
pamento é montado em um chassi
V-Drums TD-12KX possui bumbo e
sons expressivos, além de instru-
forte e resistente de metal, com
surdo (KD-120 e PD-105) maiores que
mentos para acompanhamento no
botões e controles de fácil acesso,
seus antecessores. E isso foi feito
sequenciador. Muitos deles foram
além de faders para ajuste de volu-
para aperfeiçoar a performance e a
modelados com a tecnologia COSM
me dos pads. Doze entradas trigger
resposta sonora. Os pads são feitos
para proporcionar mais expressivida-
pads estão disponíveis, mais quatro
com peles mesh head patentea-
de e realismo. Com o mesmo display
saídas de áudio e conectores MIDI In/
das pela Roland, que
Out. A função V-Edit
podem ser ajustadas
permite alterar de
com uma chave de
forma virtual o tama-
afinação comum. O
nho dos tambores,
novo rack (MDS-12X)
assim como tipos de
é incrivelmente resis-
material, posições de
tente. O sistema ball-
microfone, adição de
clamp para montagem
rebites nos pratos,
de caixa, tons, surdo e
tensão da esteira da
pratos permite maior
caixa e muito mais.
versatilidade para ajus-
E o TD-12 também é
tes de posição.
compatível com vas-
Com a mesma qualida-
sourinhas de nylon.
Música & Imagem
VP-7
O VP-7 é um mó-
No painel do módulo há um knob dedicado para o
dulo que, utilizando
controle de ambiência. Graças ao processador utilizado
a tecnologia Vocal
pela Roland na linha VP, não existe latência na gera-
Designer, gera, além de
ção dos backing vocals. É a ferramenta perfeita para
backing vocals, sons realistas de dife-
tecladistas que tocam em bandas de baile, em que é
rentes tipos de coral para músicos que necessitam
necessário reproduzir clássicos de artistas cujos vocais
de um equipamento com modelagem vocal. Conectado
são marcantes, como Queen, Bee Gees e Ray Conniff.
via MIDI a um teclado ou piano digital, o modelo pro-
É ideal, também, para produtores e arranjadores que
duz harmonias vocais comandado pelas notas tocadas
não possuem uma sala adequada, tampouco orçamento
nesses instrumentos. Basta ao usuário cantar para de-
para contratar um coral, assim como para artistas-
terminar as nuances. O equipamento permite escolher
solo que necessitam incrementar suas performances.
backing vocals em duetos e trios, além de possuir sons
Supercompacto - pesa menos de 1 quilo -, o produto
presetados de coral feminino, de crianças, gregoriano e o
é acompanhado do novo microfone Roland DR-HS5,
tradicional jazz scat. Está disponível, também, o recurso
projetado especialmente para a linha VP, que capta
de Vocoder, para gerar timbres robotizados e sintéticos,
todas as nuances da voz, além de possuir excelente
ideais para música eletrônica ou funk.
sistema antifeedback..
BA-330
SPD-30
O pad de percussão SPD-30 é um controlador com um ge-
O sistema digital de PA estéreo portátil
neroso pacote de sons em sua memória. Cada pad é uma
BA-330 proporciona uma sonoridade de al-
parte independente, fornecendo um nível de sensibilidade
tíssima performance, tanto utilizando pilhas
definitivo. Adicionalmente, é possível conectar quatro pads
quanto conectado à energia elétrica. Trata-se
dual-trigger e um controlador de chimbal (compatível com
de um amplificador que alimenta quatro alto-
FD-8 e VH-11), para criar um minikit de bateria, usando pads
falantes de 6,5 polegadas e dois tweeters,
(KD, PD, PDX e CY series da Roland) ou inserindo triggers de
posicionados para uma ampla projeção.
tambores acústicos (com a linha RT Series Roland).
Configurado para quatro canais (dois para
Estão disponíveis 50 kits que podem ser configurados com
mic/instrumentos e dois estéreo), oferece
controles de afinação, abafamento de tambores, ataque,
EQ, reverb, delay e wide (on/off por canal),
mudanças tonais, curvaturas e muitos outros. Além disso, o
além de função antifeedback inteligente
produto oferece mais de 30 tipos de multiefeitos na memória
e avançada. Possui suporte para otimizar
interna, além de EQ, limiter e sete simulações de ambientes.
o ângulo de inclinação para monitoração
A função Phrase Loop permite criar instantaneamente frases
e adaptador para instalação em pedestais
e loops de ritmos, além de gravar e memorizar internamente
regulares de caixas acústicas.
50 delas, cada qual contendo até três pistas diferentes. É
possível também salvar suas programações em um pen drive.
Com display LCD com backlit e luz indicadora de pad para
fácil operação em ambientes escuros,
o SPD-30 possui design
robusto para
uso em palcos por profissionais.
Música & Imagem
19
Novos Produtos
AC-33
Equipado com tecnologia DSP ROLAND de última
geração, o AC-33 fornece timbres acústicos ricos e
puros com uma projeção sonora que vai além de seu
tamanho. E é o primeiro amplificador para violão e voz
do mundo que funciona com fonte de alimentação
ou oito pilhas AA. O sistema de dois falantes de 15
watts cada cria sons reais de chorus estéreo, além de
reverb cristalino e efeitos de ambiência desenvolvidos
especificamente para esse ele.
O produto oferece dois canais com controles independentes de volume, equalizador multibanda e chorus.
O mic/line possui entrada tipo P10 ou XLR, e a entrada
AUX IN permite conectar mp3 players ou outros equi-
ME-25
O processador de efeitos ME-25 possui poderosos recursos BOSS que farão sua guitarra
soar como a de um profissional, mesmo sendo
tão fácil de usar quanto um pedal compacto.
As simulações de amplificadores geradas pela
tecnologia COSM fazem dele um equipamento
de primeira classe e, derivadas do modelo BOSS
ME-70, cobrem uma ampla faixa de estilos, do
pamentos do tipo.
Controles MASTER LEVEL, REVERB, AMBIENCE e
ANTIFEEDBACK também contribuem para os ajustes
do timbre. Além disso, o recurso Phrase Looper permite
gravar e reproduzir loops de
até 38 segundos e infinitos
overdubs tanto do instrumento quanto da entrada AUX IN.
clássico ao moderno.
Entre as ferramentas de criação de timbres, está
o recurso SUPER STACK que transforma um
pequeno amplificador de estudo em um sistema
valvulado de cabeça e caixa. É possível, ainda,
editar os efeitos com a simples modificação
dos knobs DRIVE, TONE e VOLUME. O SOUND
LIBRARY (biblioteca de sons) oferece vários
timbres prontos para tocar, mas que também
podem ser rapidamente editados com os botões
da ME-25. Além disso, um programa disponível
gratuitamente no site da BOSS permite que os
timbres criados pelo usuário sejam editados
e salvos facilmente usando um computador.
Conectada a esse equipamento, a pedaleira funciona como interface de áudio, transformando o
PC em um estúdio de produção musical, juntamente com o programa Sonar 8.5 LE, fornecido
gratuitamente com o produto.
A ME-25 ainda traz a ferramenta Phrase Looper
que permite gravar e reproduzir loops de até 38
segundos e infinitos overdubs e funciona com
seis pilhas tipo AA ou fonte de alimentação.
20
Música & Imagem
TU-3
Resistente como um tanque de guerra, o afinador
cromático TU-3 possui display indicador formado
por 21 LEDs e exclusivo modo ALTO BRILHO, que
atravessa a iluminação de qualquer palco. Com
modos CHROMATIC ou GUITAR/BASS, o equipamento mostra o nome da nota tocada e afina com
precisão guitarras de até sete cordas e contrabaixos
de seis. Já o FLAT-TUNNING permite afinações em
até seis semitons abaixo de forma direta e rápida.
A função ACCU-PITCH, por sua vez, oferece verificação visual quando a afinação está completa e o sinal pode
ser automaticamente “mutado”
quando o produto for ligado. O
equipamento ainda fornece
alimentação para até sete
pedais compactos BOSS.
A-300PRO, A-500PRO, A-800PRO
Os novos controladores USB da Cakewalk oferecem 32, 49 e 61 teclas, e um conjunto de recursos que atende
a todas as necessidades de uma produção. O A-800PRO apresenta mecanismo com after touch e sensibilidade
aprimorada, além de curvas de velocidade selecionáveis. As conexões estão situadas na lateral, o que facilita
utilizar tanto as portas USB e MIDI quanto plugar pedais (Hold e Expression). Nove sliders, nove knobs, quatro
botões e seção de transporte dedicada colocam nas mãos do músico tudo de que ele precisa para gravar ou
mesmo se apresentar. Os modelos são acompanhados do Production Plus Pack, pacote de softwares que inclui
Sonar LE, Rapture LE, Cakewalk Sound Center e Studio Instruments Drums.
HP-302, HP-305, HP-307
RH-5
Os novos integrantes da linha de pianos digitais HP apresentam o
Os fones de ouvido RH-5 são
SuperNATURAL Piano Sound. Embora o HP-302 seja o modelo inicial
perfeitos para uso com instru-
da série, os cuidados com som, toque do teclado e design foram
mentos musicais eletrônicos,
atentamente observados. O metrônomo e o gravador com três
como baterias V-Drums ou pianos
pistas também são importantes aliados ao progresso nos estudos,
digitais Roland. Equipados com
assim como a função Twin Piano. O HP-305 é o padrão e conta com
alto-falantes de 40mm de alta
todos os elementos dessa linha, como porta USB para arquivos de
performance e grandes almofa-
memória externa e leitor de CD opcional. O gabinete possui a opção
das, o modelo reúne qualidade
Classic Position, em que a tampa esconde o painel de controle para
e conforto, e oferece resposta
melhor concentração na execução. O HP-307, por sua vez, é equipado
flat em todas as frequências do
com teclado PHA III Ivory Feel com Escapement, que oferece maior
espectro sonoro. Um plugue
expressão e desempenho superior em respostas rápidas das teclas.
conversor permite o uso com
A função Piano Designer proporciona total controle dos timbres de
conector mini.
piano com equalizador.
Música & Imagem
21
Interação
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Polivalente
O Cakewalk VS-100 oferece recursos e
qualidade para praticamente qualquer
utilização em produção musical
Ao vivo, no estúdio ou no ensaio, para gravar, compor ou
para utilização em set de teclados e DJs, pequenas bandas,
mixar. O novo Cakewalk VS-100 oferece tudo isso em um pro-
artistas-solo, palestras e como mixer auxiliar, entre outras for-
duto compacto e cheio de opções. Podendo ser usado como
mas. Também funciona como gravador e reprodutor de áudio
mixer digital, gravador em SD ou SDHC card, superfície de
utilizando cartões de até 8 GB (vendidos separadamente). Este
controle para softwares multipista e interface de áudio e MIDI,
recurso dispensa a utilização de mais equipamentos e conexões
os recursos existentes fazem dele uma solução completa para
para registrar e tocar arquivos de áudio. Basta acionar o modo
músicos, DJs, produtores e compositores.
WAVE RECORDER e pressionar os botões REC e PLAY para
Com o VS-100, o usuário, seja hobbista ou profissional, não
precisará mais ter vários aparelhos para atender às suas exi-
começar a armazenar, diretamente no cartão SDHC, o áudio
de todos os instrumentos.
gências de gravação, composição e ensaio. O lançamento da
Também é possível utilizar a mídia para reproduzir playbacks
Cakewalk elimina a necessidade de diversos cabos de conexão.
e músicas. Para isto, é preciso conectar o VS-100 a um compu-
Os recursos do modelo permitem que seja utilizado de duas
tador através da porta USB 2.0 e enviar arquivos diretamente
formas. Uma delas é independente do computador, funcionan-
para ela. Neste caso, também pode-se transferir os áudios
do como mixer e, também, como gravador/reprodutor. Outra
gravados do cartão para o desktop Outra característica muito
é ser conectado a desktops ou laptops via porta USB. Neste
importante desse modo é o fato de que é permitido gravar sobre
caso, o produto se transforma em uma interface de áudio com
arquivos de áudio enquanto os mesmos são executados pelo
qualidade superior e em superfície de controle para operação
equipamento. Dessa forma, professores poderão registrar as
de programas multipista, plug-ins e instrumentos virtuais.
performances dos alunos ou compositores conseguirão armazenar um violão-guia, por exemplo, e, depois, gravar uma voz
Pequeno no tamanho,
grande nos recursos
O VS-100 é um mixer digital compacto, leve e de fácil
transporte. Oferece oito entradas (duas mono e três estéreo),
sobre ele. Durante a execução de arquivos no VS-100, é possível
inserir “markers” e criar pontos de loops, função muito útil para
estudos e ensaios. Outro recurso fundamental é o metrônomo
incluso, que possui ajuste de volume e andamento.
sendo duas delas com pré-amplificadores e Phantom Power
Quando conectado a um computador, o VS-100 também
para utilização com microfones condensadores. É possível,
pode ser utilizado como interface de áudio que permite grava-
também, conectar instrumentos de cordas tais como guitarra,
ções com qualidade superior à dos DVDs, graças aos poderosos
contrabaixo e violão elétrico diretamente na entrada de alta
conversores de alta resolução de 24bit/96kHz, dispondo de oito
impedância do equipamento.
entradas de instrumentos e seis saídas. Além disso, o modelo
O lançamento da Cakewalk ainda possui processador de efei-
possui conexões MIDI para uso com teclados, módulos de
tos interno de alta qualidade, que inclui quatro tipos de reverb,
som, baterias eletrônicas e outros equipamentos que possuem
compressor e equalizador para os canais de 1 a 6. Com esses
essa opção.
recursos, os músicos poderão alcançar timbres e sonoridades
Graças à exclusiva tecnologia Cakewalk ACT e a controles
desejados de forma rápida e prática. O modelo é excelente
dedicados que incluem um fader deslizante motorizado de
22
& Imagem
Música &
100mm e sensível ao toque, o VS-100
cada track poderá ser editada, regrava-
perfeito para criação de timbres de synth
pode ajustar os parâmetros de mixagens
da e tratada de maneira independente.
para música pop e eletrônica. Os demais
do software de gravação multipista, bem
“Usamos o equipamento para registrar
são Studio Instruments Bass, Studio
como dos plug-ins e instrumentos virtu-
as ideias que aparecem nos ensaios”,
Instruments Drums, Studio Instruments
ais. A função de superfície de controle,
diz o cantor, compositor e guitarrista
Eletric Piano e o Studio Instruments
aliada ao fader, otimiza todas as etapas
Rinaldo Santos, da Soda Acústica, que
Strings, responsáveis pela geração de
envolvidas em qualquer produção musi-
explora praticamente todas as formas de
sons de baixo, bateria, piano elétrico e
cal: composição, arranjo, captação, mi-
utilização do modelo. “Também criamos
cordas respectivamente. Este conjunto
xagem e masterização. Essa ferramenta
algumas trilhas e spots musicais com
oferece uma biblioteca de timbres mui-
é compatível com diversos programas,
ele. Além disso, pretendemos fazer
to vasta que permite gravar, produzir e
como Sonar, Logic, Live, Cubase e Digi-
a pré-produção do próximo disco e
compor trilhas para os mais variados
tal Performance.
registrar nossos shows com o VS-100”,
gêneros.
comenta Santos.
Uso Integrado
Os diversos recursos do VS-100
Mas o pacote de softwares do
VS-100 ainda inclui os plug-ins VX-64
Pacote de softwares
Vocal Strip (processador dedicado à
podem ser usados de forma integrada.
O VS-100 vem equipado com o ex-
melhoria de timbres de voz que inclui de-
Ao utilizar o equipamento como mixer
clusivo Sonar VS, software de gravação
esser, compressor, delay, equalizador, e
digital, inserindo um cartão SDHC na
multipista completo, que grava até 64
simulação de preamp valvulado), Boost
unidade, por exemplo, é possível gravar
canais de áudio e ilimitados tracks MIDI.
11 Peak Limiter (plug-in de masterização
os instrumentos conectados durante
Possui interface gráfica extremamente
de qualidade profissional), Channel Tools
ensaios ou apresentações. Isto é ex-
intuitiva, o que facilita e maximiza a
(ferramenta para alterar de forma rápida
tremamente útil para registros rápidos
utilização das diversas ferramentas de
o pan e a imagem estéreo de canais
em um único canal estéreo. O material
composição, arranjo, gravação, edição
de áudio) e o aclamado plug-in Guitar
pode ser transferido posteriormente
e masterização. O programa ainda
Rig LE com efeitos e simulações de
para o computador via porta USB para
conta com ferramentas de criação e
amplificadores.
ser tratado, editado ou, ainda, servir de
manipulação de loops de áudio e MIDI,
Em um universo em que a produ-
guia para futuras produções.
fundamentais na composição de trilhas,
ção musical se torna cada vez mais
jingles e acompanhamento musical para
comum, o VS-100 oferece recursos e
apresentações ao vivo.
qualidade para praticamente qualquer
Existe também a opção de usar o
VS-100 simultaneamente como mixer
digital e interface de áudio conectada
Além do Sonar VS, o VS-100 apresen-
utilização. Unindo hardware e software
a um desktop ou laptop. Dessa for-
ta seis instrumentos virtuais de altíssima
de forma inteligente e integrada, este
ma, será possível empregá-lo como
qualidade. O Dimension LE é um VST
produto Cakewalk, renomada marca de
um mixer para o show e, ao mesmo
que inclui 400 sons de piano elétrico,
programas para Computer Music, pode
tempo, gravar canais separados no
baixo, órgão, synths e grooves de bateria
auxiliar muitos instrumentistas, bandas
Sonar VS ou qualquer outro software
prontos para usar. O Rapture LE é um
e produtores a alcançarem novos níveis
de produção musical. Posteriormente
VST de sintetizador de formas de onda
de criação. (Renan Dias)
SODA ACÚSTICA
Pioneirismo e
uso frequente
& Imagem
Música &
23
Capa
24
& Imagem
Música &
Fã de
longa data
Luis Schiavon, um dos mais importantes músicos brasileiros,
fala de sua paixão pelos sintetizadores Roland
Pianista de formação, roqueiro por afinidade, pop por
natureza. Luiz Schiavon é a síntese do artista moderno,
muito difícil de afinar. Foi assim que entrei no mundo
dos sintetizadores.”
que reúne o melhor de cada gênero para a criação de sua
Em um País de literatura escassa e produtos idem, a
linguagem sonora. Atualmente no comando da Banda
busca por novidades levou Schiavon ao encontro de um
Domingão, e nos lares de milhões de brasileiros, ficou
sintetizador Roland SH-1000. “Daí para frente, me envolvi
conhecido na década de 1980, pilotando os teclados do
com teclados eletrônicos e synths”, afirma. Essa união
RPM. A banda, ícone daquela geração e marco na história
pode ter marcado para sempre a preferência do músico:
do rock nacional, atingiu o topo das paradas e inaugurou
“Tive dezenas de equipamentos da marca: Jupiter 6, Ju-
uma nova forma de fazer música.
piter 8 - que tenho até hoje -, Juno-6, Juno-60, Juno-106,
As influências começaram a fazer efeito desde cedo.
a família Juno quase toda”, confessa.
Apesar de ter estudado em conservatório e se dedicado
Dedicando-se a segmentos tão variados quanto show
ao erudito, foi atraído pela sonoridade dos Beatles e dos
business, trilhas sonoras, jingles e música ao vivo, o
Rolling Stones. Daí ao fascínio com o rock progressivo
arsenal sonoro de Schiavon já contou com dezenas
de Rick Wakeman, YES! e Emerson, Lake & Palmer, foi
de modelos de teclados. Apesar disso, a paixão pelos
um passo. “Na época, tinha 17 anos e tocava em uma
produtos Roland continua: “Não vou falar que só tive
banda cover de Deep Purple”, conta. “Comprei meu
teclados Roland, mas a maioria dos equipamentos bons
primeiro órgão eletrônico e, depois, um teclado italiano
era da marca.”
& Imagem
Música &
25
Capa
Quais eram seus objetivos com os sintetizadores?
primeira geração dos digitais, o que eu sentia é que a diferen-
Meu principal objetivo sempre foi fazer música pop com
ça de peso sonoro era muito grande. Depois, os algoritmos
synth. Mas houve uma época em que precisei parar para
foram mudando, os sistemas se sofisticando e, hoje, é difícil
aprender síntese. Foi um ano sabático, que fiquei sem tocar
ver disparidades entre eles.
em banda, apenas pesquisando e estudando. Nesse período,
troquei todo meu set, colocando sequenciador, bateria eletrô-
Quais foram as outras melhorias marcantes?
nica. E, para me aprofundar ainda mais, acabei entrando na
A mais marcante foi a comunicação entre modelos de
área da música eletrônica não pop, como Tangerine Dream e
diferentes marcas. E os multitimbrais. Isso foi um divisor de
Tomita, gente que usava o instrumento para emular orquestra
águas, pois era possível diminuir muito o set. Não precisava ter
e compor trilhas.
11 ou 12 teclados no palco. Outro ponto importante foi quando
começaram a inserir os efeitos built-in.
E como era seu setup na época do RPM?
No início, eu tinha um Juno-106 e um JX-3P. Foi o primeiro
teclado MIDI que usei. Após um tempo, ampliei um pouco
Acredita que ainda faltam recursos nos sintetizadores
atuais?
mais o set e comprei dois outros sintetizadores. Toda a fase
Houve uma “involução”. Alguns teclados atuais têm uma
underground do RPM foi com esse sistema. Quando começa-
forma de programação tão complicada que o grande barato da
mos com a turnê mais pesada, incorporei um Apple 2, com 48k
síntese, que era ter uma forma intuitiva de interferir no som,
de memória, e uma placa de expansão de 128k. Íamos para a
deixou de existir.
estrada com isso e com um software Roland de oito canais.
Disparavam alguma coisa?
Sim. Tinha dois floppy. Carregava com um,
rodava a sequência, tirava, usava o outro.
Aquilo para dar problema era um espetáculo.
Mas funcionava. Nessa época, comecei a sofisticar mais. Comprei um Jupiter-8 e, depois,
um Jupiter-6.
“Não vou falar que
só tive teclados
Roland, mas
a maioria dos
equipamentos bons
era da marca”
Como surgiu a ideia daquele timbre do riff de “Rádio
Pirata”?
Como concilia o trabalho do estúdio com
o da banda?
Por falta de tempo, não componho mais
jingles. O que faço são vinhetas para a Rede
Globo. Além disso, acumulo a direção musical
do programa e da Banda Domingão. Então,
uma parte do meu trabalho é desenvolver as
vinhetas para os quadros.
Por que investiu no ramo de jingles?
Tinha um estúdio desde a época que tocava no RPM. Quan-
Na época, rádio pirata era a designação de uma estação
do a banda acabou, não estava com vontade de fazer outra.
que tocava música alternativa. É preciso situar isso para não
Nesse período, conheci um profissional da McCann Erickson.
dizer que estamos fazendo apologia. A intenção era emular
Ele me perguntou se eu não gostaria de compor uma peça
uma sirene, como se houvesse alguém correndo atrás dos
publicitária meio rock. Fiz e o pessoal gostou. Depois, ele
piratas. Programei e ficou muito chato. Irritava. Dei uma secada,
descobriu que eu tinha também influências de piano erudito
deixei o timbre mais limpo e, o que era para fazer com bend,
e começou a me dar outros trabalhos. Fiquei 10 anos nesses
acabei usando o recurso do Juno-6 que fazia o portamento
projetos.
polifônico.
E as trilhas?
De qual equipamento era o timbre?
O polifônico era do Juno-106. Já o do solinho era do JX-3P.
Não usava timbres pressetados. Era tudo refeito.
Em um desses jingles, conheci o Marcelo Barbosa, filho
de Benedito Ruy Barbosa. Ficamos amigos e ele começou
a me pedir algumas peças. Após dois anos, acabamos nos
associando. Um dia, ele disse que seu pai queria escrever
Como você lidou com o lançamento dos sintetizadores
digitais?
uma novela com trilha diferente, sem essa prática de usar
No set, utilizava as duas coisas, digital e analógico. Nessa
Ruy, peguei a sinopse da trama e isso me serviu como brie-
26
& Imagem
Música &
um monte de canções. Então, fiz um teste. Conversei com o
fing. Destaquei o tema principal e mais três personagens.
era cobrado nas décadas de 1970 e 1980. Acredito que a
Compus uma música específica para cada. A novela foi Rei
diferença fundamental não é mais o custo. O que define a
do Gado. Depois, comecei a trabalhar para a Rede Globo
compra, para mim, é a arquitetura, a facilidade de progra-
na área de produção. Fiz Terra Nostra, Esperança, Cabocla,
mação e o peso.
Mad Maria e outras.
Como começou a trabalhar no Domingão?
Quais equipamentos Roland utiliza atualmente no
studio?
Conheço o Fausto há quase 30 anos, bem no começo
O XV-88, que ainda uso muito, o SH-201 e, quando preciso,
do RPM, quando ele trabalhava no Balancê, um programa
o V-Synth. Mas, normalmente, ele fica no set do Domingão.
de rádio com o Osmar Santos. Também fizemos algumas
Por incrível que pareça, no momento de fazer alguma trilha,
apresentações no Perdidos na Noite. Sempre nos encon-
coloco o velho Jupiter-8 com um som bem analógico.
trávamos em restaurantes. Há uns seis anos, ele renovou o
contrato com a Rede Globo e tinha o projeto de modificar a
maneira de fazer música no Domingão. Montamos a banda,
passamos no teste e ela foi se tornando parte da atração.
Como conheceu o V-Synth?
A primeira vez que vi foi na sala de demonstração da
Roland. Fiquei impressionado com a variedade de recursos
que possui. É um teclado compacto, leve. E um bom synth
O que você acha das bandas atuais? Há coisas
boas?
Sim, mas fora do rock, que empobreceu muito em termos
de sonoridade. É só power trio ou duas guitarras e voz. Não
de recursos. O Vocoder é muito simples de usar, intuitivo.
Tem algum equipamento que acha indispensável
em seu trabalho?
busca muita sofisticação. Bandas que continuam fazendo
Como tenho formação clássica, costumo compor ao pia-
coisas interessantes são Jota Quest e Skank. As outras
no. Então, no estúdio, uso o XV-88. É um bom instrumento
desistiram mesmo. E isso também acontece na parte das
e tem um set básico para trilhas: cordas, metais e synths
letras. Mas acho que tem muita coisa boa no cenário de mú-
pré-programados que, se não forem o que quero, estão bem
sica eletrônica, como tecladistas que trabalham com DJ.
próximo. Faço todo o esqueleto nele. Depois, quando vou
para o detalhamento, coloco outros teclados para timbrar.
Quais as principais diferenças dos produtos Roland
para os demais?
Mas o “pau para toda obra” é o XV-88. (Rafael Furugen e
Nilton Corazza)
O custo-benefício sempre foi imbatível. Um Jupiter-8
custava metade de um equivalente. O segundo ponto é
a facilidade de programação. E acho muito legal o design.
Os modelos sempre foram muito bonitos, bem acabados.
Você botava um Jupiter no palco, ele era elegante, chamava
atenção. Na época, a Roland definiu um novo padrão para
esses instrumentos.
E atualmente? O custo-benefício ainda faz diferença?
Houve um achatamento nos valores. Então, os preços
estão equivalentes. E muito baixos em relação ao que
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TD-20KX
Com o lançamento da TD-20KX,
a linha V-Drums oferece o
que de mais avançado existe
em baterias eletrônicas
28
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Música &
O desenvolvimento das baterias ele-
com as mesmas medidas do modelo
vendo uma borracha mais mole, que
trônicas Roland disponibilizou ao mer-
anterior, 10 polegadas. Isso também
gerava rebote semelhante ao de uma
cado soluções inovadoras e produtos
ocorre com o surdo PD-125X, com 12
bateria tradicional. Mas o grande avanço
revolucionários que facilitaram o traba-
polegadas. O PD-125XS, para a caixa,
foram os mesh head, que aliviaram todo
lho de músicos dedicados a shows e a
apresenta dimensão igual à de seu
esse impacto no punho e, também,
gravações, assim como de estudantes.
antecessor, 12 polegadas, porém a es-
no corpo” . Graças a essa tecnologia,
Apesar do preconceito inicial causado
trutura de sustentação é diferente: ele
a evolução da técnica e o contato das
pela inclusão da tecnologia digital em
não vem com o suporte para conexão
baquetas nos dedos são semelhantes
um instrumento basicamente percussi-
em clamps, como nos pads de surdo,
aos de um instrumento acústico, sem a
vo, diversos profissionais renderam-se
e deve ser apoiado em uma estante de
necessidade de grandes mudanças ou
à sonoridade e à facilidade que os kits
caixa que aceite esse diâmetro.
adaptações para tocar.
V-Drums oferecem e muitos têm esses
Uma grande mudança foi feita no
Por se tratar de um sistema dife-
bumbo, que agora tem 14 polegadas
rente, o ruído emitido pelos pads é
Um grande entusiasta desse con-
de diâmetro, 11 quilos e uma estrutura
mínimo, perfeito para quem quer tocar
ceito é Albino Infantozzih, um dos ba-
nova, forte e maciça para total sus-
com fones de ouvido sem incomodar
teristas mais requisitados do País, seja
tentação e fixação no chão, além de
parentes e vizinhos. O ajuste da tensão
para gravações ou shows, atualmente
acabamento cromado do aro principal
das peles é feito com uma chave de
compondo, além de outros trabalhos, a
que está ligado aos pés. É totalmente
afinação padrão, respeitando a tensão
Banda Domingão, que faz a trilha sonora
compatível com pedais comuns e
necessária para um melhor disparo dos
do programa dominical de maior audiên-
duplos e está preparado para aceitar
sons pelos triggers. A durabilidade é
cia da TV brasileira. “As características
performances bastante agressivas.
inquestionável, mas se necessário, elas
que mais chamaram a atenção quando
“É difícil encontrar no segmento de
podem ser substituídas facilmente,
conheci o kit TD-20 foram o nível de
baterias eletrônicas um bumbo que
como é feito em kits acústicos. A troca
dinâmica e a tecnologia de tocar em
não escorregue”, confessa Infantozzih.
deve ser feita apenas por mesh head
diferentes regiões da pele e ela respon-
“Esse é o primeiro que se pode tocar
originais, que podem ser encontradas
der semelhante a um tambor acústico”,
com certa força ou violência, e se
em assistências técnicas autorizadas
atesta o músico. “Me apaixonei por ele
comporta como um tambor acústico
Roland.
e comprei o instrumento” .
de 20 polegadas” .
modelos como seus preferidos.
O que era bom, no entanto, ficou
ainda melhor. Diversos aprimoramen-
Os pratos continuam com as mesmas medidas, tanto para os dois de
SENSIBILIDADE
ataque CY-14C-SV (14 polegadas) quan-
tos foram feitos para aperfeiçoar o kit
As melhorias nos pads não ficaram
to para o de condução CY-15R-SV (15
topo da linha V-Drums, tanto na parte
somente no visual. Todos estão com a
polegadas). Mas, para combinar me-
de hardware quanto no novo módulo, o
sensibilidade aprimorada por causa das
lhor com o novo visual, são feitos com
TD-20X, resultando no lançamento da
mudanças nos triggers e parâmetros
borracha cinza na superfície, imitando
TD-20KX. Os pads, neste modelo, são
do módulo.
a cor prata. A parte inferior também foi
mais robustos e com sistema de canoas
Mantendo o sistema mesh head -
modificada, fabricada agora em preto.
que permite a troca do revestimento.
criado e desenvolvido pela Roland em
O chimbal VH-12-SV também é cinza e
Ele vem de fábrica na cor prata, mas
parceria com a mais importante fábrica
mantém a mesma medida de 12 pole-
pode tornar-se azul ou vermelho com
de peles do mundo, a Remo -, as peles
gadas. Como no modelo anterior, ele
o uso dos acessórios CV-20KX-BU ou
simulam perfeitamente o rebote do
pode ser montado em uma máquina
CV-20KX-RD, dois pacotes vendidos
impacto das baquetas. Essa diferen-
de chimbal padrão do mercado. A sen-
separadamente. Se o músico preferir, é
ciação é importantíssima para músicos
sibilidade e a velocidade de resposta
possível customizar os pads, colocando
acostumados com modelos acústicos.
em conjunto com o módulo TD-20X
nome, figuras ou símbolo de sua banda
“Minha primeira bateria eletrônica foi
foram melhoradas, graças a mudanças
impresso em material semelhante. Com
uma Roland R-8 com Octapad. Eu toca-
nos parâmetros de trigger. “Foi a pri-
esse recurso, ele pode modificar o ins-
va em uma superfície dura e o rebote
meira vez que encontrei sensibilidade
trumento quantas vezes desejar.
vinha para o pulso”, conta Infantozzih.
em hi-hat em um instrumento” , con-
“As empresas, então, foram desenvol-
fessa Infantozzih.
Os pads de tons PD-105X estão
Música &
& Imagem
29
TD-20KX
RACK E MÓDULO
Para alguns bateristas, o formato do rack MDS-20, utilizado na TD-20K, não era muito convincente. Por causa dessa
Memórias nos encaixes, pés com borrachas mais espessas
e tubos, braçadeiras e clamps em acabamento cromado,
complementam o conjunto de alterações.
opinião, a Roland trocou as ferragens e criou o MDS-25. O
Como no modelo anterior, os cabos, transparentes e com
novo suporte conta com estrutura de apoio dos pads total-
plugues mais resistentes, passam por dentro dos tubos. Para
mente modificada, usando clamps e suportes mais longos
fácil conexão, são nomeados com uma pequena borracha
e robustos, além de sistema de ajustes ball clamp para um
colorida, de acordo com o nome dos pads. Para Infantozzih,
posicionamento mais preciso dos tons, surdos e pratos.
a robustez das ferragens é um dos pontos altos do novo kit:
“Finalmente o rack foi aprimorado, deixando a bateria com
um visual mais vigoroso e menos chocante para quem está
acostumado com a acústica”. Com todas essas mudanças, o
novo MDS-25 completa o TD-20KX, elevando o instrumento
ao patamar de bateria que pode ser usada em situações
profissionais, para grandes palcos e estúdios.
O novo módulo, chamado TD20X, conta com a placa de
expansão TDW-20, lançada em 2009, embutida. Com visual
remodelado, na cor cinza escuro, conta com 920 sons de
instrumentos de percussão, tambores e pratos, 262 de acompanhamento, como pianos, synths, baixos e outros, para o
sequenciador, além de cem kits editáveis. O exclusivo V-Edit
ALBINO INFANTOZZIH
“A TD-20KX me permitiu
ver a música com
outra dimensão”
30
Música &
& Imagem
permite a customização dos sons com
som de aro da caixa, além de adição de
principalmente nos pratos. A sensi-
parâmetros de troca de peles, corpo
ambiência. Para backup das alterações
bilidade e a velocidade de resposta
dos tambores, ajustes de esteira da
e programações pessoais, há um slot
do chimbal sofreram alterações im-
caixa, profundidade dos tambores,
para uso de Compact Flash de até 4 Gb,
portantes, em conjunto com o novo
mudança de microfones e de posição
podendo ser salvos até 9.900 kits.
VH-12-SV, que permitem resposta
deles, adição de sons extras no aro,
Os ajustes de ambiência foram
afinação, configurações de ressonân-
modificados, com mais opções de
Todas as mudanças feitas pela
cia, escolha do tipo de batedor do
salas, materiais de construção, pro-
Roland na TD-20KX, principalmente no
pedal de bumbo, tamanho dos pratos,
fundidade (física) e posições de mi-
que tange ao hardware, aumentam
instalação de rebites ou correntes de
crofones, além de um controle ainda
o potencial para uso em situações
metal nos pratos, fixação gradual do
melhor de volume e endereçamento
profissionais. A praticidade e a qua-
chimbal e diversos outros parâmetros
de sinal de áudio independente. Para
lidade são fatores essenciais para
para timbres eletrônicos, permitindo
conferir essa poderosa ferramenta
bateristas poderem tocar com con-
a criação de até 21.657.039 variações.
individualmente, é possível monito-
fiança, em circunstâncias em que,
“Em vez de carregar 40 baterias, o
rar a ambiência no modo solo. Esse
anteriormente, não era possível o
músico leva um módulo”, diz Infanto-
recurso é essencial quando usado
uso de kits eletrônicos. Novos sons e
zzih, que confessa não conhecer ainda
em estúdios de gravação, onde esse
controle total de dinâmica permitem
todos os recursos do modelo.
elemento completa o som da bateria
possibilidades inéditas até para os
na mixagem, deixando o resultado
instrumentistas mais exigentes. “A
ainda mais real.
TD-20KX me permitiu ver a música
O TD-20X permite a conexão de um
pedal foot switch FS-6 (BOSS) para
mais rápida e precisa.
troca de sons, disparo e mudança de
As configurações de trigger no
com outra dimensão, não apenas
patterns, alterações de kit programadas
módulo TD-20X também foram mo-
como baterista, mas como pintor,
no modo Chain, fixação do chimbal,
dificados, fazendo que nuances de
com cores e timbres” , conclui Infan-
efeitos e acionamento da esteira e do
dinâmica fiquem ainda melhores,
tozzih. (Gino Seriacopi)
Música &
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FR-7X
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Tra nidade
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A chegada do V-Accordion FR-7X alimenta a paixão pelo
instrumento digital desenvolvido pela Roland
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Música &
Em 2004, a Roland lançou o primeiro
antecessor, o 7X traz novos timbres
muito conhecida por seus modelos da
acordeon 100% digital da história. E,
de países de tradição, como França
linha VK. Com simulação de barras har-
mesmo após cinco anos, o V-Accordion
e Itália. A Roland detém uma das
mônicas, é possível criar sonoridades
ainda causa reações diversas em mú-
tecnologias mais avançadas de sam-
dos famosos instrumentos eletrome-
sicos e amantes do instrumento por
pleamento da indústria musical e se
cânicos da década de 1950. A divisão
todo o planeta. É importante afirmar,
vale disso na hora de amostrar timbres
dos manuais também é semelhante à
no entanto, que assim como a guitarra
tradicionais de marcas como Scandalli
de um órgão: as teclas representam à
não tirou o espaço do violão, o modelo
e Paolo Soprani, para citar algumas.
região da mão direita (upper), os acor-
digital não substituirá o acústico, pois
Essas sessões de sampleamento são
des correspondem à mão esquerda
veio se juntar a ele e oferecer novos
sempre dirigidas por Luigi Bruti, diretor
(lower) e os baixos, a pedaleira.
caminhos para os artistas, que podem
da Roland Europa e principal líder do
Outra versatilidade do acordeon
se expressar de forma diferente.
projeto que tornou o V-Accordion uma
Roland é na parte dos baixos. Muito
Neste ano, a Roland está celebrando
realidade. “Temos um ótimo relaciona-
usado por músicos europeus, o modo
mais de dez mil unidades vendidas de
mento com os principais fabricantes
Free Bass transforma toda a região dos
sua linha V-Accordion - formada pelos
de Castelfidardo, a terra do acordeon
acordes e baixos em um verdadeiro
modelos FR-1, FR-2, FR-3S e o novo
na Itália”, diz. “Por diversas vezes, nos
teclado com botões: o usuário tem
FR-7X. E a fábrica responsável pela
emprestam os modelos clássicos para
a possibilidade de tocar com a mão
produção da série, em San Benedetto,
nossas sessões de amostragem”.
esquerda o mesmo que executa com
Itália, trabalhou intensamente nos úl-
Além de diversos sons de acordeon,
a direita. Os baixos e acordes passam
timos meses para aperfeiçoar o FR-7.
o instrumento também conta com 49
a reproduzir notas, em escala cromá-
Uma das grandes vantagens
com as filiais pelo mundo que
transmitem o que os músicos
desejam. Pode-se dizer, então,
que o FR-7X é resultado de
pesquisas com artistas de todas
as regiões.
Um dos pontos aperfeiçoados foi o fole. Além do
tica, assim como nas teclas. Isso
4ª Festival Internacional
Roland de Acordeon
da multinacional é ter contato
permite criar arranjos totalmente
diferentes do que é feito para os
Em abril de 2010, a Roland Brasil anunciará a
quarta edição do Festival Internacional Roland de
Acordeon. O prêmio para o vencedor da etapa
nacional será um FR-7X. Se você é acordeonista
ou conhece alguém que toque o instrumento,
não perca esta oportunidade. O site do evento
é www.festivaldeacordeon.com.br
aprimoramento do sensor que
modelos acústicos usados no Brasil. Orimar Hess Júnior, vencedor
da etapa nacional do 3º Festival
Internacional Roland de Acordeon,
comenta sobre o recurso: “Ele me
mostrou uma nova forma de tocar
acordeon”, atesta.
Hess já recebeu seu FR-7X,
transforma a pressão do ar em sinais
orquestrais. Timbres de piano, trompe-
prêmio obtido por ter vencido a etapa
digitais, há uma válvula que permite
te, flauta, saxofone, violino, violão e de
brasileira do festival. O acordeonista
regular a tensão e retirar o ar dele.
diversos tipos de órgão estão disponí-
tem realizado shows no Sul do País
Com isso, técnicas muito usadas por
veis para que o músico transforme o
somente com o instrumento Roland e
músicos do Sul e do Nordeste do Brasil
modelo em um sintetizador com fole,
executa diversos tipos de música. “A
podem ser executadas sem grandes
tendo como vantagem o controle dos
versatilidade é um dos pontos mais im-
dificuldades. A Roland já havia colo-
sons por esse dispositivo. Ao utilizar
portantes. Toco tango, marchinha, val-
cado sistema semelhante em outros
um timbre de saxofone em um synth,
sas e música clássica usando diversos
modelos da linha V-Accordion e, agora,
o instrumentista tem que controlar a
sons, percussão, tudo que é possível”,
pôde aperfeiçoar o mecanismo para
expressão pelo toque, por um pedal
afirma. “Além de fazer performances
este novo instrumento.
de sustain ou por algum recurso espe-
individuais, costumo me apresentar
cífico como, por exemplo, o D-Beam,
em uma banda e, às vezes, quando o
exclusivo dos teclados Roland. Mas o
tecladista não aparece, consigo fazer
grau de expressão obtido por meio do
minha parte e a dele também.”
RECURSOS
Os sons de acordeon do FR-7 sempre foram muito elogiados por artistas
fole do FR-7X é muito mais amplo.
Outro ponto aprimorado em relação
de todo o Brasil. Além de contar com
Para os sons de órgão, a Roland
ao FR-7 é a conexão USB. Agora, os
as sonoridades oferecidas pelo seu
incluiu a tecnologia Virtual Tone Wheel,
músicos podem carregar novos sons e
& Imagem
Música &
33
FR-7X
fazer atualizações de sistema operacio-
V-Accordion é a amplificação. Os acor-
ws”, protesta. “Agora, com o FR-3S,
nal. Mas o principal é a possibilidade de
deonistas que usam o modelo acústico
não tenho mais inconveniente algum:
tocar com arquivos mp3 e wav usando
em palcos sofrem por dois motivos:
executo minha performance tranquilo
um pen drive. Há um pequeno compar-
têm que encontrar um sistema de
e com o melhor som possível”.
timento em que o dispositivo é inserido
microfonação ou captadores que man-
Outro detalhe é que o FR-7X fun-
e o usuário ouve o playback no mesmo
tenham a qualidade do timbre e lutam
ciona tanto alimentado pela energia
sistema de som do instrumento. Com
contra a microfonia. São inúmeras as
elétrica quanto por uma bateria re-
isso, um acordeonista que toca sozinho
queixas de músicos em todo o mundo
carregável de níquel - fornecida com
consegue produzir suas bases em casa,
a respeito desses problemas.
o equipamento. Essa solução tem
transferir seu trabalho para uma mer-
Nesse ponto, o FR-7X é a melhor
duração de mais de 6 horas, o que
mória flash e, depois, usufruir desse
solução para quem toca ao vivo: basta
permite ao músico fazer um show
recurso para enriquecer suas apresen-
plugar um cabo ou um transmissor de
tranquilamente, sem estar plugado a
tações. Outra variante importante é
microfone sem fio e o artista terá o
nenhum cabo, somente com o trans-
gravar performances. Com isso, o artista
som original amplificado em qualquer
missor de microfone sem fio. O ins-
pode analisar desde se sua técnica está
P.A. ou monitoração de palco. E o
trumento também é vendido com uma
satisfatória até se seu trabalho de fole
acordeonista poderá andar pelo espaço
pedaleira que possibilita recarregar a
está correto. Enfim, será seu próprio
sem se preocupar com o feedback.
bateria, além de ter alguns pedais de
crítico. Ou pode usar esta ferramenta
Giordano Mahatma, vice-campeão da
comandos, como troca de sons, pedal
para registrar uma trilha ou um trabalho.
etapa nacional do 3º Festival Interna-
sustain e conexões MIDI.
Basta inserir o pen drive no computador
cional Roland de Acordeon diz que
O V-Accordion hoje é uma realidade
e copiar o arquivo.
sempre teve dificuldades antes de
em todo o mundo. Oswaldinho do
usar o FR-3S: “Utilizava um acústico
Acordeon, um dos mais fantásticos
QUALIDADE
e tinha problemas de microfonia. O
acordeonistas da história do instrumen-
O sistema de som do FR-7X foi todo
pior é que, se isso ocorresse, mesmo
to, adotou o FR como seu “parceiro”
reformulado, oferecendo maior percep-
que não fosse do acordeon, o técnico
desde 2005. Além da questão do peso
ção sonora. A potência continua em
já estava escaldado e sempre baixava
(o FR-7X tem apenas 11,7 quilos), os re-
50W RMS, mas distribuídos de forma
meu volume. Quase não era ouvido e
cursos do produto foram determinantes
aperfeiçoada no chassi do instrumen-
tinha que tocar o fole com tanta força
para o “mestre” optar pelo equipamento
to. E um dos grandes trunfos da linha
que chegava esgotado ao fim dos sho-
Roland. (Sérgio Terranova Jr.)
Irmandade
Quem imagina que as fábricas tradicionais na
Itália se revoltaram e armaram uma “caça às
bruxas” quando o V-Accordion foi lançado pode
mudar de ideia. As empresas perceberam que,
de imediato, a procura pelo acordeon acústico
aumentou. Com sua nova proposta, a Roland
conseguiu mostrar a jovens e crianças que
esse pode ser um instrumento muito versátil e
interessante, usado para tocar qualquer gênero.
Sofrendo de preconceito e taxado como “de
idosos” e “para música regional”, o acordeon
iniciou seu ressurgimento na Itália e no resto do
mundo após anos de certo ostracismo.
34
& Imagem
Música &
ORIMAR HESS JÚNIOR
Uma nova forma de tocar acordeon
Música & Imagem
35
VE-20
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36
Música &
& Imagem
Guitarristas e pedais sempre andaram juntos, principalmente após o
início da década de 1980, época em
que estes - e também os processadores de efeito - tornaram-se acessíveis
para a maioria dos instrumentistas.
Atualmente, é praticamente impossível separar a guitarra dos famosos
equipamentos dedicados à criação
de diferentes tipos de timbres, a
não ser, talvez, entre alguns jazzistas
mais puritanos. Por outro lado, com
o surgimento da música eletrônica
e o desenvolvimento de softwares
dedicados às modificações vocais e
à criação de backing vocals, a vontade
dos cantores de tentar reproduzir ao
vivo a sonoridade e os recursos obtidos em estúdio criou a necessidade
de processadores de efeitos específicos para voz. A eterna busca do
qualidade de estúdio
do cantor Lulu Santos, conta com
motiva amadores ou profissionais a
Mantendo o elevado padrão de
pedais BOSS em seu setup como
procurarem recursos que os ajudem
qualidade, os engenheiros da BOSS
os modelos PS-5 Super Shifter, OC-3
a obter o melhor resultado de suas
colocaram no VE-20 os efeitos funda-
Octave e o DD-3 Digital Delay. Segun-
técnicas de canto.
mentais para qualquer vocalista, entre
do o artista, “com o lançamento do
Aproveitando essa tendência e
eles reverb, delay, compressor (Dina-
VE-20, a questão do sinal do micro-
sua história na criação de efeitos para
mics), equalizador e chorus. Além dos
fone sofrer algumas alterações, por
guitarra, a BOSS lançou o VE-20 Vocal
mais comuns, o produto apresenta
estar conectado a um efeito projetado
Performer, um pedal projetado espe-
ferramentas extremamente úteis
para guitarra, vai acabar. E alguns re-
cialmente para uso com microfones e
para cantores como, por exemplo, o
cursos dedicados aos vocalistas são
que possui recursos específicos para
HARMONY, que cria backing vocals
igualmente úteis para instrumentos
vozes em geral. O modelo foi conce-
inteligentes de até duas partes em
de sopro, como delay, reverb e a
bido para atender aos mais variados
que é possível escolher os intervalos
abertura de mais duas vozes automa-
tipos de cantores e, com certeza, au-
musicais das vozes geradas. Basta
ticamente”.
xiliará também a outros profissionais
selecionar em que tom determina-
A exemplo de Guedes, muitos
que utilizam a palavra como principal
da canção será executada para que
vocalistas e saxofonistas mais “ante-
meio de comunicação, como por
sejam desenvolvidas as vozes adicio-
nados” vêm utilizando pedais BOSS
exemplo, palestrantes e apresentado-
nais, em perfeita afinação e sempre
em seus setups, principalmente os
res. “É um produto totalmente novo e
respeitando a tonalidade escolhida.
modelos GE-7 (Equalizer), DD-3 (Digi-
não uma simples adaptação de algum
Este recurso, obviamente, pode ser
tal Delay) e RV-5 (Digital Reverb). No
modelo que a marca tenha criado para
empregado em instrumentos de
entanto, por serem projetados para
instrumentos de corda”, diz Yasuyuki
sopro que utilizam microfones para
guitarra, esses equipamentos causam
Watanabe, projetista chefe da BOSS
amplificar o som.
uma pequena alteração do sinal quan-
timbre perfeito em shows também
que trabalhou no desenvolvimento
do produto.
O saxofonista, cantor e compositor
do são usados com microfones. O
Milton Guedes, atualmente na banda
VE-20 resolve essa questão de forma
Música &
& Imagem
37
VE-20
definitiva, uma vez que possui todos
escala cromática.
os amantes de Lord Darth Vader da
esses efeitos e foi desenvolvido para
Estão presentes no modelo efeitos
saga Guerra nas Estrelas). A vocalista
processar o sinal direto captado por
ainda mais radicais, que agradarão
Déia, do grupo Agnela ressalta: “Os
um microfone.
cantores ousados e que buscam se
efeitos básicos do VE-20 irão auxiliar
Outro recurso essencial criado para
diferenciar dos demais. A seção TONE/
a aprimorar e equilibrar o timbre da
os vocalistas é o PITCH CORRECT, que
SFX apresenta opções inusitadas,
voz, mas os mais radicais são funda-
corrige automaticamente pequenas
como STROBE (que “fatia” a voz
mentais para nossas apresentações,
imprecisões na afinação. Esse efeito
criando uma textura ideal para músi-
porque podemos utilizá-los de muitas
pode ser usado no modo Maj (Min),
ca eletrônica), RADIO (que, como o
formas diferentes”.
em que as notas são ajustadas com
próprio nome diz, altera o timbre da
O VE-20 conta com exclusivos con-
base na tonalidade escolhida, ou
voz imitando um pequeno rádio de
versores digitais projetados especifi-
na opção Chromatic, que retifica a
pilhas) e ROBOT (que, com certeza,
camente para o produto. “Alguns dos
altura para a nota mais próxima da
criará uma identificação imediata com
recursos foram extraídos do processador de efeitos vocais VT-1 Voice Transformer”, comenta Takahashi. “Mas, com
a evolução dos DSPs, a clareza e a definição dos timbres gerados pelo VE-20
são similares aos encontrados em racks
de processamento de estúdio.”
FACILIDADE DE USO
Os recursos embutidos no processador vocal não dificultam sua operação. Projetado no mesmo formato de
pedais duplos da linha de produtos
Twin Pedals da BOSS, a novidade tem
poucos botões e apresenta display
com ótima visualização. Basta pisar no
pedal esquerdo para ligar e escutar os
efeitos. O knob SOUND seleciona um
dos 30 ajustes programados de fábrica,
que são excelentes opções para quem
deseja utilizar o equipamento de forma
direta, sem precisar se preocupar com
configurações. O REVERB LEVEL,
como o próprio nome diz, controla o
nível desse efeito, que é, sem dúvida,
o preferido dos vocalistas. O botão
MENU e aqueles em formato de seta
servem para ajustar os efeitos do
VE-20. E isso pode ser feito de forma
simples e direta.
Ao finalizar a customização, os
usuários podem salvar seus timbres
personalizados em uma das 50 meMILTON GUEDES
Recursos dedicados aos vocalistas são
igualmente úteis para instrumentos de sopro
38
& Imagem
Música &
mórias disponíveis no equipamento.
O pedal direito, por sua vez, liga au-
mentas para performances inovadoras
tomaticamente o efeito HARMONY,
e criação de timbres consistentes.
O VE-20 foi desenvolvido para
tornando muito fácil adicionar este
Professores de canto têm a possi-
auxiliar profissionais que usam a voz
recurso em partes específicas das
bilidade de lançar mão da gravação
como meio de comunicação a alcan-
músicas.
STROBE, RADIO e ROBOT.
de loops em suas aulas, bem como
çar novos níveis de customização e
Complementando o painel de ope-
do HARMONY para o estudo de
personalização em um equipamento
ração, há o botão LOOP PHRASE, que
técnicas de construção de backing
resistente, com qualidade superior e
aciona a gravação de loops da unidade.
vocals. Pastores de igrejas podem
muito fácil de usar.
Essa ferramenta capta automatica-
usar efeitos básicos em seus cultos,
Projetado segundo a principal filo-
mente até 40 segundos de áudio e
para discursos, e outros, totalmente
sofia da BOSS, que é criar produtos
reproduz o mesmo continuamente
diferentes, para as partes cantadas.
inovadores e que ajudem a desenvol-
logo após o término do registro. Sobre
Palestrantes e profissionais que
ver a criatividade de seus usuários, o
esse material, é possível gravar novas
trabalham com eventos motivacio-
VE-20 inicia uma nova fase em que os
partes ou, simplesmente, improvisar
nais devem utilizá-lo em suas apre-
vocalistas, assim como os guitarris-
e estudar técnicas de abertura vocal
sentações, produzindo atmosferas
tas já vem fazendo há muito tempo,
e vocalização. Este recurso também
descontraídas com os recursos mais
terão seus próprios pedais de efeito.
pode ser usado em passagens de
modernos do equipamento, como
(Sergio Motta)
som, para que cantores passeiem pela
casa de shows enquanto escutam sua
própria voz.
O VE-20 aceita conexão de cabos
P10 ou XLR, sendo que, no segundo
caso, o equipamento pode habilitar
seu sistema interno de Phantom Power 48 Vdc. Esse tipo de alimentação
especial para microfones condensadores é largamente utilizado em
gravações e apresentações profissionais, e garante qualidade superior na
captação dos sons. O modelo possui
ainda saídas estéreo balanceadas e
saída adicional para fones de ouvido
ou linha. O produto pode ser ligado à
rede elétrica por meio da fonte original
BOSS modelo PSA-120S (vendida separadamente) ou alimentado por seis
pilhas tamanho AA, preferencialmente
alcalinas. Neste caso, a autonomia de
uso é de até oito horas.
FLEXIBILIDADE
Do ponto de vista de utilização, o
VE-20 possui recursos que o tornam
interessante não apenas a vocalistas.
Músicos de instrumentos de sopro podem usar seus efeitos internos e ferra-
VT-1 Voice Transformer:
o início
Em 1996, a BOSS produziu um processador de efeitos em formato
de controlador de mesa chamado VT-1 Voice Transformer. O produto
apresentava processamento digital projetado especialmente para
as características da voz e qualidade superior para os padrões da
época. O equipamento, basicamente, alterava a afinação da voz
- de uma oitava abaixo para uma oitava acima - e podia também
modificar algumas características da mesma, tornando-a feminina
ou masculina. Havia ainda um controle deslizante que misturava o
áudio processado pelo VT-1 com o som original. Era possível salvar
até quatro memórias de ajustes pessoais por meio do botão WRITE.
E o ROBOT mantinha sempre a mesma nota na saída do aparelho, independentemente da que fosse cantada. Um controle exclusivo para
adicionar reverb completava as opções de efeitos do equipamento.
Produto extremamente inovador para a época, o VT-1 foi usado por
muitos DJs e produtores de música eletrônica, que
conseguiam transformações radicais
e inusitadas. A banda inglesa APOLLO 440
utilizou o modelo
para gravar todo o
disco Stop The Rock e
em inúmeros remixes
e produções de trilhas
para cinema na década
de 1990.
Música &
& Imagem
39
Rodgers
Solene
Os órgãos digitais são a solução moderna para que a tradição não se perca
40
Música &
& Imagem
Na liturgia tradicional das mais
até mesmo, em residências, sem
não demorou mais que uma hora e
diversas religiões cristãs, o órgão
distinção de tamanho, estrutura,
meia, e o resultado foi emocionan-
é imprescindível. Ele já foi cha-
arquitetura e classe social. Sua
te. No conceituado Teatro Municipal
mado de “rei dos instrumentos
majestade saía do trono e visitava
de São Paulo, o mesmo modelo foi
musicais”. Mas, com o passar do
seus súditos. Muitos nunca tinham
utilizado diversas vezes.
tempo, foi perdendo poder e, assim
ouvido aquele som e, não raro, al-
A Escola de Música da Univer-
como outros tipos de monarquia,
gumas emoções afloraram: houve,
sidade Federal do Rio de Janeiro
entrou em declínio. Países jovens,
naquele país, migração de muitos
(UFRJ) possui um Tamburini desa-
como o Brasil, não perpetuaram
pianistas para o órgão, antes quase
tivado, instalado no Salão Leopoldo
a manutenção do soberano e sua
inacessível.
Miguez. Foi iniciado o processo
corte-manutenção, alegando as
No Brasil, os produtos Rodgers
de restauração, mas as aulas não
mais diversas razões, como custos,
também fizeram que o timbre
podiam esperar tanto tempo. Um
dificuldades de instalação, manu-
de tubos fosse apreciado por um
Trillium 908 de três manuais foi a
tenção e alguns outros motivos
público cada vez maior. O exem-
solução. O instrumento foi adquiri-
que, para os súditos fiéis, beira a
plo mais emblemático foi a missa
do pela Fundação José Bonifácio e
heresia.
campal realizada pelo papa Bento
tem feito a felicidade de alunos e
Igrejas, associações e organis-
XVI no aeroporto Campo de Marte,
mestres, que aguardam a restau-
tas lutam desesperadamente para
na zona norte da capital paulista.
ração do órgão original. Quando
manterem ativos os órgãos de
O local foi transformado em uma
o antigo estiver funcionando, o
tubos instalados no País. Em troca
imensa catedral a céu aberto para
Rodgers continuará a prestar um
de tamanho esforço, algum suces-
mais de um milhão de fiéis. E como
ser viço importantíssimo: será
so tem sido alcançado e é sempre
havia a necessidade de um órgão,
destinado a estudo.
motivo de comemoração, entre
a solução foi o modelo Trillium 788,
O maior instrumento Rodgers
acordes seculares e hosanas. E
que acompanhou orquestra e coral
do Brasil, um modelo Trillium 968
esse embate não é exclusividade
de 1.200 vozes, além de toda a
com duplo sistema de som, tam-
do Brasil.
liturgia da missa. A Arquidiocese
bém está instalado no Rio de Janei-
de São Paulo gostou tanto do re-
ro. É o da sinagoga da Associação
sultado que o mesmo instrumento
Religiosa Israelita, onde outrora
RENASCIMENTO
Em 1958, nos Estados Unidos,
participou da transformação do
havia um órgão de tubos real, que
a Rodgers Instruments LLC iniciou
Estádio do Pacaembu em mais
continuam lá, dourados e imponen-
a fabricação de órgãos eletrônicos
uma catedral. E lá estava o som
tes, porém mudos. Por trás deles,
que reproduziam os sons dos
dos órgãos de tubos no templo do
potentes caixas acústicas fazem
instrumentos de tubos. Na déca-
futebol paulistano.
ecoar pelo salão de arquitetura
da de 1980, a empresa uniu-se à
São inúmeros os exemplos da
moderna, sons para celebrações
Roland Corporation e uma injeção
versatilidade proporcionada por
do povo judeu que resistiram à
de tecnologia impulsionou gigan-
um instrumento digital. Em 2008,
passagem dos séculos.
tescamente o desenvolvimento
houve na Catedral da Sé, na capital
A modernização dos cultos,
dos produtos da companhia em
paulista, uma missa comemorativa
principalmente nas igrejas evan-
termos de qualidade e modernida-
à Páscoa para os militares do Esta-
gélicas, com instrumentos mais
de. Em lugares onde a instalação
do. Infelizmente, o imenso instru-
populares, tem preocupado muitos
de um modelo real era impossível,
mento do local estava desativado
pastores, ministros de música e
foi instalado um digital com caixas
há muito tempo. Para garantir a
fiéis. Por conta de resgatar valores
acústicas. O timbre majestoso
pompa da celebração, um Rodgers
tradicionais, as instituições batistas
começou a soar em catedrais, igre-
Trillium 788 foi cedido pela Roland
ganharam destaque nessa difícil
jas, paróquias, conservatórios e,
Brasil para o evento. A instalação
missão e os órgãos Rodgers têm
& Imagem
Música &
41
Rodgers
sido um poderoso aliado. Desde os
modelos mais simples até os da linha
Trillium, a marca tem presença em São
Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo
Horizonte e Teresópolis, além de haver
algumas cotações em andamento para
outras localidades.
Há algum tempo, o fator preconceito era um obstáculo que parecia ser
intransponível. Existia o pensamento
equivocado de que o órgão de tubos
seria dispensável, sendo plenamente
substituído pelo modelo digital. Esse
não é o conceito correto: os instrumentos Rodgers estão sendo utilizados
como uma solução para problemas de
espaço, investimentos, manutenção e
praticidade, além da possibilidade de o
áudio passar diretamente pelo técnico
de som para transmissão dos cultos
via internet.
A Roland Brasil, em total harmonia
com a Rodgers Instruments LLC, celebra a utilização dos órgãos digitais no
País com muito orgulho, pois é fruto de
trabalho, parcerias, quebra de barreiras
e certeza de ter em mãos a solução para
muitos problemas. A pompa dessa celebração fica por conta de sua majestade,
PÁSCOA DOS MILITARES
O Rodgers Trillium 788 na Catedral da Sé
o órgão! (Amador Rubio)
Showroom Rodgers
As instalações de órgãos Rodgers no Brasil são o
dos; e o novo Masterpiece Signature 356, representan-
showroom mais eficaz dos produtos da marca: funcio-
te da nova linha da marca. Esse lançamento conta com
namento ininterrupto, aprovação dos organistas, pronto
oito caixas acústicas, amplificador de 800 watts, três
atendimento, congregação satisfeita etc. Entretanto, as
manuais, puxadores iluminados, pedaleira AGO de
visitas para conhecer esses equipamentos instalados
32 notas e a tecnologia sonora mais avançada da
dependem de autorização.
atualidade.
Por isso, a Roland Brasil disponibiliza um espaço
Além deles, uma dupla com dois manuais cada
para atender aos interessados em conhecer os órgãos
também está em exposição: o Rodgers 538MD-27, que
Rodgers em São Paulo, mediante pré-agendamento pelo
apresenta o melhor custo-benefício do mercado; e o
telefone (11) 3087-7700 ou pelo endereço eletrônico
Rodgers Trillium Masterpiece 788, o mesmo que foi
[email protected]. A partir de maio, dois novos mo-
utilizado na missa campal no Campo de Marte realizada
delos estarão em exposição: o Allegiant 698, com três
pelo papa Bento XVI.
manuais, sistema de som externo e puxadores ilumina-
42
Música &
& Imagem
Para mais informações, visite o site www.rodgers.com.br.
Música & Imagem
43
Especial
Solução compacta
O uso do kit V-Drums HD-1 em pequenos estúdios
é uma alternativa viável e muito produtiva
Atualmente, gravar em pequenos estúdios é uma realida-
momento da captação da bateria, pois, caso isso aconteça,
de. E a prática ganha adeptos a cada dia. Trabalhos realizados
o material deverá ser refeito e tanto o custo quanto o tempo
assim acontecem em todos os cantos do planeta. Para isso,
da produção crescerão.
no entanto, é necessário vencer algumas limitações ainda
Para solucionar toda essa equação, aumentando a veloci-
existentes como, por exemplo, ser obrigado a usar teclas para
dade da produção, baixando custos e resolvendo de imediato
registrar os sons de bateria. Diversos tecladistas fazem isso
possíveis problemas que possam ocorrer na gravação dos
com qualidade e rapidez. Apesar da praticidade - pois não é
outros instrumentos, o uso de kits eletrônicos é a melhor
preciso montar o instrumento, afinar e microfonar o kit, fazer
opção, sem que se perca a qualidade do trabalho.
check sound e tocar com boa técnica - nem sempre o feeling
desse tipo de execução atinge os objetivos de um arranjo, o
que ocorre quando se usa baquetas e pedais.
SOLUÇÃO
Qualquer dos modelos Roland V-Drums é perfeito para
Há a opção de contratar um estúdio com as características
esse tipo de produção, porque todos possuem conexão MIDI
apropriadas e um baterista que atenda a todas as necessida-
e saída de áudio com categoria profissional. Mas, pensando
des de uma boa performance - o que inclui leitura de partituras
que o músico talvez não tenha a habilidade de um baterista e
(quando necessário), um instrumento de qualidade, rapidez
queira ele mesmo gravar as trilhas de ritmo - agregando prati-
na interpretação musical e aquela famosa “pegada” para que
cidade, qualidade e baixo investimento -, o kit HD-1 atenderá
o resultado tenha sonoridade satisfatória. Em seguida, com
perfeitamente a essas necessidades.
a possibilidade de transferência de arquivos de áudio via HD,
Os benefícios desse equipamento são inúmeros. De início,
CD, DVD, web ou cartões de memória, o artista pode carregar
o tamanho do hardware: ocupa pouquíssimo espaço, caben-
tudo que gravou para seu computador e continuar a produção
do em qualquer local dedicado ao home studio. A largura da
em seu home studio. No entanto, nada pode dar errado no
bateria montada é de apenas 90 centímetros. Disposto para
uso, ocupa menos de 1,25 metro, medidos da extremidade frontal do rack até a parte posterior do banco.
Quando não estiver sendo utilizado, basta colocar o
assento encostado ao kit que este ocupará menos
de 70 cm de comprimento, praticamente o tamanho
de uma poltrona pequena. Com isso, um primeiro
problema está resolvido.
O HD-1 possui pads de borracha de tons e surdo
macios, silenciosos e muito sensíveis. Os pads CY-5
de pratos e chimbal apresentam igual sensibilidade
e, por não serem totalmente imóveis, proporcionam
uma resposta mais confortável no ataque do prato
de finalização ou no uso da ponta das baquetas no
ride. O mesmo se aplica à unidade de chimbal, que
oferece um feeling mais natural na execução.
Exceto o banco, não é necessário adquirir pedal de
bumbo, máquina de chimbal, estantes ou ferragens
adicionais, porque todas as peças estão presas a um
único rack. Os mecanismos dos pedais possuem ação
de rebote leve e de fácil adaptação, e não fazem ba-
44
Música &
& Imagem
rulho como os modelos comuns usados
se padrão na interface que o software
A tecnologia de geração sonora dos
em pads ou baterias convencionais. Isso
reconhecerá as peças da bateria auto-
módulos V-Drums é bem avançada e
evita que parentes e vizinhos reclamem,
maticamente (com exceção do aro*, que
oferece bastante flexibilidade para com-
além de não ser preciso estudar muito
deverá ser direcionado diferentemente
preender e reproduzir tudo que um bate-
para desenvolver técnicas específicas.
da posição convencional de performan-
rista executa durante sua performance.
Essa também é uma grande van-
ce**, usando um Note Number de outro
Nem todos os softwares, no entanto,
tagem do HD-1. Ele não exige que se
pad do kit para ser tocado em alternância
poderão responder perfeitamente a es-
tenha a “pegada” de um baterista para
com a caixa quando esse tipo de execu-
sas execuções, principalmente quando
gravações, já que o produtor pode re-
ção for necessário.
comparados aos módulos Roland. Vários
solver essa questão por conta da noção
Quando o músico toca o bumbo,
fatores influenciam nesses resultados,
básica que tem de como tocar. Os kits
por exemplo, esse som será dispara-
entre eles a qualidade do computador,
eletrônicos possuem sons prontos para
do no software, o mesmo ocorrendo
o tipo de interface e, obviamente, o
serem utilizados e mixados facilmente
com as demais peças. Esses aplicati-
potencial do programa.
e não exigem performance igual a de
vos, normalmente, permitem que os
Com o kit HD-1, também é possível
um acústico para que se consiga boa
sons estabelecidos sejam alterados,
gravar diretamente o som do módulo em
sonoridade.
customizando o kit de acordo com as
um software como o Sonar. Isso agiliza
O receio de que o HD-1 tenha pouca
necessidades, independentemente
o andamento da produção e otimiza o
resistência ou baixo desempenho é
daqueles que o HD-1 traz embutidos.
processamento do computador, porque
infundado. O músico pode tocar nor-
Partindo do princípio básico do sistema
não há a necessidade de abrir mais
malmente, tanto em intensidades fortes
de comunicação MIDI, o modelo, quan-
de um programa - o gerador de sons
quanto fracas. Os pads, em conjunto
do acionado, envia uma mensagem e o
de bateria - o que exigiria poder que
com o módulo, respondem perfeitamen-
software deve interpretá-la exatamen-
nem todas as CPUs possuem. Nesse
te a todas as variações de dinâmica, sem
te como transmitida, sem mudanças
caso, basta enviar o sinal de áudio para
disparos de sons duplos, não intencio-
drásticas que comprometam a execu-
a interface e registrar a performance
nais, atrasados ou falhos.
ção (não se deve esquecer de que, de
em uma trilha estéreo. O equilíbrio e a
Para completar, o módulo do kit
acordo com o padrão, o canal MIDI de
mixagem dos instrumentos estão pré-
HD-1 dispõe de saída MIDI. Com isso,
referência para gravação de bateria é
determinados, portanto, não é permitido
é possível conectá-lo a um computador
sempre o 10).
modificar o volume ou o pan. Quando
e gravar os dados, com nuances de
expressões, utilizando softwares como
o registro é feito pelo sistema MIDI,
TIMBRES E MIXAGEM
no entanto, qualquer tipo de edição é
o Sonar 8.5 em conjunto com Session
Um dos fatores mais impressionantes
Drummer ou outros. Para isso, no en-
no HD-1 é a sensibilidade. Quando o mú-
tanto, é necessária uma interface de co-
sico toca escutando o som do módulo,
Se o produtor desejar, no entanto,
nexão MIDI, como o modelo Cakewalk
ele pode executar flams, rulos, dinâmicas
ele pode ter todos os sons separados
UM-1G. Mas se o desejo for de também
de intensidade, figuras com diversos
dentro do software para uma mixagem
captar o áudio, uma interface Cakewalk
pads ao mesmo tempo e tudo mais que
apurada. Basta, após a performance
UA-25EX atenderá a esse tipo de apli-
se faz em um kit acústico. No uso de
registrada via MIDI, usar um plug-in de
cação, porque oferece os dois sistemas
timbres de um software dedicado, o que
sons de bateria ou um módulo externo,
(áudio e MIDI) integrados.
possível, incluindo mixagem, troca de
timbres etc.
estiver sendo realizado será enviado para
anular o volume dos instrumentos que
O módulo HD-1 traz comandos
ele, mas o mesmo deve ter potencial
não devem ser misturados a outros,
Note Number pré-determinados para
para reproduzir em tempo real o que foi
e gravar cada track individualmen-
comunicação com o software. Normal-
transmitido via MIDI.
te no programa. Apesar de deman-
mente, os equipamentos são
compatíveis, porque ambos
trabalham no padrão GM (veja
tabela). Basta conectar a saída
MIDI do HD-1 na entrada des-
Números
de nota
produzidos
pelso
pads
Pad
Note Number
Kick Pedal
36
Snare
38
Tom1
48
Tom2
45
Tom3
43
Pad
Note Number
Crash
49
Ride
51
Hi-Hat (Open)
46
Hi-Hat (Closed)
42
Foot Close
44
dar um tempo maior,
pode imprimir um
resultado mais profissional à produção.
(Gino Seriacopi)
Obs.: *Função indisponível no kit HD-1.
**Nos kits TD, é possível o uso de aro (cross stick) quando disparado via MIDI, igual ao modo do próprio kit.
Música &
& Imagem
45
Pergunte ao Especialista
Nova
Stretched Tuning
e Duplex Scale
Em alguns pianos Roland aparecem os
termos “Stretched Tuning” e “Duplex
Scale”. O que significam?
Maria Aparecida Correia
Taubaté - SP
Os pianos são, geralmente, afinados com
graves mais graves e agudos mais agudos do
que no temperamento “equal”. A afinação tradicional dos modelos acústicos faz que as notas
agudas sejam levemente mais altas quando
comparadas com as graves e vice-versa. Essa
forma característica, utilizada apenas nesses
instrumentos, é denominada streched tuning
ou afinação alongada. No modelo Roland HP307, a tela apresenta um gráfico com a afinação
original. Além da opção de utilizar ajustes prédefinidos, esse parâmetro pode ser alterado
a cada nota. Desse modo, o pianista pode
fazer que o piano soe de maneira especial e
individualizada.
Já a duplex scale ou escala dupla é um sistema
usado em pianos de concerto em que algumas
cordas não são golpeadas diretamente pelos
martelos, mas vibram em simpatia, respon-
versão
Para que serve a atualização do sistema operacional dos
modelos GW-8 e PRELUDE. Posso fazer a atualização em
casa?
Walter Ferreira
Belo Horizonte - MG
Os arranjadores Roland estão em constante evolução e não ficam obsoletos com o tempo, pois, por meio da atualização de sistema operacional,
a funcionalidade deles é renovada com a adição de novos recursos. Nos
modelos PRELUDE e GW-8, por exemplo, o upgrade para a versão 2.0
permite que o usuário crie seus próprios ritmos com o recurso STYLE
COMPOSER, altere um ritmo com o STYLE MAKE UP TOOLS e ainda
edite uma música MIDI existente utilizando o SONG MAKE UP TOOLS.
Mais informações podem ser encontradas no site da Roland Brasil nos
endereços http://roland.com.br/roland/produtos/541 (Prelude Version
2) e http://roland.com.br/roland/produtos/504 (GW-8 Version 2).
A atualização é um procedimento simples e rápido, mas é recomendado que seja realizado por assistências técnicas autorizadas Roland
ou na loja em que o produto foi adquirido,
utilizando material recomendado pela
Roland Brasil. A lista de assistências técnicas autorizadas pode ser encontrada em
http://roland.com.br/suporte/service.
Leandro Justino
Especialista de produtos Roland Brasil
dendo ao movimento das outras. Ressoando
Simultaneidade
com harmônicos agudos, produzem um som
o abafamento damper (mecanismo que evita
É possível gravar guitarra e voz ao mesmo tempo com o
MICRO BR?
Camilo Soares
Rio de Janeiro - RJ
que elas vibrem quando não são tocadas), a
Sim. E é muito simples. Conecte a guitarra na entrada GUITAR IN.
oscilação continua mesmo que as teclas sejam
Feito isso, pressione INPUT e, depois TR1 e TR2 simultaneamente
soltas e a cordas que produziu o som original-
até aparecer “GTR+MIC” no visor. Abra o volume INPUT LEVEL e
mente pare de vibrar. A “Duplex Scale” existe
aperte EFFECTS. Utilize os botões VALUE (+) e (–) para selecionar o
apenas em pianos de concerto e raramente é
efeito desejado para o instrumento. Pressione REC e PLAY e grave a
encontrado em modelos de armário, sendo
guitarra e a voz ao mesmo tempo. Esta será captada pelo microfone
que alguns fabricantes não usam o sistema. No
interno do MICRO BR, portanto, é preciso posicionar bem o produto.
Roland HP-307, essa
Este método funciona tanto no modo MP3 quanto no multipista, e é
ressonância pode ser
ideal para registrar ideias rapidamente, pois ambas ficam no mesmo
ajustada em até 10
canal. Você pode exportar rapidamente o
níveis.
áudio para um computador usando a porta
mais brilhante. As cordas existem apenas para
o registro acima do Dó4. Como não possuem
USB do equipamento e compartilhar suas
Raphael Daloia
criações com sua banda.
Especialista de
produtos
Roland Brasil
46
Música & Imagem
Pedro Lobão
Especialista de produtos Roland Brasil
Biblioteca
Tenho um kit V-Drums TD-9K e gostaria de saber como posso salvar minhas músicas no pen
drive?
Augusto Ramos Ferreira
Brasília - DF
Muitos bateristas profissionais ou amadores usam os kits
Monitoração
O que preciso adquirir para utilizar o
monitor pessoal M-48?
Clóvis Bertrand Moreira
Porto Alegre - RS
O M-48 é um sistema de monitoração
TD-9KX e TD-9K por causa da qualidade dos sons e da
pessoal e não um produto stand alone,
praticidade. Mas, frequentemente, os recursos desses
que você compra, retira da caixa e usufrui.
modelos são pouco explorados.
É necessário utilizá-lo no ambiente REAC
Depois de formatar um pen drive no módulo TD-9, basta
(Roland Ethernet Audio Communication),
conectá-lo ao computador e carregar até 99 músicas,
ou seja, ele deve estar ligado aos produtos
desde que o tamanho delas não ultrapasse a capacidade
RSS que trabalham com este protocolo. O
de 1GB. Os arquivos devem ser alocadas no diretório
principal componente é a console digital
principal da memória flash, fora da pasta Roland.
M-400. Quem toca em um local que possui
Conectando novamente o pen drive no TD-9, é possível
acessar as músicas pelo botão SONG. Girando o DIAL,
escolhe-se um dos arquivos carregados, situados após os
internos. Aperte PLAY para iniciar e comece a brincadeira
de tocar com suas músicas prediletas ou com os playbacks
que seu professor indicou para estudar em casa. Para que
as músicas sejam executadas pelo módulo, devem ter a
esta mesa está com grande parte do sistema
pronto. Basta plugar um distribuidor S-4000D
na porta REAC B do mixer M-400. Após isso,
é possível conectar até oito M-48.
A grande vantagem desse sistema é o gerenciador interno de extrema flexibilidade da
seguinte formatação: extensão do arquivo: wav; sample
M-400, que recebe os 40 canais da console e
rate: 44.1 kHz em 8, 16 ou 24 bits; linear PCM. O nome
configura cada M-48 de maneira totalmente
deve ter até 12 caracteres, com exceção) da extensão, que
independente. Como uma unidade recebe
é .wav. Esse tipo de arquivo é o usual quando importado
até 16 grupos (mono ou estéreo), o baterista,
para softwares que extraem músicas de CDs. Mp3 não
por exemplo, pode ter em sua mix oito canais
são lidos pelo módulo quando importados para o pen
das peças individuais de seu instrumento e
drive. Se você deseja usar esse formato, pode utlizar a
outros oito pré-mixes feitos pelo próprio ge-
conexão MIX IN, conectando um player para executá-los.
renciador, que coloca todas as vozes em um
A diferença é que as músicas não serão controladas pelo
TD-9, somente pelo mp3 player.
O pen drive, no entanto, não serve somente para armazenar suas músicas preferidas. É possível gravar até 99
performances no modo Quick REC. Isso permite que você
tenha um arquivo do seu desenvolvimento técnico, para
ser analisado sempre que desejar, recarregando no módu-
barramento LR, teclados em outro, guitarras
em um terceiro etc. Já no M-48 do vocalista,
a bateria pode estar pré-mixada em dois canais e os backing vocals separados em canais
individuais. Caso o local possua uma mesa
de som de outro fabricante, é preciso utili-
lo. Também pode salvar todas as configurações pessoais
zar o M-48 com
feitas no TD-9, fazendo até 10 backups. É como se você
uma unidade
tivesse dez módulos diferentes,
S-1608 para fa-
resultando em 500 kits.
zer a conversão
do áudio.
Gino Seriacopi
Gerente de produtos
Alex Lameira
V-Drums
Gerente de
produtos
RSS e Edirol
Música & Imagem
47
Carreira
O arranjador
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48
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Música &
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Um recital é um evento
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antecedência de um
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B. Considere uma duraç
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recital, na
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C. Agende com os músic
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ões informais. Ouça e
os horários dos ensaios
dis- antecede o ev
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Pro
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Exija envolvimento de
os outros todas as
todos;
peças na ordem em
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D. Adquira uma partit
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com uma gravação pro
repertório e faça uma cóp
fissional.
A. Decida uma posição
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pare o programa e a pu
parte.
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2. Es tu de a mú sic
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mente.
aparência. Procure ter
A. Estude os aspectos
na
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A. Ouça diversas gravaç
das peças e
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dos compositores;
escolhidas, estude ou
B. Dis cu ta tod os os
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as pe cto s de
Prepare um programa
acurado com
e faça anotações;
sua presença de palco
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B. Identifique-se com
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cada uma das
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peças, criando familia
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movimen- C. Você de
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3. Pratique a peça no
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7. Faça um plano de
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A. Não exagere
em direção à estanIniciou seus estudos
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musicais aos 11 anos,
forte de partituras (se
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menos. Procure
Universidade de Bosto
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n.
Participou da Orquest
ma
nter um bom
ra Sinfônica Municipa
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um espelho), sorria,
Orquestra Sinfônica Es
equilíbrio;
tadual e da Orquestra
da
agradeça e toque a
Rádio e Televisão Cultur
B.
Permaneça rea. Atualmente é prime
iro
mú sic a co mp let a.
trompista na Orquestra
laxado, confiante,
Jazz Sinfônica e profes
sor
Tudo isso é parte da
de trompa no Departam
foc
ad o e en tuento de Música da Esc
ola
de Comunicações e Art
siasmado.
es da USP.
Música & Imagem
49
Fronteiras
Saga sinestésica
A interação entre as artes é fator determinante para
a criação do universo ficcional do criador de Angus
Orlando Paes Filho é um dos mais
que a ela têm acesso. “Angus
intrigantes nomes da atualidade. Escri-
é como uma ópera. Precisa
tor, teve sua obra de estreia, Angus,
ser ilustrada para mostrar um
O Primeiro Guerreiro, na lista dos livros
pouco do cenário histórico e
mais vendidos dos anos de 2003 e 2005.
ficcional”, explica. “Mas, para
Esse sucesso conquistou 35 países,
estar completa, é necessário
entre eles Rússia, China, Japão, Canadá,
também ter sua trilha sonora,
Grécia e Itália, além da América Latina.
algo que venho compondo.”
Outros 16 títulos se seguiram, compon-
“Na literatura, meu contato direto foi
A música dispara cenas
Qual seu setup atual?
mentais que servem tanto para as
Teclados Roland V-Synth, Fantom-
Como ilustrador, além de produzir as
obras literárias, como para o universo
X7, JP-8000, VP-770 e XV-88, placa
imagens de suas obras, foi diretor do
imaginário. Propicia o ambiente de
Edirol UA-25 e software Sonar 8. Conto
NW Studio e criou artes para Disney,
mergulho e de introspecção para o
também com uma ilha de edição Edirol
Marvel e DC Comics. Atualmente, de-
desenvolvimento da literatura ou da
DV-7 e Video Editing Controller Edirol,
senvolve o primeiro Atlas Brasileiro de
ficção. Ela funciona como veículo de
além de placas de expansão Roland
Anatomia e aperfeiçoa seus estudos de
transporte ou de ambiência. Nela,
V-Card e SRX.
ilustração anatômica.
conseguimos o que denomino divórcio
Por que prefere equipamentos
Roland?
com o universo da ficção”, confessa.
Em relação à música, iniciou seus
psíquico da lavagem cerebral contínua
estudos aos 11 anos e foi o primeiro
manipulada pelo sistema.
aluno do Prof. Dr. Conrado Silva. Pros-
Em quais projetos a música teve
papel fundamental?
assim como suas expansões, em es-
ópera e composição com educadores
No lançamento do áudiolivro Angus,
variedade e especificidade das séries
como Carmo Barbosa, Hans-Joachim
O Primeiro Guerreiro. As músicas ser-
de teclados.
Koellreutter, Ulla Wolf e Petro Maranca.
viram de fundo para os capítulos locu-
“Na adolescência, fiz contato com o
tados por atores. Também no projeto da
Quais as vantagens dos equipamentos da marca?
rock progressivo.”
seguiu o aprendizado em piano clássico,
Pela linha completa e contínua,
pecial as placas SRX. E também pela
banda Krusader, que faz a versão rock
A primeira é a Roland estar no Brasil
A simbiose entre as artes parece
para a obra Angus, e no CD As Cruza-
com uma base sólida. Seu histórico tem
fazer parte da história do autor desde
das de minha autoria. Outra ocasião
forte ligação com a música eletrônica.
muito cedo. “Nunca separei as formas
importante foi um pocket show em que
Além disso, a empresa produz manuais
de arte ou expressão, sendo a música
executamos peças bizantinas e grego-
em português, possui assistência
a inspiradora da literatura”, diz. “Diante
rianas dos séculos 10 e 11 com leitura
técnica, tem apresentações em vídeo,
dela, desaceleramos e mergulhamos
eletrônica moderna. Foi uma apresen-
conta com um showroom aberto e
dentro do ser perdido: nós.”
tação em que utilizei teclados Roland
aulas específicas com seus técnicos. A
Graças a essa visão, conseguiu
V-Synth e Fantom-X7 em parceria com
Roland vende e entrega seu produto e
compor uma obra sinestésica que
Sérgio Terranova, que me acompanhou
possui todos os periféricos e expansões
surpreende, cativa e emociona a todos
com Fantom-X8 e SH-201.
à venda no Paísl. (Nilton Corazza)
50
50
Música
Música&&Imagem
Imagem
Marca “Fantom” usada no Brasil sob licença de Deval Instrumentos Musicais Ltda.
fatos históricos da época das cruzadas.
Como a música auxilia
seu processo criativo?
do um invejável portfólio baseado em
Música & Imagem
51
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