Acontece - O Colinense

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SAÚDE
Acontece
OS BENEFÍCIOS EM NÃO COMERCIALIZAR
REFRIGERANTES NAS ESCOLAS
A partir de agosto deste ano, as marcas Coca-Cola Brasil, Ambev
e PepsiCo Brasil não venderão seus refrigerantes em escolas cujos
alunos, ou a maioria deles, tenham até 12 anos. Ação divulgada
no último dia 22 de junho visa contribuir para uma alimentação
equilibrada e de combate à obesidade infantil – estimativas globais
da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que chega a 41
milhões o número de crianças com sobrepeso.
O principal refrigerante de cola do mercado contém, em 350
ml, duas colheres de sopa de açúcar e uma de sal, além de outros
agentes químicos como ácido fosfórico. São componentes que
corroem o esmalte dos dentes, facilitando o desenvolvimento de
cárie, além de causador de gastrite.
“Estudos mostram que altas quantidades de ácido fosfórico elevam
a reabsorção óssea, predispondo a osteoporose. Muito açúcar na dieta
leva à obesidade e ao diabetes tipo 2. A combinação destes fatores,
somados ao aumento da glicose e gordura no sangue, eleva o risco
de hipertensão e doença cardiovascular, por exemplo, aterosclerose,
acidente vascular cerebral e infarto. Para piorar, as altas doses de sódio
também aumentam a pressão sanguínea. Não podemos esquecer que
possuem também cafeína e esta pode gerar agitação e insônia, piorando
a qualidade do sono e, consequentemente, diminuindo o desempenho
escolar. Afinal, crianças precisam dormir bem para crescer”, alerta Lucio
Colamarino Cury, Diretor da Clínica Pediátrica Santa Isabella.
UM VILÃO
Uma latinha de refrigerante pode conter até 40g de açúcar, quase a
totalidade da ingestão diária recomendada pela OMS aos adultos - 50
gramas. A constante exposição a altas doses de açúcar pode levar à
resistência insulina, condição pré-diabética, além de predispor cáries.
Porém, ao contrário do senso comum, a bebida não vicia; como
explica Cury: “os refrigerantes, pela alta quantidade de açúcar, geram
sensação de saciedade e prazer, pois liberam endorfinas”.
ALTERNATIVAS
Com o fim das vendas de refrigerante nas escolas, é preciso ficar
atento às alternativas adotadas, considerando que sucos de caixinha
industrializados apresentam as mesmas quantidades de açúcar –
25g a cada 200 ml –, além de conservantes e corantes, utilizados para
causar uma falsa impressão de alimentos naturais.
“Os pais devem optar, quando fizerem uso destes, pelos light, que
possuem menos açúcar (em média, 10g a cada 200 ml, ainda muito!),
ou lançar mão de bebidas lácteas, água de coco e chás, por exemplo”,
sugere o especialista.
Quanto aos sucos, os naturais são a melhor opção; ainda que não seja
indicado mantê-los armazenados em garrafinha por muito tempo na
lancheira, podem ser oferecidos frescos nas lanchonetes das escolas.
ESPAÇO MÉDICO
Ator global Matheus Braga
apoia Campanha Julho Branco
Com 13 anos de idade e 10 de
carreira artística, Matheus Braga é
cantor, ator e modelo, participando
de obras importantes. No teatro, já
estrelou O Rei Leão; Daniel 30 Anos;
e Memórias de um Gigolô, ao lado
de Miguel Falabella. Este talentoso
menino abraça agora a Campanha
Julho Branco, da Sociedade de
Pediatria de São Paulo.
Sob o mote “Com consciência,
sem drogas”, a ideia é incentivar e
conduzir o diálogo entre o pediatra
e a família dentro dos consultórios
acerca do consumo de álcool e drogas
na adolescência, proporcionando
trabalho de prevenção e, eventualmente, tratamento.
Com a jornalista Izilda Alves como madrinha, a ação baseia-se
em dados alarmantes quanto ao uso dessas substâncias cada vez
mais precocemente e, em alguns casos, até mesmo dentro do
ambiente familiar.
Os dados são preocupantes: de acordo com estudo piloto
realizado no Hospital Universitário da USP, na capital paulista,
entre os pacientes, o uso do álcool no consumo familiar é bastante
elevado (43,5%), seguido pelo tabaco (34,5%), maconha (27,5%) e
crack (11,5%). Os prejuízos à saúde são irreparáveis e incontroláveis,
também afetando a esfera social, familiar, emocional e psicológica.
Claudio Barsanti, presidente da Sociedade de Pediatria, afirma que
a campanha será uma das prioridades da Diretoria da SPSP, devido à
gravidade do problema hoje. “Quando nos aprofundamos nos números
e na alta incidência, percebemos o quanto esse quadro é preocupante.
Se o pediatra estiver bem informado e atento a esta realidade, será
possível diagnosticar com mais efetividade e adotar condutas dirigidas”. COLUNA SAÚDE ACONTECE
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