2 Música e Imagem Expediente Revista Roland Brasil Parcerias verdadeiras Quando a Roland Brasil decidiu lançar a revista Música & Imagem, já durante a fase de definição do conceito e do projeto gráfico, resolvemos que sempre teríamos pessoas e não produtos como foco da capa. Convidaríamos preferencialmente os parceiros. São artistas que amam a música, vivem dela e, por que não dizer, para ela. Mas quem são eles? Quanto pagamos para aparecerem? Desde a sua fundação, a Roland nunca teve endorsers profissionais, isto é, aqueles que são pagos para falar que usam o equipamento. A filosofia da empresa sempre foi a de parceria. São artistas e músicos profissionais escolhidos pela afinidade com o produto e um ótimo relacionamento com as pessoas da companhia. E isso está acima do dinheiro. No entanto, quando o assunto é trabalho, ou seja, fazer uma apresentação ou workshop, o artista recebe por isso. Da mesma forma, a Roland não doa produtos para serem usados por eles, pois os parceiros utilizam porque querem e precisam para executar seus projetos. Na lista, existem pessoas famosas e outras não tão populares. Mas, para nós, ambos têm seu valor. Temos parceiros que conhecemos há muitos anos e outros que chegaram há pouco tempo. Luiz Schiavon, nosso convidado para a capa desta Presidente Takao Shirahata Vice-presidente Celso Bento Editor Nilton Corazza Redação Rafael Furugen Colunistas Jether Garotti Jr. e Michael Kenneth Alpert Colaboradores Alex Lameira, Amador Rubio, Gino Seriacopi, Pakito, Sérgio Motta, Sergio Terranova Jr., Renan Dias, Arthur Cunha, Júnior Alves, Leandro Justino, Michel Brasil, Pedro Lobão e Raphael Daloia Neto Fotografia Mário Moreno edição, seguramente é um dos usuários mais antigos de equipamentos Roland no Brasil. Ele cresceu com a marca, desde os synths analógicos (claro, na época não tinha digital!). A partir disso, muitos produtos da empresa passaram pelas suas mãos. E ele continua utilizando esses instrumentos em seus trabalhos. A parceria com artistas gera uma grande exposição da marca e isso é bom para a Roland. Mas o aspecto mais importante é que, com esse vínculo, cria-se um canal de comunicação entre o profissional e a empresa em que os assuntos tratados são essenciais. Recebemos um feedback sobre o modelo e sua utilização: o que agradou ou poderia ser melhorado. E de que forma o instrumento agregou valor ao trabalho. Por outro lado, quem atende os parceiros são os gerentes de produtos, que conhecem a fundo os equipamentos e que estão à disposição para orientá-los e dar as melhores dicas. Nessa relação saudável, os dois lados ganham. A base desse relacionamento está no respeito e na valorização da pessoa com quem lidamos. E esse é o mesmo alicerce com que a Roland trata todos os seus usuários, sejam artistas ou não. Para nós, essa é a verdadeira parceria. J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – Roland Brasil Conteúdo on-line Mário Moreno e William Antony Diagramação Detonart´s Criações Impressão/acabamento Oceano Indústria Gráfica e Editora Jornalista responsável Nilton Corazza (MTb 43.958) Música & Imagem Revista Roland Brasil na internet www.musicaeimagem.com.br Fale com a Redação [email protected] Visite nosso site www.roland.com.br Os editores não se responsabilizam por opiniões emitidas por colaboradores em artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas. 06 Cartas Opiniões e sugestões dos leitores 08 Turnê Artistas e eventos Roland Brasil 11 Mundo Roland A presença da Roland Corporation na mídia 12 Perfil A integração de vídeos no trabalho de Fernanda Porto 14 Clássico Roland JC-120: o amplificador preferido dos guitarristas 16 Novos Produtos As novidadas da Roland Corporation para o início de 2010 22 Interação A praticidade do Cakewalk VS-100 em produções musicais 24 Capa A paixão de Luiz Schiavon pelos sintetizadores Roland 28 TD-20KX A bateria dos profissionais 4 Música & Imagem 32 FR-7X A evolução do acordeon digital 36 VE-20 O melhor em efeitos para voz 40 Rodgers A solução para que a tradição não se perca 44 Especial V-Drums HD-1: perfeito para pequenos estúdios 46 Pergunte ao Especialista As respostas para as dúvidas mais frequentes 48 Carreira Uso de ferramentas digitais para a criação musical 49 Educação A preparação de um recital 50 Fronteiras A importância da música nos trabalhos de Orlando Paes Filho Música & Imagem 5 Cartas Fã Distribuição Sempre fui usuário dos produtos BOSS, tanto que Na Expomusic 2009, recebi um exemplar de Música & meu primeiro pedal foi um dos modelos desenvol- Imagem quando estava visitando o estande da Roland Brasil. vidos pela marca. Entre os inúmeros equipamentos No momento, pensei que fosse mais um catálogo, com da- que possuo, destaca-se o TU-12H, que ainda funciona dos superficiais sobre os produtos da empresa. Mas, para a perfeitamente mesmo após eu ter derrubado, molha- minha surpresa, era uma revista completa, com entrevistas, do e pisado. Recentemente, comprei uma GT-10 e notícias e muitas informações relevantes para os músicos. estou satisfeitíssimo, pois atende plenamente minhas Agora, quero saber quando sai a próxima e como posso fazer necessidades como professor, sideman e músico de para conseguir uma edição. Sucesso! estúdio. E minha última aquisição foi um Cube-20X, William Borsato que utilizo em minhas aulas. (por e-mail) Além de todos esses produtos, também fiquei muito feliz com o atendimento que recebi dos profissionais William, a revista Música & Imagem é uma publicação da Roland Brasil, principalmente de Sérgio Motta e semestral da Roland Brasil. Ela é distribuída gratuitamente Cecília Lucena, na Expomusic 2009. Depois desse por seus dealers, além de escolas de música e estúdios. contato, ficou evidente que, ao comprar equipamen- A maneira mais simples de ter acesso a ela é procurar tos desenvolvidos pela Roland Corporation, estou um revendedor oficial da empresa ou visitar o site adquirindo um aparelho de altíssima qualidade, além www.musicaeimagem.com.br. de atendimento personalizado. Na minha opinião, a qualidade e a versatilidade dos produtos chegaram a um ponto em que a única limitação acaba sendo o próprio usuário. Tanto que a Roland Corporation desenvolveu todas as ferramentas necessárias para qualquer indivíduo realizar-se musicalmente. Realmente vocês criam o futuro. Esta carta é para expressar meu agradecimento e admiração pela Roland Corporation. Para mim, vocês são exemplos de conduta e profissionalismo. Obrigado por tudo que fizeram e pelo que ainda farão. Cubos Pessoal, acompanho a revista Música & Imagem desde a primeira edição e estou muito satisfeito com a qualidade da publicação. No entanto, gostaria de saber quando vocês farão uma matéria sobre os cubos desenvolvidos pela Roland. São tantos modelos e, pelas características expostas no site, um parece ser melhor que o outro. Fico no aguardo! Márcio Ferrari Alex Poliver (por e-mail) (por e-mail) Alex, ficamos muito felizes em saber que os produtos desenvolvidos pela Roland Corporation fazem parte de sua trajetória artística. Esperamos poder auxiliá-lo em muitos outros projetos, criando equipamentos que possam facilitar o trabalho, além de incitar sua criatividade musical. Márcio, primeiramente, gostaríamos de agradecer seu interesse pelas matérias publicadas nas edições de Música & Imagem. Quanto à sua sugestão, ela está anotada. Em breve, você encontrará uma reportagem sobre a linha de cubos Roland. Enquanto isso, acompanhe uma matéria sobre o JC-120 Jazz Chorus nesta edição. Fique ligado! OBS.: As mensagens publicadas aqui tiveram os e-mails omitidos para privacidade de seus autores. Este espaço é seu! Envie sugestões, críticas e elogios em relação à Música & Imagem Revista Roland Brasil. 6 Música & Imagem Por carta: Música & Imagem - Revista Roland Brasil Rua Teodoro Sampaio, 727 – Pinheiros, São Paulo – SP CEP: 05405-050 Por e-mail: [email protected] Música & Imagem 7 Turnê Prodígio Em 2 de fevereiro de 2010, ocorreu a final da primeira desse problema, a final foi cancelada e agendada para edição do V-Drums Contest EM&T. E o vencedor do o ano seguinte. concurso organizado pela Roland Brasil, em parceria Quase três meses após o fatídico problema energético, com a EM&T (Escola de Música e Tecnologia), foi Maick os seis candidatos voltaram a se encontrar, mas, dessa Souza Cruz, de apenas 15 anos. O adolescente superou vez, no Auditório Roland, também localizado na capital cinco concorrentes – todos mais velhos – e, com isso, paulista. A decisão foi bastante acirrada, com todos acabou premiado com um kit TD-4K, um monitor pessoal os participantes realizando performances impecáveis, PM-10 e um pacote de acessórios DAP-3, além de tornar- além de demonstrarem a versatilidade e a potência se parceiro da empresa. do kit V-Drums TD-4KX. No final, o corpo de jurados – Meses antes de celebrar esse título, Cruz, assim como formado pelos bateristas Giba Favery, Albino Infantozzih todos os outros concorrentes, precisou justificar o seu e Beto Caldas; pelo diretor da EM&T Célio Ramos; e talento com as baquetas, realizando inúmeras tarefas. pelo engenheiro de som Guilherme Canaes – escolheu A primeira foi gravar um vídeo caseiro demonstrando Maick Souza Cruz como o grande vencedor, mas por suas técnicas e habilidades. Aprovado, teve que enfrentar uma margem muito pequena em relação ao segundo e as câmeras novamente, mas utilizando um kit TD-4K. terceiro colocados. O material foi analisado pelos organizadores do evento e o jovem acabou classificado para a decisão, Como ficou sabendo do concurso? juntamente com Bruno Valverde dos Santos, Gabriel Foi na Escola de Música do Estado de São Paulo Caressato de Carvalho, Júlio César Fernandes, Mi- (EMESP). Tinha um cartaz avisando sobre o concurso. chel Maeda Cavalcante Sá e Rodrigo Star Tagliassachi Fiquei interessado e resolvi mandar um vídeo que gravei Budemberg. com a ajuda de um amigo. No dia 10 de novembro de 2009, os concorrentes se reuniram no Auditório Mix Hall, em São Paulo, para Como foi a preparação para a decisão? disputar a decisão do V-Drums Contest EM&T. O Estudei bastante a parte da música e o solo, que foi ba- evento transcorria normalmente até que aconteceu o seado em um que meu professor costuma tocar. Assim, apagão que assolou 18 Estados brasileiros. Por conta só precisei fazer um “resumo”. O que achou do kit V-Drums TD-4K? Gostei muito. As características que mais chamaram a minha atenção foram os timbres e a sensibilidade. Havia testado outros modelos de baterias eletrônicas anteriormente, mas nunca tinha me adaptado. Precisou alterar alguma configuração no módulo para se adaptar à bateria? Somente a sensibilidade e os timbres da caixa e dos pedais. E foi difícil configurá-la para sua disposição física? Não. E esse é outro ponto que chamou minha atenção. Ela é muito simples de mexer. 8 Música & Imagem Fernanda Porto Heraldo do Monte Parcerias A Roland Brasil continua ampliando o número de parceiros. Na área de cordas, por exemplo, destacam-se Heraldo do Monte e Roberto Menescal, ícones da música popular nacional. O primeiro está utilizando o pedal BOSS DD-3 Digital Delay, ao passo que o segundo conta com o auxílio do amplificador Roland AC-60. Outro instrumentista consagrado que se tornou parceiro da empresa foi Miltinho Batera. Integrante mais antigo da banda que acompanha o apresentador Jô Soares, o músico possui um kit V-Drums TD-12KV e um controlador de percussão HPD-10. “Costumo utilizar o Handsonic tanto com o sexteto quanto com meus projetos paralelos. A bateria, por sua vez, fica em Juiz de Fora para ensaios e apresentações”, explica. A cantora, compositora e multi-instrumentista Fernanda Porto também passou a utilizar produtos desenvolvidos pela Roland e Edirol - como o sampler percussivo SPD-S, o pad metrônomo RPM-5A, o mixer de vídeo V-8 e o sampler de vídeo P-10 - principalmente para ajudá-la na divulgação de seu novo álbum, intitulado Auto-Retrato. O produtor musical Maurício Maurício Monteiro Monteiro, responsável por alguns projetos da Igreja Bola de Neve, por sua vez, conta com o sistema de gravação Cakewalk VS-700 para auxiliá-lo em seus trabalhos. “Sei que essa solução integrada é realmente muito boa e tenho certeza que tende a ficar ainda melhor”, disse. Miltinho Roberto Menescal Música & Imagem 9 Turnê Clássico Entre os inúmeros eventos que a Roland Brasil organizou no segundo semestre de 2009, destaca-se o Roland Classic Concert, que promoveu um encontro entre a tradição e a tecnologia. Realizado no Auditório Roland, o recital de música de câmara contou com apresentação do Concerto Versatile, grupo que tem como proposta a pesquisa e a difusão de composições do período barroco. Formado por Luana Fernandes Barros (flauta-doce) Carolina Rosati Colepicolo (violino barroco e canto – mezzo soprano), Ivan Ferreira do Nascimento (fagote), Carla Rosati Colepicolo (canto – soprano), Rebeca Friedmann Zetzsche (violoncelo) e Fernando Cardoso (cravo), o grupo executou repertório camerístico dos séculos 17 e 18, com obras de J.J. Forberger, Joseph Bodin de Boismortier e George Philipp Telemann, utilizando, entre outros instrumentos, o cravo digital C-30. Na ocasião, Cardoso também apresentou as qualidades do instrumento desenvolvido pela Roland e os recursos que fazem dele uma opção viável para o estudo e a apresentação de música barroca. Solitários No início de 2010, o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) estreou o reality show Solitários, no qual nove participantes ficam isolados em pequenas cabines e precisam cumprir alguns desafios físicos e psicológicos para não serem eliminados. E a Roland Brasil está presente nessa empreitada, especificamente na área que envolve o gerenciamento de áudio, por meio de produtos desenvolvidos pela RSS, como o mixer de monitoração pessoal M-48, o sistema Digital Snake e a console V-Mixer M-400. Esta última é sucesso entre os profissionais responsáveis pela sonorização do programa. “É a união perfeita entre um mixer de fácil operação com uma sonoridade excelente, além de um custo-benefício extremamente convidativo”, explicou o consultor técnico Antônio Lorenzetti. Representação Em 21 de novembro, a cidade de Roma sediou a decisão do 3º Festival Internacional Roland de Acordeon. E o grande vencedor foi o neozelandês Grayson Masefield, que recebeu um prêmio de cinco mil euros, além do título de melhor acordeonista do mundo. O chinês Xiaonan Xu terminou em segundo lugar e o francês Nicolas Koch foi o terceiro colocado. O catarinense Orimar Hess Júnior também esteve presente no Auditorium Parco della Musica, já que venceu a etapa brasileira do 3º Festival Internacional Roland de Acordeon. “Foi uma experiência sem igual. Como todos os participantes eram exímios acordeonistas, aproveitamos para trocar ideias. Acabei aprendendo muito com eles”, disse o músico de Joinville. 10 Música & Imagem Mundo Roland Sustentabilidade O Japão é um país pequeno, quase do linha para estar de acordo com as tamanho do Estado de São Paulo, mas normas diretivas Restrição de Certas com população de mais de 127 milhões Substâncias Perigosas (RoHS). Esse de habitantes. Os recursos naturais código proíbe o uso de elementos daquela nação são limitados e, por ques- como cádmio, mercúrio, chumbo e tões de sobrevivência, algumas práticas outros no processo de fabricação de como reciclagem, economia de energia produtos. E assim que a ISO 14.000 pianos digitais, tal esforço se traduz em e cuidados com o meio ambiente são (gestão ambiental) foi estabelecida, em resultados surpreendentes: o recém-lan- rotineiras ali há muitos anos. 2004, a corporação aderiu ao programa çado HP-203 usa apenas 24W, enquanto É nesse contexto que as companhias e incorporou essa filosofia como parte o modelo anterior utilizava 70W. nipônicas desenvolvem tecnologias e so- de sua cultura. Esse e outros exemplos provam que, luções para as mais diversas finalidades: Como resultado, os engenheiros da Ro- sem se deixar levar por modismos ou levam em conta que o benefício trazido land Corporation, cada vez mais preocu- ações de marketing, a Roland Corpora- pela ciência não deve colocar em risco a pados com o meio ambiente, dedicam-se tion adota práticas de sustentabilidade sustentabilidade do planeta e da vida. a criar produtos dentro dessa filosofia. por questões de consciência e sobrevi- A Roland Corporation é uma dessas A linha de equipamentos que funcionam vência. E o consumidor deve, cada vez empresas. Sempre atenta às melhores alimentados por pilhas ou baterias re- mais, questionar não apenas a qualidade práticas, há alguns anos ajustou toda a carregáveis é fruto de extensa pesquisa do produto, mas também a origem e a para reduzir o consumo de forma como é fabricado. Afinal, música energia. Mesmo para os ins- não combina com poluição, destruição trumentos que necessitam do meio ambiente ou desrespeito às de eletricidade, como os pessoas e à natureza. Musica é vida! Reconhecimento Cirque Três instrumentos de teclas Tem instrumento Roland no picadeiro mais famoso do mundo. desenvolvidos pela Roland Steve Bach, um dos músicos presentes no espetáculo ZAIA, conquistaram importantes atração do Cirque du Soleil, está utilizando o V-Accordion FR-2. prêmios internacionais. Em entrevista ao site Accordions Worldwide, o artista contou Os modelos da linha detalhes sobre o modelo, inclusive a respeito da adaptação. RD - RD-300GX e RD-700GX “Após pouco tempo estava apto a conseguir um bom som”, - foram escolhidos como os disse. A confiança é tanta que o instrumentista nem levou um melhores pianos digitais de 2009 no MMR Dealer’s acordeon acústico para Macau, China, local onde ocorreram Choice Award. O V-Piano, por sua vez, foi o vencedor algumas apresentações. “A umidade é tanta que senti que a da categoria “Produto Mais Inovador” no Electronic manutenção requerida pelo instrumento tradicional seria um Musician Editors’ Choice Award. du Soleil problema por aqui”, explicou. Além deles, o AX-Synth foi considerado O músico falou também so- pelo site MusicRadar.com como o bre as gravações que fez com melhor sintetizador de 2009. o acordeon Roland. “Fiquei De acordo com o veículo, impressionado com a flexi- “a Roland não se preocu- bilidade que o instrumento pou apenas em lançar um oferece. Estou planejando instrumento expressivo e adquirir um FR-5 ou FR-7X fácil de ser executado, mas em breve para ter acesso a também em reacender mais recursos e um teclado um gênero inteiro.” maior”, comentou. Música & Imagem 11 Perfil Precursora Uma das principais responsáveis pela mistura de batidas eletrônicas com estilos brasileiros, Fernanda Porto está utilizando recursos de vídeo para incrementar suas performances Fernanda Porto revolucionou a músi- Com o lançamento do quarto disco a cantora conta com dois equipamentos ca brasileira ao incorporar batidas ele- de sua vitoriosa carreira, intitulado Auto- desenvolvidos pela Edirol: o mixer V-8 e trônicas em alguns clássicos nacionais, Retrato, Fernanda começou a utilizar o sampler P-10. Com esses produtos, ela como “Roda Viva”, de Chico Buarque recursos de vídeo em suas apresenta- consegue controlar oito câmeras simulta- de Holanda, e “Só Tinha de Ser com ções. E, de acordo com a artista, isso neamente e pode disparar vídeos, imagens Você”, de Antonio Carlos Jobim e Aloy- facilita o acompanhamento do público, e letras das músicas. Além disso, Fernanda sio de Oliveira. Atualmente, a cantora e que consegue visualizar melhor a exe- também utiliza outros dois instrumentos multi-instrumentista continua realizando cução das músicas. “Acredito na ideia fabricados pela Roland: o sampler percus- trabalhos nesse mesmo segmento, mas de sincronizar imagens, vídeos e fotos sivo SPD-S e o pad metrônomo RMP-5A. agregando novas tecnologias para enri- com a música”, explicou. “Isso garante uma maior qualidade sonora quecer ainda mais suas performances. Para auxiliá-la nessa complicada tarefa, Por que decidiu utilizar os equipamentos Roland na turnê do disco Auto-Retrato? Estou fazendo apresentações juntamente com a Christianne Neves. Enquanto canto e toco violão, guitarra, teclados, pads eletrônicos, sax alto e soprano, além de disparar algumas bases pré-gravadas no computador, ela fica responsável por teclados, cavaquinho, percussão e baixo. Então, é muito importante que o público possa acompanhar os detalhes de execução desses instrumentos no telão. Com o mixer V-8, consigo misturar oito câmeras ao vivo. Já o sampler P-10, permite que eu dispare vídeos, fotos e textos das letras, entre outras coisas. Esses equipamentos foram fundamentais para essa formação. Sempre trabalhei com trilhas sonoras, portanto acredito na ideia de sincronizar imagens, vídeos e fotos com música. E quais são os recursos mais marcantes desses equipamentos? No caso do P-10, destaco a quantidade de pads disponíveis que possibilitam o disparo de samples ao vivo. O V-8, por sua vez, chama a atenção pelos efeitos de imagens e a possibilidade de sincronizar tudo com oito câmeras ao vivo. Em relação aos instrumentos de percussão, como eles ajudaram na criação, na definição do conceito sonoro e na sonorização de seus shows? Consegui substituir as percussões acústicas pelo pad metrônomo RMP-5A e, agora, posso disparar os loops ao vivo com o sampler percussivo SPD-S. Além disso, não preciso me preocupar com a microfonação da caixa. Isso garante uma maior qualidade sonora para a minha apresentação. Além da turnê, pretende utilizar esses equipamentos em outras ocasiões? Com certeza. Um bom exemplo é o meu sampler groovebox Roland MC-808. Costumo utilizá-lo muito na hora de compor. 12 & Imagem Música & para minhas apresentações”, explica. Por que resolveu firmar parceria com a Roland Brasil? Para mim, é muito importante poder contar com toda a assessoria que a Roland Brasil oferece. Mas existe outro fator essencial: os equipamentos. E como conheceu os equipamentos desenvolvidos pela Roland? Indicações de amigos que também trabalham com música eletrônica. Qual foi o seu primeiro instrumento Roland? Um Juno-106. Falando nele, foi o meu primeiro teclado. Quais os equipamentos Roland pretende utilizar futuramente? Gostaria muito de contar com a bateria eletrônica V-Drums TD-20 em meu estúdio. Experimentei esse instrumento e adorei. E como sou apaixonada por tecnologia musical, certamente minha lista de produtos é enorme. E não citei outro equipamento de que também gosto muito, a pedaleira BOSS RC-50 Loop Station. É sensacional. (Rafael Furugen) Roland RMP-5A Compact Flash – fazendo a expansão Desenvolvido para atender as de tempo de amostras e armaze- necessidades dos músicos em inú- namento de sons e importando e meras ocasiões – como gravações, exportando arquivos .wav/aiff. apresentações ou aprendizados –, o mais recente pad metrônomo Edirol V-8 lançado pela Roland apresenta A Edirol desenvolveu inúmeros diversos recursos que facilitam a equipamentos para facilitar a utiliza- vida do usuário. Além de contar ção de imagens em apresentações com 50 sons internos no formato musicais, entre outras tarefas. E PCM (Pulse Code Modulation), o um dos destaques é o mixer de RMP-5A possui visor LCD e entrada vídeo Edirol V-8, que conta com oito de áudio, possibilitando que o instru- entradas e três saídas. Com pro- mentista acompanhe suas canções cessamento interno em full-frame preferidas diretamente de um CD digital 4:2:2, esse produto possui ou mp3 player. conversor de varredura, oferecendo Os interessados em utilizar o entrada direta de sinais RGB (VGA - equipamento especificamente para UXGA) por meio de dois terminais treinar ou estudar, podem usufruir do D-Sub. recurso Rhythm Coach, que possui O V-8, que conta com inúmeros inúmeros exercícios para aprimorar efeitos gráficos, possibilita a transi- a técnica. E para ampliar ainda mais ções entre o bus A e B com múltiplas suas possibilidades, o RMP-5A for- tonalidades e mixagens. Além disso, nece uma entrada de trigger duplo o equipamento pode ser controlado que pode ser usado para conectar remotamente a partir de um apre- os controladores fabricados pela sentador de vídeo da série Edirol Roland, como o bumbo KD-8 ou os PR, assim como por outros mixers pratos CY-8 ou CY-5. de vídeo da marca. Roland SPD-S Edirol P-10 Para facilitar a introdução de sam- O reprodutor portátil de vídeos plers durante uma apresentação, a Edirol P-10 possui inúmeros recur- Roland desenvolveu o módulo de sos que, certamente, atenderão percussão SPD-S. Com seis pads as necessidades dos usuários na superfície e mais três na borda, o mais exigentes. O modelo grava e equipamento permite que o músico reproduz em cartões de memória dispare sons com qualidade de CD SD ou SDHC, além de contar com da maneira mais simples e intuitiva visor LCD colorido de 3.5 polegadas possível. incorporado, dispensando monitor Além disso, o equipamento externo. oferece 12 minutos de gravação O equipamento desenvolvido (em 44.1 kHz) para que o músico pela Edirol também apresenta bo- personalize ainda mais a ferramenta. tões visuais para disparar vídeos e Se não bastasse isso, conta com conexão V-Link, que permite contro- espaço para até 399 waves, além le MIDI a partir de produtos Roland. de possuir 181 amostras de fábricas Além disso, conta com conexão USB prontas para usar. Para completar, o de alta velocidade, possibilitando SPD-S funciona com mídia do tipo transferência rápida de dados. Música & Imagem 13 Clássico 0 2 1 C J Roland s u r o h C Jazz rtentes, riadas ve a v is a m tível tas das nua imba ti r guitarris n o o p c o s d o ri 5 an Prefe ador de 3 o amplific rb to e reve reo, vibra té s e s ru cho s. outro. valorizado nenhum o ar m o c - fossem ava o m to a cham s e e e a nos o n ti n u o elem n a c ir e , s o m ê s ri tr p is s d o O de d is , apena Po r c o n ta ucessos presença s d a n s i Em 1975 o la fo d o o R ã m éu ta ão, a a atenç dução e leo de pra a fu n d a ç d o s pro sa. s de núc após su re te m p n u la m a e u -f a o o ç s as inonda d o alt ti o n la n cone. Ma e de ve heiros a e d n d e ia C o rp o ra g to tr a n s e ú e form os a ind iam à part era em A ideia d ícones d se resum e produto uipao maiores s q ã s e n e e s m e is 0 õ a re 2 ç ic JC-1 , - va nvolve ntos mus cuito do cador ex e dese ir fi c D li . p instrume O 0 m 2 . a a -1 c s um téti o JC plificadore e áudio: ue fosse com es te, mas or dois am erda- q mentos d n v p te o a o d m p a u d rm te n o gra e amen o fo constituiu e definid cada, foi de trem ” s o ia tt imediato p g a lo m w li o “ n ito tec e 60 lução na mbre mu dos - d s embuti deira revo , pois ti o a it rr a fe it e u s g o dores de para que amplifica aparência a a h n ti orus o Jazz Ch 14 Música & Imagem ara os lificador p p m a m u os possui rus para Jazz Cho . ia o c n e â s d e e v dri a imp em que e q u ip a . Mais jov o e baix s m o o p u d n r m a li e c s s colo bre de ista projeto, Apesar 2 0 , tim o guit arr trunfo do JC-120, s am, o J C -1 o o o d d ri a p ta n s ró li fi p o odelos to re o topo da ão três m u men nha Jazz iç li o s , ” o a modelo n p te a is ta d d s to lid aà mo s - tinh s tipo “so assim co banda. e n te c o n plificadore s. m o a d d a li z o ri shows da s to s é o is n s , n s a ru tr uipamen e o d % zz Ch qualida fãs do eq a a J e seja, 100 d o o d ta , n s s li ti ta n m, Na guit arris as uído, gara s” escapa Para os rte a tr smo sob “bluseiro fo e s o m to m n s e o lo n p , e to mod ariz pelo m como erem o n iç õ e s d e as d o s rc d s n Chorus te a to o d e c to d r s e sa ad válv e ra ês. ape ão perfeit m a is s e s não ter reproduç te as turn instruazz Choru n J o ra d o u d d is o a to e n i- fa s. Mesm nsport ticas to em perfe s circuito dis- tra u s caracterís e e m s d lé a m A id e . n le da su ulas gado a e Há muit a , no início ós 30 v mento plu esmo ap lbert King amente A m m , , s e e tr im õ x s e s e iç va um m rção é de a s cond 80, utiliza ecessida 9 so, a disto n 1 quên- ta e e m d fr e a s e d , d so déca resposta anos de u mundo. baixa e a oferece gens pelo aros. ia p lo v e re s d s a o u re s m ife re n te . maio isa. O não é d om de c il cias prec s o ra re B té s o e N antos, e efeitos S te, Lulu S E n o ou M M e um loop d O ri o é d N s S ldo m tor Biglio os Hera circuito e RANDE em G encantad durra, Vic opção de e n s d a ta a c d is S ri rt r a ra a a a m Edg A lista de verdadeir e m a is u Desde paralelo a n d in h o extensa. é rm 0 A 2 , as -1 e . C n re J or, emp s projeto com o n Holdsw e artistas qualquer la d mento A e a d e ip a u id ld q n e e infi stúdios n Scofi ue do som e e Summers m Joh e O destaq y e d d o n o d A ã a r ç z a li o c op 0. , uti e r de lo do JC-12 , passand s estéreo S tr u m m rfor- th is são fãs é o choru e e a p o n J io e s ), s s e fi e o c li pro um d s gravaçõ (T h e Po fler (Dire escal é is p a n o e n m inúmeras K s M o rk o d a tas as o b e rt h), M or guitarris Em minh ure), R (The Clas mances p ith (The C siastas: “ is, do a m tu ic S n s e rt u e is m b a m re p e ç o aits), Ro gêneros lew (King s, semp e e ck. Str B õ ro variados ç n o a ta a ri n d e e a m gg re s peA Se algué nk e do re e às a p Robert Fri jazz ao fu músico. “ ibrato uto atend o v d ro iz e p c d , ” re O d m son). lifica or s u bém ofe al o amp is diverso de Crim u a a q Mas tam id m r d s n o ta d n fu é pro ergu ades ondo que troles de mais p necessid com con etaleiros vida, resp a m istorção h d s o in e e d m té a z A a m d eros. Coraz ade, alé utilizam o .”(Nilton er gên s a s ic e velocid ru ll o m h e ta d C e o z M s p Jaz do . E todo ilar a o famosos a) e reverb forma sim h. Cada e c d it w to rgio Mott n ts é e o quipam que S s via fo ) e o it d k a iz r n B o io d p c a im equaliza and (do L ta com um Wes Borl a lt a canal con e d s trada ndas e en de três ba ÉCNICA FICHA T ) Potência ntes Alto-fala s Conexõe s Controle es Dimensõ Peso W + 60W RMS (60 120 watts ), cm) x 2 IGH/LOW m 12”(30 to s u C 1 input (H P l e R& n n , a h ), C s/Vibrato (L-mono/R ch (Choru it w ts o Line Out o d Jack, W), F Loop Sen (HIGH/LO t c 2 l e e ff n E n 2 a el Ch ), n, Chann Distorsio (L-mono/R rn Jacks Reverb e tu e R p o o L 2 Effect ion, Channel s, Distort /R) iddle, Bas s (L-mono k M c , a le J b t e u Tr it me, s Sw ch Line O FF/Choru witch, Volu S /O th IB g V ri , B th Dep Channel 1 , Vibrato to Speed ra ib V , rb Reve x 622 mm 760 x 280 31,2Kg Música & Imagem 15 Novos Produtos KC-110 O KC-110 é o primeiro amplificador estéreo para teclados alimentado a pilhas. A Roland tem investido nesta solução alternativa para oferecer praticidade aos consumidores, além de auxiliar na luta para gerar menos consumo de energia elétrica. O equipamento mantém o padrão de qualidade da linha, gerando 30 watts RMS de potência sonora, com dois falantes de 6,5 polegadas e dois tweeters. Quando usado com oito pilhas AA, sua potência fica em torno dos 20 watts. Os três canais independentes permitem não apenas a conexão de teclados e pianos digitais, mas também players de mp3, microfones, samplers e outros instrumentos. O modelo apresenta uma seção de efeitos com reverb, chorus, wide chorus - que podem ser acionados por um pedal foot switch - e um equalizador com knobs para controle de graves e agudos. Possui ainda mecanismo de inclinação embutido, que RD-700GX SuperNATURAL Piano Kit O kit de expansão é baseado na tecnologia SuperNATURAL, presente em equipamentos de ponta da empresa. Essa geração sonora proporciona timbres orgânicos e naturais, com as “imperfeições” que um instrumento acústico possui e que, normalmente, são eliminadas nos sons sintetizados. Os 17 patches de piano disponíveis atingem o que parecia impossível: melhorar ainda mais a qualidade de timbre do RD-700GX - piano digital de palco líder de mercado. As respostas das notas não possuem emendas e o músico pode transitar entre diferentes níveis de expressão, tal qual em um instrumento acústico. permite posicionamento em um ângulo favorável ao músico. Mas, por se tratar de um amplificador compacto (pesa somente 7,3 quilos), também é possível utilizálo em um pedestal para caixas acústicas. Todos os sons foram sampleados em 88 notas, com diversos níveis de sensibilidade e com o decay natural, sem cortes abruptos. O kit é composto de uma placa (motor sonoro) e um pen drive com o novo sistema operacional. SP-404SX 16 O SP-404SX, a evolução do SP-404, amplia a equipamento externo. Na entrada de linha estéreo, qualidade de resolução do sampler (16 bit linear), pode-se, por exemplo, conectar uma pickup ou um apresenta novos efeitos DSP, aprimora o sequencer CD/mp3 player e usar o modelo como um proces- para criação de patterns e facilita o armazenamen- sador de efeitos. Destaque para o Looper, em que to de dados, utilizando mídias SD e SDHC de até é possível, por meio dos knobs, criar um “reverse 32Gb. Os 12 pads iluminados (em conjunto com playback”. um sub pad) auxiliam nos momentos em que a O SP também funciona com seis pilhas luminosidade no palco for precária. Utilizando o AA, tornando-se um sampler portátil que sequencer interno, é fácil registrar um loop ou pode ser usado em qualquer momento. criar um groove. Durante a gravação dos patterns, E basta utilizar o microfone embutido o display do SP pisca no beat do metrônomo, faci- para samplear o que desejar. Um litando o processo. software acompanha o produto Um dos pontos fortes desta máquina é a unidade para gerenciamento dos dados de efeitos DSP: as 29 opções disponíveis permitem do cartão e conversão de ar- que o músico dê um colorido especial nos sam- quivos do modelo anterior plers da memória interna, do cartão ou de algum para o atual. Música & Imagem RP-201 O RP-201 apresenta o timbre de piano Roland de tecla solta, damper e cordas possibilita a de 88 teclas multissampleadas em estéreo, no sonoridade de um modelo acústico. Entre os qual cada detalhe acústico de um instrumento recursos disponíveis estão metrônomo, gravador de cauda foi fielmente reproduzido. Junto à po- e Twin Piano, em que professor e aluno tocam lifonia de 128 vozes, o controle de ressonância lado a lado. O painel apresenta acesso fácil a todas as funções e permite interação rápida, ao passo que o baixo consumo de energia faz dele um equipamento que não prejudica o meio ambiente e nem o resultado sonoro. O teclado Progressive Hammer Action Alpha II oferece toque real e resposta de um piano acústico de cauda. O instrumento está disponível em duas versões de acabamento: Satin Black e Rosewood. V-COMBO VR-700 Quem é tecladista, provavelmente precisa de três componentes para suas gigs: bons timbres de pianos acústicos e elétricos, instrumentos sintetizados, como metais e leads, e sons realísticos de órgão. O modelo VR-700 remete aos clássicos órgãos, com acabamento A outra seção presente no V-Combo é a que agrupa em madeira, juntamente com as tradicionais barras sons sintetizados, como metais, synths e pads. Para harmônicas, responsáveis por comandar as tecnologias os timbres orquestrais, há um recurso que diferencia Virtual Tone Wheel e COSM. Por meio delas, são gerados o modelo dos concorrentes: com o Tone Remain, sons fiéis, proporcionando timbres que vão desde os a troca de patches não apresenta corte. O VR-700 suaves, para bossa-nova e jazz, aos mais agressivos, possui polifonia ilimitada para a seção de órgão e 128 para rock e blues. notas para os sons orquestrais. As teclas waterfall O produto também trabalha como um piano, tendo proporcionam glissandos suaves e resposta rápida excelentes timbres acústicos e elétricos. Como padrão, nas execuções de passagens complexas. Além de a Roland inseriu um piano com multissamples em 88 tudo isso, o V-Combo reproduz arquivos de áudio e notas com diversas camadas de sensibilidade. SMF diretamente de um pen drive. Música & Imagem 17 Novos Produtos V-Piano Evolution Desde o lançamento, o V-Piano tem sido prestigiado produzido a partir do modelo Vintage. Outro timbre e reverenciado como sendo o primeiro piano digital a baseado nesse modelo é o V1 Impactance, que possui alcançar um novo patamar na geração sonora e na ação mais presença dos ruídos dos martelos, o que faz dele das teclas. A atualização de sistema operacional do poderoso, perfeito para músicas clássicas e pop. equipamento traz quatro novos timbres com diferentes As outras duas recriações foram desenvolvidas tendo texturas. Com eles, o instrumento torna-se ainda mais como raiz o modelo Vangard. O Triple Large apresenta realístico. Os usuários têm à disposição uma recriação o som de um piano com a cauda longa e três cordas perfeita de um piano de armário, o Vertical Piano, som revestidas de cobre para todas as teclas. O som Metallic SB oferece um timbre baseado na combinação de placas de metal fino no meio da tábua harmônica de madeira do instrumento, proporcionando uma tonalidade suavemente metálica. Os interessados em fazer a atualização de software devem entrar em contato com uma revenda autorizada ou com o suporte técnico da Roland pelo site www.roland.com.br TD-12KX 18 Reestruturado para apresentações de sonora do topo de linha TD-20X, em LCD do seu irmão maior, o equi- mais exigentes e gravações, o kit o módulo TD-12 tem centenas de pamento é montado em um chassi V-Drums TD-12KX possui bumbo e sons expressivos, além de instru- forte e resistente de metal, com surdo (KD-120 e PD-105) maiores que mentos para acompanhamento no botões e controles de fácil acesso, seus antecessores. E isso foi feito sequenciador. Muitos deles foram além de faders para ajuste de volu- para aperfeiçoar a performance e a modelados com a tecnologia COSM me dos pads. Doze entradas trigger resposta sonora. Os pads são feitos para proporcionar mais expressivida- pads estão disponíveis, mais quatro com peles mesh head patentea- de e realismo. Com o mesmo display saídas de áudio e conectores MIDI In/ das pela Roland, que Out. A função V-Edit podem ser ajustadas permite alterar de com uma chave de forma virtual o tama- afinação comum. O nho dos tambores, novo rack (MDS-12X) assim como tipos de é incrivelmente resis- material, posições de tente. O sistema ball- microfone, adição de clamp para montagem rebites nos pratos, de caixa, tons, surdo e tensão da esteira da pratos permite maior caixa e muito mais. versatilidade para ajus- E o TD-12 também é tes de posição. compatível com vas- Com a mesma qualida- sourinhas de nylon. Música & Imagem VP-7 O VP-7 é um mó- No painel do módulo há um knob dedicado para o dulo que, utilizando controle de ambiência. Graças ao processador utilizado a tecnologia Vocal pela Roland na linha VP, não existe latência na gera- Designer, gera, além de ção dos backing vocals. É a ferramenta perfeita para backing vocals, sons realistas de dife- tecladistas que tocam em bandas de baile, em que é rentes tipos de coral para músicos que necessitam necessário reproduzir clássicos de artistas cujos vocais de um equipamento com modelagem vocal. Conectado são marcantes, como Queen, Bee Gees e Ray Conniff. via MIDI a um teclado ou piano digital, o modelo pro- É ideal, também, para produtores e arranjadores que duz harmonias vocais comandado pelas notas tocadas não possuem uma sala adequada, tampouco orçamento nesses instrumentos. Basta ao usuário cantar para de- para contratar um coral, assim como para artistas- terminar as nuances. O equipamento permite escolher solo que necessitam incrementar suas performances. backing vocals em duetos e trios, além de possuir sons Supercompacto - pesa menos de 1 quilo -, o produto presetados de coral feminino, de crianças, gregoriano e o é acompanhado do novo microfone Roland DR-HS5, tradicional jazz scat. Está disponível, também, o recurso projetado especialmente para a linha VP, que capta de Vocoder, para gerar timbres robotizados e sintéticos, todas as nuances da voz, além de possuir excelente ideais para música eletrônica ou funk. sistema antifeedback.. BA-330 SPD-30 O pad de percussão SPD-30 é um controlador com um ge- O sistema digital de PA estéreo portátil neroso pacote de sons em sua memória. Cada pad é uma BA-330 proporciona uma sonoridade de al- parte independente, fornecendo um nível de sensibilidade tíssima performance, tanto utilizando pilhas definitivo. Adicionalmente, é possível conectar quatro pads quanto conectado à energia elétrica. Trata-se dual-trigger e um controlador de chimbal (compatível com de um amplificador que alimenta quatro alto- FD-8 e VH-11), para criar um minikit de bateria, usando pads falantes de 6,5 polegadas e dois tweeters, (KD, PD, PDX e CY series da Roland) ou inserindo triggers de posicionados para uma ampla projeção. tambores acústicos (com a linha RT Series Roland). Configurado para quatro canais (dois para Estão disponíveis 50 kits que podem ser configurados com mic/instrumentos e dois estéreo), oferece controles de afinação, abafamento de tambores, ataque, EQ, reverb, delay e wide (on/off por canal), mudanças tonais, curvaturas e muitos outros. Além disso, o além de função antifeedback inteligente produto oferece mais de 30 tipos de multiefeitos na memória e avançada. Possui suporte para otimizar interna, além de EQ, limiter e sete simulações de ambientes. o ângulo de inclinação para monitoração A função Phrase Loop permite criar instantaneamente frases e adaptador para instalação em pedestais e loops de ritmos, além de gravar e memorizar internamente regulares de caixas acústicas. 50 delas, cada qual contendo até três pistas diferentes. É possível também salvar suas programações em um pen drive. Com display LCD com backlit e luz indicadora de pad para fácil operação em ambientes escuros, o SPD-30 possui design robusto para uso em palcos por profissionais. Música & Imagem 19 Novos Produtos AC-33 Equipado com tecnologia DSP ROLAND de última geração, o AC-33 fornece timbres acústicos ricos e puros com uma projeção sonora que vai além de seu tamanho. E é o primeiro amplificador para violão e voz do mundo que funciona com fonte de alimentação ou oito pilhas AA. O sistema de dois falantes de 15 watts cada cria sons reais de chorus estéreo, além de reverb cristalino e efeitos de ambiência desenvolvidos especificamente para esse ele. O produto oferece dois canais com controles independentes de volume, equalizador multibanda e chorus. O mic/line possui entrada tipo P10 ou XLR, e a entrada AUX IN permite conectar mp3 players ou outros equi- ME-25 O processador de efeitos ME-25 possui poderosos recursos BOSS que farão sua guitarra soar como a de um profissional, mesmo sendo tão fácil de usar quanto um pedal compacto. As simulações de amplificadores geradas pela tecnologia COSM fazem dele um equipamento de primeira classe e, derivadas do modelo BOSS ME-70, cobrem uma ampla faixa de estilos, do pamentos do tipo. Controles MASTER LEVEL, REVERB, AMBIENCE e ANTIFEEDBACK também contribuem para os ajustes do timbre. Além disso, o recurso Phrase Looper permite gravar e reproduzir loops de até 38 segundos e infinitos overdubs tanto do instrumento quanto da entrada AUX IN. clássico ao moderno. Entre as ferramentas de criação de timbres, está o recurso SUPER STACK que transforma um pequeno amplificador de estudo em um sistema valvulado de cabeça e caixa. É possível, ainda, editar os efeitos com a simples modificação dos knobs DRIVE, TONE e VOLUME. O SOUND LIBRARY (biblioteca de sons) oferece vários timbres prontos para tocar, mas que também podem ser rapidamente editados com os botões da ME-25. Além disso, um programa disponível gratuitamente no site da BOSS permite que os timbres criados pelo usuário sejam editados e salvos facilmente usando um computador. Conectada a esse equipamento, a pedaleira funciona como interface de áudio, transformando o PC em um estúdio de produção musical, juntamente com o programa Sonar 8.5 LE, fornecido gratuitamente com o produto. A ME-25 ainda traz a ferramenta Phrase Looper que permite gravar e reproduzir loops de até 38 segundos e infinitos overdubs e funciona com seis pilhas tipo AA ou fonte de alimentação. 20 Música & Imagem TU-3 Resistente como um tanque de guerra, o afinador cromático TU-3 possui display indicador formado por 21 LEDs e exclusivo modo ALTO BRILHO, que atravessa a iluminação de qualquer palco. Com modos CHROMATIC ou GUITAR/BASS, o equipamento mostra o nome da nota tocada e afina com precisão guitarras de até sete cordas e contrabaixos de seis. Já o FLAT-TUNNING permite afinações em até seis semitons abaixo de forma direta e rápida. A função ACCU-PITCH, por sua vez, oferece verificação visual quando a afinação está completa e o sinal pode ser automaticamente “mutado” quando o produto for ligado. O equipamento ainda fornece alimentação para até sete pedais compactos BOSS. A-300PRO, A-500PRO, A-800PRO Os novos controladores USB da Cakewalk oferecem 32, 49 e 61 teclas, e um conjunto de recursos que atende a todas as necessidades de uma produção. O A-800PRO apresenta mecanismo com after touch e sensibilidade aprimorada, além de curvas de velocidade selecionáveis. As conexões estão situadas na lateral, o que facilita utilizar tanto as portas USB e MIDI quanto plugar pedais (Hold e Expression). Nove sliders, nove knobs, quatro botões e seção de transporte dedicada colocam nas mãos do músico tudo de que ele precisa para gravar ou mesmo se apresentar. Os modelos são acompanhados do Production Plus Pack, pacote de softwares que inclui Sonar LE, Rapture LE, Cakewalk Sound Center e Studio Instruments Drums. HP-302, HP-305, HP-307 RH-5 Os novos integrantes da linha de pianos digitais HP apresentam o Os fones de ouvido RH-5 são SuperNATURAL Piano Sound. Embora o HP-302 seja o modelo inicial perfeitos para uso com instru- da série, os cuidados com som, toque do teclado e design foram mentos musicais eletrônicos, atentamente observados. O metrônomo e o gravador com três como baterias V-Drums ou pianos pistas também são importantes aliados ao progresso nos estudos, digitais Roland. Equipados com assim como a função Twin Piano. O HP-305 é o padrão e conta com alto-falantes de 40mm de alta todos os elementos dessa linha, como porta USB para arquivos de performance e grandes almofa- memória externa e leitor de CD opcional. O gabinete possui a opção das, o modelo reúne qualidade Classic Position, em que a tampa esconde o painel de controle para e conforto, e oferece resposta melhor concentração na execução. O HP-307, por sua vez, é equipado flat em todas as frequências do com teclado PHA III Ivory Feel com Escapement, que oferece maior espectro sonoro. Um plugue expressão e desempenho superior em respostas rápidas das teclas. conversor permite o uso com A função Piano Designer proporciona total controle dos timbres de conector mini. piano com equalizador. Música & Imagem 21 Interação e t n e l a v i l o e t P n e l a v i l Polivalente O Cakewalk VS-100 oferece recursos e qualidade para praticamente qualquer utilização em produção musical Ao vivo, no estúdio ou no ensaio, para gravar, compor ou para utilização em set de teclados e DJs, pequenas bandas, mixar. O novo Cakewalk VS-100 oferece tudo isso em um pro- artistas-solo, palestras e como mixer auxiliar, entre outras for- duto compacto e cheio de opções. Podendo ser usado como mas. Também funciona como gravador e reprodutor de áudio mixer digital, gravador em SD ou SDHC card, superfície de utilizando cartões de até 8 GB (vendidos separadamente). Este controle para softwares multipista e interface de áudio e MIDI, recurso dispensa a utilização de mais equipamentos e conexões os recursos existentes fazem dele uma solução completa para para registrar e tocar arquivos de áudio. Basta acionar o modo músicos, DJs, produtores e compositores. WAVE RECORDER e pressionar os botões REC e PLAY para Com o VS-100, o usuário, seja hobbista ou profissional, não precisará mais ter vários aparelhos para atender às suas exi- começar a armazenar, diretamente no cartão SDHC, o áudio de todos os instrumentos. gências de gravação, composição e ensaio. O lançamento da Também é possível utilizar a mídia para reproduzir playbacks Cakewalk elimina a necessidade de diversos cabos de conexão. e músicas. Para isto, é preciso conectar o VS-100 a um compu- Os recursos do modelo permitem que seja utilizado de duas tador através da porta USB 2.0 e enviar arquivos diretamente formas. Uma delas é independente do computador, funcionan- para ela. Neste caso, também pode-se transferir os áudios do como mixer e, também, como gravador/reprodutor. Outra gravados do cartão para o desktop Outra característica muito é ser conectado a desktops ou laptops via porta USB. Neste importante desse modo é o fato de que é permitido gravar sobre caso, o produto se transforma em uma interface de áudio com arquivos de áudio enquanto os mesmos são executados pelo qualidade superior e em superfície de controle para operação equipamento. Dessa forma, professores poderão registrar as de programas multipista, plug-ins e instrumentos virtuais. performances dos alunos ou compositores conseguirão armazenar um violão-guia, por exemplo, e, depois, gravar uma voz Pequeno no tamanho, grande nos recursos O VS-100 é um mixer digital compacto, leve e de fácil transporte. Oferece oito entradas (duas mono e três estéreo), sobre ele. Durante a execução de arquivos no VS-100, é possível inserir “markers” e criar pontos de loops, função muito útil para estudos e ensaios. Outro recurso fundamental é o metrônomo incluso, que possui ajuste de volume e andamento. sendo duas delas com pré-amplificadores e Phantom Power Quando conectado a um computador, o VS-100 também para utilização com microfones condensadores. É possível, pode ser utilizado como interface de áudio que permite grava- também, conectar instrumentos de cordas tais como guitarra, ções com qualidade superior à dos DVDs, graças aos poderosos contrabaixo e violão elétrico diretamente na entrada de alta conversores de alta resolução de 24bit/96kHz, dispondo de oito impedância do equipamento. entradas de instrumentos e seis saídas. Além disso, o modelo O lançamento da Cakewalk ainda possui processador de efei- possui conexões MIDI para uso com teclados, módulos de tos interno de alta qualidade, que inclui quatro tipos de reverb, som, baterias eletrônicas e outros equipamentos que possuem compressor e equalizador para os canais de 1 a 6. Com esses essa opção. recursos, os músicos poderão alcançar timbres e sonoridades Graças à exclusiva tecnologia Cakewalk ACT e a controles desejados de forma rápida e prática. O modelo é excelente dedicados que incluem um fader deslizante motorizado de 22 & Imagem Música & 100mm e sensível ao toque, o VS-100 cada track poderá ser editada, regrava- perfeito para criação de timbres de synth pode ajustar os parâmetros de mixagens da e tratada de maneira independente. para música pop e eletrônica. Os demais do software de gravação multipista, bem “Usamos o equipamento para registrar são Studio Instruments Bass, Studio como dos plug-ins e instrumentos virtu- as ideias que aparecem nos ensaios”, Instruments Drums, Studio Instruments ais. A função de superfície de controle, diz o cantor, compositor e guitarrista Eletric Piano e o Studio Instruments aliada ao fader, otimiza todas as etapas Rinaldo Santos, da Soda Acústica, que Strings, responsáveis pela geração de envolvidas em qualquer produção musi- explora praticamente todas as formas de sons de baixo, bateria, piano elétrico e cal: composição, arranjo, captação, mi- utilização do modelo. “Também criamos cordas respectivamente. Este conjunto xagem e masterização. Essa ferramenta algumas trilhas e spots musicais com oferece uma biblioteca de timbres mui- é compatível com diversos programas, ele. Além disso, pretendemos fazer to vasta que permite gravar, produzir e como Sonar, Logic, Live, Cubase e Digi- a pré-produção do próximo disco e compor trilhas para os mais variados tal Performance. registrar nossos shows com o VS-100”, gêneros. comenta Santos. Uso Integrado Os diversos recursos do VS-100 Mas o pacote de softwares do VS-100 ainda inclui os plug-ins VX-64 Pacote de softwares Vocal Strip (processador dedicado à podem ser usados de forma integrada. O VS-100 vem equipado com o ex- melhoria de timbres de voz que inclui de- Ao utilizar o equipamento como mixer clusivo Sonar VS, software de gravação esser, compressor, delay, equalizador, e digital, inserindo um cartão SDHC na multipista completo, que grava até 64 simulação de preamp valvulado), Boost unidade, por exemplo, é possível gravar canais de áudio e ilimitados tracks MIDI. 11 Peak Limiter (plug-in de masterização os instrumentos conectados durante Possui interface gráfica extremamente de qualidade profissional), Channel Tools ensaios ou apresentações. Isto é ex- intuitiva, o que facilita e maximiza a (ferramenta para alterar de forma rápida tremamente útil para registros rápidos utilização das diversas ferramentas de o pan e a imagem estéreo de canais em um único canal estéreo. O material composição, arranjo, gravação, edição de áudio) e o aclamado plug-in Guitar pode ser transferido posteriormente e masterização. O programa ainda Rig LE com efeitos e simulações de para o computador via porta USB para conta com ferramentas de criação e amplificadores. ser tratado, editado ou, ainda, servir de manipulação de loops de áudio e MIDI, Em um universo em que a produ- guia para futuras produções. fundamentais na composição de trilhas, ção musical se torna cada vez mais jingles e acompanhamento musical para comum, o VS-100 oferece recursos e apresentações ao vivo. qualidade para praticamente qualquer Existe também a opção de usar o VS-100 simultaneamente como mixer digital e interface de áudio conectada Além do Sonar VS, o VS-100 apresen- utilização. Unindo hardware e software a um desktop ou laptop. Dessa for- ta seis instrumentos virtuais de altíssima de forma inteligente e integrada, este ma, será possível empregá-lo como qualidade. O Dimension LE é um VST produto Cakewalk, renomada marca de um mixer para o show e, ao mesmo que inclui 400 sons de piano elétrico, programas para Computer Music, pode tempo, gravar canais separados no baixo, órgão, synths e grooves de bateria auxiliar muitos instrumentistas, bandas Sonar VS ou qualquer outro software prontos para usar. O Rapture LE é um e produtores a alcançarem novos níveis de produção musical. Posteriormente VST de sintetizador de formas de onda de criação. (Renan Dias) SODA ACÚSTICA Pioneirismo e uso frequente & Imagem Música & 23 Capa 24 & Imagem Música & Fã de longa data Luis Schiavon, um dos mais importantes músicos brasileiros, fala de sua paixão pelos sintetizadores Roland Pianista de formação, roqueiro por afinidade, pop por natureza. Luiz Schiavon é a síntese do artista moderno, muito difícil de afinar. Foi assim que entrei no mundo dos sintetizadores.” que reúne o melhor de cada gênero para a criação de sua Em um País de literatura escassa e produtos idem, a linguagem sonora. Atualmente no comando da Banda busca por novidades levou Schiavon ao encontro de um Domingão, e nos lares de milhões de brasileiros, ficou sintetizador Roland SH-1000. “Daí para frente, me envolvi conhecido na década de 1980, pilotando os teclados do com teclados eletrônicos e synths”, afirma. Essa união RPM. A banda, ícone daquela geração e marco na história pode ter marcado para sempre a preferência do músico: do rock nacional, atingiu o topo das paradas e inaugurou “Tive dezenas de equipamentos da marca: Jupiter 6, Ju- uma nova forma de fazer música. piter 8 - que tenho até hoje -, Juno-6, Juno-60, Juno-106, As influências começaram a fazer efeito desde cedo. a família Juno quase toda”, confessa. Apesar de ter estudado em conservatório e se dedicado Dedicando-se a segmentos tão variados quanto show ao erudito, foi atraído pela sonoridade dos Beatles e dos business, trilhas sonoras, jingles e música ao vivo, o Rolling Stones. Daí ao fascínio com o rock progressivo arsenal sonoro de Schiavon já contou com dezenas de Rick Wakeman, YES! e Emerson, Lake & Palmer, foi de modelos de teclados. Apesar disso, a paixão pelos um passo. “Na época, tinha 17 anos e tocava em uma produtos Roland continua: “Não vou falar que só tive banda cover de Deep Purple”, conta. “Comprei meu teclados Roland, mas a maioria dos equipamentos bons primeiro órgão eletrônico e, depois, um teclado italiano era da marca.” & Imagem Música & 25 Capa Quais eram seus objetivos com os sintetizadores? primeira geração dos digitais, o que eu sentia é que a diferen- Meu principal objetivo sempre foi fazer música pop com ça de peso sonoro era muito grande. Depois, os algoritmos synth. Mas houve uma época em que precisei parar para foram mudando, os sistemas se sofisticando e, hoje, é difícil aprender síntese. Foi um ano sabático, que fiquei sem tocar ver disparidades entre eles. em banda, apenas pesquisando e estudando. Nesse período, troquei todo meu set, colocando sequenciador, bateria eletrô- Quais foram as outras melhorias marcantes? nica. E, para me aprofundar ainda mais, acabei entrando na A mais marcante foi a comunicação entre modelos de área da música eletrônica não pop, como Tangerine Dream e diferentes marcas. E os multitimbrais. Isso foi um divisor de Tomita, gente que usava o instrumento para emular orquestra águas, pois era possível diminuir muito o set. Não precisava ter e compor trilhas. 11 ou 12 teclados no palco. Outro ponto importante foi quando começaram a inserir os efeitos built-in. E como era seu setup na época do RPM? No início, eu tinha um Juno-106 e um JX-3P. Foi o primeiro teclado MIDI que usei. Após um tempo, ampliei um pouco Acredita que ainda faltam recursos nos sintetizadores atuais? mais o set e comprei dois outros sintetizadores. Toda a fase Houve uma “involução”. Alguns teclados atuais têm uma underground do RPM foi com esse sistema. Quando começa- forma de programação tão complicada que o grande barato da mos com a turnê mais pesada, incorporei um Apple 2, com 48k síntese, que era ter uma forma intuitiva de interferir no som, de memória, e uma placa de expansão de 128k. Íamos para a deixou de existir. estrada com isso e com um software Roland de oito canais. Disparavam alguma coisa? Sim. Tinha dois floppy. Carregava com um, rodava a sequência, tirava, usava o outro. Aquilo para dar problema era um espetáculo. Mas funcionava. Nessa época, comecei a sofisticar mais. Comprei um Jupiter-8 e, depois, um Jupiter-6. “Não vou falar que só tive teclados Roland, mas a maioria dos equipamentos bons era da marca” Como surgiu a ideia daquele timbre do riff de “Rádio Pirata”? Como concilia o trabalho do estúdio com o da banda? Por falta de tempo, não componho mais jingles. O que faço são vinhetas para a Rede Globo. Além disso, acumulo a direção musical do programa e da Banda Domingão. Então, uma parte do meu trabalho é desenvolver as vinhetas para os quadros. Por que investiu no ramo de jingles? Tinha um estúdio desde a época que tocava no RPM. Quan- Na época, rádio pirata era a designação de uma estação do a banda acabou, não estava com vontade de fazer outra. que tocava música alternativa. É preciso situar isso para não Nesse período, conheci um profissional da McCann Erickson. dizer que estamos fazendo apologia. A intenção era emular Ele me perguntou se eu não gostaria de compor uma peça uma sirene, como se houvesse alguém correndo atrás dos publicitária meio rock. Fiz e o pessoal gostou. Depois, ele piratas. Programei e ficou muito chato. Irritava. Dei uma secada, descobriu que eu tinha também influências de piano erudito deixei o timbre mais limpo e, o que era para fazer com bend, e começou a me dar outros trabalhos. Fiquei 10 anos nesses acabei usando o recurso do Juno-6 que fazia o portamento projetos. polifônico. E as trilhas? De qual equipamento era o timbre? O polifônico era do Juno-106. Já o do solinho era do JX-3P. Não usava timbres pressetados. Era tudo refeito. Em um desses jingles, conheci o Marcelo Barbosa, filho de Benedito Ruy Barbosa. Ficamos amigos e ele começou a me pedir algumas peças. Após dois anos, acabamos nos associando. Um dia, ele disse que seu pai queria escrever Como você lidou com o lançamento dos sintetizadores digitais? uma novela com trilha diferente, sem essa prática de usar No set, utilizava as duas coisas, digital e analógico. Nessa Ruy, peguei a sinopse da trama e isso me serviu como brie- 26 & Imagem Música & um monte de canções. Então, fiz um teste. Conversei com o fing. Destaquei o tema principal e mais três personagens. era cobrado nas décadas de 1970 e 1980. Acredito que a Compus uma música específica para cada. A novela foi Rei diferença fundamental não é mais o custo. O que define a do Gado. Depois, comecei a trabalhar para a Rede Globo compra, para mim, é a arquitetura, a facilidade de progra- na área de produção. Fiz Terra Nostra, Esperança, Cabocla, mação e o peso. Mad Maria e outras. Como começou a trabalhar no Domingão? Quais equipamentos Roland utiliza atualmente no studio? Conheço o Fausto há quase 30 anos, bem no começo O XV-88, que ainda uso muito, o SH-201 e, quando preciso, do RPM, quando ele trabalhava no Balancê, um programa o V-Synth. Mas, normalmente, ele fica no set do Domingão. de rádio com o Osmar Santos. Também fizemos algumas Por incrível que pareça, no momento de fazer alguma trilha, apresentações no Perdidos na Noite. Sempre nos encon- coloco o velho Jupiter-8 com um som bem analógico. trávamos em restaurantes. Há uns seis anos, ele renovou o contrato com a Rede Globo e tinha o projeto de modificar a maneira de fazer música no Domingão. Montamos a banda, passamos no teste e ela foi se tornando parte da atração. Como conheceu o V-Synth? A primeira vez que vi foi na sala de demonstração da Roland. Fiquei impressionado com a variedade de recursos que possui. É um teclado compacto, leve. E um bom synth O que você acha das bandas atuais? Há coisas boas? Sim, mas fora do rock, que empobreceu muito em termos de sonoridade. É só power trio ou duas guitarras e voz. Não de recursos. O Vocoder é muito simples de usar, intuitivo. Tem algum equipamento que acha indispensável em seu trabalho? busca muita sofisticação. Bandas que continuam fazendo Como tenho formação clássica, costumo compor ao pia- coisas interessantes são Jota Quest e Skank. As outras no. Então, no estúdio, uso o XV-88. É um bom instrumento desistiram mesmo. E isso também acontece na parte das e tem um set básico para trilhas: cordas, metais e synths letras. Mas acho que tem muita coisa boa no cenário de mú- pré-programados que, se não forem o que quero, estão bem sica eletrônica, como tecladistas que trabalham com DJ. próximo. Faço todo o esqueleto nele. Depois, quando vou para o detalhamento, coloco outros teclados para timbrar. Quais as principais diferenças dos produtos Roland para os demais? Mas o “pau para toda obra” é o XV-88. (Rafael Furugen e Nilton Corazza) O custo-benefício sempre foi imbatível. Um Jupiter-8 custava metade de um equivalente. O segundo ponto é a facilidade de programação. E acho muito legal o design. Os modelos sempre foram muito bonitos, bem acabados. Você botava um Jupiter no palco, ele era elegante, chamava atenção. Na época, a Roland definiu um novo padrão para esses instrumentos. E atualmente? O custo-benefício ainda faz diferença? Houve um achatamento nos valores. Então, os preços estão equivalentes. E muito baixos em relação ao que Música & Imagem 27 s o d a i r e t a b A s i a n o i s s i f pro TD-20KX Com o lançamento da TD-20KX, a linha V-Drums oferece o que de mais avançado existe em baterias eletrônicas 28 & Imagem Música & O desenvolvimento das baterias ele- com as mesmas medidas do modelo vendo uma borracha mais mole, que trônicas Roland disponibilizou ao mer- anterior, 10 polegadas. Isso também gerava rebote semelhante ao de uma cado soluções inovadoras e produtos ocorre com o surdo PD-125X, com 12 bateria tradicional. Mas o grande avanço revolucionários que facilitaram o traba- polegadas. O PD-125XS, para a caixa, foram os mesh head, que aliviaram todo lho de músicos dedicados a shows e a apresenta dimensão igual à de seu esse impacto no punho e, também, gravações, assim como de estudantes. antecessor, 12 polegadas, porém a es- no corpo” . Graças a essa tecnologia, Apesar do preconceito inicial causado trutura de sustentação é diferente: ele a evolução da técnica e o contato das pela inclusão da tecnologia digital em não vem com o suporte para conexão baquetas nos dedos são semelhantes um instrumento basicamente percussi- em clamps, como nos pads de surdo, aos de um instrumento acústico, sem a vo, diversos profissionais renderam-se e deve ser apoiado em uma estante de necessidade de grandes mudanças ou à sonoridade e à facilidade que os kits caixa que aceite esse diâmetro. adaptações para tocar. V-Drums oferecem e muitos têm esses Uma grande mudança foi feita no Por se tratar de um sistema dife- bumbo, que agora tem 14 polegadas rente, o ruído emitido pelos pads é Um grande entusiasta desse con- de diâmetro, 11 quilos e uma estrutura mínimo, perfeito para quem quer tocar ceito é Albino Infantozzih, um dos ba- nova, forte e maciça para total sus- com fones de ouvido sem incomodar teristas mais requisitados do País, seja tentação e fixação no chão, além de parentes e vizinhos. O ajuste da tensão para gravações ou shows, atualmente acabamento cromado do aro principal das peles é feito com uma chave de compondo, além de outros trabalhos, a que está ligado aos pés. É totalmente afinação padrão, respeitando a tensão Banda Domingão, que faz a trilha sonora compatível com pedais comuns e necessária para um melhor disparo dos do programa dominical de maior audiên- duplos e está preparado para aceitar sons pelos triggers. A durabilidade é cia da TV brasileira. “As características performances bastante agressivas. inquestionável, mas se necessário, elas que mais chamaram a atenção quando “É difícil encontrar no segmento de podem ser substituídas facilmente, conheci o kit TD-20 foram o nível de baterias eletrônicas um bumbo que como é feito em kits acústicos. A troca dinâmica e a tecnologia de tocar em não escorregue”, confessa Infantozzih. deve ser feita apenas por mesh head diferentes regiões da pele e ela respon- “Esse é o primeiro que se pode tocar originais, que podem ser encontradas der semelhante a um tambor acústico”, com certa força ou violência, e se em assistências técnicas autorizadas atesta o músico. “Me apaixonei por ele comporta como um tambor acústico Roland. e comprei o instrumento” . de 20 polegadas” . modelos como seus preferidos. O que era bom, no entanto, ficou ainda melhor. Diversos aprimoramen- Os pratos continuam com as mesmas medidas, tanto para os dois de SENSIBILIDADE ataque CY-14C-SV (14 polegadas) quan- tos foram feitos para aperfeiçoar o kit As melhorias nos pads não ficaram to para o de condução CY-15R-SV (15 topo da linha V-Drums, tanto na parte somente no visual. Todos estão com a polegadas). Mas, para combinar me- de hardware quanto no novo módulo, o sensibilidade aprimorada por causa das lhor com o novo visual, são feitos com TD-20X, resultando no lançamento da mudanças nos triggers e parâmetros borracha cinza na superfície, imitando TD-20KX. Os pads, neste modelo, são do módulo. a cor prata. A parte inferior também foi mais robustos e com sistema de canoas Mantendo o sistema mesh head - modificada, fabricada agora em preto. que permite a troca do revestimento. criado e desenvolvido pela Roland em O chimbal VH-12-SV também é cinza e Ele vem de fábrica na cor prata, mas parceria com a mais importante fábrica mantém a mesma medida de 12 pole- pode tornar-se azul ou vermelho com de peles do mundo, a Remo -, as peles gadas. Como no modelo anterior, ele o uso dos acessórios CV-20KX-BU ou simulam perfeitamente o rebote do pode ser montado em uma máquina CV-20KX-RD, dois pacotes vendidos impacto das baquetas. Essa diferen- de chimbal padrão do mercado. A sen- separadamente. Se o músico preferir, é ciação é importantíssima para músicos sibilidade e a velocidade de resposta possível customizar os pads, colocando acostumados com modelos acústicos. em conjunto com o módulo TD-20X nome, figuras ou símbolo de sua banda “Minha primeira bateria eletrônica foi foram melhoradas, graças a mudanças impresso em material semelhante. Com uma Roland R-8 com Octapad. Eu toca- nos parâmetros de trigger. “Foi a pri- esse recurso, ele pode modificar o ins- va em uma superfície dura e o rebote meira vez que encontrei sensibilidade trumento quantas vezes desejar. vinha para o pulso”, conta Infantozzih. em hi-hat em um instrumento” , con- “As empresas, então, foram desenvol- fessa Infantozzih. Os pads de tons PD-105X estão Música & & Imagem 29 TD-20KX RACK E MÓDULO Para alguns bateristas, o formato do rack MDS-20, utilizado na TD-20K, não era muito convincente. Por causa dessa Memórias nos encaixes, pés com borrachas mais espessas e tubos, braçadeiras e clamps em acabamento cromado, complementam o conjunto de alterações. opinião, a Roland trocou as ferragens e criou o MDS-25. O Como no modelo anterior, os cabos, transparentes e com novo suporte conta com estrutura de apoio dos pads total- plugues mais resistentes, passam por dentro dos tubos. Para mente modificada, usando clamps e suportes mais longos fácil conexão, são nomeados com uma pequena borracha e robustos, além de sistema de ajustes ball clamp para um colorida, de acordo com o nome dos pads. Para Infantozzih, posicionamento mais preciso dos tons, surdos e pratos. a robustez das ferragens é um dos pontos altos do novo kit: “Finalmente o rack foi aprimorado, deixando a bateria com um visual mais vigoroso e menos chocante para quem está acostumado com a acústica”. Com todas essas mudanças, o novo MDS-25 completa o TD-20KX, elevando o instrumento ao patamar de bateria que pode ser usada em situações profissionais, para grandes palcos e estúdios. O novo módulo, chamado TD20X, conta com a placa de expansão TDW-20, lançada em 2009, embutida. Com visual remodelado, na cor cinza escuro, conta com 920 sons de instrumentos de percussão, tambores e pratos, 262 de acompanhamento, como pianos, synths, baixos e outros, para o sequenciador, além de cem kits editáveis. O exclusivo V-Edit ALBINO INFANTOZZIH “A TD-20KX me permitiu ver a música com outra dimensão” 30 Música & & Imagem permite a customização dos sons com som de aro da caixa, além de adição de principalmente nos pratos. A sensi- parâmetros de troca de peles, corpo ambiência. Para backup das alterações bilidade e a velocidade de resposta dos tambores, ajustes de esteira da e programações pessoais, há um slot do chimbal sofreram alterações im- caixa, profundidade dos tambores, para uso de Compact Flash de até 4 Gb, portantes, em conjunto com o novo mudança de microfones e de posição podendo ser salvos até 9.900 kits. VH-12-SV, que permitem resposta deles, adição de sons extras no aro, Os ajustes de ambiência foram afinação, configurações de ressonân- modificados, com mais opções de Todas as mudanças feitas pela cia, escolha do tipo de batedor do salas, materiais de construção, pro- Roland na TD-20KX, principalmente no pedal de bumbo, tamanho dos pratos, fundidade (física) e posições de mi- que tange ao hardware, aumentam instalação de rebites ou correntes de crofones, além de um controle ainda o potencial para uso em situações metal nos pratos, fixação gradual do melhor de volume e endereçamento profissionais. A praticidade e a qua- chimbal e diversos outros parâmetros de sinal de áudio independente. Para lidade são fatores essenciais para para timbres eletrônicos, permitindo conferir essa poderosa ferramenta bateristas poderem tocar com con- a criação de até 21.657.039 variações. individualmente, é possível monito- fiança, em circunstâncias em que, “Em vez de carregar 40 baterias, o rar a ambiência no modo solo. Esse anteriormente, não era possível o músico leva um módulo”, diz Infanto- recurso é essencial quando usado uso de kits eletrônicos. Novos sons e zzih, que confessa não conhecer ainda em estúdios de gravação, onde esse controle total de dinâmica permitem todos os recursos do modelo. elemento completa o som da bateria possibilidades inéditas até para os na mixagem, deixando o resultado instrumentistas mais exigentes. “A ainda mais real. TD-20KX me permitiu ver a música O TD-20X permite a conexão de um pedal foot switch FS-6 (BOSS) para mais rápida e precisa. troca de sons, disparo e mudança de As configurações de trigger no com outra dimensão, não apenas patterns, alterações de kit programadas módulo TD-20X também foram mo- como baterista, mas como pintor, no modo Chain, fixação do chimbal, dificados, fazendo que nuances de com cores e timbres” , conclui Infan- efeitos e acionamento da esteira e do dinâmica fiquem ainda melhores, tozzih. (Gino Seriacopi) Música & & Imagem 31 FR-7X e o ã ç i d Tra nidade r e d mo A chegada do V-Accordion FR-7X alimenta a paixão pelo instrumento digital desenvolvido pela Roland 32 & Imagem Música & Em 2004, a Roland lançou o primeiro antecessor, o 7X traz novos timbres muito conhecida por seus modelos da acordeon 100% digital da história. E, de países de tradição, como França linha VK. Com simulação de barras har- mesmo após cinco anos, o V-Accordion e Itália. A Roland detém uma das mônicas, é possível criar sonoridades ainda causa reações diversas em mú- tecnologias mais avançadas de sam- dos famosos instrumentos eletrome- sicos e amantes do instrumento por pleamento da indústria musical e se cânicos da década de 1950. A divisão todo o planeta. É importante afirmar, vale disso na hora de amostrar timbres dos manuais também é semelhante à no entanto, que assim como a guitarra tradicionais de marcas como Scandalli de um órgão: as teclas representam à não tirou o espaço do violão, o modelo e Paolo Soprani, para citar algumas. região da mão direita (upper), os acor- digital não substituirá o acústico, pois Essas sessões de sampleamento são des correspondem à mão esquerda veio se juntar a ele e oferecer novos sempre dirigidas por Luigi Bruti, diretor (lower) e os baixos, a pedaleira. caminhos para os artistas, que podem da Roland Europa e principal líder do Outra versatilidade do acordeon se expressar de forma diferente. projeto que tornou o V-Accordion uma Roland é na parte dos baixos. Muito Neste ano, a Roland está celebrando realidade. “Temos um ótimo relaciona- usado por músicos europeus, o modo mais de dez mil unidades vendidas de mento com os principais fabricantes Free Bass transforma toda a região dos sua linha V-Accordion - formada pelos de Castelfidardo, a terra do acordeon acordes e baixos em um verdadeiro modelos FR-1, FR-2, FR-3S e o novo na Itália”, diz. “Por diversas vezes, nos teclado com botões: o usuário tem FR-7X. E a fábrica responsável pela emprestam os modelos clássicos para a possibilidade de tocar com a mão produção da série, em San Benedetto, nossas sessões de amostragem”. esquerda o mesmo que executa com Itália, trabalhou intensamente nos úl- Além de diversos sons de acordeon, a direita. Os baixos e acordes passam timos meses para aperfeiçoar o FR-7. o instrumento também conta com 49 a reproduzir notas, em escala cromá- Uma das grandes vantagens com as filiais pelo mundo que transmitem o que os músicos desejam. Pode-se dizer, então, que o FR-7X é resultado de pesquisas com artistas de todas as regiões. Um dos pontos aperfeiçoados foi o fole. Além do tica, assim como nas teclas. Isso 4ª Festival Internacional Roland de Acordeon da multinacional é ter contato permite criar arranjos totalmente diferentes do que é feito para os Em abril de 2010, a Roland Brasil anunciará a quarta edição do Festival Internacional Roland de Acordeon. O prêmio para o vencedor da etapa nacional será um FR-7X. Se você é acordeonista ou conhece alguém que toque o instrumento, não perca esta oportunidade. O site do evento é www.festivaldeacordeon.com.br aprimoramento do sensor que modelos acústicos usados no Brasil. Orimar Hess Júnior, vencedor da etapa nacional do 3º Festival Internacional Roland de Acordeon, comenta sobre o recurso: “Ele me mostrou uma nova forma de tocar acordeon”, atesta. Hess já recebeu seu FR-7X, transforma a pressão do ar em sinais orquestrais. Timbres de piano, trompe- prêmio obtido por ter vencido a etapa digitais, há uma válvula que permite te, flauta, saxofone, violino, violão e de brasileira do festival. O acordeonista regular a tensão e retirar o ar dele. diversos tipos de órgão estão disponí- tem realizado shows no Sul do País Com isso, técnicas muito usadas por veis para que o músico transforme o somente com o instrumento Roland e músicos do Sul e do Nordeste do Brasil modelo em um sintetizador com fole, executa diversos tipos de música. “A podem ser executadas sem grandes tendo como vantagem o controle dos versatilidade é um dos pontos mais im- dificuldades. A Roland já havia colo- sons por esse dispositivo. Ao utilizar portantes. Toco tango, marchinha, val- cado sistema semelhante em outros um timbre de saxofone em um synth, sas e música clássica usando diversos modelos da linha V-Accordion e, agora, o instrumentista tem que controlar a sons, percussão, tudo que é possível”, pôde aperfeiçoar o mecanismo para expressão pelo toque, por um pedal afirma. “Além de fazer performances este novo instrumento. de sustain ou por algum recurso espe- individuais, costumo me apresentar cífico como, por exemplo, o D-Beam, em uma banda e, às vezes, quando o exclusivo dos teclados Roland. Mas o tecladista não aparece, consigo fazer grau de expressão obtido por meio do minha parte e a dele também.” RECURSOS Os sons de acordeon do FR-7 sempre foram muito elogiados por artistas fole do FR-7X é muito mais amplo. Outro ponto aprimorado em relação de todo o Brasil. Além de contar com Para os sons de órgão, a Roland ao FR-7 é a conexão USB. Agora, os as sonoridades oferecidas pelo seu incluiu a tecnologia Virtual Tone Wheel, músicos podem carregar novos sons e & Imagem Música & 33 FR-7X fazer atualizações de sistema operacio- V-Accordion é a amplificação. Os acor- ws”, protesta. “Agora, com o FR-3S, nal. Mas o principal é a possibilidade de deonistas que usam o modelo acústico não tenho mais inconveniente algum: tocar com arquivos mp3 e wav usando em palcos sofrem por dois motivos: executo minha performance tranquilo um pen drive. Há um pequeno compar- têm que encontrar um sistema de e com o melhor som possível”. timento em que o dispositivo é inserido microfonação ou captadores que man- Outro detalhe é que o FR-7X fun- e o usuário ouve o playback no mesmo tenham a qualidade do timbre e lutam ciona tanto alimentado pela energia sistema de som do instrumento. Com contra a microfonia. São inúmeras as elétrica quanto por uma bateria re- isso, um acordeonista que toca sozinho queixas de músicos em todo o mundo carregável de níquel - fornecida com consegue produzir suas bases em casa, a respeito desses problemas. o equipamento. Essa solução tem transferir seu trabalho para uma mer- Nesse ponto, o FR-7X é a melhor duração de mais de 6 horas, o que mória flash e, depois, usufruir desse solução para quem toca ao vivo: basta permite ao músico fazer um show recurso para enriquecer suas apresen- plugar um cabo ou um transmissor de tranquilamente, sem estar plugado a tações. Outra variante importante é microfone sem fio e o artista terá o nenhum cabo, somente com o trans- gravar performances. Com isso, o artista som original amplificado em qualquer missor de microfone sem fio. O ins- pode analisar desde se sua técnica está P.A. ou monitoração de palco. E o trumento também é vendido com uma satisfatória até se seu trabalho de fole acordeonista poderá andar pelo espaço pedaleira que possibilita recarregar a está correto. Enfim, será seu próprio sem se preocupar com o feedback. bateria, além de ter alguns pedais de crítico. Ou pode usar esta ferramenta Giordano Mahatma, vice-campeão da comandos, como troca de sons, pedal para registrar uma trilha ou um trabalho. etapa nacional do 3º Festival Interna- sustain e conexões MIDI. Basta inserir o pen drive no computador cional Roland de Acordeon diz que O V-Accordion hoje é uma realidade e copiar o arquivo. sempre teve dificuldades antes de em todo o mundo. Oswaldinho do usar o FR-3S: “Utilizava um acústico Acordeon, um dos mais fantásticos QUALIDADE e tinha problemas de microfonia. O acordeonistas da história do instrumen- O sistema de som do FR-7X foi todo pior é que, se isso ocorresse, mesmo to, adotou o FR como seu “parceiro” reformulado, oferecendo maior percep- que não fosse do acordeon, o técnico desde 2005. Além da questão do peso ção sonora. A potência continua em já estava escaldado e sempre baixava (o FR-7X tem apenas 11,7 quilos), os re- 50W RMS, mas distribuídos de forma meu volume. Quase não era ouvido e cursos do produto foram determinantes aperfeiçoada no chassi do instrumen- tinha que tocar o fole com tanta força para o “mestre” optar pelo equipamento to. E um dos grandes trunfos da linha que chegava esgotado ao fim dos sho- Roland. (Sérgio Terranova Jr.) Irmandade Quem imagina que as fábricas tradicionais na Itália se revoltaram e armaram uma “caça às bruxas” quando o V-Accordion foi lançado pode mudar de ideia. As empresas perceberam que, de imediato, a procura pelo acordeon acústico aumentou. Com sua nova proposta, a Roland conseguiu mostrar a jovens e crianças que esse pode ser um instrumento muito versátil e interessante, usado para tocar qualquer gênero. Sofrendo de preconceito e taxado como “de idosos” e “para música regional”, o acordeon iniciou seu ressurgimento na Itália e no resto do mundo após anos de certo ostracismo. 34 & Imagem Música & ORIMAR HESS JÚNIOR Uma nova forma de tocar acordeon Música & Imagem 35 VE-20 s o d z e v A s a t s i l a c vo 0, do VE-2 o t n e m or lança o melh Com o e c e r e f o z a BOSS para vo s o it e f em e 36 Música & & Imagem Guitarristas e pedais sempre andaram juntos, principalmente após o início da década de 1980, época em que estes - e também os processadores de efeito - tornaram-se acessíveis para a maioria dos instrumentistas. Atualmente, é praticamente impossível separar a guitarra dos famosos equipamentos dedicados à criação de diferentes tipos de timbres, a não ser, talvez, entre alguns jazzistas mais puritanos. Por outro lado, com o surgimento da música eletrônica e o desenvolvimento de softwares dedicados às modificações vocais e à criação de backing vocals, a vontade dos cantores de tentar reproduzir ao vivo a sonoridade e os recursos obtidos em estúdio criou a necessidade de processadores de efeitos específicos para voz. A eterna busca do qualidade de estúdio do cantor Lulu Santos, conta com motiva amadores ou profissionais a Mantendo o elevado padrão de pedais BOSS em seu setup como procurarem recursos que os ajudem qualidade, os engenheiros da BOSS os modelos PS-5 Super Shifter, OC-3 a obter o melhor resultado de suas colocaram no VE-20 os efeitos funda- Octave e o DD-3 Digital Delay. Segun- técnicas de canto. mentais para qualquer vocalista, entre do o artista, “com o lançamento do Aproveitando essa tendência e eles reverb, delay, compressor (Dina- VE-20, a questão do sinal do micro- sua história na criação de efeitos para mics), equalizador e chorus. Além dos fone sofrer algumas alterações, por guitarra, a BOSS lançou o VE-20 Vocal mais comuns, o produto apresenta estar conectado a um efeito projetado Performer, um pedal projetado espe- ferramentas extremamente úteis para guitarra, vai acabar. E alguns re- cialmente para uso com microfones e para cantores como, por exemplo, o cursos dedicados aos vocalistas são que possui recursos específicos para HARMONY, que cria backing vocals igualmente úteis para instrumentos vozes em geral. O modelo foi conce- inteligentes de até duas partes em de sopro, como delay, reverb e a bido para atender aos mais variados que é possível escolher os intervalos abertura de mais duas vozes automa- tipos de cantores e, com certeza, au- musicais das vozes geradas. Basta ticamente”. xiliará também a outros profissionais selecionar em que tom determina- A exemplo de Guedes, muitos que utilizam a palavra como principal da canção será executada para que vocalistas e saxofonistas mais “ante- meio de comunicação, como por sejam desenvolvidas as vozes adicio- nados” vêm utilizando pedais BOSS exemplo, palestrantes e apresentado- nais, em perfeita afinação e sempre em seus setups, principalmente os res. “É um produto totalmente novo e respeitando a tonalidade escolhida. modelos GE-7 (Equalizer), DD-3 (Digi- não uma simples adaptação de algum Este recurso, obviamente, pode ser tal Delay) e RV-5 (Digital Reverb). No modelo que a marca tenha criado para empregado em instrumentos de entanto, por serem projetados para instrumentos de corda”, diz Yasuyuki sopro que utilizam microfones para guitarra, esses equipamentos causam Watanabe, projetista chefe da BOSS amplificar o som. uma pequena alteração do sinal quan- timbre perfeito em shows também que trabalhou no desenvolvimento do produto. O saxofonista, cantor e compositor do são usados com microfones. O Milton Guedes, atualmente na banda VE-20 resolve essa questão de forma Música & & Imagem 37 VE-20 definitiva, uma vez que possui todos escala cromática. os amantes de Lord Darth Vader da esses efeitos e foi desenvolvido para Estão presentes no modelo efeitos saga Guerra nas Estrelas). A vocalista processar o sinal direto captado por ainda mais radicais, que agradarão Déia, do grupo Agnela ressalta: “Os um microfone. cantores ousados e que buscam se efeitos básicos do VE-20 irão auxiliar Outro recurso essencial criado para diferenciar dos demais. A seção TONE/ a aprimorar e equilibrar o timbre da os vocalistas é o PITCH CORRECT, que SFX apresenta opções inusitadas, voz, mas os mais radicais são funda- corrige automaticamente pequenas como STROBE (que “fatia” a voz mentais para nossas apresentações, imprecisões na afinação. Esse efeito criando uma textura ideal para músi- porque podemos utilizá-los de muitas pode ser usado no modo Maj (Min), ca eletrônica), RADIO (que, como o formas diferentes”. em que as notas são ajustadas com próprio nome diz, altera o timbre da O VE-20 conta com exclusivos con- base na tonalidade escolhida, ou voz imitando um pequeno rádio de versores digitais projetados especifi- na opção Chromatic, que retifica a pilhas) e ROBOT (que, com certeza, camente para o produto. “Alguns dos altura para a nota mais próxima da criará uma identificação imediata com recursos foram extraídos do processador de efeitos vocais VT-1 Voice Transformer”, comenta Takahashi. “Mas, com a evolução dos DSPs, a clareza e a definição dos timbres gerados pelo VE-20 são similares aos encontrados em racks de processamento de estúdio.” FACILIDADE DE USO Os recursos embutidos no processador vocal não dificultam sua operação. Projetado no mesmo formato de pedais duplos da linha de produtos Twin Pedals da BOSS, a novidade tem poucos botões e apresenta display com ótima visualização. Basta pisar no pedal esquerdo para ligar e escutar os efeitos. O knob SOUND seleciona um dos 30 ajustes programados de fábrica, que são excelentes opções para quem deseja utilizar o equipamento de forma direta, sem precisar se preocupar com configurações. O REVERB LEVEL, como o próprio nome diz, controla o nível desse efeito, que é, sem dúvida, o preferido dos vocalistas. O botão MENU e aqueles em formato de seta servem para ajustar os efeitos do VE-20. E isso pode ser feito de forma simples e direta. Ao finalizar a customização, os usuários podem salvar seus timbres personalizados em uma das 50 meMILTON GUEDES Recursos dedicados aos vocalistas são igualmente úteis para instrumentos de sopro 38 & Imagem Música & mórias disponíveis no equipamento. O pedal direito, por sua vez, liga au- mentas para performances inovadoras tomaticamente o efeito HARMONY, e criação de timbres consistentes. O VE-20 foi desenvolvido para tornando muito fácil adicionar este Professores de canto têm a possi- auxiliar profissionais que usam a voz recurso em partes específicas das bilidade de lançar mão da gravação como meio de comunicação a alcan- músicas. STROBE, RADIO e ROBOT. de loops em suas aulas, bem como çar novos níveis de customização e Complementando o painel de ope- do HARMONY para o estudo de personalização em um equipamento ração, há o botão LOOP PHRASE, que técnicas de construção de backing resistente, com qualidade superior e aciona a gravação de loops da unidade. vocals. Pastores de igrejas podem muito fácil de usar. Essa ferramenta capta automatica- usar efeitos básicos em seus cultos, Projetado segundo a principal filo- mente até 40 segundos de áudio e para discursos, e outros, totalmente sofia da BOSS, que é criar produtos reproduz o mesmo continuamente diferentes, para as partes cantadas. inovadores e que ajudem a desenvol- logo após o término do registro. Sobre Palestrantes e profissionais que ver a criatividade de seus usuários, o esse material, é possível gravar novas trabalham com eventos motivacio- VE-20 inicia uma nova fase em que os partes ou, simplesmente, improvisar nais devem utilizá-lo em suas apre- vocalistas, assim como os guitarris- e estudar técnicas de abertura vocal sentações, produzindo atmosferas tas já vem fazendo há muito tempo, e vocalização. Este recurso também descontraídas com os recursos mais terão seus próprios pedais de efeito. pode ser usado em passagens de modernos do equipamento, como (Sergio Motta) som, para que cantores passeiem pela casa de shows enquanto escutam sua própria voz. O VE-20 aceita conexão de cabos P10 ou XLR, sendo que, no segundo caso, o equipamento pode habilitar seu sistema interno de Phantom Power 48 Vdc. Esse tipo de alimentação especial para microfones condensadores é largamente utilizado em gravações e apresentações profissionais, e garante qualidade superior na captação dos sons. O modelo possui ainda saídas estéreo balanceadas e saída adicional para fones de ouvido ou linha. O produto pode ser ligado à rede elétrica por meio da fonte original BOSS modelo PSA-120S (vendida separadamente) ou alimentado por seis pilhas tamanho AA, preferencialmente alcalinas. Neste caso, a autonomia de uso é de até oito horas. FLEXIBILIDADE Do ponto de vista de utilização, o VE-20 possui recursos que o tornam interessante não apenas a vocalistas. Músicos de instrumentos de sopro podem usar seus efeitos internos e ferra- VT-1 Voice Transformer: o início Em 1996, a BOSS produziu um processador de efeitos em formato de controlador de mesa chamado VT-1 Voice Transformer. O produto apresentava processamento digital projetado especialmente para as características da voz e qualidade superior para os padrões da época. O equipamento, basicamente, alterava a afinação da voz - de uma oitava abaixo para uma oitava acima - e podia também modificar algumas características da mesma, tornando-a feminina ou masculina. Havia ainda um controle deslizante que misturava o áudio processado pelo VT-1 com o som original. Era possível salvar até quatro memórias de ajustes pessoais por meio do botão WRITE. E o ROBOT mantinha sempre a mesma nota na saída do aparelho, independentemente da que fosse cantada. Um controle exclusivo para adicionar reverb completava as opções de efeitos do equipamento. Produto extremamente inovador para a época, o VT-1 foi usado por muitos DJs e produtores de música eletrônica, que conseguiam transformações radicais e inusitadas. A banda inglesa APOLLO 440 utilizou o modelo para gravar todo o disco Stop The Rock e em inúmeros remixes e produções de trilhas para cinema na década de 1990. Música & & Imagem 39 Rodgers Solene Os órgãos digitais são a solução moderna para que a tradição não se perca 40 Música & & Imagem Na liturgia tradicional das mais até mesmo, em residências, sem não demorou mais que uma hora e diversas religiões cristãs, o órgão distinção de tamanho, estrutura, meia, e o resultado foi emocionan- é imprescindível. Ele já foi cha- arquitetura e classe social. Sua te. No conceituado Teatro Municipal mado de “rei dos instrumentos majestade saía do trono e visitava de São Paulo, o mesmo modelo foi musicais”. Mas, com o passar do seus súditos. Muitos nunca tinham utilizado diversas vezes. tempo, foi perdendo poder e, assim ouvido aquele som e, não raro, al- A Escola de Música da Univer- como outros tipos de monarquia, gumas emoções afloraram: houve, sidade Federal do Rio de Janeiro entrou em declínio. Países jovens, naquele país, migração de muitos (UFRJ) possui um Tamburini desa- como o Brasil, não perpetuaram pianistas para o órgão, antes quase tivado, instalado no Salão Leopoldo a manutenção do soberano e sua inacessível. Miguez. Foi iniciado o processo corte-manutenção, alegando as No Brasil, os produtos Rodgers de restauração, mas as aulas não mais diversas razões, como custos, também fizeram que o timbre podiam esperar tanto tempo. Um dificuldades de instalação, manu- de tubos fosse apreciado por um Trillium 908 de três manuais foi a tenção e alguns outros motivos público cada vez maior. O exem- solução. O instrumento foi adquiri- que, para os súditos fiéis, beira a plo mais emblemático foi a missa do pela Fundação José Bonifácio e heresia. campal realizada pelo papa Bento tem feito a felicidade de alunos e Igrejas, associações e organis- XVI no aeroporto Campo de Marte, mestres, que aguardam a restau- tas lutam desesperadamente para na zona norte da capital paulista. ração do órgão original. Quando manterem ativos os órgãos de O local foi transformado em uma o antigo estiver funcionando, o tubos instalados no País. Em troca imensa catedral a céu aberto para Rodgers continuará a prestar um de tamanho esforço, algum suces- mais de um milhão de fiéis. E como ser viço importantíssimo: será so tem sido alcançado e é sempre havia a necessidade de um órgão, destinado a estudo. motivo de comemoração, entre a solução foi o modelo Trillium 788, O maior instrumento Rodgers acordes seculares e hosanas. E que acompanhou orquestra e coral do Brasil, um modelo Trillium 968 esse embate não é exclusividade de 1.200 vozes, além de toda a com duplo sistema de som, tam- do Brasil. liturgia da missa. A Arquidiocese bém está instalado no Rio de Janei- de São Paulo gostou tanto do re- ro. É o da sinagoga da Associação sultado que o mesmo instrumento Religiosa Israelita, onde outrora RENASCIMENTO Em 1958, nos Estados Unidos, participou da transformação do havia um órgão de tubos real, que a Rodgers Instruments LLC iniciou Estádio do Pacaembu em mais continuam lá, dourados e imponen- a fabricação de órgãos eletrônicos uma catedral. E lá estava o som tes, porém mudos. Por trás deles, que reproduziam os sons dos dos órgãos de tubos no templo do potentes caixas acústicas fazem instrumentos de tubos. Na déca- futebol paulistano. ecoar pelo salão de arquitetura da de 1980, a empresa uniu-se à São inúmeros os exemplos da moderna, sons para celebrações Roland Corporation e uma injeção versatilidade proporcionada por do povo judeu que resistiram à de tecnologia impulsionou gigan- um instrumento digital. Em 2008, passagem dos séculos. tescamente o desenvolvimento houve na Catedral da Sé, na capital A modernização dos cultos, dos produtos da companhia em paulista, uma missa comemorativa principalmente nas igrejas evan- termos de qualidade e modernida- à Páscoa para os militares do Esta- gélicas, com instrumentos mais de. Em lugares onde a instalação do. Infelizmente, o imenso instru- populares, tem preocupado muitos de um modelo real era impossível, mento do local estava desativado pastores, ministros de música e foi instalado um digital com caixas há muito tempo. Para garantir a fiéis. Por conta de resgatar valores acústicas. O timbre majestoso pompa da celebração, um Rodgers tradicionais, as instituições batistas começou a soar em catedrais, igre- Trillium 788 foi cedido pela Roland ganharam destaque nessa difícil jas, paróquias, conservatórios e, Brasil para o evento. A instalação missão e os órgãos Rodgers têm & Imagem Música & 41 Rodgers sido um poderoso aliado. Desde os modelos mais simples até os da linha Trillium, a marca tem presença em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Teresópolis, além de haver algumas cotações em andamento para outras localidades. Há algum tempo, o fator preconceito era um obstáculo que parecia ser intransponível. Existia o pensamento equivocado de que o órgão de tubos seria dispensável, sendo plenamente substituído pelo modelo digital. Esse não é o conceito correto: os instrumentos Rodgers estão sendo utilizados como uma solução para problemas de espaço, investimentos, manutenção e praticidade, além da possibilidade de o áudio passar diretamente pelo técnico de som para transmissão dos cultos via internet. A Roland Brasil, em total harmonia com a Rodgers Instruments LLC, celebra a utilização dos órgãos digitais no País com muito orgulho, pois é fruto de trabalho, parcerias, quebra de barreiras e certeza de ter em mãos a solução para muitos problemas. A pompa dessa celebração fica por conta de sua majestade, PÁSCOA DOS MILITARES O Rodgers Trillium 788 na Catedral da Sé o órgão! (Amador Rubio) Showroom Rodgers As instalações de órgãos Rodgers no Brasil são o dos; e o novo Masterpiece Signature 356, representan- showroom mais eficaz dos produtos da marca: funcio- te da nova linha da marca. Esse lançamento conta com namento ininterrupto, aprovação dos organistas, pronto oito caixas acústicas, amplificador de 800 watts, três atendimento, congregação satisfeita etc. Entretanto, as manuais, puxadores iluminados, pedaleira AGO de visitas para conhecer esses equipamentos instalados 32 notas e a tecnologia sonora mais avançada da dependem de autorização. atualidade. Por isso, a Roland Brasil disponibiliza um espaço Além deles, uma dupla com dois manuais cada para atender aos interessados em conhecer os órgãos também está em exposição: o Rodgers 538MD-27, que Rodgers em São Paulo, mediante pré-agendamento pelo apresenta o melhor custo-benefício do mercado; e o telefone (11) 3087-7700 ou pelo endereço eletrônico Rodgers Trillium Masterpiece 788, o mesmo que foi [email protected]. A partir de maio, dois novos mo- utilizado na missa campal no Campo de Marte realizada delos estarão em exposição: o Allegiant 698, com três pelo papa Bento XVI. manuais, sistema de som externo e puxadores ilumina- 42 Música & & Imagem Para mais informações, visite o site www.rodgers.com.br. Música & Imagem 43 Especial Solução compacta O uso do kit V-Drums HD-1 em pequenos estúdios é uma alternativa viável e muito produtiva Atualmente, gravar em pequenos estúdios é uma realida- momento da captação da bateria, pois, caso isso aconteça, de. E a prática ganha adeptos a cada dia. Trabalhos realizados o material deverá ser refeito e tanto o custo quanto o tempo assim acontecem em todos os cantos do planeta. Para isso, da produção crescerão. no entanto, é necessário vencer algumas limitações ainda Para solucionar toda essa equação, aumentando a veloci- existentes como, por exemplo, ser obrigado a usar teclas para dade da produção, baixando custos e resolvendo de imediato registrar os sons de bateria. Diversos tecladistas fazem isso possíveis problemas que possam ocorrer na gravação dos com qualidade e rapidez. Apesar da praticidade - pois não é outros instrumentos, o uso de kits eletrônicos é a melhor preciso montar o instrumento, afinar e microfonar o kit, fazer opção, sem que se perca a qualidade do trabalho. check sound e tocar com boa técnica - nem sempre o feeling desse tipo de execução atinge os objetivos de um arranjo, o que ocorre quando se usa baquetas e pedais. SOLUÇÃO Qualquer dos modelos Roland V-Drums é perfeito para Há a opção de contratar um estúdio com as características esse tipo de produção, porque todos possuem conexão MIDI apropriadas e um baterista que atenda a todas as necessida- e saída de áudio com categoria profissional. Mas, pensando des de uma boa performance - o que inclui leitura de partituras que o músico talvez não tenha a habilidade de um baterista e (quando necessário), um instrumento de qualidade, rapidez queira ele mesmo gravar as trilhas de ritmo - agregando prati- na interpretação musical e aquela famosa “pegada” para que cidade, qualidade e baixo investimento -, o kit HD-1 atenderá o resultado tenha sonoridade satisfatória. Em seguida, com perfeitamente a essas necessidades. a possibilidade de transferência de arquivos de áudio via HD, Os benefícios desse equipamento são inúmeros. De início, CD, DVD, web ou cartões de memória, o artista pode carregar o tamanho do hardware: ocupa pouquíssimo espaço, caben- tudo que gravou para seu computador e continuar a produção do em qualquer local dedicado ao home studio. A largura da em seu home studio. No entanto, nada pode dar errado no bateria montada é de apenas 90 centímetros. Disposto para uso, ocupa menos de 1,25 metro, medidos da extremidade frontal do rack até a parte posterior do banco. Quando não estiver sendo utilizado, basta colocar o assento encostado ao kit que este ocupará menos de 70 cm de comprimento, praticamente o tamanho de uma poltrona pequena. Com isso, um primeiro problema está resolvido. O HD-1 possui pads de borracha de tons e surdo macios, silenciosos e muito sensíveis. Os pads CY-5 de pratos e chimbal apresentam igual sensibilidade e, por não serem totalmente imóveis, proporcionam uma resposta mais confortável no ataque do prato de finalização ou no uso da ponta das baquetas no ride. O mesmo se aplica à unidade de chimbal, que oferece um feeling mais natural na execução. Exceto o banco, não é necessário adquirir pedal de bumbo, máquina de chimbal, estantes ou ferragens adicionais, porque todas as peças estão presas a um único rack. Os mecanismos dos pedais possuem ação de rebote leve e de fácil adaptação, e não fazem ba- 44 Música & & Imagem rulho como os modelos comuns usados se padrão na interface que o software A tecnologia de geração sonora dos em pads ou baterias convencionais. Isso reconhecerá as peças da bateria auto- módulos V-Drums é bem avançada e evita que parentes e vizinhos reclamem, maticamente (com exceção do aro*, que oferece bastante flexibilidade para com- além de não ser preciso estudar muito deverá ser direcionado diferentemente preender e reproduzir tudo que um bate- para desenvolver técnicas específicas. da posição convencional de performan- rista executa durante sua performance. Essa também é uma grande van- ce**, usando um Note Number de outro Nem todos os softwares, no entanto, tagem do HD-1. Ele não exige que se pad do kit para ser tocado em alternância poderão responder perfeitamente a es- tenha a “pegada” de um baterista para com a caixa quando esse tipo de execu- sas execuções, principalmente quando gravações, já que o produtor pode re- ção for necessário. comparados aos módulos Roland. Vários solver essa questão por conta da noção Quando o músico toca o bumbo, fatores influenciam nesses resultados, básica que tem de como tocar. Os kits por exemplo, esse som será dispara- entre eles a qualidade do computador, eletrônicos possuem sons prontos para do no software, o mesmo ocorrendo o tipo de interface e, obviamente, o serem utilizados e mixados facilmente com as demais peças. Esses aplicati- potencial do programa. e não exigem performance igual a de vos, normalmente, permitem que os Com o kit HD-1, também é possível um acústico para que se consiga boa sons estabelecidos sejam alterados, gravar diretamente o som do módulo em sonoridade. customizando o kit de acordo com as um software como o Sonar. Isso agiliza O receio de que o HD-1 tenha pouca necessidades, independentemente o andamento da produção e otimiza o resistência ou baixo desempenho é daqueles que o HD-1 traz embutidos. processamento do computador, porque infundado. O músico pode tocar nor- Partindo do princípio básico do sistema não há a necessidade de abrir mais malmente, tanto em intensidades fortes de comunicação MIDI, o modelo, quan- de um programa - o gerador de sons quanto fracas. Os pads, em conjunto do acionado, envia uma mensagem e o de bateria - o que exigiria poder que com o módulo, respondem perfeitamen- software deve interpretá-la exatamen- nem todas as CPUs possuem. Nesse te a todas as variações de dinâmica, sem te como transmitida, sem mudanças caso, basta enviar o sinal de áudio para disparos de sons duplos, não intencio- drásticas que comprometam a execu- a interface e registrar a performance nais, atrasados ou falhos. ção (não se deve esquecer de que, de em uma trilha estéreo. O equilíbrio e a Para completar, o módulo do kit acordo com o padrão, o canal MIDI de mixagem dos instrumentos estão pré- HD-1 dispõe de saída MIDI. Com isso, referência para gravação de bateria é determinados, portanto, não é permitido é possível conectá-lo a um computador sempre o 10). modificar o volume ou o pan. Quando e gravar os dados, com nuances de expressões, utilizando softwares como o registro é feito pelo sistema MIDI, TIMBRES E MIXAGEM no entanto, qualquer tipo de edição é o Sonar 8.5 em conjunto com Session Um dos fatores mais impressionantes Drummer ou outros. Para isso, no en- no HD-1 é a sensibilidade. Quando o mú- tanto, é necessária uma interface de co- sico toca escutando o som do módulo, Se o produtor desejar, no entanto, nexão MIDI, como o modelo Cakewalk ele pode executar flams, rulos, dinâmicas ele pode ter todos os sons separados UM-1G. Mas se o desejo for de também de intensidade, figuras com diversos dentro do software para uma mixagem captar o áudio, uma interface Cakewalk pads ao mesmo tempo e tudo mais que apurada. Basta, após a performance UA-25EX atenderá a esse tipo de apli- se faz em um kit acústico. No uso de registrada via MIDI, usar um plug-in de cação, porque oferece os dois sistemas timbres de um software dedicado, o que sons de bateria ou um módulo externo, (áudio e MIDI) integrados. possível, incluindo mixagem, troca de timbres etc. estiver sendo realizado será enviado para anular o volume dos instrumentos que O módulo HD-1 traz comandos ele, mas o mesmo deve ter potencial não devem ser misturados a outros, Note Number pré-determinados para para reproduzir em tempo real o que foi e gravar cada track individualmen- comunicação com o software. Normal- transmitido via MIDI. te no programa. Apesar de deman- mente, os equipamentos são compatíveis, porque ambos trabalham no padrão GM (veja tabela). Basta conectar a saída MIDI do HD-1 na entrada des- Números de nota produzidos pelso pads Pad Note Number Kick Pedal 36 Snare 38 Tom1 48 Tom2 45 Tom3 43 Pad Note Number Crash 49 Ride 51 Hi-Hat (Open) 46 Hi-Hat (Closed) 42 Foot Close 44 dar um tempo maior, pode imprimir um resultado mais profissional à produção. (Gino Seriacopi) Obs.: *Função indisponível no kit HD-1. **Nos kits TD, é possível o uso de aro (cross stick) quando disparado via MIDI, igual ao modo do próprio kit. Música & & Imagem 45 Pergunte ao Especialista Nova Stretched Tuning e Duplex Scale Em alguns pianos Roland aparecem os termos “Stretched Tuning” e “Duplex Scale”. O que significam? Maria Aparecida Correia Taubaté - SP Os pianos são, geralmente, afinados com graves mais graves e agudos mais agudos do que no temperamento “equal”. A afinação tradicional dos modelos acústicos faz que as notas agudas sejam levemente mais altas quando comparadas com as graves e vice-versa. Essa forma característica, utilizada apenas nesses instrumentos, é denominada streched tuning ou afinação alongada. No modelo Roland HP307, a tela apresenta um gráfico com a afinação original. Além da opção de utilizar ajustes prédefinidos, esse parâmetro pode ser alterado a cada nota. Desse modo, o pianista pode fazer que o piano soe de maneira especial e individualizada. Já a duplex scale ou escala dupla é um sistema usado em pianos de concerto em que algumas cordas não são golpeadas diretamente pelos martelos, mas vibram em simpatia, respon- versão Para que serve a atualização do sistema operacional dos modelos GW-8 e PRELUDE. Posso fazer a atualização em casa? Walter Ferreira Belo Horizonte - MG Os arranjadores Roland estão em constante evolução e não ficam obsoletos com o tempo, pois, por meio da atualização de sistema operacional, a funcionalidade deles é renovada com a adição de novos recursos. Nos modelos PRELUDE e GW-8, por exemplo, o upgrade para a versão 2.0 permite que o usuário crie seus próprios ritmos com o recurso STYLE COMPOSER, altere um ritmo com o STYLE MAKE UP TOOLS e ainda edite uma música MIDI existente utilizando o SONG MAKE UP TOOLS. Mais informações podem ser encontradas no site da Roland Brasil nos endereços http://roland.com.br/roland/produtos/541 (Prelude Version 2) e http://roland.com.br/roland/produtos/504 (GW-8 Version 2). A atualização é um procedimento simples e rápido, mas é recomendado que seja realizado por assistências técnicas autorizadas Roland ou na loja em que o produto foi adquirido, utilizando material recomendado pela Roland Brasil. A lista de assistências técnicas autorizadas pode ser encontrada em http://roland.com.br/suporte/service. Leandro Justino Especialista de produtos Roland Brasil dendo ao movimento das outras. Ressoando Simultaneidade com harmônicos agudos, produzem um som o abafamento damper (mecanismo que evita É possível gravar guitarra e voz ao mesmo tempo com o MICRO BR? Camilo Soares Rio de Janeiro - RJ que elas vibrem quando não são tocadas), a Sim. E é muito simples. Conecte a guitarra na entrada GUITAR IN. oscilação continua mesmo que as teclas sejam Feito isso, pressione INPUT e, depois TR1 e TR2 simultaneamente soltas e a cordas que produziu o som original- até aparecer “GTR+MIC” no visor. Abra o volume INPUT LEVEL e mente pare de vibrar. A “Duplex Scale” existe aperte EFFECTS. Utilize os botões VALUE (+) e (–) para selecionar o apenas em pianos de concerto e raramente é efeito desejado para o instrumento. Pressione REC e PLAY e grave a encontrado em modelos de armário, sendo guitarra e a voz ao mesmo tempo. Esta será captada pelo microfone que alguns fabricantes não usam o sistema. No interno do MICRO BR, portanto, é preciso posicionar bem o produto. Roland HP-307, essa Este método funciona tanto no modo MP3 quanto no multipista, e é ressonância pode ser ideal para registrar ideias rapidamente, pois ambas ficam no mesmo ajustada em até 10 canal. Você pode exportar rapidamente o níveis. áudio para um computador usando a porta mais brilhante. As cordas existem apenas para o registro acima do Dó4. Como não possuem USB do equipamento e compartilhar suas Raphael Daloia criações com sua banda. Especialista de produtos Roland Brasil 46 Música & Imagem Pedro Lobão Especialista de produtos Roland Brasil Biblioteca Tenho um kit V-Drums TD-9K e gostaria de saber como posso salvar minhas músicas no pen drive? Augusto Ramos Ferreira Brasília - DF Muitos bateristas profissionais ou amadores usam os kits Monitoração O que preciso adquirir para utilizar o monitor pessoal M-48? Clóvis Bertrand Moreira Porto Alegre - RS O M-48 é um sistema de monitoração TD-9KX e TD-9K por causa da qualidade dos sons e da pessoal e não um produto stand alone, praticidade. Mas, frequentemente, os recursos desses que você compra, retira da caixa e usufrui. modelos são pouco explorados. É necessário utilizá-lo no ambiente REAC Depois de formatar um pen drive no módulo TD-9, basta (Roland Ethernet Audio Communication), conectá-lo ao computador e carregar até 99 músicas, ou seja, ele deve estar ligado aos produtos desde que o tamanho delas não ultrapasse a capacidade RSS que trabalham com este protocolo. O de 1GB. Os arquivos devem ser alocadas no diretório principal componente é a console digital principal da memória flash, fora da pasta Roland. M-400. Quem toca em um local que possui Conectando novamente o pen drive no TD-9, é possível acessar as músicas pelo botão SONG. Girando o DIAL, escolhe-se um dos arquivos carregados, situados após os internos. Aperte PLAY para iniciar e comece a brincadeira de tocar com suas músicas prediletas ou com os playbacks que seu professor indicou para estudar em casa. Para que as músicas sejam executadas pelo módulo, devem ter a esta mesa está com grande parte do sistema pronto. Basta plugar um distribuidor S-4000D na porta REAC B do mixer M-400. Após isso, é possível conectar até oito M-48. A grande vantagem desse sistema é o gerenciador interno de extrema flexibilidade da seguinte formatação: extensão do arquivo: wav; sample M-400, que recebe os 40 canais da console e rate: 44.1 kHz em 8, 16 ou 24 bits; linear PCM. O nome configura cada M-48 de maneira totalmente deve ter até 12 caracteres, com exceção) da extensão, que independente. Como uma unidade recebe é .wav. Esse tipo de arquivo é o usual quando importado até 16 grupos (mono ou estéreo), o baterista, para softwares que extraem músicas de CDs. Mp3 não por exemplo, pode ter em sua mix oito canais são lidos pelo módulo quando importados para o pen das peças individuais de seu instrumento e drive. Se você deseja usar esse formato, pode utlizar a outros oito pré-mixes feitos pelo próprio ge- conexão MIX IN, conectando um player para executá-los. renciador, que coloca todas as vozes em um A diferença é que as músicas não serão controladas pelo TD-9, somente pelo mp3 player. O pen drive, no entanto, não serve somente para armazenar suas músicas preferidas. É possível gravar até 99 performances no modo Quick REC. Isso permite que você tenha um arquivo do seu desenvolvimento técnico, para ser analisado sempre que desejar, recarregando no módu- barramento LR, teclados em outro, guitarras em um terceiro etc. Já no M-48 do vocalista, a bateria pode estar pré-mixada em dois canais e os backing vocals separados em canais individuais. Caso o local possua uma mesa de som de outro fabricante, é preciso utili- lo. Também pode salvar todas as configurações pessoais zar o M-48 com feitas no TD-9, fazendo até 10 backups. É como se você uma unidade tivesse dez módulos diferentes, S-1608 para fa- resultando em 500 kits. zer a conversão do áudio. Gino Seriacopi Gerente de produtos Alex Lameira V-Drums Gerente de produtos RSS e Edirol Música & Imagem 47 Carreira O arranjador moderno rmitem Ferramentas virtuais pe l agilizar a criação musica ção e edição, ouvi-lo tem até sua estrutura tica prá a lar, pu po a tuais, Na músic io de instrumentos vir vez mais com por me a cad ado ific ers ra o div pa se va de áudio ática enviar uma pro orm inf a e qu s de da as possibili editar as tro com a partitura, velocidade de maes da io me r po ite rm pe s e remeter esse traade”. partes individuai alid irtu “v da e nto F. processame r e-mail em formato PD útil para os balho po ito mu o sid tem o iss E permite uma instrumentistas, pois ência o profissional Experi Jether Garotti Jr quência ampliação do raio de açã fre m co o iss to fei arranjador, Tenho Pianista, clarinetista, to titu Ins e acadêmico. do olis estra Helióp música ponão foi di- na Orqu vocalista e mestre em recebi Na prática de arranjo o and qu 07 20 sde de relli iversidade era realizado Bacca pular pela Unicamp (Un nte ide res ferente. Antigamente, r ado anj para ser arr s), além de l, lápis e um o convite Estadual de Campina nscortra com boas ideias, pape tem ns ge nta mo as e aa Zizi Possi pe nd en do do da cas ser arranjador da cantor naco Já ins tru me nto . E, de e. dad uili muita tranq estra Sinfôuma mesinha rido com há 20 anos e da Orqu querer responsável, somente ista art um de , ive lus inc ro Roland r do tempo, teceu, nica Heliópolis. É parcei da or eri bastava. Com o passa ant dia no car o trabalho programas de modifi desde 1994. , surgiram sequencers e show. Em outra época do ção liza rea oorp foram inc do, mas notação musical que seria muito complica s 20 anos. Em 2001, do se “acomo- isso ui fazer decorrer desse rados à prática, tentan seg con s, are tw sof lizo uti ma mais agregadores. como uei o sequencer de for dar” como elementos intervalo do ensaio coloq no s õe raç alte as ess cepção dos arranjos, para que isso para ler presente na con Demorou um pouco te par da un seg na s mo e a maitas vezes, a e voltar ele permite a audição acontecesse, pois, mu mecei a lidar com pois Co . são ver va no a terial por todos e o vocava alguns to com nipulação do ma troca de ambiente pro jun nte me tica pra a átic . Isso ho demandava inform dos ensaios e das partes traumas, já que o trabal Heartbreakers, registro te arranjos, com a banda No mais recen prontado facilitou a tarefa. ese mais tempo. apr foi me o and qu , 7 e Contos, ursos foram em 199 o de Zizi, chamado Canto No entanto, esses rec ho e bom Atari. Infe- jet vel no or tat No o ws diferentes em três endo as pazes ração de fizemos 12 sho se desenvolvendo e faz ge da te par fiz não te, arranjos e al de arranjar. lizmen ses. Foram quase 200 com a forma tradicion foi a época de ouro me sa Es is. láp e el pap não fosse o software saram a mismações adaptações. Se Muitos profissionais pas for es nd gra a par os anj saios e Antigamente, dos arr nciador gravando os en turar as duas práticas. de TV e rádio dos seque as str ue orq as o com tes itando as par , não arranjo, que is, dife- o de notação ed o músico escrevia um ma a o alg há , Ali . 60 e 50 produzindo as anos sei se conseguiríamos. tinha que ser copiado . ção cep con na te ren umas das instrumentos, Embora essas sejam alg para topartes para todos os el xív fle ser o cis pre é Mas balhar com os e somente meras formas de tra lido para checar os err es de fazer música. inú dad bili ssi po as das s atuais, é importante montagem da conjunto arranjo nos dia depois começaria a em a tic prá a ito mu e seu próprio a. Isso exigia Exist e cada um desenvolva peça propriamente dit ssoas. Trabalho com qu pe s tra ou m co do de quem a ele tradicional ou mo mais tempo dependen sde 1990 método, sej de do mo sse de ssi Po porta o Atualmente, é Zizi . Porque, ao fim, não im estivesse envolvido. os os amigos que derno tod com te en tam jun a ideia. casa, fazer o no processo, mas sim possível trabalhar em am dos projetos com ela par tici par ção cep a con arranjo, conferir desde 48 & Imagem Música & Prepare uma aprese Um recital é um evento audacioso e benéfico tanto em sua preparação qu anto em sua realizaçã o Educação ntação Uma apresentação pla nejada e bem execut ada pode e a seried fazer mais pelo desenvol ade dos estudos. Além vimento do músico qu disso, essa exposição e dá qualquer uma amost outro evento. A prepar ra da realidade profiss ação para um recital pro ion al. porciona um As decisões necessár objetivo com prazo defin ias para planejar um rec ido, o que pode realçar ital são o conteúdo numeros as. Confira as principai s: 1. Comece a preparar o recital com apresentação, portanto an tec ed ên cia de trê , pratique verbais durante o recita s ou qu atr o l; tod os os movimentos. meses. E. Os programas devem sem 4. Faça ensaios ge pre ser rais o quanto A. Escolha o repertório guardados, já que, pro de acordo com vav elm an ente, tes , com, no mínimo, 60 suas habilidades, nece dias serão mencionados ma ssidades e is adiante de antecedência. preferências. Inclua co em sua carreira; mposições A. Ag en de aulas com um profes usuais, além de obras sor, F. Faça publicida novas para de do evento com qu and o apr opriado; você e para o público; antecedência de um a a três seB. Planeje passagens inf B. Considere uma duraç ormais de tomanas. ão de 60 a 90 das as peças duas ou trê minutos para o concer s semanas 6. Agen to (45 a 65 de um ensaio geral, inc ant luindo es do recital; minutos de música); todos os participante s do C. Registre seus en recital, na saios gerais e sal C. Agende com os músic a de concerto, na sem os as datas e ana que exe cuç ões informais. Ouça e os horários dos ensaios dis- antecede o ev e do recital. en to. Pro cu re tocar cuta esse material com Exija envolvimento de os outros todas as todos; peças na ordem em par tici que pan tes. Faça a mesma coi D. Adquira uma partit sa, serão executada ura de todo o s. com uma gravação pro repertório e faça uma cóp fissional. A. Decida uma posição ia de cada 5. Pre (sentado ou pare o programa e a pu parte. blicidaem pé) para cada pe ça, levando de com, no mínimo, trê 2. Es tu de a mú sic s semanas de em consideração a acú a de tal ha da antecedência. stica e a mente. aparência. Procure ter A. Estude os aspectos na plateia A. Ouça diversas gravaç das peças e algum ouvinte que o aju ões das peças de; dos compositores; escolhidas, estude ou B. Dis cu ta tod os os tras edições B. as pe cto s de Prepare um programa acurado com e faça anotações; sua presença de palco , incluindo nomes completos dos B. Identifique-se com compositoentrada, agradecimen cada uma das to, res, datas e números de saída e peças, criando familia opus, além retorno; ridade com dos nomes de todos os elas. movimen- C. Você de ve estar vestido de mo tos do a ou seç õe s de cada obra; 3. Pratique a peça no demonstrar respeito pe seu lugar de C. lo pú Inc blic lua o, um a lista dos nomes e ins estudo. sem esquecer de estar de trumentos dos participan acordo A. Use a imaginação par tes; com os outros participa a criar a apa- D. nte Inc s. lua alg um dado interessante rência e a sensação do 7. Faça um plano de público e estudo para os sobre cada peça. É rec da sala de concerto. En omendável dois dia tre em seu s qu e ant ece dem o recital e tam bé m for ne ce r inf ambiente de estuorm aç õe s para o dia do evento. do, ande confiante Michael Kenneth Alpert A. Não exagere em direção à estanIniciou seus estudos ne m pratique de musicais aos 11 anos, forte de partituras (se mando-se em trompa na menos. Procure Universidade de Bosto possível, diante de n. Participou da Orquest ma nter um bom ra Sinfônica Municipa l, da um espelho), sorria, Orquestra Sinfônica Es equilíbrio; tadual e da Orquestra da agradeça e toque a Rádio e Televisão Cultur B. Permaneça rea. Atualmente é prime iro mú sic a co mp let a. trompista na Orquestra laxado, confiante, Jazz Sinfônica e profes sor Tudo isso é parte da de trompa no Departam foc ad o e en tuento de Música da Esc ola de Comunicações e Art siasmado. es da USP. Música & Imagem 49 Fronteiras Saga sinestésica A interação entre as artes é fator determinante para a criação do universo ficcional do criador de Angus Orlando Paes Filho é um dos mais que a ela têm acesso. “Angus intrigantes nomes da atualidade. Escri- é como uma ópera. Precisa tor, teve sua obra de estreia, Angus, ser ilustrada para mostrar um O Primeiro Guerreiro, na lista dos livros pouco do cenário histórico e mais vendidos dos anos de 2003 e 2005. ficcional”, explica. “Mas, para Esse sucesso conquistou 35 países, estar completa, é necessário entre eles Rússia, China, Japão, Canadá, também ter sua trilha sonora, Grécia e Itália, além da América Latina. algo que venho compondo.” Outros 16 títulos se seguiram, compon- “Na literatura, meu contato direto foi A música dispara cenas Qual seu setup atual? mentais que servem tanto para as Teclados Roland V-Synth, Fantom- Como ilustrador, além de produzir as obras literárias, como para o universo X7, JP-8000, VP-770 e XV-88, placa imagens de suas obras, foi diretor do imaginário. Propicia o ambiente de Edirol UA-25 e software Sonar 8. Conto NW Studio e criou artes para Disney, mergulho e de introspecção para o também com uma ilha de edição Edirol Marvel e DC Comics. Atualmente, de- desenvolvimento da literatura ou da DV-7 e Video Editing Controller Edirol, senvolve o primeiro Atlas Brasileiro de ficção. Ela funciona como veículo de além de placas de expansão Roland Anatomia e aperfeiçoa seus estudos de transporte ou de ambiência. Nela, V-Card e SRX. ilustração anatômica. conseguimos o que denomino divórcio Por que prefere equipamentos Roland? com o universo da ficção”, confessa. Em relação à música, iniciou seus psíquico da lavagem cerebral contínua estudos aos 11 anos e foi o primeiro manipulada pelo sistema. aluno do Prof. Dr. Conrado Silva. Pros- Em quais projetos a música teve papel fundamental? assim como suas expansões, em es- ópera e composição com educadores No lançamento do áudiolivro Angus, variedade e especificidade das séries como Carmo Barbosa, Hans-Joachim O Primeiro Guerreiro. As músicas ser- de teclados. Koellreutter, Ulla Wolf e Petro Maranca. viram de fundo para os capítulos locu- “Na adolescência, fiz contato com o tados por atores. Também no projeto da Quais as vantagens dos equipamentos da marca? rock progressivo.” seguiu o aprendizado em piano clássico, Pela linha completa e contínua, pecial as placas SRX. E também pela banda Krusader, que faz a versão rock A primeira é a Roland estar no Brasil A simbiose entre as artes parece para a obra Angus, e no CD As Cruza- com uma base sólida. Seu histórico tem fazer parte da história do autor desde das de minha autoria. Outra ocasião forte ligação com a música eletrônica. muito cedo. “Nunca separei as formas importante foi um pocket show em que Além disso, a empresa produz manuais de arte ou expressão, sendo a música executamos peças bizantinas e grego- em português, possui assistência a inspiradora da literatura”, diz. “Diante rianas dos séculos 10 e 11 com leitura técnica, tem apresentações em vídeo, dela, desaceleramos e mergulhamos eletrônica moderna. Foi uma apresen- conta com um showroom aberto e dentro do ser perdido: nós.” tação em que utilizei teclados Roland aulas específicas com seus técnicos. A Graças a essa visão, conseguiu V-Synth e Fantom-X7 em parceria com Roland vende e entrega seu produto e compor uma obra sinestésica que Sérgio Terranova, que me acompanhou possui todos os periféricos e expansões surpreende, cativa e emociona a todos com Fantom-X8 e SH-201. à venda no Paísl. (Nilton Corazza) 50 50 Música Música&&Imagem Imagem Marca “Fantom” usada no Brasil sob licença de Deval Instrumentos Musicais Ltda. fatos históricos da época das cruzadas. Como a música auxilia seu processo criativo? do um invejável portfólio baseado em Música & Imagem 51