Erasmo Carlos - Universo Fnac

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Foto: Gilda Midani
universo
Edição 2 | Julho de 2014
Erasmo Carlos
O Gigante Gentil do Rock
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EDIÇÃO no 2
PRA COMEÇO DE CONVERSA
CAPA
Erasmo
Carlos
Batemos um papo
com o Gigante Gentil
mais rock’n’roll e
romântico do Brasil.
10
Especial
um dia na
rádio rock
Caro Cliente Fnac,
Ficamos muito felizes em receber os elogios por nossa
primeira edição desta revista, no mês passado. Agora,
apresentamos a você, que gosta de estar sempre perto da
gente, a segunda edição da Universo Fnac, resultado de um
trabalho de quem é verdadeiramente apaixonado pelo que
faz. A paixão pelo que fazemos é a grande força que nos move,
mas ela só faz sentido quando é compartilhada com você, e é
por isso que estamos aqui.
O dia 13 de julho é o Dia Mundial do Rock e o dia em que
nascia a 1ª loja Fnac no Brasil. Neste momento, surgia
também mais uma paixão: a de nossos colaboradores pelo
rock’n’roll. Para falar deste sentimento, a nova edição da
revista apresenta entrevistas exclusivas com ícones do rock
brasileiro, como Titãs e Erasmo Carlos, de grandes nomes da
fotografia rock, como Marcos Hermes, além de um bate-papo
exclusivo com o pessoal da 89FM, rádio que quase fechou as
portas, mas que ressurgiu mais rock do que nunca.
Na seção Paixão Fnac, fazemos questão de compartilhar com
você as melhores dicas sobre os produtos com o tema rock,
selecionadas por quem faz parte do nosso time, para ajudá-lo
a acertar nas escolhas.
A nossa paixão também está presente na série de eventos que
programamos em nossas lojas, especialmente para você, sua
família e seus amigos. Julho também é mês de férias e cada
uma das lojas Fnac oferece muitas atividades para as crianças.
Desde contadores de histórias até oficinas de artes, sempre com
entrada franca. Consulte a programação ao final desta edição.
Um abraço,
Jacques Brault
Diretor da Fnac Brasil
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Estivemos na
lendária Rádio Rock
para compreender
melhor o retorno
merecido da 89FM.
14
literatura
flip 2014
Paulo Werneck, curador
da edição deste ano, falou
sobre um dos eventos
literários mais importantes
do Brasil.
6
paixão fnac rock
8
titãs e nação zumbi
46
18 Lia paris
24 carlos saldanha
27 pequeno cidadão
32 especial e3
36 marcos hermes
55 mais arte, por favor
56 Programação cultural
66 FIM DE PAPO com Taciana Barros
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Universo Fnac
Nº 2, julho de 2014
Diretora de Redação: Mariana Manita
Consultor Editorial: Fernando Sant’Ana
Editor-Chefe: Beatriz Saghaard
Redator-Chefe: Jenniffer Hoche
Subeditor/a: Everson Oliveira, Jenniffer Hoche e Marina Veloso
Jornalista Responsável: Jenniffer Hoche MTB 2011-62
Revisão: Fernanda Bueno
CONVIDADOS
Andrei Ivanoff é Diretor de Criação
da Off - Publicidade e Propaganda,
viveu 10 anos nos Estados Unidos, onde
trabalhou em importantes agências, cursa
MBA em Empreendimento e Inovação
na Stanford University, e quando não está
trabalhando, está tocando guitarra
ou criando conexões entre um arduino
e seu Xbox One.
Diretor de Arte: Everson Oliveira
Editor de Arte: Marina Veloso
Editor de Fotografia: Marina Veloso
Designers Gráficos: Eudes Freire e Robson Marques
Arte Final: Bruno Zago e Gabriel Pasotti - Hype Premedia
Redação: Alex Altman, Alexandro Possamai, Almerindo Oliveira, Anderson
Vieira Silva, André Moreira, Anna Romagnoli, Antonio da Costa, Bruna Karine,
Camila Bellacosa, Camila Muniz, Denis Leiva Thenório, Eduardo Brito, Giovani
Fagner, Juliana Trevisanuto, Leonardo Montanher, Luciano Cruz, Natalia
Martins, Patrícia Cardozo, Patricia Sanchez, Paulo Gomes de Lima, Rodrigo
Borsatti Cardoso, Selma Regina Pujar, Solange Cardoso, Tatiana Louzada, Thais
Alves, Vinícius Ferreira.
Colaboraram nesta edição: Adriana Miranda, Ana Almeida, Ana Paula
Aschenbach, André Oliveira, Bianca Bonanno, Bruno Ribeiro da Silva, Carla
Sarmento, César Prado, Clarisse Goldberg, Daniel Lenço, Daniela Carvalho,
Danilo Thomaz, Eduardo Ferraro, Geziel França de Jesus, Joice Oliveira, Junior
Camargo, Léo Esteves, Livia Salles, Luciana Stabile, Luka, Marcelo Bolzan,
Marina Veloso, Mirella de Luca, Ricardo Alexandre, PH, Rodolpho Pajuaba,
Rodrigo Borsatti Cardoso, Simone Garuti, Tânia Barbato, Thiago Deejay, Tony
Bellotto, Yuri Danka, Zeli Silva, Zé Luiz.
Programação Cultural
Fnac Belo Horizonte: Luiza Leite
Fnac Brasília: Renato Parente
Fnac Campinas: Mônica Nassim
Fnac Curitiba: Íris Rodrigues
Fnac Goiânia: Daniela Carvalho
Fnac São Paulo: Débora Meireles
Fnac Porto Alegre: Adriano Machado
Fnac Ribeirão Preto: Livia Meira
Fnac Rio de Janeiro: Bianca Bonanno
Coordenação: Beatriz Saghaard
Ariel Mar
tini
Carlos Eduardo Miranda é produtor
musical e já foi responsável pelos
lançamentos de diversas bandas
e artistas, como O Rappa, Skank
e Gaby Amarantos.
Taciana Barros é musicista, compositora
e vocalista do grupo Pequeno Cidadão.
Para anunciar nesta Revista: [email protected]
Gráfica: CLY
Universo Fnac é uma publicação mensal da Fnac Brasil
Praça dos Omaguás, 34 - CEP 05419-020 - São Paulo / SP
Tel.: +55 (11) 3202.2000
Universo Fnac on-line: www.universofnac.com.br
Cartas e sugestões de pauta: [email protected]
fnacbrasil
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fnac_br
fnacbrasil
A revista Universo Fnac é um periódico mensal e gratuito da Fnac Brasil LTDA
destinada a seus amigos e clientes para a divulgação de ideias, opiniões,
notícias, eventos, lançamentos e ofertas. Todos os direitos reservados e
proibida a reprodução sem autorização prévia. O conteúdo dos anúncios é de
responsabilidade dos anunciantes e todas as opiniões e informações são de
responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião da Fnac Brasil. Todas as fotos
são de divulgação, exceto as fotos que possuem crédito específico.
Todas as ofertas desta revista são válidas de 1/7/2014 a 31/7/2014 ou enquanto durarem os estoques promocionais. Ofertas limitadas a 5 (cinco) peças para cada produto anunciado
ou enquanto durarem os estoques a critério da Fnac. As imagens dos produtos são meramente ilustrativas. Formas de pagamento: aceitamos todos os cartões de débito, aceitamos
os cartões de crédito VISA, MASTERCARD, AMEX, HIPERCARD e AURA, com documento de identificação (original). Aceitamos cheques somente após consulta e/ ou liberação
com apresentação dos documentos originais para contas abertas há no mínimo 6 meses e, ocasionalmente, a entrega dos produtos será feita somente após a compensação do
cheque. Não aceitamos cheques de terceiros ou pessoa jurídica. Parcelamentos: a partir de R$ 100,00 em até 2 vezes iguais sem juros no cartão de crédito ou com cheque (à vista
e 30 dias) diretamente nos caixas, sendo que para o parcelamento com cheque o valor limite da compra é de R$ 399,00. A partir de R$ 150,00 em até 3 vezes iguais sem juros no
cartão de crédito ou com cheque (à vista, 30 e 60 dias) diretamente nos caixas, sendo que para o parcelamento com cheque o valor limite da compra é de R$ 399,00. *Acima de
R$ 399,00 em até 5 vezes iguais sem juros no Cartão Fnac Mastercard. Parcelamentos em 6 a 12 vezes sem juros somente para produtos sinalizados com essa opção e para
compras com cartões de crédito. Parcelamento com juros: em até 24 vezes, consulte a financeira Cetelem no setor de Crédito. Consulte outras formas de pagamento.
Fnac GRU - Acima de R$ 400,00 em 2x sem juros e acima de R$ 500,00 em 3x sem juros para todos os cartões de crédito nacionais. Cartão Fnac Mastercard acima de R$ 1.000,00
em até 5x sem juros com parcela mínima de R$ 200,00. Cartão de crédito internacional somente para pagamentos à vista.
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ENTRE NÓS
Enquanto nos anos
80 a maior influência
era o rock inglês e
americano, hoje e já há
algum tempo, as formas
musicais regionais e
brasileiras tomaram a
frente, tanto na criação,
quanto na sonoridade
dos novos artistas.
Estamos vivendo
uma época muito boa,
muito rica, de muita
gente talentosa fazendo
música de uma maneira
livre, autêntica, sincera,
sem amarras.
Mariana Aydar (cantora/compositora)
Não se pode mais falar em
música popular sem falar em uso
de recursos eletrônicos. Todo
mundo usa, do pagode ao rap
[...] Admiro o uso bem feito da
eletrônica na música popular.
Zeca Baleiro (cantor e compositor)
Cinema faz parte das artes
plásticas. É o fluxo circular
que projeta sombras. O
cinema acontece quando
uma imagem se transforma
em outra [...] É o cinema
celebração. É cisão óptica.
Edgard Scandurra (guitarrista)
Walter Carvalho (diretor de cinema)
#UNIVERSOFNAC no Instagram >> @fnac_br
Bate-papos, pocket shows, exposições, palestras, lançamentos e oficinas: aqui você participa de todo
o nosso universo de cultura e informação e ainda leva #regram da Fnac na revista! Use a hashtag #UniversoFnac
e compartilhe o seu momento com a gente ;-]
Edgar Vivar, o Sr. Barriga
Estádio 97
watch dogs
O @luizrodriguesjr (centro) foi conhecer Edgar
Vivar, o Sr. Barriga, da Turma do Chaves, na Fnac
Paulista. “Foi emocionante conhecer uma pessoa
que fez, faz e sempre fará parte da minha vida.”
@doug_ftt é ouvinte da Energia 97 Fm e foi
até a Fnac Pinheiros para assistir a transmissão
do programa ao vivo na loja.
“Grande Portuga!”, comentou ele!
Sem nem esperar, voltando do trabalho,
a @okamotojulia passou pela Fnac Paulista
e descobriu o bate-papo com um dos criadores
do game Watch Dogs, que ela adora.
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PAIXÃO FNAC rock
No dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock, nascia
a 1ª loja Fnac no Brasil e surgia também uma identificação
especial de nossos colaboradores com o ritmo. Todos
que trabalham por aqui são apaixonados assumidos pelo
Rock’n’Roll. Foi daí que uma ideia saiu. Neste mês do Rock,
para mostrarmos um pouco do sentimento que corre pelas
veias de nossos fiéis escudeiros, conversamos
com alguns daqueles que possuem mais
do que o amor pelas batidas intensas da
música e pelas letras ousadas, mas com
quem tem no ritmo um estilo de vida.
OS
D
A
N
O
X
I
A
AP
Nome: Bruno Ribeiro da Silva
Idade: 23 anos
Cidade: Rio de Janeiro
Área e loja: Info. & Tel. / Barra
Trabalha na Fnac há 3 anos
Desde criança, o Rock sempre esteve muito
presente em minha vida, seja na maneira como
me visto, seja em meu comportamento.
Minha banda favorita atualmente é Pearl Jam.
Depois de adquirir o Lightning Bolt, álbum
mais recente dos caras, não ouço outra coisa.
As bandas de maior referência pra mim são
AC/DC, Black Sabbath, The Doors e Pink Floyd.
Quando penso em indicar um produto rock da Fnac,
tenho consciência de que a loja tem um excelente mix
de CDs e DVDs, tanto nacional, quanto internacional.
POR ROCK
Nome: Geziel França de Jesus
Idade: 30 anos
Cidade: Goiânia
Área e loja: Música / Goiânia
Trabalha na Fnac há 1 ano
Me considero um apaixonado por Rock,
pois escuto muito o ritmo no meu dia a dia
e acompanho praticamente todos os
shows que acontecem por aqui. Coleciono
há muito tempo CDs, DVDs, camisetas,
livros, palhetas e bandanas de rock.
Minhas maiores referências musicais são
Rolling Stones, Beatles, Elvis Presley, Jimi
Hendrix, Queen, AC/DC, Led Zeppelin,
Black Sabbath, Dio, Deep Purple, Glen
Hughes, Iron Maiden, Paul Rodgers, Roy
Orbison, Janis Joplin, Pink Floyd, Lynyrd
Skynyrd, Creedence, Ramones, Metallica,
Megadeth, Sepultura, André Matos e Titãs.
Entretanto, o que mais tenho escutado é
Rolling Stones, Ufo e Roy Orbison.
“Pra quem procura por um bom
produto rock como presente,
minha indicação é o álbum ‘13’,
dos pioneiros do heavy metal,
o Black Sabbath, um ótimo disco!”
“Mas o que mais me atrai mesmo, o que
eu indicaria, são as camisetas! Aqui tem as
melhores estampas das bandas mais icônicas do
cenário rock. É impossível comprar uma só!”
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Nome: Marina Veloso
Idade: 28 anos
Cidade: São Paulo
Área: Dept. Comunicação / Sede SP
Trabalha na Fnac há 4 anos
Só os apaixonados por Rock, como
eu, pagariam mico tocando air
guitar ou air drum em público.
Sobre minhas referências musicais,
nasci na década de 80 e, com certeza, vivi
a música muito mais nos anos 90. Por isso, sem sombra
de dúvidas, o Garbage é a banda que me fez gostar de
Rock e é minha banda do coração até hoje. Foi trilha
sonora dos momentos mais importantes da minha vida
e certamente participou da formação da minha
personalidade na adolescência. Acho que por conta da
vocalista, que era e ainda é extremamente feminista,
mas dá pra citar também algumas outras como Hole,
L7, Veruca Salt, BikiniKill, Pixies, Face To Face, Fugazi,
Smashing Pumpkins, The Distillers, entre tantas outras.
Mas tem uma banda nova que conheci há pouco tempo
chamada Tango Alpha Tango. É uma banda de Portland,
que toca um Blues Rock muito bom, perfeito pra quem
curte Black Keys ou Jack White. Além disso, tem uma
banda nacional novíssima de Natal que é IN-CRÍ-VEL e
merece ser ouvida. Chama-se Far From Alaska e eles
acabaram de lançar seu primeiro disco modeHuman
(muito bem produzido, diga-se de passagem).
A Emmily Barreto (vocal) tem uma voz rasgada
e muito forte, me lembra um pouco a da Juliette
Lewis e o som deles é uma mistura de hard rock
e stoner, pra quem curte Queens of the Stone Age,
Rage Against the Machine e White Stripes. Os discos
das duas bandas estão disponíveis na íntegra no
Soundcloud (/tangoalphatango e /farfromalaska).
“Se você estiver procurando uma boa
indicação de produto rock, indico o livro da
exposição do David Bowie. É praticamente
uma bíblia ilustrada com a história do
cara, com um acabamento incrível, muitas
imagens, desenhos, croquis, fotografias
raríssimas, entre muitas outras coisas.
É o tipo de livro que não pode faltar na
mesa de centro de ninguém que se diga
apaixonado por Rock!”
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Nome: Rodrigo Borsatti Cardoso
Idade: 33 anos
Cidade: Guarulhos, SP
Área: Comercial / Sede SP
Trabalha na Fnac há 1 ano
O Rock se recria em seu tempo, além de ser um
ritmo que se tornou mundialmente ouvido, tocado e
idolatrado por ter a capacidade de comunicar aquilo
que muitos gostariam de expressar. O Rock tem o poder
transformador de unir as pessoas em uma só voz pela
simples razão de conseguir se expressar nas mais diversas
culturas sem descaracterizá-las. A “magia” que este estilo
musical proporciona transcende as pessoas desde suas
mais íntimas introspecções até as mais livres formas
de expressão. Sobre as bandas de referência no ritmo
pra mim: Chuck Berry (esse é o pai, indiscutível), Elvis,
Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep
Purple, Pink Floyd, Rush, Hendrix, Queen, Van Halen,
U2, Kiss, Iron Maiden, Metallica, The Police, The Doors,
Bob Marley, The Who, AC/DC, Aerosmith, Guns ‘N Roses,
Bruce Springsteen, Cream, Clapton, Genesis, Pearl Jam,
Nirvana, Alice in Chains, Red Hot, Rage Against, Bon
Jovi, David Bowie, Sex Pistols, Ramones, The Clash,
The Smiths, The Cure, Duran Duran, Frank Zappa,
Michael Jackson, Slipknot, Motörhead, etc., etc.
Tenho certeza que impropérios cairão sobre mim
por não ter citado alguma banda (risos).
“Minha indicação de produto
da loja dentro do tema
é o Global Metal, segundo
documentário do canadense
San Dunn sobre a música
Heavy Metal. Outro produto
que indico aos apaixonados
por Rock é o Ghost Rider:
A Estrada da Cura,
livro do baterista
do Rush, Neil
Peart, em que
é feito um relato
de sua jornada
de moto.”
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Bate-papo
Marcos Hermes
Conversamos com duas das maiores bandas brasileiras
de rock. Titãs e Nação Zumbi estão com álbuns de
lançamento e
provam que o rock
continua firme e
forte e, acima de
tudo, inovador.
Por Beatriz Saghaard
Titãs
Os temas abordados nesse álbum são bem atuais e retratam a sociedade brasileira
de uma forma crua e direta. A densidade e a acidez das composições são reflexos de
uma sociedade doente?
Não é uma sociedade doente, é uma sociedade viva. Há um clamor pelo entendimento,
uma necessidade de que as coisas entrem nos eixos. Nheengatu, apesar dos temas
difíceis, é um disco otimista.
O Rock’n’Roll vem com toda força e legitimidade em Nheengatu.
Há outras influências musicais?
Há influências variadas de diferentes aspectos de música brasileira: baião, música
indígena, etc. Mas tudo visto pela ótica do Rock.
Quais são os significados do nome do
álbum – Nheengatu – e a imagem da tela
do artista Pieter Bruegel?
Nheengatu quer dizer “Língua Geral” em
tupi-guarani e denomina uma compilação
de dialetos indígenas realizada por jesuítas
no Brasil do século XVII, para facilitar a
comunicação entre índios e portugueses.
A imagem na tela de Bruegel - A Torre
de Babel - refere-se ao mito bíblico
sobre a torre construída para que os
homens chegassem aos céus, mas que
foi precocemente destruída pela falta de
entendimento entre seus construtores,
que falavam línguas diferentes e não se
entendiam. Portanto, há uma contradição
na capa, uma torre que simboliza o
desentendimento e um nome que simboliza
o entendimento. É a nossa ideia do que
é o Brasil hoje.
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Como foi a escolha e participação do produtor musical Rafael Ramos?
Queríamos trabalhar com alguém do Rock, competente, com referências novas e que
fosse brasileiro. Rafael se encaixou em todos os quesitos.
As letras protestam, acima de tudo, contra a falta de liberdade e respeito ao ser
humano. Como nasceu esse projeto e qual é sua principal mensagem?
Não existe “mensagem”. Existe uma fotografia do Brasil atual. Crônicas de um país em ebulição.
O álbum também flerta com a música brasileira em uma colagem genial na faixa Baião
de Dois – de Paulo Miklos. Há trechos de Cartola, Noel Rosa, Rita Lee, Tom Zé e João
Gilberto. A ideia era fazer uma homenagem? A MPB e o samba também têm o poder
do protesto?
Sim, MPB e samba sempre tiveram essa característica, embora andem meio capengas
atualmente. Assim como o Rock atual: burocrático, xoxo e bundão. Viemos dar um susto
na galera. É possível fazer música de qualidade no Brasil de hoje. Basta ter talento pra isso.
O Rock sempre foi contestador, mas é raro ouvirmos atualmente músicas com esse
conteúdo. O que aconteceu com o Rock?
O rock brasileiro que aparece no mainstream anda meio burocrático, contentão, sem querer
ferir suscetibilidades, agradando as máfias de rádio e tv. Daqui a pouco, deixa de ser Rock.
Das bandas de rock atuais, quais vocês destacariam?
Os Titãs. A receptividade do público como o novo álbum está absolutamente gloriosa.
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Nação
Zumbi
Marisa Monte faz uma bela parceria com Jorge du Peixe em A Melhor Hora da Praia.
A música já foi feita contando com a participação da Marisa?
A música e letra já estavam prontas e já tinha colocado minha voz. Sentíamos q faltava
algo na música, mesmo já tendo uma boa melodia. Fizemos o convite e ela topou.
Ela se amarra em ciranda e ficou curiosa pra ouvir, daí quando mandamos a faixa,
ela gostou e aceitou o convite.
O álbum traz em várias faixas a cantora Lula Lira – filha de Chico Science. O quanto
a presença de Chico, seja na voz de sua filha, seja na própria essência da banda, ainda
influencia o maracatu da Nação Zumbi?
É difícil mensurar isso. Mas nossa essência permanece. Temos as mesmas influências
de sempre, somadas ao que colhemos pelo caminho. Toda subida no palco sempre será
em tom de reverência .
Sempre terá uma dose do Manguebeat na alma da banda?
Somos o “manguebit”. Bit pela tecnologia. Tínhamos um satélite de baixa tecnologia,
mas de longo alcance .O beat foi a imprensa que deu. Não temos uma batida única,
prezamos pelo plural. Por que ir a um lugar só, se você pode ir para vários?
Nação Zumbi é uma banda de rock que é referência de originalidade e inovação,
como agora. Quais são as principais influências musicais que marcaram esses
20 anos de história?
A diáspora africana sempre estará presente, assim como a psicodelia setentista.
As novas tecnologias também nos influencia muito.
A feitura do disco se deu início em
2011, onde começamos com alguns
fragmentos e ideias que foram se
formando ao longo do ano. Depois
passamos pra uma pré-produção,
com as músicas já arranjadas, e o
passo seguinte foi gravar no início de
2012. Esse disco é diferente de todos
que já fizemos, pois é um disco mais
harmônico, melódico . A diferença é
importante a cada disco.
O patrocínio do selo Natura Musical foi essencial para viabilizar o projeto? Há mais
dificuldade hoje para gravar novos trabalhos sem apoios de editais de cultura e projetos
como o da Natura?
Lançaríamos o disco de qualquer maneira. Mas um suporte é importante pra divulgar e
distribuir o disco. Não abrimos mão da nossa liberdade artística e a Natura respeita essa
nossa postura. Da arte da capa até quem vai produzir e participar do disco somos nós
que decidimos.
Vitor Salermo
O álbum Nação Zumbi vem com
músicas inéditas depois de 7 anos
do último lançamento (Fome de
Tudo). Como foi a construção desse
novo projeto e, principalmente,
quais foram as transformações mais
evidentes nas novas composições?
Como vocês avaliam o atual cenário de rock no Brasil?
Tem muita coisa bacana acontecendo. A vez da música do Pará, a nova geração com
os ouvidos mais abertos pra música brasileira. O Rock se espalhou pelo mundo e cada
lugar assimila e faz de maneira diferente. E isso é bom.
Como foi a produção
de Berna Ceppas e Kassin?
O Kassin e Berna são amigos de
longa data. Conhecemos o universo
musical deles e sendo músicos
também, traz um diferencial na
produção. Dentro do estúdio
funcionou confortavelmente.
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Capa
Erasmo Carlos
Com 53 anos de uma bela estrada, o Gigante Gentil chega para confirmar
que continua sendo um artista que preserva uma identidade única,
além de uma capacidade infinita de composições e parcerias.
Por Beatriz Saghaard
Fotos: Gilda Midani
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Por que Gigante Gentil?
Esse foi o apelido que a Lucinha
Turbull – uma cantora de rock muito
amiga da Rita Lee – me deu nos anos
70. Então gostei muito e hoje em dia é
o nome do meu e-mail (risos).
Quando comecei a trabalhar com
internet, me assustou muito a forma
que as pessoas tratam os artistas, é
cruel, é uma linguagem espontânea e
muito cruel. Me chamavam de “zumbi”
– se eu levantasse as mãos para o céu,
Deus me puxava, se fechasse os olhos,
minha família começaria a rezar. Então
me assustei muito com isso, no início,
e fiz o Gigante Gentil.
Foi uma resposta?
Ilustração para a capa do disco Gigante Gentil
Por Ricardo Leite
Sim. Eu mesmo defendendo o Gigante
Gentil. É o Erasmo Esteves defendendo
o Erasmo Carlos. Como tudo que
eu faço, eu criei uma fantasia, um
personagem que é o Gigante Gentil.
Também me preocupei muito com
a capa e o projeto tornou-se um
conceito maior. O ilustrador é o
Ricardo Leite.
No tempo do LP, funcionava bem melhor. O CD matou esse tipo de arte e
você acaba deixando de dar trabalho a muitos artistas. Eu sempre convidei
pintores, ilustradores, usei ideias muito fortes para meus discos e por isso, tive
muitas capas premiadas. A capa tem que ser 50% do projeto, não pode ser
encarada como uma simples moldura para a música. Quem encara a música
simplesmente como entretenimento, o produto sai de qualquer jeito.
Como funciona seu processo de composição?
A capa tem que ser 50%
do projeto, não pode
ser encarada como
uma simples moldura
para a música.
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Eu vou vivendo, simplesmente, e assimilando as coisas que vão me
acontecendo e, de repente, chega um ponto que sinto necessidade de
colocar aquilo em música. Eu sempre tenho um monte de coisas anotadas
e pensadas, aí eu pego o violão e começo a compor e fazer as músicas,
depois eu faço as letras.
Sempre a música primeiro?
Sempre a música primeiro. Tenho coisas anotadas por aí que eu junto e
transformo em letra, mas geralmente eu faço música sem compromisso de
letra. O processo é natural mesmo. Normalmente, eu faço umas 30 músicas e
escolho as melhores para depois encontrar as letras. Aí chega a parte do tema,
a parte literal da coisa, então nascem os projetos, como o Gigante Gentil.
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Capa
Talvez um dos pontos que mais chamam a atenção e
fazem bater o coração nessa produção seja o virtuosismo
dos músicos e os arranjos sofisticados. Conte um pouco
como foi a formação deste time maravilhoso.
Eu adoro misturar músicos que nunca tocaram juntos.
O Jeneci, por exemplo, conheci no DVD que gravei com
o Arnaldo Antunes. Aí fomos ficando amigos. Quando fiz
esse disco, me lembrei do Carline (Luís Sérgio Carlini).
A gente já tocou junto, mas há anos que eu não tocava
com ele, que é um guitarreiro maravilhoso. Também
chamei o Christiaan Oyem, que já tocava desde antes
de 2000. E foi indo assim, o time ficou bom.
Sem perder jamais a pegada do rock, pode-se dizer que
o álbum é mais suave, certo?
Ficou sim. Os dois últimos – Rock ’n’ Roll (2009) e Sexo
(2011) ficaram mais nervosos.
Como foi regravar Além do Horizonte?
Muita gente só vê o rock
como uma coisa rebelde, de
contestação, de “quebra-quebra”
e de violência. Nada disso! Estão
completamente enganados.
A produção é assinada por um dos maiores produtores
da cena musical contemporânea. Como foi essa escolha
e, principalmente, como foi trabalhar com o Kassin?
Foi acontecendo. Eu não gosto de trabalhar com pessoas
que não conheço. Tenho que conhecer primeiro, não é um
“BBB” não (risos). É necessário ter afinidade e habilidade
com a pessoa. Eu já tinha trabalhado com ele no meu
disco Erasmo Carlos Convida 2, no qual ele produziu
a música Ilegal, Imoral ou Engorda - com a Adriana
Calcanhoto. Daí em diante, a gente foi se desenvolvendo.
Já toquei com a Orquestra Imperial, já fiz dois shows com
ele, até que chegou a hora de convidá-lo.
Outra participação importante para a identidade desse
projeto foi o Marcelo Jeneci e sua delicada e doce maneira
de fazer música. Você já tinha trabalhado com ele? Esse
encontro estimulou seu lado mais romântico?
O Jeneci também toca Rock com romantismo. Ele tem
uma sensibilidade muito grande, maior do que muitos
músicos. Mesmo quando ele faz Rock, coloca uma
sensibilidade imensa.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 12
Foi o Mariozinho Rocha (atual diretor musical das novelas
da Rede Globo) que me pediu. Ele não queria colocar as
gravações do Roberto Carlos, Nara Leão, Jota Quest e não
queria a minha com o Tim Maia. Aí eu gravei em samba rock,
que é um estilo que jamais foi gravado com essa música. Ele
queria uma coisa muito pra cima, alegre e ficou perfeito.
Um tema forte em suas canções é o amor e homenagem
às mulheres. Por quê? Qual é a importância e significado
das mulheres em sua vida?
Tem um texto que falo no show do Gigante Gentil que
é assim: “a mulher é o ser que mais admiro e venero no
mundo. Uma delas me deu a vida, a outra me deu filhos
lindos e outras me deram netos maravilhosos. A mulher é
a mais perfeita tradução do amor aqui na Terra”.
Qual é a importância da sua geração para o rock brasileiro?
Eu acho importantíssima, embora a maioria da crítica
especializada não ache e acredite que o rock brasileiro começou
nos anos 80. Eu já penso que não. Eles estão esquecendo dos
pioneiros do rock, dos caras que não tinham bons instrumentos,
nem amplificação nos aparelhos. E que inventavam coisas
que ainda não tinham grandes possibilidades de shows. Esses
só podiam acontecer em cinemas, boates e igrejas. Esse
pessoal, que há tanto tempo começou a cantar em inglês e
logo descobriu que podia cantar Rock em português, que eu
considero os herdeiros do Rock e me incluo. Eu acho que sou
muito importante, principalmente porque fiz o rock brasileiro,
o Rock que a gente faz aqui e é desse que eu gosto! Esse que
eu me acho importante dentro dele.
6/27/14 5:58 PM
Das parcerias que você fez e ainda faz, quais foram e são
as mais marcantes?
Sobre as parcerias, eu tenho a minha mais constante que é
o Roberto Carlos, a gente tem mais de 450 músicas juntos.
Mas eu tenho outros parceiros também. Já fui parceiro
do Jorge Ben Jor, ninguém sabe, e de muitos outros. Das
parcerias atuais, trabalho muito com o Arnaldo Antunes,
Nelson Motta e Nando Reis. Agora, o meu mais recente
parceiro é Caetano Veloso, em Gigante Gentil.
O Rock e o romantismo sempre caminharam juntos pra você?
Sempre. Muita gente só vê o Rock como uma coisa
rebelde, de contestação, de “quebra-quebra” e de
violência. Nada disso! Estão completamente enganados.
No início do Rock’n’Roll, o Rock era romântico pra
caramba, tinham baladas lindas, maravilhosas. Depois as
tribos começaram a chegar, a se dividir. Hoje, há imensas
correntes, mas pra mim não prevalecem não, Rock não é
isso. Também tem aqueles que acham que Rock é apenas
coisa de jovem, mas o Rock já tem 60 anos. Eu sou mais
velho que o Rock (risos).
Qual a importância do Carlos Imperial na sua vida?
Não foi o cara que me descobriu pra vida artística, mas
me deu a oportunidade de estudar, sendo secretário dele.
Assim, eu tive a chance de estar na vida artística sem
ser. Eu não era nada e nem tocava. Mas comecei na vida
artística pela oportunidade que ele me deu. Agradeço
muito por isso. Ele nem me dava força para cantar, ele
queria que eu fosse um grande produtor, assim como ele
era. Ele fez muito pelo Rock aqui no Brasil e faz muito falta.
Como é sua relação com a liberdade e a fé?
Ter fé faz parte da minha vida porque eu sou um cara
muito positivo. Eu não admito nada de negativismo. Eu
tenho muita fé em mim e tenho fé no ser humano. Mesmo
que não dê certo, acredito nas coisas. Meus valores são
um pouco diferentes, minha vida é que me interessa. Eu
sou do bem e não faço mal a ninguém, então eu cumpro
meus papéis na vida, procuro fazer tudo direito como ser
humano. Por isso, estou sempre em paz e isso reflete em
tudo o que eu faço. Eu tenho o maior analista que existe
no mundo, que inclusive é de graça - meu travesseiro.
Qualquer coisa que eu faça é com vontade, garra e muita
fé de que vai dar certo. Não acredito em derrotas. Quando
elas acontecem, procuro urgentemente transformá-las em
vitórias, e isso é muito possível.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 13
Não acredito em derrotas.
Quando elas acontecem,
procuro urgentemente
transformá-las em vitórias,
e isso é muito possível.
Para finalizar, como você avalia o atual cenário do Rock
e da música brasileira em geral?
Tem muita coisa boa que não é mostrada e não há
lugares para se mostrar. Os programas de televisão são
zero de oportunidade para a música nova. Na rádio é
tudo pago. Com o Jabá, você não tem acesso e os shows
sempre são para públicos restritos, tudo é pago. Está
cada dia menor o espaço que as rádios, a televisão e a
imprensa em geral estão cedendo. Então, você só conta
com a internet pra revelar as pessoas. Mas existe gente
boa pra caramba por aí fazendo boa música. De vez em
quando, um programa como o SuperStar revela uma
porção de gente boa, mas tem mais gente do que isso.
Gosto do Rock quando ele não imita ingleses, nem
americanos, quando ele tem algo de brasileiro. O grupo
tem que surgir já com uma identidade própria. Se copiar
os estrangeiros será uma eterna cópia, é muito feio. O
cara que tem talento mesmo já surge diferente, com suas
ideias próprias e já muda alguma coisa. Eu sempre torço
para ouvir alguma coisa nova quando surge um novo
grupo, mas dificilmente tem.
6/27/14 5:58 PM
ESPECIAL MÊS DO ROCK
Mais rock do que nunca
A história da 89FM mistura-se à história do rock no Brasil. No ar desde 1985, a rádio levou ao público, por
muitos anos, do Rock Clássico às novidades e foi responsável pela notoriedade de bandas como Titãs, Legião
Urbana, Cazuza, Raimundos, Skank, Planet Hemp, O Rappa, Charlie Brown Jr., Jota Quest e CPM 22. Foi na
emissora que surgiram programas que também fizeram história na rádio no país, como Os Sobrinhos do Ataíde,
com Paulo Bonfá e Marco Bianchi, e Do Balacobaco, apresentado pelo Zé Luiz. Passado um longo período de
"coma", que aconteceu entre 2006 e 2012, a rádio retorna mais rock do que nunca. Em entrevista exclusiva,
conversamos com o jornalista Ricardo Alexandre, ganhador do Prêmio Jabuti de 2010, que lança o livro
89FM: A História da Rádio Rock do Brasil, e com Yuri Danka, apresentador que está há 11 anos na rádio.
por BEATRIZ SAGHAARD e JENNIFFER HOCHE
O Livro – declínio e ascenção da 89FM
Como nasceu a ideia de fazer o livro
89FM: A História da Rádio Rock no Brasil?
Alexandre: O livro conta a história da rádio, contextualizando
com o universo do FM, da música e da cultura da época.
A narrativa é feita pelo ponto de vista de quem trabalhou
na rádio. Os depoentes são sempre locutores e pessoas que
fizeram parte da história da rádio. O 1º projeto já estava
pronto, em 2004. Ele surgiu pra contar a história dos 20 anos
da rádio, mas, infelizmente, os 20 anos marcaram uma crise
enorme na história da 89FM. Confesso que foi um livro no
qual eu tentava registrar um clima que não havia ali na rádio
e que culminou com o coma da emissora. Era um livro para
celebrar uma rádio que não existia, ou que estava esticando
as canelas. O que aconteceu foi uma crise de identidade
que levou a uma crise gerencial que culminou com o fim da
Rádio Rock. Eu lembro bem das discussões daquela época,
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 14
eram discussões estranhas. Obviamente, o livro que temos
hoje é diferente, com uma conclusão diferente. Com um
envolvimento e momento completamente diferentes.
O que provocou essa queda que levou
ao coma da emissora em 2006?
Alexandre: Em 2004, a gente vivia uma reformulação
completa de comunicação: o surgimento da internet 2.0,
surgimento das redes sociais, fim da indústria fonográfica,
fim do suporte físico para música, o boom do Napster
(em 2000), entre muitas outras mudanças. A gente vivia
o momento de 'O mundo está acabando!'. E óbvio que
a 89 sentiu, como todos nós. 'O que a gente vai fazer
agora?', 'Qual é o próximo passo?'. Com esses problemas
exteriores e mais uma série de problemas internos – que
relatamos no livro – foi compreendido que o melhor a fazer
6/27/14 5:58 PM
seria abandonar o Rock. O Rock havia se tornado uma
camisa de força para a rádio: um problema - do ponto
de vista comercial - porque o Rock não era mais o som
predominante do adolescente e um problema também
do ponto de vista artístico - não havia uma renovação tão
grande de bandas que suportasse uma rádio totalmente
dedicada a esse estilo. Foram feitas várias tentativas de
reverter esse quadro, mas chegou-se à conclusão (em
2006) que o melhor a fazer era que a 89FM abrisse a sua
programação em direção à música pop em geral como as
rádios Metropolitana, MIX, etc. Essa fase durou 7 anos.
Até que chegou o momento em que a música pop não
estava indo bem. Você é somente mais um e não há
conceito algum. A meta é trabalhar a popularidade, o
ibope. É como na TV: ou você é o mais popular ou já era.
É uma briga de foice para se manter ali.
A volta da 89FM: a prova de que ‘o improvável dá certo’
Para você que participou deste momento dramático,
o que fez ressurgir a 89FM?
Alexandre: Tem uma resposta curta, que é a demanda
popular mesmo. Legítima e honesta! Claro que o mundo
não se resume a demandas populares, mas nesse caso foi.
Foi uma iniciativa completamente amadora, no sentido de
‘amor’ mesmo, de botar a rádio na web.
Yuri: A volta da rádio foi em 21 de dezembro de 2012.
No começo desse ano, falaram pra gente que a rádio
seria arrendada por uma igreja, isso na época pop.
Começou uma série de demissões e ficou uma leva
que segurava a rádio e seria responsável por ‘apagar a
luz’. O Junior – diretor da 89FM - teve a ideia de fazer
uns finais de semana de despedida com muito Rock. Já
tinha uma proposta de fazer a rádio na internet com
a marca Rádio Rock. Aproveitamos para fazer naquele
momento o lançamento e divulgamos durante esse
programa de fim de semana. Imediatamente, veio
uma enxurrada de comentários pedindo para a gente
voltar. Fizemos o segundo programa e, mais uma vez,
a página da rádio explodiu de comentários positivos,
decolou em likes. Foi muito rápido e instantâneo. Em
menos de um mês conseguimos mais de 100 mil likes,
sem patrocínio algum. A gente não tinha mais nada a
perder. A ideia era somente divulgar a programação
da rádio web, mas a audiência na web já colocaria
a rádio como uma das mais ouvidas em SP. A gente
voltou num cenário totalmente diferente, as pessoas
estavam com saudades do Rock. O fenômeno que
aconteceu é o seguinte: um público jovem descobriu
o Rock muito recentemente e o público adulto estava
à procura de novidades.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 15
Vocês acreditavam na volta da 89FM?
Yuri: Tudo conspirava para a volta da rádio, porque o
Rock está em todo o lugar e cada vez mais é um conceito
desejável. Na nossa audiência, temos um público bom na
faixa de 15 a 20 anos, mas o público de 20 a 25, de uma
faixa que não consumiu a rádio no passado, já consome
consideravelmente a nossa programação.
Alexandre: E o público que consumiu também. Essa
fatia que vem sendo cunhada como ‘jovem adulto’, de
20 a 35, é uma combinação que não existia em 2006.
Era uma fatia ainda muito incipiente de mercado. Mas
isso tudo a gente fala hoje. Há 2 anos, quando a rádio
estava voltando, era como 'sangue nos olhos', não
tinha nada disso.
Vou falar uma coisa como alguém de fora da 89. Sou
um jornalista, não sou contratado da rádio. A volta da
89 provou que o improvável dá certo. E fico muito feliz
por isso, pois quem trabalha com comunicação é muito
refém do 'não deu certo' ou 'isso não dá certo'. Isso
é arte. 'Por que a 89 voltou?', você me perguntou. E
eu respondo: porque deveria voltar. Porque tinha que
voltar. Era inconcebível que não voltasse. É só por isso.
A gente sabe que tudo conspirou, olhando hoje em
retrospecto.As aspas que vocês vão ler com o Junior
neste novo livro são sobre os 3 primeiros meses antes
da volta. E ele dizia: 'eu não sei quanto é que vai durar
isso aqui'; 'eu não sei se a volta da rádio vai durar
6 meses, 1 ano, mas não me importa', dizia ele. O que
importava pra ele era que a 89 tinha que voltar. E isso
é tudo. Tudo o que tem além disso, que foi o que já
falamos, foi entendimento construído depois. A gente
falou 'ah, é por isso’, ou ‘ah, é o segmento jovem
adulto’. Agora a Rádio Cidade voltou no Rio de Janeiro
e no mídia kit dela está lá ‘jovem adulto’. As pessoas
agora falam, ‘ah, entendi, é o segmento jovem adulto’.
Foi a coisa mais Rock’n’Roll que eu já vi.
Yuri: Foi uma coisa assim de quebrar a guitarra no chão.
Você já tinha terminado o livro em 2004, certo?
Como foi retomá-lo?
Alexandre: O livro já estava pronto. Ele surgiu pra contar
a história dos 20 anos da rádio, mas infelizmente os
20 anos marcaram uma crise enorme na história da
89. Tive que revistar tudo o que tinha escrito, algumas
coisas não faziam sentido, e a última parte do livro
inteira, que é a que conta o fim e a volta da rádio,
evidentemente foi feita agora. E mais do que isso,
esse é um livro para celebrarmos o que existe, não
pra celebrar aquilo que gostaríamos de contar pras
pessoas. Esse livro faz muito mais sentido que o livro
que não saiu.
6/27/14 5:58 PM
Cenário Rock
E sobre o mercado de rock, você falou que ele não tem
tanta produção nacional, que é mais internacional.
O que você tem pra falar sobre esse mercado?
Alexandre: Eu acho que tem muita gente talentosa, vejo
muita coisa boa, mas me ressinto de oportunidades.
A volta da 89, a volta da Rádio Cidade, os festivais...
Começam a se criar, de novo, os elos de uma corrente
que precisa existir, pois não há uma criatividade pura que
resista a falta de estímulo. Hoje vejo muita ideia boa, gente
talentosa surgindo, mas não vejo espaço. Fico feliz de ver
a 89 surgindo tocando, por exemplo, Vespas Mandarinas,
Super Combo, bandas que começam a ter essa resposta da
comunicação. Não é por acaso que em um mesmo ano saiu
disco dos Titãs, da Nação Zumbi, dos Raimundos.
Curiosamente, é um mercado muito semelhante ao que
tínhamos nos anos 80. Nessa época, quem eram as bandas
dos anos 80 que até hoje os ouvintes se lembram? Eram
bandas europeias. E eram bandas independentes. Olhando
no livro, temos a lista das bandas de 85 que os ouvintes se
lembram. Temos Simple Minds, Tears for Fears, Smiths, Dire
Straits, The Cure, U2, fora Bruce Springsteen que está aqui em
6º lugar. Em 86, temos New Order, Smiths de novo...
É interessante isso.
Yuri: E hoje está acontecendo de novo, pois o Rock em
si não está com essa força toda. O engraçado é que o
mercado pop e outros estilos estão consumindo tanto, que
já está fazendo falta algo diferente. E aqui em SP a gente
sente isso perfeitamente. Precisa o resto do Brasil sentir
isso também (risos). Agora o Rio também vem com isso,
com a volta da Rádio Cidade.
Alexandre: O Rock, quando a 89 surgiu, era o ‘ritmo
do momento’, pra usar a frase do Lulu Santos. Só que
o que levou a 89 ao fim, ao coma, era a percepção
equivocada de que o Rock sempre precisaria ser o
ritmo do momento. E hoje está muito claro que é
possível existir uma cena forte, rentável, interessante,
viva e pulsante sem que o Rock seja o ritmo do
momento. Só que aí temos um Lollapalooza e
superlota, tem o Metallica, ‘sold out’, Black Sabbath,
‘sold out’, com ingresso de R$ 1.000,00, ‘sold out’.
Até o Bruce Springsteen, que nunca ninguém deu
pitaco aqui no Brasil, e superlota. Quer dizer, há uma
tranquilidade muito maior hoje, uma clareza, uma
sobriedade muito maior pra se tratar de Rock. Ele não
precisa ser o ritmo do momento pra você ter uma
cadeia, um ecossistema muito bem alimentado.
UM TIME APAIXONADO
POR ROCK
"Nossa construção daqui pra frente é, o tempo todo,
trabalhar para que o DNA da rádio e seu conceito
estejam cada vez mais claros e fortes."
"A volta da 89 foi a coisa
mais rock’n’roll que eu já vi."
Junior Camargo - Diretor executivo da 89FM
Ricardo Alexandre - Jornalista e apresentador
dos "28 anos que mudaram o Rock"
"Quando a Luka me ligou falando da volta da 89,
não acreditei. Passei até por uma depressão com
o fim da rádio e voltar a trabalhar aqui foi como
voltar à vida, literalmente."
Thiago Deejay - Apresentador do Ramona 89,
Hora dos Perdidos e Madrugada Insana
"A mesma intensidade da tristeza que senti quando
tive que ir embora veio em doses de felicidade em
poder voltar pra casa. A volta da 89 foi como a volta
de uma vida pra mim, de um lifestyle."
Luka - Apresentadora do Ramona 89,
Hora dos Perdidos e Madrugada Insana
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você encontra no universofnac.com.br
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 16
"A gente voltou num cenário
totalmente diferente. As pessoas
estavam com saudade do Rock!"
Yuri Danka - Apresentador, produtor
de áudio e vídeo da 89FM
6/27/14 5:58 PM
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The Hunting Party
O Linkin Park volta aos estúdios para
o lançamento de The Hunting Party e,
atendendo aos pedidos dos fãs, retorna
às suas origens com um rock’n’roll mais
pesado. O disco anterior foi um grande
sucesso de vendas, recebendo Disco de
Ouro no Brasil.
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Jack White
Lazaretto
Jack White faz o que sabe de melhor:
construir um álbum de rock de forma
única. Seus solos de guitarra e toques
de piano são característicos, como na
extraordinária faixa Just One Drink,
em que fica evidente a influência do
rock clássico.
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Poucas bandas de rock alternativo
no mundo podem contemplar tantas
vitórias e sucessos como o The Black
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Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 17
6/27/14 5:58 PM
apresenta
Lia Paris
por Miranda
A cantora, compositora e estilista Lia Paris está cada vez mais
presente no cenário da música paulistana. Seu estilo é pop e
feminino e a versatilidade é uma marca registrada em seu
trabalho. A artista transita facilmente pelo mundo pop,
rock, blues, samba, além de ter um projeto especial
somente com músicas francesas – Vive La Chanson.
Em breve, lançará seu álbum autoral com participação
de um belo time. O produtor musical Carlos Eduardo
Miranda foi escolhido para lapidar o novo projeto.
Nada mais justo que chamar o próprio produtor para
bater um belo papo com Lia Paris.
Quando te conheci, você era estilista da confecção da tua mãe e
vivia na loja de arte regional de teu pai. Com os dois tão ligados
ao universo artístico, é forte a influência sobre teus caminhos?
Eu cresci em meio aos tecidos, botōes e passamanarias do ateliê
da minha mãe, que ficava na edícula de casa. Desde pequena,
já inventava minhas próprias roupas e com meu pai, amadureci
muito meu olhar sobre arte em geral. Com ele escutava de tudo
um pouco. Ele tocava guitarra e tinha uma enorme coleçāo de
discos, que iam de Tom Waits, Stevie Wonder e Shirells até Secos
e Molhados, Novos Baianos, Luiz Melodia, Tim Maia, entre outros.
Com certeza essa criação me influenciou, me formei em Moda e
hoje continuo apaixonada pelos dois universos, trago muita coisa
da Moda para meus projetos musicais e para meu dia a dia.
Nessa época te enxergava como uma “punkete rocker” que
cantava em francês, até o dia que teu pai me convidou para
uma roda de samba semanal cuja atração maior era quem?
Lia Paris. Do rock ao samba, passando pela chanson francesa,
quem é Lia Paris? Ainda é a mesma?
Sou a mesma sim, só que um pouco mais velha (risos).
Esse ecletismo todo tem fundamento. Apesar do rock ser mais a
minha cara e combinar mais com meu estado de espírito na maior
parte do tempo, sempre gostei de muitos gêneros musicais. Quis
estudar essa diversidade, ir a fundo em cada ritmo, divisão, poesia
e no sentimento que cada um me traz. Depois dessas experiências
todas, fui achando a minha linha pessoal e assim meu caminho na
música apareceu naturalmente. Hoje em dia, continuo escutando
mais rock, mas adoro cair num samba de vez em quando,
e a música francesa sempre será a minha tentação.
E por sinal, por que o francês?
Quando eu era do circo, nossas trilhas sonoras eram músicas de
cabaret. Acabei me interessando e mais tarde montei a banda punk
Paris Le Rock, com Alec Haiat, e nossas primeiras composições
saíram em francês. Essa ficou sendo a marca registrada da banda,
nosso diferencial. Hoje tenho a banda Vive La Chanson, com a
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 18
formação baixo, piano e voz, onde fazemos versões de clássicos
franceses e outras músicas inusitadas.
Você compôs com Jeneci, Scandurra e o baterista dos Beastie
Boys participa do seu EP de estreia, além do Skank gravar uma
parceria sua com o Samuel Rosa na música Aniversário. A que
você atribui tanto interesse desses nomes com o seu trabalho?
Na verdade, não sei. Para mim é uma honra tê-los fazendo parte
do meu trabalho, contar com estes talentos e, mais do que isso,
com a amizade de cada um. Jeneci conheço há muito tempo,
cantei em uma banda que ele tocava anos atrás. Scandurra me viu
crescer, era amigo dos meus pais, Samuel é uma amizade recente,
uma surpresa muito boa na minha vida, rolou de cara uma
supersintonia. O Fredo Ortiz (Beastie Boys) estava tocando no Rock
in Rio, escutou o som bem na semana que estávamos gravando
o EP WIld Boy e quis participar. Acho que isso tudo se deve muito
à sincronicidade, ao momento, e muito à minha persistência.
Sempre corri atrás das coisas que acredito e hoje, trabalhar com
pessoas que admiro é uma conquista e tanto, mas reflexo de
batalha, sonho e sintonia. Sou muito grata a tudo isso.
Em breve, entra em estúdio para gravar o disco. Qual sua expectativa?
Gravar o disco vai ser uma realização pra mim. Sinto que é a hora
certa. Será um disco autoral, com músicas autobiográficas em letras
e melodias que vieram do coração, das histórias da minha vida, um
lance meio escancarado mesmo. Minha expectativa é mais pessoal,
sou supercrítica e perfeccionista, essa é a parte que mais sofro. Mas
estou contando com pessoas em quem confio muito e sei que sendo
um trabalho feito com tanta verdade será, no mínimo, um disco que
reflete tudo isso, mais a vontade de fazer música pop de qualidade.
Carlos Eduardo Miranda, grande referência de produção musical brasileira, já
lançou nomes como Raimundos, produziu grupos como o Skank, O Rappa, Móveis
Coloniais de Acaju, Mundo Livre SA, Cordel do Fogo Encantado, entre muitos
outros. Também foi responsável pelo sucesso da paraense Gaby Amarantos e foi
jurado de programas como Ídolos, Astros e Qual é o seu Talento?.
6/27/14 5:58 PM
TOP FNAC
Conheça os mais vendidos nas lojas e
no site Fnac no mês de junho.
FNAC RECOMENDA
Julho, o mês do Rock. É assim, de forma simples e
direta que definimos nossas dicas para esta edição.
Uma das grandes apostas da Fnac para o mês de
julho é o 6º álbum do Linkin Park, The Hunting Party,
que reconstrói o caminho da banda com o retorno
às próprias raízes. Outra indicação é Lazaretto,
2º disco solo de Jack White, músico influente do
cenário pop que apostou na influência country e na
versatilidade. Ainda recomendamos
o álbum Turn Blue, projeto corajoso e ousado
do The Black Keys, que se reinventou neste
8º álbum da dupla.
Em DVDs, destacamos a chegada da esperada
4ª temporada de Downton Abbey, assim como a
2ª de House of Cards, sucessos absolutos. Outra
recomendação fica por conta de Breaking Bad, uma
das maiores séries de televisão americana de todos
os tempos, em uma versão completa e especial para
colecionadores. Ainda indicamos o tão esperado
2º volume da trilogia Jogos Vorazes, saga que relata
a aventura de Katniss, escolhida para participar da
empreitada até que apenas um jogador saia vivo.
CDs
1. Marisa Monte - Verdade, Uma Ilusão - Tour 2012/2013
2. Coldplay – Ghost Stories
3. Zeca Baleiro – Calma Aí, Coração – Ao Vivo
4. Maria Rita – Coração a Batucar
5. Dom Paulinho Lima – Dom Paulinho Lima
DVDs
1. A Menina que Roubava Livros
2. Trilogia O Poderoso Chefão – The Coppola Restoration
3. Frozen – Uma Aventura Congelante
4. Multishow ao Vivo – Ivete Sangalo
5. Rua dos Amores - Djavan
LIVROS
1. A Culpa é das Estrelas – John Green
2. Destrua este Diário – Keri Smith
3. Ansiedade, Como Enfrentar o Mal do Século – Augusto Cury
4. O Livro da Psicologia – Editora Globo
5. Quem é Você, Alasca? – John Green
GAMES
1. Watch Dogs – PS3 / PS4 / X360 / XOne / PC
2. FIFA 2014 – PS3 / X360
3. Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014™ – PS3 / X360
4. Minecraft – PS3 / X360
5. Mario Kart 8 – Wii U
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 19
No universo literário, julho é o mês da 12ª edição
da Flip e Joël Dicker, consagrado autor de A Verdade
Sobre o Caso de Harry Quebert, estará presente
no evento. Recomendamos que você já garanta
o seu ingresso o quanto antes em nossas lojas.
Outro destaque fica por conta de Fique Onde Está e
Então Corra, do mesmo autor de Menino do Pijama
Listrado, John Boyne, e na mesma linha desta obra.
O aguardado “Crônicas Saxônicas – O Guerreiro
Pagão” também é uma boa escolha para o mês. Além
disso, indicamos a série jovem-adulto e best-seller
Os Instrumentos Mortais – Cidade do Fogo Celestial,
uma ótima pedida para o período de férias.
Pra quem não quer perder um momento do período
de férias com a família, a nossa dica é a câmera
mais versátil do mundo, a GoPro. Outra câmera
de destaque é a nova Sony Superzoom DSC-H400,
que utiliza o zoom como uma câmera profissional,
comporta-se como uma câmera DSLR, mas é tão fácil
de utilizar como uma câmera compacta.
Descubra nas próximas páginas, mais de 100 ofertas
exclusivas com o melhor da Tecnologia, além de muitas
novidades em Música, Filmes, Livros e Kids, uma ótima
pedida para mês de descanso mais que merecido.
6/27/14 5:58 PM
Lançamentos | Música
A Culpa é das Estrelas (Trilha Sonora)
A trilha sonora do filme A Culpa é das Estrelas, que está
emocionando a todos. O filme é baseado no best-seller
mundial, The Fault in our Stars, e o álbum contém 16 faixas
inéditas de artistas como Ed Sheeran, Birdy, Lykke Li,
Charli XCX e Grouplove.
por R$ 32,90
Natalie Merchant
Dona de uma das vozes mais
magnetizante do universo pop,
a cantora americana retorna com
um aguardado CD de inéditas.
Com arranjos exuberantes de
cordas, metais e sopros, e letras
profundas sobre arrependimento,
negação e autodestruição, o
disco arrebata pela beleza e
profundidade.
Lykke Li
I Never Learn
Lykke Li, a voz por trás do sucesso mundial
I Follow Rivers, está lançando agora seu
3º disco, I Never Learn. O álbum traz
8 canções inéditas, todas transcendendo as
fronteiras do pop convencional - o que é um
de seu traços mais marcantes.
por R$ 37,90
por R$ 37,90
Miles Davis
Box - At Fillmore - The Bootleg
Series - Vol. 3 (4 CDs)
A histórica apresentação de 4 noites
no lendário Fillmore East, em Nova
York, de 17 a 20 de junho de 1970,
chega pela primeira vez em sua versão
completa e sem cortes. Inclui
os shows completos, contendo mais
de 100 minutos de material inédito.
Um tesouro para os fãs.
por R$ 79,90
As 7 Melhores - 2014 (2 CDs)
Ed Sheeran
X
Promissor candidato a se tornar um dos
maiores fenômenos pop, o inglês Ed
Sheeran lança o seu novo álbum, cercado
de expectativas. O álbum mantém o
mesmo clima contagiante de pop, soul
e folk do disco de estreia, +, a partir do
qual despontou como uma das grandes
sensações da nova geração.
Sempre trazendo os sucessos das pistas do
momento, o novo CD As 7 Melhores inclui
a nova música do Magic Box, Scream My
Name, e ainda o mega sucesso de Hardwell,
Dare You, além do novo hit de Bob Sinclar,
Cinderella, e do hitmaker Joe K, com
We’re Not Alone.
por R$ 32,90
por R$ 37,90
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6/27/14 5:58 PM
Lançamentos | Música
Skank
Velocia
Zezé di Camargo & Luciano
Teorias de Raul
Luiz Melodia
Zerima
Skank é a banda em atividade no pop-rock
nacional com a carreira mais consolidada no
mercado, com mais de 23 anos de carreira.
O novo disco, Velocia, traz novas influências com
músicas voltadas para o folk, além do novo hit,
Ela me Deixou, que resgata o suíngue eletrizante
do início da carreira.
O novo CD da dupla conta com 15 músicas
inéditas e uma faixa bônus, sendo 4 músicas de
Zezé, todas em parceria com Danimar, e ainda
uma versão para o hit I Can See Clearly Now,
de Johnny Nash, e uma parceria com
Gusttavo Lima e Roupa Nova.
Neste novo CD, Melodia lança sua voz forte
e marcante sobre um excelente repertório
basicamente inédito, trazendo entre os
parceiros Dona Ivone Lara, e contando com a
participação de Céu, na suave Dor de Carnaval.
Inclui também uma regravação
de Maracangalha, do imortal Caymmi.
por R$ 19,90
por R$ 19,90
Todos os Quintais de
por R$ 25,90
29,90
cada
Outros CDs e DVDs disponíveis por preços especiais
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 21
21
6/27/14 5:58 PM
Seleção | Filmes
Tudo por um Furo
De Repente Pai
Mandela: O Caminho para a Liberdade
Depois de perder seu emprego para
sua esposa e colega, Ron reúne o
time do noticiário e investe contra
um novo rival. Será que o maior
âncora do mundo vai ser esmagado
pelo peso de seu próprio ego?
Disponibilidade: 17/07.
David Wozniak: ele é pai de 533 crianças através
de doações feitas há 20 anos! David logo descobre
que o choque de sua vida pode ser a melhor coisa
que já lhe aconteceu. Ao longo do caminho, ele
descobre não só o seu verdadeiro eu, mas também
o pai que ele poderia se tornar.
Disponibilidade: 23/07.
Baseado na autobiografia do ex-presidente
Sul-Africano Nelson Mandela, que narra sua
infância, sua escolaridade e 27 anos de prisão
antes de se tornar presidente e trabalhar
para reconstruir a sociedade de um país
completamente segregado. Disponibilidade: 23/07.
DVD por R$ 39,90
Blu-ray Duplo por R$ 79,90
DVD por R$ 39,90
Blu-ray por R$ 59,90
DVD por R$ 39,90
Jogos Vorazes - Em Chamas
Ninfomaníaca - Vol. 2
Trilogia Transformers
Katniss Everdeen retorna a salvo, depois de ter
ganhado o 74º Jogos Vorazes com o colega Peeta
Mellark. Vencer significa que eles devem retornar
e abandonar sua família e amigos próximos,
embarcando na “Turnê da Vitória”, nos distritos.
Disponibilidade: 16/07.
A continuação da história de vida
de Joe investiga os aspectos mais
sombrios de sua vida adulta, e
o que a levou aos cuidados de
Seligman. Últimos 3 capítulos de
Ninfomaníaca.
Disponibilidade: 24/07.
Sensacional trilogia contendo
os filmes Transformers,
Transformers: A Vingança dos
Derrotados e Transformers:
O Lado Oculto da Lua.
Uma explosão de efeitos especiais
em combates entre os Autobots
e os Decepticons.
DVD por R$ 29,90
Blu-ray por R$ 59,90
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DVD por R$ 39,90
DVD por R$ 39,90
Blu-ray por R$ 79,90
6/27/14 5:58 PM
Seleção | Séries de TV
House of Cards - 2ª Temporada
Por trás de toda a cena de poder, sexo,
ambição, amor, ganância e corrupção de
Washington, o casal Underwood tem que lutar
contra ameaças do passado e do presente para
não perder tudo. Novas alianças são feitas e
antigas são desfeitas por falsidade e traição,
e os Underwood não têm limites para realizar
sua rota de ascensão.
4 Discos.
Masters of Sex - 1ª Temporada
A série narra a trajetória de uma vida
incomum, do romance e da cultura
pop de Masters e Johnson, além dos
efeitos dessa pesquisa sobre a família
e colegas próximos. Este estudo
iniciou uma revolução sexual e os
levou de um hospital de ensino do
Centro-Oeste, em St. Louis, para a
capa da revista Time.
4 Discos.
Disponibilidade: 23/07.
DVD por R$ 99,90
Disponibilidade: 23/07.
DVD por R$ 79,90
Breaking Bad - A Coleção Completa
Edição de Colecionador
Uma das séries de TV mais premiada e de maior
sucesso, agora em alta definição.
16 Discos.
Disponibilidade: 09/07.
Blu-ray por R$ 399,90
Resurrection - 1ª Temporada
O que aconteceria se alguém que você enterrou
aparecesse na sua porta como se nada tivesse
acontecido? Após o choque inicial, seria
uma bênção ou uma maldição? Mergulhe
na 1ª temporada da série Resurrection,
uma surpreendente história de mistério,
relacionamentos e segundas chances.
2 Discos.
Disponibilidade: 23/07.
DVD por R$ 39,90
Downton Abbey
1ª a 4ª Temporada
As 4 temporadas de uma das séries mais
bem recebidas pela crítica e público da
história da televisão chega às lojas em um
box imperdível em DVD e, pela primeira
vez, em Blu-ray.
15 Discos.
Disponibilidade: 17/07.
DVD por R$ 249,90
Blu-ray por R$ 499,90
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Pecado Capital
Um marco para a TV brasileira, a 1ª novela
das 20h em cores. Conta a história de
Carlão, um taxista que teve como passageiro
um assaltante de banco em fuga, deixando
em seu carro uma mala com o dinheiro
roubado. A dúvida: devolver a grana para a
polícia ou resolver seu futuro.
10 Discos.
DVD por R$ 164,90
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MAIS FNAC
A FANTáSTICA
FáBRICA DE IDEIAS DE
CARLOS SALDANHA
Aos 45 anos, o diretor carioca é um dos brasileiros de maior destaque no cinema
americano contemporâneo. Proprietário do Blue Sky Studios, localizado
em Connecticut, nos EUA, país onde mora desde 1991, foi responsável
por grandes sucessos da animação como Era do Gelo e já recusou convites
dos gigantes da Disney e Pixar para se associarem ao seu estúdio. Lançando a
sequência de um sucesso que liderou as bilheterias no mundo por semanas,
Saldanha apresenta Rio 2 e, em entrevista exclusiva, fala do filme e de
criatividade, desafios e projetos futuros.
por Jenniffer Hoche
Você é um apaixonado por cinema, especialmente por
animação. Fale um pouco sobre essa paixão, como começou e
quais são as suas maiores referências?
Gosto muito de cinema desde pequeno e era apaixonado
por Charles Chaplin. Adorava ver os filmes dele, achava tudo
muito divertido, mesmo sendo em preto e branco e sem som.
Quando adolescente, já era um fascinado por cinema. Adorava
ficção científica, efeitos especiais e toda aquela coisa de usar o
computador e a tecnologia nas produções. Apesar de fascinado,
nunca imaginei que fosse trabalhar com isso. Na verdade,
quando fui à faculdade acabei estudando computação, mas
sempre fui muito artístico. Até que, por volta dos 20 anos,
pensei: ‘por que não usar o computador e o meu talento
artístico para fazer alguma coisa?’. Foi quando houve o clique de
falar ‘vou pra fora do país, vou fazer um curso e me especializar’,
assim mesmo, sem saber exatamente como eu ia trabalhar.
Mas as coisas foram acontecendo. Comecei com televisão,
com comercial e, de repente, surgiu uma oportunidade de me
envolver com cinema, que era um sonho impossível na minha
cabeça até então. Quando comecei a trabalhar nessa área, me
apaixonei definitivamente. É algo que sempre esteve lá dentro
do subconsciente, algo que eu sempre quis fazer, mas que nunca
soube se ia fazer realmente. Quando apareceu a oportunidade,
acreditei e agarrei com unhas e dentes.
Das produções contemporâneas às suas, quais você destaca
e por quê?
Curto muito cinema e é engraçado que, na época em que eu
era mais jovem, adorava ficção científica, mas meus interesses
aumentaram, justamente por fazer parte da indústria de cinema,
de animação. Meu filme favorito, por exemplo, é Blade Runner.
Ridley Scott é um dos meus ídolos, adoro o trabalho dele e tenho
essa coisa de fã também com filmes que saem. Mas gosto muito
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 24
também de filmes pequenos, filmes independentes com uma
boa história. Filmes que me interessam são os que possuem não
necessariamente as mais complexas ou mais caras produções,
mas as histórias mais interessantes . Ano passado, por exemplo,
o filme que me mais me interessou foi o Ela, do cara que se
apaixona pela voz do telefone e do sistema operacional. Tenho
esses filmes que não são necessariamente as maiores bilheterias,
mas os que emocionam pela história que trazem,
pela originalidade dos personagens.
Scrat, o “esquilo-dente-de-sabre” mais famoso e querido do
mundo, que surgiu em A Era do Gelo, foi criado no Blue Sky.
Como ele aconteceu?
O Scrat é desses momentos de criação que você não consegue
planejar, porque se fosse planejado sempre teria um Scrat
novo no mercado. Esse aconteceu. A Era do Gelo foi nosso
primeiro filme. Estávamos com todo aquele gás de primeiro
filme, de buscar ideias novas e nos divertimos criando esse
personagem que não tinha nada a ver com a história.
Agora ele é praticamente personagem principal da história.
Em A Era do Gelo 5 ele faz parte essencial da história, fica todo
mundo esperando pelo Scrat porque ele é muito divertido de
ver, ele virou o nosso Mickey Mouse, nosso mascote, simboliza
a nossa criatividade. O mais interessante do Scrat é que ele
está sempre correndo atrás das nozes, está sempre em busca
de um objetivo, quase que como uma metáfora a respeito
de você correr atrás de seus projetos, de seus sonhos. No
caso dele, infelizmente não há muita sorte. Acho que nós da
Blue Sky conseguimos alcançar as nossas nozes, apesar de
estarmos sempre correndo atrás delas. Nós nunca nos sentimos
completamente satisfeitos e é isso que nos motiva a continuar
nos projetos que fazemos, produzindo e criando. O Scrat é uma
inspiração pra gente também.
6/27/14 5:58 PM
E como diretor de Rio, agora Rio 2, quais foram os seus
maiores desafios?
O desafio maior é sempre o desafio criativo. É você
continuar a contar as histórias levando os personagens para
um novo patamar.
Quais são as maiores diferenças (técnicas) entre Rio e Rio 2?
Rio 2 foi um filme muito mais complexo na parte criativa e também
na parte técnica. Passamos muito tempo no primeiro filme criando
a cidade do Rio de Janeiro, mas quando partimos pra Amazônia,
tudo se transformou em algo ainda complexo. É uma área muito
grande, uma diversidade muito maior. Tivemos que criar mais
personagens, buscamos retratar as árvores que existem na floresta.
Criar a natureza no computador é um desafio muito grande. A
criação de um prédio em computador é algo gráfico, que funciona
bem na computação. Agora, você criar árvores, folgas, rios... A
natureza é difícil de replicar, ela não foi feita pelo homem. Além
disso, como toda sequência, temos mais personagens, a tecnologia
já avançou. Ou seja, mesmo os personagens antigos devem ser
melhorados. As pessoas nem sempre notam, mas você precisa
dar a eles algum gás novo. Atualizamos os controles e houve uma
evolução técnica realmente forte.
Rio 2 tem de Barbatuques a Bruno Mars na trilha sonora,
fale um pouco sobre essas escolhas.
Rio esgotou-se de Carnaval, de ritmos cariocas. Em Rio 2
eu queria levar as pessoas pro além-Rio. Foi quando me
deparei com os Barbatuques e fiquei apaixonado. Achei muito
brasileiro. Todo o som deles é feito com o corpo sem precisar de
instrumentos, de maneira simples, mas com uma complexidade
artística muito linda, muito bonita. Eles são artistas maravilhosos,
vozes e cabeças criativas que me deram muita inspiração. Quando
os trouxemos aqui para o estúdio nos EUA, ficamos ainda mais
apaixonados pelo trabalho do grupo. E eles, apesar de serem de
SP, carregam ritmos brasileiros diversos, de ciranda de Maracatu a
Carimbó. E aí a gente mistura, a gente gosta de misturar. A mistura
de ritmos é uma coisa clássica no Brasil. Por isso, posso dizer que
foi muito legal ter a participação de Bruno Mars neste filme, é um
contraste. Ao mesmo tempo que temos Bruno Mars, temos Milton
Nascimento. É claro que Sergio Mendes é um ícone da música
brasileira pra mim, ele consegue juntar esses dois mundos, é um
dos poucos artistas hoje em dia que consegue trabalhar ao mesmo
tempo com will.i.am e com Milton Nascimento.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 25
E o que você considera importante para manter a criatividade
em qualquer área?
A curiosidade e a vontade de aprender. Acho que a criatividade
vem da curiosidade de você estar sempre olhando pra frente,
de buscar novidades, criando coisas novas e se envolvendo com
coisas novas. É assim que você alimenta a curiosidade. Você
‘viaja’ e se torna mais criativo. Estamos sempre em busca de
não perder esse estímulo de buscar novidades, de criar mais e
de manter a alegria interior.
Blue Sky já tem novidades na manga? Pode contar alguma
coisa pra gente?
Acabamos Rio 2 e já estou trabalhando no meu próximo filme, que
é a história do touro Fernando, uma adaptação de um livro criado
nos anos 30. Um livro antigo, mas bem atual e polêmico, com uma
história que fala sobre a importância de você ser quem você e de
você valorizar quem é. Você não precisa ser o que querem que você
seja e não deve ser forçado a ser o que os outros querem que você
seja. É uma mensagem muito forte, que trata de bullying. Estou
bem animado em fazer esse filme.
Nosso tema do mês na revista Universo Fnac é Rock.
Qual é a sua trilha Rock, o que você mais ouve?
Hoje em dia já estou mais velho, então acabo ouvindo muita
MPB. Adoro Marisa Monte, Maria Gadú. Gosto muito de ouvir
essas músicas desses estilos, mas eu tenho filhos também.
Tenho 4 filhos e minha mais velha, de 16, gosta muito de
rádio. Então a gente acaba ouvindo muita rádio por aqui, ouço
muita música pop americana, ouvimos de tudo um pouco
com eles. De Rock, gosto dos Rolling Stones, de Aerosmith,
Whitesnake. Quando mais jovem era isso que eu ouvia. Às
vezes ainda ouço, pois sou fã dessas bandas, mas MPB é o que
mais escuto mesmo.
RIO 2
Lançamento em dvd e Blu-ray em 23/07.
6/27/14 5:59 PM
Previsão de disponibilidade: 15/07.
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6/27/14 5:59 PM
MAIS FNAC
Por Beatriz Saghaard
_FAMÍLIA E ROCK’N’ ROLL
Desde o primeiro show, que foi no teatro do SESC Pompeia,
sentimos uma grande conexão com as crianças e com os
adultos da plateia. Nos shows e gravações a gente se emociona.
Muitas vezes choramos mesmo, vendo nossos filhos cantando
e participando, aprendendo com a música
que nos envolve e nos une. Também é muito
legal ver as crianças que vão assistir ao show
participar ativamente, cantando e respondendo
às brincadeiras. Já ouvi historias de pais que dizem
que os filhos saem do carro pra ir pra escola e eles
voltam o trajeto escutando sozinhos o CD. Acho que
o público é um reflexo do que fazemos no palco:
uma grande união de família através do Rock’n’Roll.
O segundo CD, Pequeno Cidadão 2, nasceu com
maior participação das crianças que cresceram e
aprenderam muito nas gravações e na estrada. Esse
álbum captou esse novo momento do grupo: mais
experiente, com uma forte noção do que funciona ao
vivo, do que pega fogo, do que emociona.
Fernando Martinho
/Paralaxis
Pequeno Cidadão é um dos grupos mais criativos e animados
do cenário do rock brasileiro com a particularidade de ser
formado por pais e filhos. Os temas são infantis, mas as músicas
são compostas com sonoridade e arranjos maduros, sempre
com muito virtuosismo.
Conversamos com Taciana Barros, sobre a história, os novos
projetos e a paixão da banda pelo Rock’n’Roll.
_PRODUÇÃO
_PAIS E FILHOS
Tudo começou em 2008, quando 4 pais amigos e músicos
(Antonio Pinto, Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e
Taciana Barros) resolveram gravar com seus filhos. Depois
de muita diversão e trabalho no estúdio, em junho de
2009, foi lançado o CD Pequeno Cidadão.
O projeto teve um retorno imediato
excelente da mídia e da crítica
e, acima de tudo, das crianças
de todo o Brasil. Decorrentes do
universo do CD, foi lançada uma
série de projetos que reforçam
a diversidade artística do grupo.
Em 2014, os lançamentos foram:
o CD Karaokê Rock’N’Roll (Radar
Records Distribuidora), o vinil
Pequeno Cidadão 2 (Flerte Fatal)
e o livro de Marcelo Rubens Paiva
- Um Drible, 2 Dribles, 3 Dribles
(Cia das Letrinhas) – onde o autor
apresenta informações essenciais e
curiosidades para quem quer saber
um pouco mais sobre futebol.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 27
A gente compõe e arranja as músicas sem a
preocupação de ser ‘para criança’. Passamos muito
tempo em estúdio pra conseguir um resultado
sonoro que nos agrade. Nós gravamos todos os instrumentos.
Mas os temas são do universo infantil: alegrias, dúvidas,
desafios, tristezas, diversão. Por exemplo, a música composta
por Estela Scandurra (7 anos) – Ficar Estranho - ela brinca com
um programa de computador que distorce a cara.
O legal do CD é que as nuances ficam mais evidentes.
A criança pode ter outra percepção do nosso conceito
musical e tem a possibilidade ouvir e sentir os detalhes
dos nossos arranjos e instrumentação.
_PAIXÃO PELO ROCK
O Rock sempre vai ser uma modalidade fundamental pra música
do planeta. Não dá pra viver sem Rock’n’Roll. A vida seria um tédio.
As gravadoras passam, as rádios passam e o Rock fica. Estamos
num momento ótimo da música porque ficou bem mais fácil gravar
e lançar um projeto. As mídias digitais nos colocam em contato
direto com nosso público, sem intermediários e empecilhos do
século passado, onde você precisava estar numa multinacional pra
gravar e depois ainda conseguir divulgar. Sempre têm bandas boas
surgindo. O que não podemos esquecer com essa facilidade toda é
que o principal são as composições, os arranjos, os encontros com
músicos para ensaios e os shows. O Rock nasce nas ruas e nos sons
feitos com paixão nos ensaios de garagem e estúdios caseiros. Isso
é o fogo, o resto é consequência.
6/27/14 5:59 PM
Seleção | Kids
Projetor de Desenhos Barbie
Tamanho: 44 cm
4 anos
Ele projeta as imagens para serem
desenhadas e pintadas com os diversos
acessórios que vêm junto.
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Tamanho: 15 cm
4 anos
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5 anos
Leve e portátil. As meninas podem assistir seus DVDs
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Agora as crianças vão poder recriar as aventuras de “Tartarugas
Ninja” com Raphael, Michelangelo, Donatello e Leonardo.
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3
Seleção | Kids
2
1
6
4
1 Uma Aventura Lego
Emmet, uma minifigura LEGO®, é recrutado
para integrar uma sociedade de estranhos e
seguir uma jornada épica para deter um tirano,
uma viagem divertida para a qual Emmet vai
totalmente despreparado.
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Blu-ray por R$ 69,90
Blu-ray 3D por R$ 89,90
4 Tinker Bell: Fadas e Piratas
Quando as ideias de Zarina a deixam em apuros,
ela foge do Refúgio das Fadas e une forças com
uns piratas, que fazem dela a capitã de seu navio.
Tinker Bell e seus amigos precisam encontrar
Zarina, e juntos eles enfrentam um bando de
piratas liderados pelo Capitão Gancho.
DVD por R$ 39,90
Blu-ray por R$ 59,90
5
2 Como Treinar o seu Dragão
Soluço sonha em matar um dragão e provar seu
valor ao pai. Um dia, ele acerta um dragão que
jamais foi visto, chamado Fúria da Noite. Soluço
não consegue matá-lo e acaba soltando-o. Só
que ele perdeu parte da cauda e não consegue
mais voar. Soluço passa a trabalhar em algo que
possa substituir a parte perdida e, aos poucos, se
aproxima do dragão.
3 Frozen - Uma Aventura Congelante
Frozen - Uma Aventura Congelante apresenta
animação maravilhosa, personagens
memoráveis e músicas inesquecíveis. É diversão
deslumbrante para toda a família!
DVD por R$ 39,90
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Blu-ray 3D por R$ 89,90
DVD por R$ 19,90
Blu-ray por R$ 39,90
5 Dora Aventureira - Festa Musical
Prepare-se para dançar com Dora! Junte-se a
Dora e Botas em uma aventura musical. E mais,
leve o Bebê Bongô para seu primeiro show e
conheça o sobrinho de Mapa, o Mapinha.
Disponibilidade: 17/07.
DVD por R$ 19,90
6 Monster High - Choques de Cultura
e Fuga da Ilha do Esqueleto
Está na hora de curtir suas monstrinhas favoritas
nestes 2 filmes assustadoramente fabulosos,
com as maiores novidades de Monster High.
Disponibilidade: 17/07.
DVD por R$ 39,90
29
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 29
6/27/14 5:59 PM
Seleção | Kids
Sininho e suas Amigas - Livro de
Histórias com Visor Caleidoscópio
Disney
As crianças têm o dobro da diversão lendo
as histórias de suas Fadas Disney favoritas
– Sininho, Beck e Lily – e vendo as imagens
das fadas que correspondem
à história com o visor caleidoscópio.
E mais, 3 discos coloridos.
Bichinhos da Fazenda
Christian Spencer
Vingadores - Super-heróis
em Ação
Bééééé, muuuuu, óinc-óinc!
Você sabe qual é o som de cada
bichinho da fazenda? Vaca, cavalo,
porco, galo, pato e ovelha - eles estão
todos aqui, chamando por você.
Homem de Ferro, Thor e Hulk, os
super-heróis mais poderosos do
mundo, se juntam para formar
Os Vingadores. Leia esta incrível
história de como eles se uniram
para combater as forças do mal pela
primeira vez. Enquanto você lê a
história, pode usar o projetor para
visualizas as imagens na parede.
de R$ 44,90 | por R$ 35,90
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de R$ 49,90
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6/27/14 5:59 PM
1
PAPELARIA
3
2
5
6
4
1 Álbum Oriente - Selos de Futebol
Álbum com miolo plástico para 160 fotos 15x10.
22 x 22 x 5 cm
de R$ 129,90 | por R$ 119,90
2 Caderno Magnético Travel
Caderno capa dura decorada com dobra
magnética protetora, 144 folhas pautadas.
O produto possui colagens de coisas efêmeras
de viagem vintage nas capas externas
e nas folhas finais do interior.
12,7 x 18,0 cm
3 Fichário - Copa do Mundo Fifa®
Caderno argolado costurado
com zíper e alça.
33 x 27 cm
de R$ 159,99 | por R$ 109,90
por R$ 54,90
4 Caneta Ferrari VFM Esferográfica
5 Caderno Ampara Animal
Indispensável para utilização no dia a dia.
Acabamento em Rosso Corsa, com detalhes em
placa de níquel. Acompanha um estojo de luxo.
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fosca com elástico e miolo wire-o de 90 folhas
sem pauta em papel reciclado.
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de R$ 109,90 | por R$ 99,90
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6 Caderno Universitário Simpsons
Caderno capa dura 96 folhas de R$ 16,99 por R$ 10,90
Caderno capa dura 200 folhas de R$ 26,99 por R$ 19,90
31
6/27/14 5:59 PM
MAIS FNAC
UM PASSEIO PELA E3
O publicitário Andrei Ivanoff, da Agência OFF, foi até Los Angeles
para conhecer e trazer todas as novidades da maior feira de games do mundo.
A E3 2014, ou Eletronic Entertainment Expo, é uma
das maiores feiras de jogos eletrônicos do mundo
e, neste ano, aconteceu de 10 a 12 de junho em
Los Angeles, na Califórnia. Repleta de novidades,
a feira apresentou, com destaque, as três maiores
plataformas do mercado. A batalha acirrada
entre essas empresas, que brigavam com displays
extraordinários e simuladores incríveis, brilhava aos
olhos de todos os presentes na conferência.
A Microsoft estava focada em experiências imersivas
diretamente relacionadas aos jogos apresentados,
ao contrário do ano passado, onde estavam focados
no estilo de vida de seus usuários. Apesar de ter os
seus lançamentos voltados para a nova geração de
consoles, a marca deixou claro que não irá abandonar
os fiéis usuários do Xbox 360, mas que faz questão
de expor as vantagens que os aparelhos de quarta
geração apresentam. A visão e o discurso futurístico
da empresa nos fez lembrar a música da banda
francesa Daft Punk, a Harder, Better, Faster, Stronger.
Já a Nintendo usou o Twitch e o YouTube para transmitir
3 dias de livestream, o que permitiu aos fãs acompanhar
as apresentações de qualquer parte do mundo. Além
disso, a marca escolheu um caminho inovador para
mostrar a sua linha de jogos. Ela promoveu uma espécie
de 'evento digital', que foi um sucesso. O presidente
da Nintendo nos Estados Unidos, o Reggie Fils-Aime,
apresentou ao vivo os lançamentos: The Legend of Zelda
Wii U, Splatoon e Mario Maker.
Na categoria dos jogos de tiro destacaram-se os disponíveis
para PS4 e Xbox. Nada muito diferente do que já
conhecemos, no entanto, vale a pena conferir: The Order:
1886, LittleBigPlanet 3, Driveclub e Bloodborne.
O jogo exclusivo para a Microsoft, Sunset Overdrive, foi o
jogo mais visto nos corredores do evento. Os adeptos dizem
que, além de divertido, Sunset Overdrive é um jogo de
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aventura solto e bastante rápido. Esse jogo apresenta uma
estética de desenho animado. Muito show!
Enquanto os pesados brigavam por um destaque,
a desenvolvedora Activision estava exuberante em
seu display gigantesco equipado com luzes e som de
última geração, apresentando o jogo Destiny. Eles
investiram US$ 500 Milhões para produzir esse jogo.
A apresentação mostrou que o investimento valeu a
pena. Outro destaque da marca foi o Call of Duty, com
gráficos de última geração e os novos elementos do
jogo em um cenário de ficção científica.
Fizzie! Mascote do Overcharge Delirium
XT, drink oficial do jogo Sunset Overdrive.
Centro de Convenções de Los Angeles
momentos antes da abertura ao público.
6/27/14 5:59 PM
Um jogo muito falado nos corredores da E3 foi o
PES 2015. Tivemos a oportunidade de jogar, em
primeira mão, a mais recente versão do jogo no
stand da Konami. Segundo Tim Blair, o Sr. Brand
Manager da Konami, PES 2015 representa um passo
importante para o segmento de jogos de esporte.
Com o uso de novas tecnologias, a marca se
preocupou em desenvolver um jogo focado em seus
fãs. Eles sabiam o que era necessário melhorar
para criar uma experiência que satisfizesse tanto os
jogadores habituados com o PES quanto aos novos
jogadores da franquia. E foi exatamente o que
aconteceu, o jogo está mais lindo e leve que nunca.
Outro destaque da marca foi o Metal Gear Solid.
Vale a pena conferir.
A maior surpresa da E3 2014 foram os “Indie Games”.
Desenvolvidos por pequenas marcas ou mesmo por
programadores independentes, alguns desses jogos
são extremamente simples, mas muito bem pensados.
Entre os jogos mais destacados na categoria, estão:
CounterSpy, Entwined, Murasaki Baby, Ori and the
Blind Forest e The Witness.
A E3 2014 atendeu a todos os gostos. Foi uma
experiência única. Passamos 3 dias mergulhados em
um universo elétrico e único. Agora vem a parte mais
difícil: esperar!
Pra entrar em contato com
Andrei Ivanoff: @mrcartola
Enquanto isso, a EA deixou um pouco a desejar
com Battlefield. Notamos que Titanfall superou as
expectativas dos participantes da conferência.
Goliath, do jogo Evolve, em tamanho real.
Santo brinquedo, Batman! Um batmóvel!
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 33
Megapainel para apresentar o jogo Destiny.
Competição mundial de Battlefield Hardline.
6/27/14 5:59 PM
Seleção | Games
Nintendo
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incomparável de apresentação
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Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 35
35
6/27/14 5:59 PM
especial Fotografia e Rock
Marcos
Hermes
Oda fotografia
astro
rock
Por Jenniffer Hoche
Quando o assunto é fotografia, o carioca Marcos Hermes é uma
das maiores referências na indústria musical brasileira. Há 20 anos
na profissão, ele assume ter parado de contar as capas dos CDs e
DVDs que produzia em 2011, quando o número chegou em 600.
Baterista desde criança, ele conseguiu unir a paixão pela música,
mais precisamente pelo Rock, ao amor que tem pela fotografia,
e hoje é responsável pela cobertura dos maiores shows nacionais
e internacionais do país. No mês em que se comemora o Dia
Mundial do Rock e também o Dia do Fotógrafo, conversamos com
exclusividade com o verdadeiro astro da fotografia rock.
Paul McCartney, Porto Alegre, 2010
Stevie Wonder, Imperator, Rio de Janeiro, 2012
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 36
6/27/14 5:59 PM
Amy Winehouse, Rock in Rio Madrid, 2008
Cassia Eller, Acústico MTV, 2001
O que você diria para quem quer começar nessa área?
Busque um caminho original, assuntos que lhe tragam pleno
prazer e tenha uma postura profissional. Ser educado, pontual
e simpático costuma ajudar. Costumo dizer que não adianta
ser um grande fotógrafo se você não tem uma postura clara,
objetiva e séria.
Ozzy Osbourne, Foto de backstage em São Paulo, 2013
Quando você se descobriu um apaixonado por fotografia?
Muito cedo, aos 14, 15 anos, quando fui seduzido pelas capas
de disco das bandas que curtia desde o final da infância, pelos
shows do Kiss (1983) e pela primeira edição do Rock in Rio. Nesse
momento das descobertas, um dos meus amigos do ciclo musical
me convidou para produzir um fanzine, o Beer, o que me levou
aos pits do Circo Voador e à Caverna, tradicionais casas de shows
roqueiras, e à descoberta da paixão e da força da fotografia. O
Rock me levou à fotografia num voo sem escalas.
Quais foram os registros que impulsionaram a sua carreira
como fotógrafo?
Alguns registros pontuais foram shows do circuito
underground do rock no Rio de Janeiro, sendo bandas locais
ou de outros estados que visitavam a cidade. Além disso,
cobrir as primeiras turnês do Metallica no Brasil (1989), Deep
Purple (1991) e do Black Sabbath (1992) foram impulsos
definitivos para que eu me tornasse um fotógrafo profissional.
Quando você vai fotografar um grande show, você busca
estudar a luz do palco durante os ensaios? Tem algumas
dicas para quem vai trabalhar nisso?
Com certeza! Tento pesquisar ao máximo a luz do espetáculo,
estudando na internet sobre os artistas e shows e, dependendo
do envolvimento com o espetáculo, converso com os
iluminadores, artistas e as pessoas envolvidas com a produção
para entender melhor sobre a fotografia, a luz e a dinâmica do
show. Uma das situações que complicam a captação de fotos
dos shows ao vivo é a quantidade de fotógrafos no pit (área
entre o palco e o público). Por isso, duas dicas importantes são
um bom posicionamento dentre os colegas e uma pesquisa
prévia sobre a luz e a atitude do artista.
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 37
O que você considera importante como exercício da
criatividade e da sensibilidade para um fotógrafo?
O exercício do olhar. Hoje em dia, temos câmeras compactas
e celulares, que nos dão a possibilidade de registrar qualquer
situação do cotidiano, onde em muitas situações aparecem
grandes imagens. Apesar disso, o fotógrafo precisa buscar
uma visão alternativa sobre o mundo à sua volta. Às vezes,
romantizando situações banais, interagindo com as pessoas,
com o ambiente e imaginando fotografias. Observe mais e
encare a sua câmera como algo sagrado, onde você e ela se
tornam uma só coisa. Assim suas fotos se tornarão especiais.
E você ouve muito Rock? Quais são as suas maiores
referências e o que mais escuta atualmente?
Sou músico desde criança, com o Rock sendo a minha grande
referência. Vivo com as distorções ao meu redor a todo o
tempo, apesar de ter um gosto musical bem eclético, que
engloba a música negra americana (soul, funk, blues, jazz),
as boas coisas da música brasileira, africana e latina, mas
o Rock é a minha essência, meu combustível. Basicamente,
escuto muito rock dos anos 60 e 70. Das novas bandas eu
destaco o Queens of the Stone Age, Selvagens à Procura de
Lei, Jack White, Tono, Vista Chino, Tame Impala, De La Tierra,
entre muitos outros. A música permeia minha vida 24h por
dia em todos os momentos. Por isso, a todo momento surgem
novos artistas interessantes e originais. E o Rock é meu
combustível definitivo e inspirador.
calma que não acabou...
A entrevista completa e mais imagens do trabalho de
Marcos Hermes você encontra no novo portal
www.universofnac.com.br e na hashtag #UniversoFnac
6/27/14 5:59 PM
Seleção | Foto
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A EOS T3 tem modo Live View, produz filmes em
HD e vem recheada de facilidades para iniciantes
nesta categoria de câmeras. Peso reduzido e
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Equipada com um sensor CMOS, dispara 3 fotos por
segundo, tem modo Live View e grava vídeos em HD.
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nas áreas de brilho e sombra.
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ESPECIAL
Flip 2014
Por Jenniffer Hoche
Conversamos com o jornalista Paulo
Werneck, novo curador da Flip:
Foto: Marina Quintanilha
A 12ª edição da Festa Literária Internacional de
Paraty, realizada entre 30 de julho e 3 de agosto,
no Rio de Janeiro, homenageará Millôr Fernandes.
Dramaturgo, editor, tradutor, artista gráfico e uma
das figuras mais marcantes da imprensa brasileira,
Millôr recebe destaque em Paraty 2 anos após sua
morte. É a primeira vez que a Flip homenageia um
autor contemporâneo — e que já esteve na Tenda dos
Autores. Millôr foi um dos convidados da primeira
edição da Flip, em 2003.
O show de abertura, pela primeira vez totalmente aberto
ao público e gratuito, será com a cantora Gal Costa.
Dentre as mesas e conferências, a Flip dará destaque
para autores latino-americanos na 12ª edição.
De acordo com o evento, 4 dos 20 convidados
internacionais têm origem na América hispânica e vêm
inseminando a literatura europeia e a norte-americana
com sua prosa.
O que significa para você ser curador da Flip 2014?
É um posto que me dá muita honra, porque eu frequento a
Flip desde a primeira edição e já estive lá de muitas maneiras,
como jornalista, como escritor, como público, meu pai
(o jornalista Humberto Werneck) também já foi convidado.
Então, pra mim é uma sensação de estar completando
um ciclo. É uma alegria muito grande.
Como aconteceu a escolha da programação deste ano?
O primeiro passo foi escolher o autor homenageado, que
foi o Millôr Fernandes. Fiquei muito feliz em ter chegado
a essa escolha junto ao Mauro Munhoz (Diretor da Casa
Azul), porque ele é um autor que sempre admirei e li, e ele
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6/27/14 6:00 PM
esteve presente na primeira edição, isso também tem uma
importância. A partir dele, eu fui procurando outros autores
que tinham a ver com o Millôr, que era um grande crítico do
poder, que questionou a política, a cultura e o país de maneira
bem-humorada. Então, procurei compor as mesas com
autores que fossem bem-humorados, que fossem críticos,
que não fossem alinhados a nenhum partido e por aí vai.
A escolha de Millôr Fernandes traz um significado especial
pra edição deste ano?
Sim, pois estávamos homenageando grandes autores do
cânone, como a gente chama o ‘patrimônio literário do
passado’. E o Millôr, sendo um autor contemporâneo, entra
no que procuro, que é valorizar os autores contemporâneos.
É um chamado ao presente.
Fale um pouco sobre os principais destaques desta edição.
Eu considero todos os nomes de destaque, porque são todos
autores que têm muito a dizer. Posso destacar as mesas que
vão discutir a Amazônia e os índios. Em uma delas, teremos
Davi Kopenawa, que é a principal liderança indígena brasileira.
Ele é um xamã, um intelectual indígena. Ao lado dele teremos
Eduardo Viveiros de Castro, um grande antropólogo e
pensador das ciências humanas no mundo. Considero esse
grupo ‘Amazônia-índios’ muito importante. Outro destaque
é o Andrew Solomon, jornalista do The New York Times, que
escreveu um livro impressionante sobre como criar os filhos
com uma identidade muito difícil de ser aceita, até por nós
mesmos. Ele fala, por exemplo, de pais de anões, surdos,
autistas, sobre as dificuldades e os dilemas deles. Vamos ter
grandes autores da literatura brasileira também nesta edição,
como Antonio Prata, um dos melhores da geração; Gregorio
Duvivier, que além de um humorista, é um grande poeta;
Charles Peixoto, um poeta carioca interessantíssimo. Outro
destaque é Jhumpa Lahiri (Pulitzer de 2000), escritora britânica
de origem indiana, uma das maiores escritoras da atualidade.
A presença dela vai ser muito marcante. O suiço Joël Dicker é
destaque também. Ele é um autor sensacional com um livro
que tem o mundo literário como tema, como assunto. Ele tem
menos de 30 anos e vai falar ao lado de outra autora também
de 30 anos, que é a Eleanor Catton, escritora de um livro que
venceu o Man Booker Prize. É nada menos que a autora mais
jovem a ter ganhado esse prêmio. Então essa mesa do Dicker
com a Catton vai ser muito interessante, pois são dois autores
jovens, talentosos, premiados e best-sellers no mundo inteiro.
O que você acha da relação do Brasil com a literatura?
Eu acho que o Brasil está lendo cada vez mais. Possui uma
literatura rica, mas ainda tem muito o que ser feito, porque
tem uma massa de leitores para ser formada. Os grandes
grupos internacionais de editoras estão vindo para o Brasil
justamente porque sabem que nos próximos 30 anos uma
Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 47
massa de leitores incalculável vai se formar no país. Acho
que as coisas estão melhorando. No entanto, ainda há muitas
barreiras, muita gente pra descobrir a literatura. A Flip ajuda
nisso, ajuda as pessoas a conhecerem autores, livros,
a entrarem no circuito da leitura.
O que você acha das obras que saem da internet e viram livros?
Os escritores precisam começar na plataforma que for
possível. Charles Peixoto, que convidamos agora, é um grande
poeta carioca que começou a publicar com mimeógrafo,
com a geração da poesia marginal. Depois ele foi para o livro.
Nenhum escritor que surge na internet e que é bom, que
escreve romance, conto, poesia, vai deixar de publicar livro.
No final, ele vai acabar publicando esse livro. É raro aquele
autor que fica na internet. Eu não vejo. O próprio Daniel
Galera começou como escritor de internet, mas esse hoje não
é o principal campo de atuação desse autor. A internet é uma
plataforma para produzir, para divulgar, mas o livro ainda tem
importância, a ambição de todo o escritor é publicar um livro.
Qual foi o seu maior desafio nessa curadoria?
Olha, são 40 desafios, que é convencer os escritores. É um
trabalho permanente, você precisa ter muita lábia, ter uma
capacidade de seduzir mesmo. Às vezes, é frustrante quando o
autor dos seus sonhos diz não ou nem responde. Eu acho que o
desafio maior é essa administração da sedução e da ansiedade.
Pode falar de algum nome que você gostaria muito de ter
trazido para essa edição e não conseguiu?
Um autor que eu gostaria muito que tivesse vindo era o
John Green, que é um cara que está acontecendo no mundo
inteiro, que traz questões interessantes para o leitor, não é só
um best-seller, mas ele discute temas que na literatura juvenil
não eram discutidos, como a questão do câncer, questões
complicadas. Tinha muita esperança que ele viesse, me parece
que ele ‘quase’ veio, mas não veio.
Venda de Ingressos
Os ingressos para as mesas da Flip 2014 estão disponíveis
para venda nas lojas Fnac, pelo site da Tickets for Fun
ou pelo telefone 4003-5588 e ficam disponíveis até o
dia 29 de julho. Durante os dias de festival, poderão ser
adquiridos apenas na bilheteria em Paraty.
Para conferir a programação completa da Flip 2014,
acesse flip.org.br 6/27/14 6:00 PM
Lançamentos | Literatura
Em Busca de uma Estrela
Jamie Ford
Seattle, 1934. Na cidade arrasada
pela Grande Depressão, crianças são
abandonadas em instituições como
o orfanato onde, sob a disciplina de
freiras católicas, o garoto William Eng
vive há 5 anos.
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Estudo Independente
Joelle Charbonneau
Crônicas Saxônicas - O Guerreiro Pagão
Bernard Cornwell
Após um incidente envolvendo um abade,
Uhtred - um dos últimos senhores pagãos entre
os saxões - se vê atacado pela Igreja e por seus
seguidores. Tudo o que ele precisa agora é
recuperar Bebbanburg, a fortaleza onde cresceu,
que foi tomada por seu tio.
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que sempre sonhou. No entanto,
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para apagar a memória de Cia, ela
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Lançamentos | Literatura
Fique Onde Está e Então Corra
John Boyne
O amor é a única arma para curar
traumas. Do autor de O Menino do
Pijama Listrado, uma história sobre a
Primeira Guerra Mundial, vista pelos
olhos de um garoto.
de R$ 34,90 | por R$ 27,90
Os Instrumentos Mortais
Cidade do Fogo Celestial
Vol. 6
Cassandra Clare
Em Cidade do Fogo Celestial, Clary,
Jace, Simon e toda a companhia
se unem em meio ao caos para
enfrentar Sebastian. Eles terão
que viajar para outra dimensão
para conseguir ter uma chance de
impedi-lo.
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A Extraordinária Garota Chamada Estrela
Jerry Spinelli
O best-seller mundial que vai conquistar jovens de todo o Brasil. A
garota chamada Estrela é tão mágica quanto o céu do deserto e tão
misteriosa quanto seu nome. Com um sorriso, cativa o coração de
Leo e incendeia uma revolução por liberdade e autenticidade na
escola. Um livro jovem, inspirador e emocionante.
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O rei demônio
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Fontanar
caçando carneiros vida de cinema
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Lançamentos
Quarenta Dias sem Sombra
Olivier Truc
É a última noite polar na Lapônia e o sol voltará a brilhar
após 40 dias. Todos esperavam o retorno do tambor
sagrado, que acaba sendo roubado, e pouco depois um
criador de renas é encontrado morto na neve.
A investigação será conduzida por uma dupla muito
peculiar e em condições extremas.
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Trágico e Cômico
Diogo Salles
Complacência
Alexandre Schwartsman e Fabio Giambiagi
De forma bem-humorada, o autor discute o
panorama político nacional, passando pelas
eleições, o julgamento do mensalão, fraudes e
até a atuação dos parlamentares em Brasília.
A obra apresenta dezenas de cartuns sobre as
pautas reivindicadas nas manifestações de rua.
O objetivo da obra é atualizar, de forma
organizada para o contexto do final de 2014,
a crítica que os autores têm feito nas suas
respectivas atuações profissionais à ausência de
medidas mais incisivas por parte do Governo.
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Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos
16ª Edição
Millôr Fernandes
Neste livro, estão reunidas mais de
5 mil frases escritas e ditas por Millôr
Fernandes, em mais de meio século. Um
impressionante resumo do pensamento
deste que foi um dos maiores intelectuais
brasileiros de todos os tempos.
de R$ 69,90 | por R$ 55,90
Fernanda e Bianca: as meninas estão chegando!
Duas quadrinistas, dois universos e milhares
de fãs na internet. Em Como Eu Realmente...,
Fernanda Nia nos leva, com os exageros de
Niazinha, por um passeio superdivertido pela
nossa imaginação. Em Bear, Bianca Pinheiro
narra a jornada de Raven e seu amigo Dimas,
um urso marrom, na busca por seus pais.
Como Eu Realmente...
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Fnac 170 - Revista Julho-FINAL.indd 50
Bear
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6/27/14 6:00 PM
Lançamentos | Autoajuda
Desafiando o Destino
Rose Elizabeth Mello
Louise era uma garota impetuosa e
orgulhosa, que não media esforços
para conseguir o que queria. Até que
um dia, sem pensar nas consequências
de seus atos, provoca uma enorme
tragédia familiar. Após seu desencarne
e arrependida, ela tem uma nova chance
de aprender com seus erros e caminhar
para o aprimoramento do espírito. Será
ela capaz de perceber que o orgulho é um
grande obstáculo à conquista da felicidade?
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Mais Esperto que o Diabo
Napoleon Hill
Confiança Criativa
Tom Kelley e David Kelley
Confiança Criativa é um livro que destrói
mitos e constrói músculos. Primeiro, ele
acaba com a lenda de que só algumas
pessoas são criativas, para depois fornecer
um plano de ação prático e perspicaz para
alavancar sua capacidade de inovação.
Usando sua habilidade legendária para
chegar à raiz do potencial humano, Hill cava
profundamente para identificar os maiores
obstáculos que enfrentamos na busca de
nossas metas pessoais - incluindo o medo,
procrastinação, a raiva e a inveja - como
ferramentas orquestradas pelo próprio diabo.
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Livros para todas as idades
MAN REPELLER
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MINHA VEZ DE
BRILHAR
caçadores de
tesouros
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boneca de ossos
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Seleção | Vida Prática
Itália Sempre Itália - O Guia dos Guias
Tansy Kaschak
Com os melhores endereços de Capri,
Florença, Milão, Nápoles, Roma e Veneza, é um
companheiro ideal para descobrir o Belpaese.
Longe de listar atrações já conhecidas e de
contar longas histórias, esse guia dá a chave
para você aproveitar os restaurantes, hotéis,
lojas, sorveterias, galerias de arte e vida noturna
das principais cidades da Itália.
de R$ 39,90 | por R$ 31,90
Maquiagem - O Segredo dos Profissionais
Kit Spencer
Eu Amo Viajar
Roberta Faria
Tendo pessoas comuns como modelos para as
fotos deste livro, a autora faz questão de provar
que qualquer mulher pode ficar mais bonita com
a ajuda de uma maquiagem de aspecto leve e
natural, mas definitivamente transformadora.
50 histórias reais de pessoas absurdamente
incríveis, com uma única paixão em comum:
experiências de todos os tipos, por inúmeros
destinos. Para você ter ideias de viagem para a
vida inteira.
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QUERIDA SUE
ESTRANHA PERFEIÇÃO
Jessica Brockmole
Abbi Glines
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de: R$ 29,90
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por: R$ 31,90
por: R$ 23,90
por: R$ 19,90
SÉRIE DESPERTAR
A BANDEJA
PENSAR COM OS PÉS
VENDEDOR FORA DE
SÉRIE
RECONSTRUINDO
AMELIA
Kimberley McCreight
Allan Percy
Tony Rutigliano e
Brian Brim
de: R$ 29,90
de: R$ 19,90
de: R$ 29,90
por: R$ 23,90
por: R$ 15,90
por: R$ 23,90
Lycia Barros
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Seleção | Vida Prática
Geleias e Conservas
de R$ 44,00 | por R$ 35,20
Grelhados - 50 das Melhores Receitas
de R$ 44,00 | por R$ 35,20
Uma coleção única, onde a Academia
Barilla nos apresenta 50 das melhores
receitas de geleias, conservas e
compotas, para você aprender a arte
caseira de preservar o ‘aqui e agora’,
e também 50 das melhores receitas
de grelhados para você saborear em
momentos especiais com os amigos
e com a família.
Cozinha de Origem
Thiago Castanho
e Luciana Bianchi
Utilizando ingredientes típicos
e com sugestões de variação
com produtos encontrados com
facilidade em todo o país, Thiago
ensina a fazer desde comidinhas
de boteco e de rua, passando por
acompanhamentos, como farofas,
paçocas e molhos, pratos com
peixes, carnes e aves, até pães e
sobremesas.
de R$ 59,90 | por R$ 47,90
O Livro do Vinho
Vincent Gasnier
Este guia ilustrado levará o leitor
a uma viagem de exploração
vinícola, orientando sobre os
melhores vinhos de cada categoria.
As descrições sobre os tipos de
vinho de diversos países oferecem
informações técnicas para o leitor
degustar os brancos leves, os
tintos vibrantes ou um espumante
aromático.
de R$ 74,90 | por R$ 59,90
Cura pela Energia
Ann Marie Chiasson
Onde começa o verdadeiro
bem-estar? Por milhares de anos,
terapeutas tradicionais têm sido
capazes de detectar e corrigir os
desequilíbrios no plano energético
para curar nossas doenças. Esta
obra é um guia completo de práticas
energéticas para aprimorar sua
saúde e vitalidade.
ThetaHealing
Vianna Stibal
Em 1995, a autora e mãe de 3 filhos
foi diagnosticada com um câncer que
estava destruindo seu fêmur direito.
Tudo o que ela tentou usar, tanto
a medicina convencional quanto a
alternativa, falhou, até que empregou
uma técnica simples que ela usava em
seu trabalho de leitura intuitiva.
de R$ 54,90 | por R$ 43,90
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53
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Tornando tudo mais fácil!
Motivação Para Leigos
Dieta Para Leigos
Cozinha Básica Para Leigos
Gillian Burn
Jane Kirby
Bryan Miller e Marie Rama
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de R$ 62,00 por R$ 49,60
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Futebol Para Leigos
Tom Dunmore e
Scott Murray
de R$ 69,90 por R$ 55,90
Cálculo Para Leigos
Cerveja Para Leigos
Texas Hold’em Para Leigos
Vinho Para Leigos
Mark Ryan
Marty Nachel e
Steve Ettlinger
Mark “The Red” Harlan
Ed McCarthy e
Mary Ewing-Mulligan
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de R$ 64,90 por R$ 51,90
de R$ 59,90 por R$ 47,90
de R$ 50,00 por R$ 40,00
Italiano Para Leigos
Inglês Para Leigos
Francês Para Leigos
Teoria Musical Para Leigos
Francesca Romana Onofri
e Karen Antje Möller
Gail Brenner
Dominique Wenzel,
Dodi-Katrin Schmidt e
Michelle M. Williams
Michael Pilhofer e Holly Day
de R$ 58,00 por R$ 46,40
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#FICADICA
MAIS ARTE, POR FAVOR
por Camila Bellacosa
A mostra Beatles – 50 Anos de História, exposta
em São Paulo até o dia 13 de julho no Centro
Brasileiro Britânico, chama a atenção pelos painéis
que mostram uma linha do tempo com discos,
fotografias pessoais e ingressos de shows, além
de informações sobre a vida pessoal de cada
um dos integrantes. Imperdível para todos os
Beatlesmaníanos!
Local: São Paulo | Centro Brasileiro Britânico
Rua Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros.
Data: 9 de junho a 13 de julho.
Horários: 10h às 19h, de segunda a sexta-feira.
Fechado aos fins de semana, com exceção
do sábado, dia 14.
Este ano, o Brasil vai receber, pela
primeira vez, uma exposição inteira
dedicada à artista plástica mexicana
Frida Kahlo. Com curadoria do
fotógrafo Pablo Ortiz, a exposição
Frida Kahlo – As Suas Fotografias,
entra em cartaz dia 17 de julho
no Museu Oscar Niemeyer,
em Curitiba.
Local: Curitiba | Museu Oscar
Niemeyer (Rua Marechal Hermes,
999 , Sala 03 - Centro Cívico)
Data: 17 de julho a 2 de novembro
de 2014
Horários: terça a domingo,
das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00
(meia-entrada para professores
e estudantes com identificação).
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O fotógrafo Paulo Ricardo é dono de
um acervo fotográfico invejável. A
exposição conta com 27 imagens de
grandes nomes da música dos anos
70 e 80, que foram eternizados por
suas lentes em frames impactantes.
Entre eles estão: Erasmo Carlos,
Legião Urbana, Marina Lima, Ney
Matogrosso e muitos outros.
Local: Porto Alegre | Espaço Cultural
512 (Rua João Alfredo, 512)
Data: 10 de junho a 13 de julho
Horários: 11h30 às 14h30 (2ª feiras)
/ 11h30 às 14h30 e 19h à 1h (3ª a 5ª)
/ 11h30 às 14h30 e 19h às 2h (6ª e
sábado) / 19h à 1h (domingos)
Ingressos: R$ 5,00 (couvert artístico
- 3ª e 4ª feiras) / R$ 10,00 (5ª e
domingos) / R$ 15,00 (6ª e sábados)
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Exposições de rock,
obras de Miró e Frida Kahlo
são destaques no mês de julho
Após passar por São Paulo, a
exposição localizada na Caixa
Cultural em Curitiba, e aberta
para visitas até 20 de julho,
revela um lado mais íntimo de
Miró. Intitulada como A Magia
de Miró, desenhos e gravuras,
apresenta alguns esboços que
refletem o universo particular do
artista que deu origem às obras.
Local: Curitiba |Caixa Cultural
Data: 20 de maio a 20 de julho de
2014
Horários: terça a sábado,
das 9h às 20h e aos domingos,
das 10h às 19h.
Ingressos: gratuito
6/27/14 6:01 PM
programação cultural
acesse: universofnac.com.br
FNAC BELO HORIZONTE | BH Shopping
Dia 1, terça às 10h
Exposição Fotográfica
@COPAPOP
O mês de julho vem com uma programação completa
para homenagear os amantes do rock e para animar
as férias da criançada.
A 89FM fez e faz história. Neste mês tem o lançamento
do livro que conta os acontecimentos nos quais a Rádio
esteve presente e, certamente, fizeram parte da sua
vida. Em Brasília teremos eventos especiais como a
abertura da exposição fotográfica – Rock Olho
no Olho – em que Herbert Vianna apresenta retratos
feitos pelo mundo com sua câmera sendo uma extensão
de seu olhar e desta forma coloca todos de frente com
a pluralidade da natureza humana.
A Disney, em parceria com a Fnac, preparou uma
programação especial para as crianças com diversas
oficinas inspiradas nos personagens e séries que já
conquistaram os baixinhos, como a Princesinha Sofia,
Jake e os Piratas da Terra do Nunca, A Casa do Mickey.
Para os amantes de Rio 2, uma surpresa imperdível.
O Blue, papagaio azul mais amado pelas crianças
(e adultos!) visitará as lojas e na ocasião as crianças
poderão participar de uma divertida tarde de pintura.
Confira a seguir a programação com os principais
eventos de cada loja Fnac.
Quintas às 16h
Exibição Série
100 anos da
Seleção Brasileira
Dia 3 - episódio 1 e 2
Dia 10 - episódio 3
Dia 17 - episódio 4
Dia 24 - episódio 5
Dias 22 e 29, terças às 19h30
Bate-papo
MARCELO COSTA
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 19 – Contos com letrinhas. Com Juliana Anselmo.
Dia 26 - Contos com dobraduras. Com Alessandra Visentin
Dia 26, sábado às 15h
Pocket Show
MÁRCIO LUGÓ E EDU SERENO
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC BRASÍLIA | PARKSHOPPING
Dia 11, sexta às 19h30
Pocket Show
Dia 25, sexta às 19h30
Pocket Show
Nani Barros
Thamara
Saraiva
Dia 15, terça às 19h30
Abertura de Exposição
ESPECIAL MÊS DO ROCK
OLHO NO OLHO
HERBERT VIANNA
Dia 17, quinta às 19h30
Pocket Show
DEBORAH
VASCONCELLOS
Dia 26, sábado às 17h
Pocket Show
Khris Maciel
Dia 29, terça às 20h
Palestra
ALEGRIA com
Rodrigo
Francelino Alves
Dia 18, sexta às 19h30
Pocket Show
Dia 30, quarta às 20h
Palestra
Banda Daros
Momento
Coaching com
Márcio Micheli
Dia 24, quinta às 19h30
Pocket Show
line for lions
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 5 - Flicts - A História de uma Cor
Dia 12 - A Descoberta
Dia 19 - A Bicicleta Voadora
Dia 26 - A Origem do Fogo
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC CAMPINAS | PARQUE D. PEDRO SHOPPING
Dia 3, quinta às 18h
Oficina | Desenho
Dia 24, quinta às 19h
Pocket Show
pandora
BETO SANCHES
Dia 5, sábado às 11h
Apresentação
Demonstração de games
Dia 5, sábado às 17h
Oficina | Dobradura
NANI MORAES
Dia 15, terça às 19h
Pocket show
Especial Mês do Rock
RICK FURLANI
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Dia 23, quarta às 18h
Oficina | Hambúrguer
CARlos Américo
Louredo
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 12 – Verso e Reverso; O Mais Fantástico Ovo do Mundo; Festa no Céu;
Dia 19 – João Boboca ou João Sabido – Rosane Pamplona.
Dia 26 – A Colcha de Retalhos; A Roupa Nova do Rei e Histórias
de Tia Nastácia.
FNAC CURITIBA | PARKSHOPPINGBARIGüI
Foto: Thalita Zukeram
Dia 3, quinta às 19h30
Exposição Fotográfica
Dia16, quarta às 19h30
Bate-papo
Um Olhar sobre
o Minimalismo
Face a Face com o comediante
jefferson Todor
Dia 17, quinta às 19h30
Pocket Show e Bate-papo
Mondo Bacana apresenta
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 5 - Especial Editora InVerso - com as autoras Tânia Marilza
Bassetti e Consuelo Ramos Sozzi
Farol Cego
Foto: Lara Starling e Thomas Berti
programação completa em universofnac.com.br
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Dia 22, terça às 19h30
Lançamento de Livro
José Carlos
Duarte Pereira e
Franco Rovedo
Dia 25, sexta às 19h30
Bate-papo
Frida Kahlo
Paixão, Amor
e Dor
FNAC GOIÂNIA | Shopping FLAMBOYANT
Dia 2, quarta às 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Dia 23, quarta às 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Beavers
Shotgun Wives
Dia 9, quarta às 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Dia 24, quinta às 19h30
Palestra e Lançamento de Livro
Mad Matters
prof. Eduardo
Maróstica
Dia 15, terça às 20h
Pocket Show
Coffee Time
Dia 16, quarta as 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Dogman
Dia 28, segunda às 20h
Pocket Show
ESPECIAL MÊS DO ROCK
The Baggios
Dia 18, sexta às 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Sunroad
Dia 30, quarta às 20h
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Overfuzz
Foto: Bobby Dias
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 5 – O Reizinho Mandão – Ruth Rocha
Dia 12 – Carmen – Ruth Rocha
Dia 19 – A Flauta Mágica – Ruth Rocha
Dia 26 – O Guarani – Ruth Rocha
Dia 31, quinta às 20h
Bate-papo
Empreendedorismo
Old Boys Cycle
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC PORTO ALEGRE | BARRASHOPPINGSUL
Dia 2, quarta às 19h30
Palestra
Dia 23, quarta às 19h30
Workshop
INSTITUTO DE
FÍSICA DA UFRGS
ROSAURA FRAGA
Dia 7, segunda às 19h30
Pocket Show
Dia 27, domingo às 19h30
Pocket Show
SARAU DOS
ARTISTAS
SUCO ELÉTRICO
FNAC RIBEIRÃO PRETO | RIBEIRÃOSHOPPING
Dia 25, sexta às 19h30
Bate-papo
Jornada do
Herói com Andre
Cardinali
Dia 29, terça às 19h30
Bate-papo
Dia 2, quarta às 19h30
Pocket Show
CAFÉ COM
FRANCÊS
Banda Sol de Papel
Dia 15, terça às 19h30
Campeonato de Games
Dia 30, quarta às 19h30
Bate-papo
Copa do mundo Fifa
Brasil 2014™
Clube de Leitores
Claudio Luiz Silva
Dia 16, quarta às 19h30
Bate-papo
Desenlutando
o amor com
Mara Cabal
Dia 31, quinta às 19h30
Pocket Show
Regina Dias
Dia 24, quinta às 19h30
Pocket Show
Especial Mês do Rock
Kings Of Leon
Cover
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC RIO DE JANEIRO | BARRASHOPPING
Dia 10, quinta às 19h30
Palestra
Dia 17, quinta às 19h
Pocket Show
Renda Fixa
Cinco Buarques
de Holanda
Dia 11, sexta às 19h
Sessão de Autógrafos
Dia 22, terça às 19h
Pocket Show
Flordelis
Vanessa
Longon
Dia 23, quarta às 19h
Pocket Show
Bernardo
Bomeny
Dia 24, quinta às 19h
Bate-papo
Dia 12, sábado às 15h
Campeonato de Games
O Pássaro
de Ferro
Copa do Mundo
Fifa 2014™
Dia 12, sábado às 16h
Teatro Infantil
Dia 26, sábado a partir das 14h
Bate-papo Literário
A Princesa e a
Ervilha
Feira do Autor
Dia 14, segunda às 19h
Especial Mês do Rock
Johnny X
Dia 30, quarta às 19h
Pocket Show
Oluhau
Dia 16, quarta às 19h
Pocket Show
Raphael Lós
Contação de Histórias e Atividades infantis para toda a criançada!
Sábados, às 16h no espaço Kids.
Dia 5 - O Carteiro Chegou
Dia 12 - Teatrinho: A Princesa e a Ervilha
Dia 19 - Olivia Não Quer Ser Princesa
Dia 26 - Mundo de Criança – Jogo de Adivinhas
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC SÃO PAULO | MORUMBISHOPPING
Dia 5, sábado às 14h
Lançamento de Filme
LEGO
Dia 24, quinta às 20h
Lançamento de Livro
89FM: A História
da Rádio Rock
do Brasil
Dia 26, sábado às 16h
Oficina Infantil
Customização de
Porta-Retratos
A Casa do
Mickey
Dia 17, quinta às 20h
Exposição Fotográfica
SP by Bike
Dia 19, sábado às 16h
Oficina Infantil
Customização de Coroas
Dia 31, quinta às 20h
Pocket Show
Banda Zignal
Princesinha
Sofia
Foto: Spacek
A VERDADEIRA
SAíDA à FRANCESA
dia 11/07, no auditório do Ibirapuera
/LePetitBailedaBastille
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FNAC SÃO PAULO | AVENIDA PAULISTA
Dia 3, quinta às 19h
Espetáculo Poético
Tramas
Dia 24, quinta às 19h
Pocket Show
The Four
Horsemen
Dia 26, sábado às 16h
Oficina Infantil - Fantoches
Jack e os Piratas
da Terra do
Nunca
Dia 27, domingo às 15h
Lançamento do Filme
Rio 2
Dia 26, sábado às 16h
Porre Literário
com a jornalista da MIX FM
Karina Andrade
Dia 22, terça às 19h
Lançamento de Livro
89FM: A História
da Rádio Rock
do Brasil
programação completa em universofnac.com.br
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FNAC SÃO PAULO | PINHEIROS
Dia 4, sexta às 19h30
Lançamento de Livro
Marguerite Duras
- Trajetória da
mulher, desejo
infinito
Dia 23, quarta às 19h30
Lançamento de Livro
89FM: A História
da Rádio Rock
do Brasil
Dia 16, quarta às 19h30
Exposição Fotográfica
Asas do saber
– Aves da Mata
Atlântica do
estado de
São Paulo
Dia 24, quinta às 19h30
Pocket Show
Zeli
Dia 26, sábado às 15h
Lançamento do Filme
Rio 2
Dia 29, terça às 19h30
Bate-papo
Carta Capital
Dia 17, quinta às 19h30
Bate-papo Musical
#teve copa,
#teve protesto
Nação Zumbi
Dia 19, sábado às 15h
Oficina Infantil
Brinquedos de Sucata
Doutora
brinquedo
Dia 31, quinta às 19h30
Bate-papo
com o cartunista
Diogo Salles
programação completa em universofnac.com.br
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galeria
1
Neste mês, a Galeria Fnac
apresenta as mais belas e
intensas exposições fotográficas.
O Rock não pode estar fora
dessa temporada e o destaque
vai para a exposição de Herbert
Vianna - Olho no Olho – em que
a pluralidade humana é retrada
sob o olhar diferenciado do
artista. Outro destaque traz um
registro único do cotidiano e
mostra as tradições dos Índios
Caiapós – Cor de Caiapó - grupo
indígena habitante da Amazônia.
Confira esses e outros
destaques da Galeria Fnac em:
universofnac.com.br
2
3
4
1 - Especial Rock: Olho no Olho - Herbert Vianna - Fnac Brasília
2 - SP by Bike - Fnac Morumbi
3 - Cor de Caiapó - Adriana Bittar - Fnac Goiânia
4 - Asas do Saber (Aves da Mata Atlântica) - Robson Bento - Fnac Pinheiros
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FIM DE PAPO com TACIANA BARROS
PIANO É PIANO
Tenho reparado em uma coisa triste. Cada vez menos
pessoas têm piano em casa.
Antigamente era um “móvel” essencial. Todo mundo
tinha e alguém sempre tocava. A mãe, a vó ou uma tia.
Fazia parte da preparação da boa moça tocar piano.
Estando ele por lá, a vida das “não tão boas moças
assim” - o meu caso – ficava muito mais fácil.
Herdamos um piano de nossa avó e muito cedo me
apaixonei por ele. Comecei a fazer aula aos 5 e continuei
por muitos anos mudando de professores e estilos.
No começo eu precisava subir com esforço no
banquinho. Inventava umas músicas muito malucas.
Lembro bem de uma enorme que eu compus, devia
ter uns 7 anos. Batizei de “Primavera Verão Outono
Inverno”, porque era isso mesmo que eu tocava, nos
graves era o inverno tenebroso e lá no agudinho a
primavera feliz e saltitante. Passava muitas horas
tocando hipnotizada por esse instrumento gigante
com um som tão forte. E também curtia desmontar as
madeiras, tocar olhando as teclas e todo o mecanismo...
Era demais!
Enfim, posso dizer que o piano é um dos brinquedos pra
criança mais maravilhosos que existe. Quando alguns
pais amigos me contam do gosto do filho em tocar
piano, eu sempre pergunto: “mas vocês têm piano em
casa?” Na maioria das vezes a resposta é: “não, primeiro
compramos um tecladinho pra ver se ele curte mesmo e,
depois, quem sabe...”.
Taciana Barros é musicista, compositora
e vocalista do grupo Pequeno Cidadão.
*
Um motivo para declínio do piano nas casas brasileiras pode
ter sido a verticalização das cidades - não é fácil transportar
um piano para o 10o andar. Outro pode estar no fato de
que leva mais tempo para formar um pianista do que um
médico ou engenheiro, sem nenhuma garantia de que um
dia ele possa viver das pretinhas. Mas todo estudante de
piano precisa chegar a profissional? A educação musical,
por si, não deveria ser suficiente?
Tom Jobim me disse certa vez que o piano ajudou o homem
a descer da árvore. Mas talvez a árvore seja nosso destino.
Trecho publicado no livro letra e música, de ruy castro.
Não recomendo. Piano é piano, só a força que a gente tem
que fazer pra afundar as teclas dele já dá um alívio eterno.
Crédito Foto:
Arquivo Pessoal
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*Texto publicado na edição 5 da
revista Lilica Ripilica e no Jornal do
Pequeno Cidadão edição número 1.
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\\:O controle da cidade
em suas mãos_
“
“O jogo mais esperado de 2014
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