CAMPOS ELÉCTRICOS Formalismo do Electromagnetismo (equações de Maxwell) Explicativo de todos os fenómenos que envolvem propriedades eléctricas e magnéticas PROPRIEDADES DAS CARGAS ELÉCTRICAS • Existem dois tipos de cargas: positivas e negativas. • As cargas conservam-se. • Existem forças de atracção e de repulsão entre as cargas, caso sejam de sinais contrários ou do mesmo sinal, respectivamente. • Estas forças são proporcionais ao inverso do quadrado da distância entre as cargas. ISOLADORES E CONDUTORES • Quanto à capacidade de transportar cargas eléctricas, os materiais dividem-se em: (i) Condutores – possuem cargas eléctricas livres. (ii) Isolantes – têm dificuldade em transportar carga eléctrica. (iii) Semi-condutores – possuem propriedades intermédias. • Existem várias formas de alterar o estado de electrização de um corpo, por exemplo: (i) Por contacto. (ii) Por indução – pode envolver electrização (condutores) ou polarização (isolantes). 27 LEI DE COULOMB • A lei de Coulomb foi uma lei estabelecida com base nos seguintes dados experimentais: (i) A força eléctrica entre duas cargas tem a direcção da linha que as une, (ii) é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas, (iii) é proporcional ao produto das cargas, (iv) é atractiva quando as cargas têm sinais contrários e repulsiva, quando têm sinais iguais. • Matematicamente, a lei é expressa através da relação: r 1 qq r = 8.9875×109 Nm 2 / C 2 , Feléc = k e 1 2 2 u r , com ke a constante de Coulomb: k e = 4πε 0 r e ε 0 a permitividade do vazio: ε 0 = 8.8542×10 C / Nm -12 2 2 • Como seria previsível pelo cálculo vectorial, também as forças eléctricas cumprem o princípio da sobreposição das forças. De modo que a força que actua sobre uma partícula é a soma de todas as forças exercidas sobre ela. • Como exemplo ilustrativo, considerar duas cargas positivas q1 e q2 e uma terceira carga negativa, q3, num ponto da linha que une as duas primeiras. Pode demonstrar-se que a coordenada em que a força aplicada à partícula q3 dada por: x= ( L q1 ± q1 q 2 (q1 − q2 ) ) CAMPO ELÉCTRICO • O campo eléctrico é definido pela razão entre a força eléctrica que actua sobre uma carga de prova positiva colocada num determinado ponto do espaço e o valor dessa carga. 28 r r F Qr Eeléc = = ke 2 u r q0 r • Tendo em conta esta definição, facilmente se conclui que: (i) O campo tem sempre a direcção e sentido da força. (ii) O campo é independente da partícula de prova, dependendo apenas das cargas que lhe dão origem. (iii) O campo existe mesmo na ausência da carga de prova. (iv) A carga de prova deve ser tão pequena quanto possível, para que não interfira no campo que está estabelecido. • Como exemplo ilustrativo, pode considerar-se o campo eléctrico criado por um dipolo: Eeléc = k e 2qa y3 CAMPO ELÉCTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA • Considera-se uma distribuição contínua quando a distância entre as cargas é muito menor do que a distância ao ponto de medida. • Para o cálculo do campo eléctrico produzido por uma distribuição contínua de cargas, utiliza-se o estratagema de dividir o volume total em volumes infinitesimais correspondentes a cargas ∆q. • Nesse caso o campo será dado por: r ∆q r ∆q r dq r Eeléc = k e ∑ 2 i uri = k e lim ∑ 2 i uri = k e ∫ 2 ur ∆qi →0 ri ri r i i • Na abordagem contínua, surgem conceitos importantes como as densidades de carga volúmica, superficial e linear: ρ≡ Q V s ≡ Q A λ≡ Q , válidas para distribuições uniformes de carga, de um l modo mais geral, temos: 29 ρ≡ dQ dV s≡ dQ dA λ≡ dQ dl • Como exemplo ilustrativo, pode considerar-se o campo eléctrico criado por uma barra carregada: E = ke Q d (l + d ) LINHAS DE CAMPO ELÉCTRICO • As linhas de campo eléctrico relacionam-se com este da seguinte forma: (i) O vector campo eléctrico é tangente às linhas de campo. (ii) O nº de linhas de campo por unidade de área que atravessam uma superfície perpendicular ao campo é proporcional à amplitude do campo nessa região. • Propriedades das linhas de campo: (i) As linhas começam nas cargas positivas e terminam nas negativas (ou então começam ou acabam no infinito se a carga total não for nula). (ii) O nº de linhas que chegam ou partem de uma carga é proporcional à sua amplitude. (iii) As linhas não se cruzam. • Verifique-se que esta forma de desenhar linhas de campo é compatível com a lei de Coulomb. É fácil provar que: Eα N , desde que se considere uma esfera centrada numa carga pontual 4πr 2 • Debilidades desta representação: (i) Dão a ilusão de que o campo eléctrico é descontínuo. 30 (ii) Aparecem como uma representação bi-dimensional de uma realidade tri-dimensional. • Exemplos de distribuição de linhas de campo devido a várias conformações de carga: a) b) c) d) e) • Repare-se que num ponto afastado as linhas c), d) e e) são semelhantes às a) e b). MOVIMENTO DE PARTÍCULAS CARREGADAS NUM CAMPO UNIFORME • Repare-se que uma carga que seja colocada num campo eléctrico uniforme, fica sujeita a uma força, pelo que terá um movimento uniformemente acelerado, com aceleração: r r qE a= m • Se a partícula for positiva a aceleração terá o sentido do campo, caso contrário terá o sentido contrário. • É com base neste resultado que se constroem os osciloscópios: 31 LEI DE GAUSS Forma alternativa de calcular o campo eléctrico criado por uma distribuição de cargas Lei de Gauss FLUXO ELÉCTRICO • O fluxo eléctrico numa determinada superfície é definido como o nº de linhas de campo que a atravessam. • Então, o fluxo eléctrico através de uma superfície fechada vai ser proporcional à carga no seu interior e não irá depender da forma dessa superfície. • Comece-se por calcular o fluxo eléctrico numa situação simples – considere-se um campo eléctrico uniforme E e uma superfície A que lhe é perpendicular. O fluxo vem dado por: N φ = E.A porque: φ = N = A = EA (N m2 / C) A • Se a superfície não for perpendicular ao campo, temos: r r φ = E.A cosϑ , sendo ϑ o ângulo entre E e A . • No caso mais geral em que o campo eléctrico varia em redor da superfície tem-se: r r φ = lim ∑ Ei .∆Ai = ∆Ai →0 i r r ∫ E.dA sup • E no caso de uma superfície fechada, obtém-se: r r φ = ∫ E.dA = ∫ En dA , sendo En a componente do campo normal à superfície. 32 LEI DE GAUSS • A Lei de Gauss fornece uma relação entre o fluxo calculado através de uma superfície fechada e a carga existente no seu interior. • O cálculo do fluxo através de uma esfera que envolve uma carga Q positiva vem dado por: φ= • Q ε Na verdade, mesmo que a superfície considerada não seja esférica, o fluxo será igual, uma vez que é proporcional ao número de linhas de campo. • Quanto ao fluxo de um campo criado por cargas no exterior da superfície considerada, facilmente se verifica que é nulo. • Combinando os dois resultados e admitindo, uma vez mais, a sobreposição dos campos: r r Qint φ = ∫ E.dA = ε “O fluxo através de qualquer superfície fechada é igual à carga no seu interior dividida pela constante ε” • Nos problemas em que a Lei de Gauss é utilizada, deve ter-se em atenção o seguinte: (v) A superfície considerada não tem, necessariamente, realidade física. (vi) Esta é uma abordagem muito útil para casos em que seja evidente um elevado nível de simetria. (vii) A escolha da superfície é crucial. APLICAÇÕES DA LEI DE GAUSS A ISOLANTES CARREGADOS • Calcule-se o campo criado por uma esfera isolante com densidade de carga ρ e carga total positiva Q. (considere-se pontos no interior e no exterior da esfera). Q E = k e 2 no exterior: r 33 Q E = k r e no interior: 3 a • Calcule-se o campo criado por um fio infinito com densidade de carga linear, λ, constante: E = ke • 2λ r Calcule-se o campo criado por um plano infinito com densidade de carga superficial, σ, constante: E= σ 2ε CONDUTORES EM EQUILÍBRIO ELECTROSTÁTICO • Um condutor diz-se em equilíbrio electrostático quando não existe movimento de cargas no seu interior. Nestas condições mostra-se que: (i) O campo eléctrico no seu interior é nulo. Caso contrário as cargas tenderiam a se mover. (ii) As cargas existentes no interior do condutor encontram-se à superfície. r Se: Eint = 0 ⇒ Q = 0 e, portanto, as cargas só poderão estar à superfície do condutor. (iii) O campo eléctrico fora do condutor, mas junto à fronteira, é perpendicular à superfície e tem amplitude: σ / ε 0. Se fosse tangencial as cargas encontrar-se-iam em movimento. Pela Lei de Gauss, prova-se a sua amplitude. 34 POTENCIAL ELÉCTRICO O potencial eléctrico Permite uma abordagem energética dos problemas de electromagnetismo. DIFERENÇA DE POTENCIAL E POTENCIAL ELÉCTRICO • Comece-se por calcular o trabalho realizado por uma força eléctrica sobre uma carga sujeita a um campo eléctrico: B r r r r WFe = ∫ Fe .ds = q 0 ∫ E.ds B A A • Se a este trabalho for associada uma variação de energia potencial ∆U , tem-se: B r r r r WFe = − ∆U ⇔ ∆U = −q0 ∫ E.ds ⇔ U f − U i = − q0 ∫ E.ds ⇔ B A ⇔ U f −Ui q0 A B r r r r = − ∫ E.ds ⇔ ∆V = − ∫ E.ds B A A • Onde a quantidade U/q0 é definida como a função potencial eléctrico. • Repare-se que o potencial eléctrico é dependente do campo, mas independente da carga, enquanto a energia eléctrica depende de ambos. • O potencial eléctrico exige a definição de uma referência. Por convenção, o potencial num ponto infinito é nulo. Então: “ O potencial eléctrico num qualquer ponto P é o trabalho por unidade de carga realizado sobre uma partícula positiva para a fazer mover do infinito até esse ponto.” • A unidade de potencial eléctrico é o volt (V), que equivale a 1J/1C. DIFERENÇAS DE POTENCIAL NUM CAMPO ELÉCTRICO UNIFORME • A diferença de potencial criada por um campo uniforme vem dada por: ∆V = − Ed o que pode ser verificado pensando no que se passa com uma partícula que é trazida de um ponto A para um ponto B, onde está estabelecido um campo eléctrico com a mesma linha de acção. 35 • Enquanto que a variação de energia potencial, vem dada por: ∆U = −q0 Ed • • Se o deslocamento não acontecer segundo a direcção do campo: rr ∆V = − E.s = −Ed Donde resulta que qualquer plano perpendicular a um campo eléctrico uniforme se encontra ao mesmo potencial. • Define-se superfície equipotencial como o lugar geométrico que se encontra ao mesmo potencial eléctrico. POTENCIAL ELÉCTRICO E ENERGIA POTENCIAL DEVIDOS A UMA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS • A diferença de potencial criado por uma carga pontual vem dada por: 1 1 ∆V = k e q − rB rA 36 • Pensando que no infinito (r = ∞), V = 0, então: V = ke • q r Donde resulta: V = ke ∑ i q1q2 qi U = k e r1,2 para a ri , para um conjunto de partículas carregadas, e energia potencial referente à interacção de duas partículas carregadas. • E no caso de uma distribuição de cargas contínua: V = ke ∫ dq r CÁLCULO DO CAMPO ELÉCTRICO A PARTIR DO POTENCIAL • r r r r r dV r u Conforme já vimos: dV = − E.ds . Se E tiver a direcção x, vem: E = E x u x = − dx x • Ou, numa situação mais geral: r r ∂V ∂V ∂V Ex = − , Ey = − , Ez = − ⇒ E = −∇V = −grad V ∂x ∂y ∂z • Ou seja, as superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares ao campo, tendo este a direcção dos potenciais mais baixos. 37 POTENCIAL DE UM CONDUTOR CARREGADO • Repare-se que num condutor carregado se verifica: i) dois pontos na superfície têm o mesmo potencial. ii) qualquer ponto no seu interior têm o mesmo potencial. iii) o campo eléctrico numa cavidade no seu interior é nulo (possibilidade de blindar um circuito…) APLICAÇÕES ke Q • Anel: V = • k e Q l + l 2 + d 2 Barra: V = l ln d x2 + a 2 38 CAMPOS MAGNÉTICOS Existência de pólos magnéticos Descoberta do magnetismo Relação entre a electricidade e o magnetismo – surgimento do electromagnetismo O CAMPO MAGNÉTICO • Os campos magnéticos são gerados na presença de ímanes ou de cargas eléctricas em movimento. • Analogamente ao campo eléctrico, a existência de um campo magnético é comprovada através da presença de um objecto de prova. Neste caso é uma partícula carregada animada de velocidade. • Nestas condições, verificou-se que: iv) A amplitude da força magnética a que a partícula fica sujeita é proporcional à sua carga e à sua velocidade. v) A amplitude da força magnética é proporcional à amplitude do campo magnético. vi) Se a velocidade da partícula for paralela à direcção do campo, a força será nula. vii) A força é perpendicular ao plano formado pela velocidade da partícula e pelo campo magnético. viii) O sentido da força sobre uma carga positiva é o oposto ao que fica sujeita uma carga negativa. ix) A amplitude da força é proporcional ao seno do ângulo formado pela velocidade e pelo campo magnético. • Estas observações conduzem à expressão: r r r r Fmag = qv × B , sendo Fmag a força magnética a que fica sujeita uma partícula r r v de carga q, animada de uma velocidade , sob a acção de um campo magnético B . 39 • Repare-se que: i) Enquanto a força eléctrica é paralela ao campo eléctrico a força magnética é perpendicular ao campo magnético. ii) A força eléctrica actua sobre cargas em repouso a força magnética actua sobre cargas em movimento. iii) A força eléctrica realiza trabalho ao deslocar uma partícula, a força magnética não (desde que o campo seja estacionário). • A unidade de campo magnético no SI é o Tesla (T). FORÇA MAGNÉTICA NUM CONDUTOR ATRAVESSADO POR UMA CORRENTE • Seja uma corrente eléctrica definida pela relação: I= • dq dt Pode pensar-se o que acontece quando uma corrente eléctrica fica sujeita a um campo magnético - repare-se que uma corrente eléctrica é um fluxo de cargas em movimento. • Considere-se, então, um fio de área A, comprimento l, mergulhado num campo magnético r B , uniforme e no interior do qual se movem n cargas q por unidade de volume, com velocidade v. A força exercida sobre o fio será: ( ) r r r Fmag = qv × B nAl 40 • Mas, pensando que a corrente eléctrica vem dada por: I= • ∆Q nqA∆x = = nqAv , então: ∆t ∆t r r r Fmag = I L × B Para um fio de forma arbitrária, teremos a generalização: r r r r r r dFmag = I ds × B ou: Fmag = ∫ I ds × B CASO I: Campo magnético uniforme e corrente eléctrica constante: r r r r b r Fmag = I ∫ ds × B = IL × B , porque a r d s ∫a é a soma vectorial de todos os vectores b infinitesimais que compõem o percurso. CASO II: Percurso fechado num campo magnético uniforme e percorrido por uma corrente constante: r r r b r Fmag = I ∫ ds × B = 0 , porque a ∫ b a r r ds = 0 MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO MAGNÉTICO • Aplique-se a lei de Newton a uma partícula carregada, animada de uma velocidade, sob a acção de um campo magnético perpendicular à sua velocidade. • Nestas condições a força é central, pelo que a trajectória da partícula será circular e de raio: Fmag = qvB = ma ⇔ ... ⇔ r = • mv qB Se a velocidade da carga tiver uma componente paralela ao campo, então a sua trajectória será em hélice. 41 LEI DE BIOT-SAVART r • Experimentalmente observou-se que o campo magnético dB criado num ponto P r devido à passagem de uma corrente I no elemento ds de um fio condutor, cumpre: r r r r d B x) é perpendicular a ds e a r , sendo r o vector posição do ponto P. r dB é inversamente proporcional a r 2 . xi) r d B xii) é proporcional à corrente I e ao elemento de comprimento ds .. xiii) r dB é proporcional ao sen θ, sendo θ o ângulo formado por dsr e rr . • Matematicamente pode-se expressar estes resultados, através da expressão: r r r I ds × u r µ0 dB = k m k = = 10− 7 Tm/A , uma vez que: m , sendo 2 r 4π µ0 - permeabilidade do vácuo tem o valor: 4π ×10 -7 Tm/A . Que é conhecida como a Lei de Biot-Savart. • A generalização desta lei para calcular o campo magnético criado por uma distribuição de correntes, será: r r r I ds × ur B = km ∫ que é uma expressão com algumas semelhanças r2 r dq r E = k com a encontrada para o campo eléctrico: ∫ r2 u • Uma aplicação importante desta expressão é o cálculo do campo criado por um condutor linear rectilíneo: r µI B = 0 (cos ϑ1 − cosϑ2 ) 4πR • Ou, se o condutor for considerado infinito: r µI B= 0 2πR 42 FORÇA MAGNÉTICA ENTRE DOIS CONDUTORES PARALELOS • Calcule-se a força existente entre dois condutores paralelos entre si e que são percorridos por correntes I1 e I2: r r r r F1 = I1l × B2 , onde F1 é a força exercida pelo condutor 2 sobre o elemento de comprimento l do condutor 1. r Ou seja, B2 é o campo magnético criado pelo condutor 2 no elemento l do condutor 1. • Então: F1 = I1lB2 = I1l µ0 I 2 II = µ0 1 2 l , ou, quando 2πa 2πa se calcula a força por unidade de comprimento: F1 II F = µ0 1 2 = 2 l 2πa l • Quanto ao sentido das forças, facilmente se verifica que elas serão de atracção quando as correntes circulam em sentido contrário e de repulsão, caso contrário. LEI DE AMPÈRE • Tendo em conta o cálculo do campo criado por um fio rectilíneo infinito, determine-se a • Na verdade, esta expressão é mais geral, cumprindo-se para qualquer trajectória fechada e r r B quantidade ∫ .ds , nestas circunstâncias: r r B ∫ .ds = µ0 I geometria de correntes estacionárias que se considerem. É conhecida pela Lei de Ampère e é a lei do magnetismo equivalente à Lei de Gauss. r r • Pode enunciar-se da seguinte forma: “O integral da quantidade B.ds através de uma linha fechada iguala o produto µ0 I , onde I é a corrente estacionária total que atravessa qualquer superfície delimitada pela linha fechada considerada”. 43 • Uma aplicação interessante da Lei de Ampère é o cálculo do campo magnético criado por um solenóide: i) Num ponto exterior pode considerar-se o campo magnético nulo. ii) Num ponto interior, aplicando a Lei de Ampère à linha fechada apresentada na figura: B = µ0 I N l LEI DE FARADAY E LEI DE LENZ • A Lei de Faraday indica-nos de que forma é que campos magnéticos permitem gerar correntes eléctricas. • Se um condutor, no interior do qual não circulam cargas se deslocar relativamente a um campo magnético, as suas cargas vão sofrer uma força que as impelirá a mover-se. • A este fenómeno dá-se o nome de Indução Magnética. 44 • Similarmente ao que foi feito para o campo eléctrico é possível definir fluxo de campo magnético através de uma superfície A, através da expressão: Φ mag • r r = ∫ B.dA A unidade de fluxo magnético no SI é o Weber (Wb), pelo que é também possível considerar a unidade de campo como Wb/m2. • A forma matemática de formalizar a indução magnética é através da lei de Faraday: fem = − dΦ mag dt que pode ser enunciada da seguinte forma: “A força electromotriz (diferença de potencial) gerada por indução iguala, em valor absoluto, a taxa de variação do fluxo de campo magnético através da superfície delimitada pelo circuito”. • O sinal ‘-‘ na expressão indica que “a fem se opõe à causa que lhe deu origem”. Que é a conhecida Lei de Lenz. 45