Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779 ________________________________________________________________________ HISTÓRIA NATURAL ALERGIA – FRUTAS E VEGETAIS As frutas e vegetais (legumes) são alimentos muito usados em nosso cardápio, com variações regionais. ALERGENOS PRESENTES NAS FRUTAS E VEGETAIS As manifestações clínicas da alergia a frutas e legumes resultam da sensibilização primária aos alérgenos do próprio alimento. O pólen das plantas ou látex (presente em muitas frutas) podem apresentar reações cruzadas entre diferentes alérgenos alimentares. As vias de sensibilização e as características de cada alérgenos são diferentes, com manifestações clínicas característica a cada fruta ou vegetal. TIPOS DE ALÉRGENOS 1-Alérgeno completo: nestes alimentos a sensibilização ocorre por ingestão, pois estes alérgenos são estáveis frentes ás enzimas gástricas. LTP (lipid transfer protein) presentes em grande variedade de frutas (família Rosaceae veja abaixo) e vegetais são concentrados na casca e nas frutas maduras e recém-colhidas. (*) Rosaceae é uma família com grande numero de espécies: flores como as rosas (Rosa sp) e frutas com a maçã (Malus sp). _______________________________________________________________________________________________ AV. BANDEIRANTES, 515 – TELEFONE (43) 3324-3303 – LONDRINA - PARANÁ www.alergiarespiratoria.com.br Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779 ________________________________________________________________________ 2-Alergeno incompleto: esses alimentos causam sintomas pré-digestivos (síndrome da alergia oral) em virtude da sensibilização primária ocorrer por via inalatória presentes nos pólens (profilina) ou látex. As profilinas são proteínas presentes em todos os organismos eucarióticos com função de organização do citoesqueleto celular. PM 13-14 kDa. Tipo de alérgenos encontrados nas frutas e legumes Profílinas LTP (lipid transfer protein) Abacate Amendoim Ameixa Amora Amêndoa Batata Damasco Framboesa Cebola Cenoura Kiwi Maçã Cereja Ervilha Marmelo Morango Espinafre Laranja Nêspera Pera Morango Maçã Pêssego Milho Nectarina Pepino Pêssego Pera Kiwi Soja Tomate MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As síndromes clínicas relacionadas á sensibilidade por frutas pode ser divididas em 2 grupos: reações sistêmicas (urticária, angioedema e choque anafilático) e Síndrome da Alergia Oral (SAO). A reação sistêmica ocorre após a exposição aos alérgenos completos com sensibilização através do trato gastrointestinal, são imediatas ocorrem em minutos a poucas horas após a ingestão da fruta. O quadro clínico pode variar de urticaria leve, angioedema e sistêmico (choque anafilático) com sintomas gastrointestinais, respiratórios, circulatórios. Exemplo: melão, maça, pêssego e cereja. A síndrome da alergia oral ocorre pela exposição na mucosa da boca pelo alérgeno alimentar, provocando as reações imediatas e localizadas, com prurido nos lábios, língua, palato, ouvidos e orofaringe podendo ocorrer associação com angioedema local. _______________________________________________________________________________________________ AV. BANDEIRANTES, 515 – TELEFONE (43) 3324-3303 – LONDRINA - PARANÁ www.alergiarespiratoria.com.br Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779 ________________________________________________________________________ O processamento das frutas e legumes, como o cozimento ou processamento industrial para a fabricação de sucos, pode alterar a capacidade alergênica de suas proteínas, atenuando ou até eliminando as manifestações clinicas. DIAGNÓSTICO A alergia a frutas e vegetais afeta a criança acima de 5 anos e adulto. Os sintomas como choque anaflilatico e Sindrome da alergia oral são achados comuns e devem servir de alerta para os alérgenos desencadeantes. História clinica detalhada, lista dos possíveis frutas e/ou legumes envolvidos, objetivo procurar alimentos que tenha alérgenos em comum. Procedimentos especiais caso a caso. Fazer os testes alérgicos (prick test). Provocação aberta após exclusão dos alimentos se não houver história de choque anafilático. TRATAMENTO O tratamento para a alergia ás frutas e legumes deve ser a exclusão dos alimentos ao qual ao paciente alérgico, e nos casos de reações cruzadas, a orientação deve incluir os alimentos com alto risco de reatividade cruzada. (Ribeiro, LA; Jacob, CMA; - Alergia a frutas e vegetais - Alergia Alimentar – Castro, LFM; Jacob, CMI; Castro, APBM; pag 165-171, Ed Manole, 2010). IMPORTANTE AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ESPECIALISTA EM ALERGIA PARA ESCLARECIMENTO. As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui caráter informativo e educativo. Dr. Luiz Carlos Bertoni Member of Brazilian of Allergy and Clinical Immunology Society (ASBAI) Member of World Allergy Organization (WAO) _______________________________________________________________________________________________ AV. BANDEIRANTES, 515 – TELEFONE (43) 3324-3303 – LONDRINA - PARANÁ www.alergiarespiratoria.com.br