CPLP no Século XXI: Circulação, Abrangência e Potencialidades

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PRESS RELEASE
1ª EDIÇÃO DOS ENCONTROS EMPRESARIAIS CPLP
“CIRCULAÇÃO, ABRANGÊNCIA E POTENCIALIDADES”
Realiza-se no próximo dia 26 de Novembro (4ª Feira) a 1ª Edição dos Encontros
Empresarias CPLP subordinado ao tema CPLP no Século XXI - Circulação, Abrangência
e Potencialidades. Organizado pela CPLP, pela Confederação Empresarial da CPLP (CECPLP), pelo Fórum dos Empresários de Língua Portuguesa (FELP), pela Confederação
Empresarial dos PALOP (CE-PALOP) e pela Associação Empresarial de Luanda (AEL), estes
Encontros visam evidenciar a importância da CPLP enquanto economia de futuro,
reforçando as relações diplomáticas e económicas entre as estruturas políticas e o tecido
empresarial.
Para o Secretário-Geral da Confederação Empresarial da CPLP, Dr. José Lobato, “A CPLP
está a tornar-se num espaço de referência concorrente privilegiada com outras
comunidades estando bem patente neste nosso evento, que quer dar a oportunidade ao
seu empresariado de expor as dificuldades no que toca à circulação de pessoas, bens,
capitais e produtos”.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) detém hoje um Produto Interno
Bruto (PIB) agregado superior a 2,5 mil milhões de dólares e mais de um milhão de
empresas. Para além do mercado interno de cada país, juntam-se os mercados das
diferentes regiões económicas associadas aos países da CPLP, passando dos 260 milhões
consumidores para um mercado potencial de cerca de 1,8 mil milhões de consumidores.
Esta estratégia de “porta de entrada” pressupõe capacidade de internacionalização,
criação de plataformas empresariais e uma livre circulação de pessoas, bens e capitais que
potenciem a abrangência deste mercado internacional.
A dispersão geográfica dos países da CPLP apresenta um conjunto de oportunidades
funcionando como uma porta aberta em cada uma destas zonas em que esses países estão
inseridos. Aproveitando a vantagem linguística e a existência de membros nos quatro
continentes, é necessário pensar numa harmonização de um processo da livre circulação
de pessoas, bens e mercadorias de forma a facilitar o processo de internacionalização de
cada uma das economias dos Estados-membros. Por isso, o Secretário -Geral da
Confederação Empresarial da CPLP defende que “é importante haver iniciativas que
juntem o nosso empresariado para que possam, em conjunto, refletir e discutir quais os
principais obstáculos que mais lhes dificulta a realização da sua atividade – ‘Fazer
Negócios na Língua Portuguesa’ - e encontrarem soluções e parceiros estratégicos,
explorando o potencial nas diversas áreas em que mais estão envolvidos tendo em conta a
grande abrangência dos nossos nove países membros e seis observadores”.
A CPLP assume-se de forma crescente como uma entidade de referência no mundo atual. O
futuro dos países da lusofonia encaminha-se para uma maior preponderância no
panorama económico mundial. Estima-se que em 2050 o universo de pessoas que falam
português atinja os 325 milhões, que a abundância de recursos naturais, como o gás e o
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petróleo, presentes em vários países da CPLP sejam um fator atrativo de investimento ao
mesmo tempo que os fluxos de investimento direto estrangeiro dirigidos aos países da
CPLP têm sido crescentes e registam um crescimento médio anual desde 2009 na ordem
dos 9%, segundo dados recentes do AICEP.
Esta primeira edição dos Encontros Empresariais CPLP é constituída por uma conferência
com cinco painéis principais sob a temática “Circulação, Abrangência e Potencialidades”.
Destacamos a presença institucional de representantes Governamentais, Embaixadores de
países membros, especialistas e empresários nacionais e pertencentes à CPLP que irão
abordar os seguintes temas:
Mapa de África: Cooperação Internacional.
A Parceria: África/União Europeia e as Oportunidades para as Empresas
Quais são as oportunidades que os empresários europeus podem encontrar em África? De
que forma é que o continente africano pode beneficiar de uma maior ligação com a União
Europeia? Qual o tipo ideal de parceria para fazer investimentos e negócios?
Economia CPLP :Novos Desafios
O relançamento de uma comunidade que se quer afirmar como referência no panorama
internacional. O desafio de modelo de investimento com projetos prioritários bem
definidos e direcionados. A valorização dos nossos produtos e serviços.
CPLP: Abrangência e Potencialidades da Comunidade, Símbolos e Obrigações
A grande extensão territorial e as enormes e diversificadas potencialidades dos nossos
países. Maior respeitabilidade e divulgação dos símbolos e maior obrigatoriedade
institucional nas representatividades comunitárias (atividades e eventos).
CPLP: Circulação de Pessoas, Bens, Capitais e Serviços
Discutir a importância da abertura das fronteiras da CPLP para uma maior conexão entre
os países que partilham a mesma língua.
CPLP: Aeroportos e Ligações Aéreas (Circulação de Pessoas e Carga)
A necessidade de aproximar países geograficamente distantes unidos pela língua
portuguesa e por uma cultura histórica comum.
Novos instrumentos Financeiros para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
As necessidades de investimento nos países parceiros da UE são substanciais. Os países
precisam de atrair financiamento público adicional para impulsionar o crescimento
económico para reduzir a pobreza. Nesse contexto a utilização de Novos Instrumentos
Financeiros é reconhecido como um veículo importante para alavancar recursos
adicionais e aumentar o impacto da ajuda da União Europeia. O uso de novos instrumentos
financeiros visa alcançar os objetivos da política externa da União, é complementar das
outras modalidades de ajuda e cooperação e enquadra-se na prossecução das prioridades
políticas nacionais e regionais relevantes. Os Novos instrumentos financeiros são a
combinação de subvenções da UE com empréstimos ou capitais próprios a partir de
financiadores públicos e privados.
Os Novos instrumentos financeiros podem assumir a forma de Subsídios ao investimento
ou às taxas de juro, apoio à assistência técnica, capital de risco ou garantias. Desde 2007 a
Comissão Europeia concedeu mais de 1,6 mil milhões de euros a 200 projetos
correspondentes a investimentos de mais de 40 mil milhões de euros realizados nos países
terceiros.
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NOTAS DE ENQUADRAMENTO: MERCADOS DA CPLP
Angola é apontada como um dos países com maior crescimento económico mundial entre
2003 e 2008, com uma taxa média de crescimento de 14,8% ao ano. No entanto, Angola
sofreu também impactos negativos da crise financeira global e quebra na produção
petrolífera que levou a uma diminuição no crescimento entre 2009 e 2011, para uma
média de 2,5%. Apesar disso, verificou-se já uma recuperação em 2012 com o crescimento
do PIB a situar-se nos 8%.O crescimento de Angola é justificado sobretudo pelas reservas
de petróleo, cujas estimativas de 2012 apontam para 12,7 mil milhões de barris, o que
representa 0,8% das reservas mundiais.
Também em Moçambique verificaram-se nos últimos dez anos taxas de crescimento que
se situam entre 6% e 8%. Um crescimento que está muito dependente do forte
crescimento associado à exploração de recursos naturais como combustíveis minerais,
assim como, à agricultura que representa 22% do PIB. Segundo dados do Fundo Monetário
Internacional (FMI), a economia moçambicana vai continuar a crescer, prevendo-se que
superará as principais economias africanas, nomeadamente, as quais pertencem, tal como
Moçambique, à Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O arquipélago de Cabo Verde apresenta-se essencialmente como plataforma essencial nas
rotas comerciais que ligam África e a Europa aos mercados da América do Sul e da
América do Norte. Cabo Verde apresenta-se desta forma como um hub oceânico
competitivo no quadro do Atlântico Sul, e vários estudos recentes reconhecem os vários
progressos realizados pelo país em termos democráticos e de desenvolvimento que o
dotam de condições ímpares enquanto plataforma de negócios.
Em termos de crescimento económico, verifica-se que na última década São Tomé e
Príncipe teve um crescimento real médio do PIB de 5,2% ao ano, acima dos 4,8% da média
anual dos países da Africa Subsaariana.
Em relação a Timor Leste é reconhecido que o país está ainda num período de construção,
sendo apontado no estudo com grandes oportunidades de negócio associadas à
reconstrução do país e destacado o posicionamento geográfico próximo de grandes
mercados como Singapura, Indonésia e Austrália. Como mais-valias, enquanto destino de
negócios para as próximas décadas, apontadas para Timor Leste surgem as receitas da
exploração do petróleo e gás, a localização geográfica, o ambiente natural intacto e uma
população jovem.
O Brasil é uma das economias emergentes em todo o mundo, sendo atualmente a primeira
economia na América Latina e a sétima maior economia a nível mundial. No entanto,
verifica-se que o crescimento do PIB de 7,5% em 2010 sofreu uma quebra situando-se em
2013 nos 2,3%. Já a taxa de desemprego tem vindo a diminuir, situando-se atualmente nos
5,4%.
Acabado de sair do Programa de Reajustamento, Portugal começa agora a dar sinais
positivos, muito graças ao aumento das exportações. O ano de 2013 foi o melhor ano de
sempre das exportações portuguesas que ascenderam a 68 mil milhões, mais 5,7% face a
2012. O resultado foi um superávite comercial de que não há memória na ordem dos 2 mil
milhões e uma taxa de cobertura história na casa dos 104.4%.Na relação com os Estados3
membros da CPLP, em 2012 verificou-se um crescimento nas vendas de Portugal para os
outros países da Comunidade de 5,2% face a 2012 e em 2013 a CPLP representou 10,6%
das exportações totais portuguesas de bens e serviços face a 10,7% em 2012. Para além
disso, as exportações portuguesas para a CPLP tiveram um peso de 4,4% do PIB nacional,
quando em 2009 foi de 2,6%. Os dados revelam também que o contributo da CPLP para o
crescimento global médio anual das exportações totais portuguesas de bens foi de 16%
entre 2012 e 2013.
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