visagismo como terapia auxiliar em individuos - TCC On-line

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VISAGISMO COMO TERAPIA AUXILIAR EM INDIVIDUOS DIAGNOSTICADOS COM
DEPRESSÃO E BAIXA AUTOESTIMA
DAIANE FERREIRA REPULA1, SILVANI EMILIANO2
1.Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba,
PR);
2.
Professora Orientadora da Universidade Tuiuti do Paraná. Bacharel em Design de Moda, Especialista
e Arte Educação
Resumo: O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as
características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico. O
presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma terapia
alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de depressão.
Podem ser descritos pelo menos seis sintomas cognitivos apresentados na depressão:
autoestima muito baixa, pessimismo, redução de motivação, generalização de atitudes
negativas, exagero da seriedade dos problemas e processos de pensamento mais lentos.
As mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão do que
os homens. É certo que todo ser humano quando valorizado e percebido de uma forma
positiva se sente mais forte diante dos obstáculos da vida, o profissional que trabalha com
a técnicas e conceitos do visagismo pode ajudar de forma terapêutica um paciente que
passa pelos sintomas da depressão, pois é função deste ressaltar o que a pessoa tem de
melhor, buscando trazer a sua beleza de dentro para fora
Palavras chaves: visagismo , autoimagem , autoestima, depressão
INTRODUÇÃO
As últimas décadas foram marcadas por um profundo aumento das patologias
psiquiátricas, fazendo com que se alcancem índices alarmantes de ocorrência. Dentre
essas patologias destaca-se a depressão, problema comum em muitos países,
constituindo-se em um grave problema de saúde pública. A depressão pode se manifestar
de várias formas, constatando-se em todos os tipos, comprometimento do ânimo, inclusive
para as atividades que geram prazer, entra elas os cuidados com a aparência (GOMES &
tal, 2010).
Desde os anos de 1990, a medicina e a psicologia vêm consolidando o uso associado
de recursos farmacológicos e psicoterápicos no tratamento dos quadros depressivos,
apoiando a ideia da interferência mútua entre fatores psíquicos e fisiológicos no surgimento
dessa patologia. Os sintomas que compõem o quadro depressivo afetam diversas áreas da
vida do paciente, comprometendo suas atividades pessoais e sociais (TEODORO, 2009).
Para piorar o estado do indivíduo que está passando por essa enfermidade, atualmente,
a beleza estereotipada pela sociedade simboliza sucesso pessoal e profissional. Com isso
em vista, os indivíduos podem perseguir uma imagem pessoal que não condiz com sua
realidade, e acumulam ainda mais um vazio enquanto seres humanos (SILVA & tal ,2010).
O presente artigo visa ressaltar as técnicas e conceitos do visagismo como uma
terapia alternativa para a elevação da autoestima de pacientes em tratamento de
depressão. O visagismo é a arte de criar uma imagem pessoal de acordo com as
características do indivíduo, respeitando estilo pessoal, estilo de vida, e tipo físico
(HALLAWELL, 2009).
1
Depressão
O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanto
um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias)
doença(s). Os sentimentos de tristeza e alegria colorem o fundo afetivo da vida psíquica
normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, derrota,
desapontamento e outras adversidades. Cumpre lembrar que essa resposta tem valor
adaptativo, do ponto de vista evolucionário, uma vez que, através do retraimento, poupa
energia e recursos para o futuro. Por outro lado, constitui-se em sinal de alerta, para os
demais, de que a pessoa está precisando de companhia e ajuda (PORTO, 1999).
Pode designar um estado afetivo normal, um sintoma, uma síndrome ou várias
doenças. A depressão tem sido caracterizada como episódio patológico no qual existe
perda de interesse ou prazer, distúrbios do sono e apetite, retardo motor, sentimentos de
inutilidade ou culpa, distúrbios cognitivos, diminuição da energia e pensamentos de morte
ou suicídio (APÓSTOLO, 2011).
A depressão pode ainda ser acompanhada de ansiedade, especialmente numa fase
inicial. Podem ser descritos pelo menos seis sintomas cognitivos apresentados na
depressão: autoestima muito baixa, pessimismo, redução de motivação, generalização de
atitudes negativas, exagero da seriedade dos problemas e processos de pensamento mais
lentos. As mulheres são duas vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão
do que os homens. Essa vulnerabilidade feminina se deve a fatores biopsicossociais, tais
como: as alterações provocadas pelos hormônios no organismo; tendência de, nos
conflitos, assumir a culpa e introjetar as críticas que recebe; a depreciação no tratamento à
mulher (questão histórica); a educação repressora; a múltipla jornada de trabalho; a
pressão no cumprimento aos papéis sociais de mulher, mãe, esposa e profissional; a forma
de enfrentamento das perdas significativas ( NASCIMENTO & tal, 2009).
Auto Estima do Paciente com Depressão
O estado depressivo distorce a maneira como as pessoas se avaliam e se enxergam,
distorce a percepção que elas têm do outro e do mundo, bem como afeta sua estima
pessoal. Os níveis de autoestima são construtos da personalidade, decorrentes das
relações intra e interpessoais, influenciando as atitudes das pessoas em suas atividades
escolares, no trabalho e nas demais atividades diárias (FUREGATO & TAL, 2008)
A autoestima corresponde à valoração intrínseca que o indivíduo faz de si mesmo em
diferentes situações e eventos da vida a partir de um determinado conjunto de valores
eleitos por ele como positivos ou negativos (SCHULTHEISZ & TAL,2013). A autoestima é
definida por Moysés (2001), como um sentimento de valor decorrente da percepção que o
indivíduo tem de si mesmo.
Ainda pode ser analisada por meio da escala de valores que se atribuí. É formada pela
autoconsciência que emerge resultante das experiências sociais, assim “passamos a nos
enxergar como as pessoas nos enxergam”. A autora salienta que este sentimento torna as
pessoas excessivamente cautelosas e hesitantes diante da vida, o medo do fracasso não
lhes permite correr riscos. Outro aspecto crítico que empobrece a vida dos indivíduos com
baixa autoestima é a dificuldade de lidar com críticas e elogios. Assim, pessoas com este
sentimento frequentemente encontram-se numa posição desvantajosa: “como desaprovam
2
seu próprio comportamento, acham difícil aceitar elogios e são sensíveis às críticas dos
outros” (SCHULTZ ,2002).
A baixa autoestima pode acarretar uma série de problemas emocionais, como
depressão, bulimia nervosa, carência afetiva, déficit de atenção e aprendizagem. “São
muitos os transtornos psicológicos causados pela desvalorização pessoal”. A autoestima
tem um papel fundamental na vida do ser humano, basicamente é responsável pelo
equilíbrio emocional, pois quando a autoestima é elevada os sentimentos são de valor,
competência, autor espeito, autenticidade e integridade (SCHMITZ, 2004).
A imagem que o indivíduo tem de si mesmo está alicerçada em sua autoestima.
Imagem pessoal é a forma com a qual a pessoa se expressa para os demais, mostrando
particularidades sobre si mesmo, como beleza, comportamento, e forma de se expressar.
Acredita-se que quando a pessoa está bem com a própria imagem, essa passa
autoconfiança e um conceito positivo sobre sua pessoa, posicionando-se de forma correta
no âmbito pessoal e profissional (KAMIZATO,2014).
Visagismo
Visagismo baseia em criar imagens ou modifica-las de acordo com as
características de cada pessoa, baseada em cada caso, respeitando valores e costumes.
Essas técnicas visam valorizar beleza e características pessoais, (HALLAWELL, 2009).
Para que o visagismo seja realizado o perfil pessoal deve ser investigado, e deve
se ter cuidados com personalidade e características de cada pessoa, os profissionais
trabalham com a imagem o que gera efeitos psicológicos positivos ou negativos, pois
nenhuma pessoa é igual a outra, deste modo é preciso cuidado ao avaliar uma pessoa. O
visagismo procura buscar a beleza que muitas vezes só é percebida quando as qualidades
interiores são descobertas (FISCHER; PHILLIP; MACEDO, 2010 apud HALLAWELL,
2009).
Trindade (2013) define visagismo como uma arte que tem como objetivo harmonizar
e valorizar a imagem pessoal a partir de uma “analise investigativa”, aplicado a estruturas
físicas, estilo de vida e beleza do indivíduo.
Desta forma o visagista é reconhecido por harmonizar a imagem pessoal, na forma
de construir imagem e beleza em conjunto, valorizando e potencializando imagens pessoais
(NUNES, 2015).
Técnicas de visagismo
Entre as técnicas de visagismo está a de avaliação dos 4 temperamentos humanos
, visa ressaltar as características pessoais do indivíduo através do estudo dos
temperamentos , a quadro 01 abaixo, isso possibilita conhecer os pontos fracos e fortes da
pessoa, podendo auxiliar no equilíbrio da imagem, usando cores, formas e
autoconhecimento HALLAWELL (2009);
Quadro 01- Os quatro temperamentos
Temperamentos
Sanguíneo
Colérico
Pontos fortes
Extrovertida
Comunicativa
Energizada
Espontânea
Inovadora
Objetiva
Concentrada
Luxuosa
Pontos fracos
Pouco concentrada
Desorganizada
Gênio forte
Desagradável
Impaciente
Intolerante
Autoritária
Características físicas
Comunicativa
Rosto hexagonal
Cabelos castanhos ou loiro
dourado
Sorriso atraente
Boa postura maneiras de se
expressar firmes
Rosto quadrado ou hexagonal
3
Melancólico
Ágil
Sem rancor
Criadora
Organizadora
Detalhista
Vulnerável
Exigente
Tímido
Nervosa
Tímida
Fleumático
Transmite paz
Agradável
Passiva
Adaptável
FISCHER; PHILLIPI; MACEDO (2010)
Indecisa
Acomodada
Pouca criatividade
Cabelos ruivo castanho ou
marrom avermelhado
Tendência de ser magra rosto
e características alongadas e
ou finas
Não se importa com a
aparência
Movimentos e maneira de se
vestir simples e lenta
Identificar a coloração pessoal
A pele do indivíduo pode se apresentar quente, fria ou neutra, no teste sazonal podese ainda classificá-las como: verão, inverno, primavera e outono. Para cada tipo de pele
uma cartela de cores específica. Para aplicar essa técnica é preciso que a cliente passe
por uma ficha de anamnese, em seguida pelo teste cromático, que tem como objetivo
ressaltar as cores que a beneficia nos cabelos, maquiagem e vestuário (HALLAWELL,
2009), no quadro 02 abaixo ressalta-se cada tipo de pele e exemplos de cores que
harmonizam o tipo de pele.
Quadro 02- coloração pessoal
Tipo de pele
Pele fria – Verão
Cores que harmonizam
Azul claro acinzentado, azul celeste, rosa, lilás, lavanda,
amarelo claro.
Preto, braco, azul marinho, marrom, vermelho vivo, rosa, roxo,
verde.
Pessego, bege, amarelo, dourado, marrom, verde abacate,
turquesa, marfim, verdes iluminados e coral.
Verde natureza, laranja, bege, marrom forte, cinza dourado,
amarelho queimado, vermelho vivo.
Pele fria – Inverno
Pele quente – primavera
Pele quente – outono
Fonte : HALLAWELL (2009).
Avaliação dos formatos de rostos e feições
Com a avaliação dos formatos de rostos e feições o visagista consegue ressaltar a
maquiagem, o corte de cabelo de acordo com a imagem que o cliente deseja passar, ou
somente adequar os formatos com linhas mais harmônicas, conforme pode ser observado
no exemplo do quadro 03 abaixo, HALLAWELL (2009). As feições são partes importantes
para desenvolvimento de uma maquiagem adequada. Abaixo exemplos de correções
utilizadas na maquiagem visagista.
Quadro 03- formato de rosto
Formato
de
característica
Rosto quadrado
rosto/
Linhas que harmonizam:
Corte de cabelo e maquiagem ideal
As laterais devem ser escurecidas e afinadas levemente, iluminar
região frontal e mento. O corte de cabelo deve ser bem redistribuído,
para tirar a atenção da angulação natural, evitar cortes simétricos.
4
Rosto oval
Rosto redondo
Rosto hexagonal
Rosto triangular
Concentrar o blush na região do zigomático, em direção as orelhas,
e seguir com o produto em direção ao mento. Em relação ao cabalo
fica bom vários tipos de cortes devem seguir o papel de diminuir a
simetria do rosto, com franjas.
O objetivo da maquiagem é alongar o rosto, utilizar blush nas laterais
do rosto, marcar com blush o zigomático e intensificar com iluminador,
passar iluminador também na região frontal. O corte de cabelo não
deve ser arredondado, desfiados atrás alongam o pescoço franjas
laterais diminuem a simetria do formato.
Iluminar laterais da região frontal e maxilar inferior, e escurecer o
maxilar superior. São muitos os cortes que combinam com este
formato de rosto, em especial, franjas, repicados e curtos.
Escurecer laterais do maxilar inferior, e região frontal, se o formato for
triangulo invertido, escurecer a região do mento. Cabelos com franja
levemente repicados no comprimento são ótimos.
FISCHER; PHILLIPI; MACEDO (2010)
Avaliação dos formatos de corpo
Para o cliente estar bem vestido é fundamental analisar com cuidado o tipo físico
escondendo as partes menos interessantes, e valorizando o que ele tem de melhor
(AGUIAR,2011). Com avaliação do formato de corpo e suas características, o profissional
da área de estética pode indicar as formas, texturas do vestuário que mais harmoniza a
imagem da cliente. Os diferentes formatos de corpo podem ser observados no quadro 04
abaixo.
Quadro 04- formatos de corpo
FORMATO
Ampulheta
Triangulo invertido
Triangular
Retangular
Oval
Fonte: Aguiar (2011)
CARACTERISTICAS
Ombros e quadril da mesma largura, cintura bem definida,
costas largas, coxa volumosa.
Tem bastante busto, ombros largos, quadril estreito
Quadril e coxas mais largos que os ombros.
A cintura não é definida mesma medida de ombro e quadril,
braços e pernas finos em relação ao corpo, poucas curvas.
De formas arredondadas, volume nos quadris, cintura e busto,
com barriga proeminente.
Avaliação do estilo pessoal
O estilo e a imagem pessoal determinam as mensagens que se quer transmitir, o que
influi diretamente na forma como os outros respondem. Conta quem a pessoa é, e bem
utilizada é uma linguagem poderosa que ajuda a complementar as habilidades pessoais,
profissionais e personalidade. Pois através da imagem pessoal se transmite a identidade
do indivíduo. (FRANCINI, 2002; VAZ, 2007)
5
O estilo pessoal não é definido apenas pela roupa, como pode se observar no quadro
05 abaixo, com suas peças principais, mas também pelo o cabelo, a maquiagem e os
acessórios que formam um visual completo. Podemos classificar os estilos pessoais em
duas categorias gerais: os clássicos, que incluem o esportivo, tradicional e elegante, e os
não clássicos, definidos como sensual, romântico, criativo e dramático. (FRANCINI, 2002).
Quadro 05 – Estilo Pessoal
O
estilo
clássico/tradicional
Não gosta de chamar atenção, é formal tanto no perfil social quanto na
vestimenta. Prefere roupas e cores discretas, porém a durabilidade é
essencial, o vestuário possui bom acabamento de tecidos. A maquiagem é
suave, e utiliza o mesmo corte de cabelo por vários anos. Sua personalidade
é de pessoa confiante, conservadora, passa seriedade e respeito.
O estilo elegante
Valoriza um pouco mais as curvas, é o tradicional mais sofisticado. As roupas
são clássicas e com toque moderno, os cabelos com tamanho médio, e a
maquiagem mais destacada nos olhos. Usa joias modernas no lugar de
bijuterias, e gosta de cores de tom branco, preto e cinza, possui uma imagem
de refinamento.
O estilo romântico
Possui gestos suaves e delicados, sua personalidade passa a mensagem de
uma pessoa amigável. O forte desse estilo é a estampa floral, babados, e
laços. As cores são de tons pastéis, suas roupas possuem leveza e caimento,
usa tecidos fluidos com renda e crochês. Gosta muito de acessórios, os
cabelos são longos e com cortes, está sempre maquiada, mas não abusa das
cores
O estilo sensual
Transmite uma mensagem de provocação, as pessoas que se encaixam neste
estilo pessoal tem atitude, e levam o estilo com naturalidade. A mulher sensual
gosta de valorizar as curvas do corpo, não tem medo das cores, e adora
estampas de bicho. A maquiagem é bem marcada, os cabelos bem cuidados,
adora usar acessórios vistosos e sapatos com salto bem alto
O estilo dramático
Tem característica de teatralidade, desafiadora, é sensual e provocadora, faz
de tudo para chamar atenção. Abusa e usa das cores de tons fortes,
principalmente o preto. O vestuário é com proporções exageradas, nem
sempre está na moda, gosta do diferente. A maquiagem é exagerada, o corte
de cabelo é moderno e marcante, usa acessórios extravagantes e modernos
A mulher criativa
Está sempre na moda, adora misturar cores e roupas, não se prende a nada.
Os tecidos são coloridos e agradáveis ao toque, usa acessórios étnicos, seus
cabelos geralmente são longos para dar movimento, abusa das cores na
maquiagem. Sua personalidade é ligada a arte, criatividade, teatro e moda
estilo esportivo é o Usa muito o jeans, tênis e camiseta branca.
básico
A mensagem transmitida é de pessoa despojada, sem compromisso e casual.
Aprecia as coisas básicas, maquiagem discreta, acessórios simples, e cabelos
fáceis de cuidar
Fonte : (AGUIAR & VAZ) (FRANCINI, 2002).
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas áreas do visagismo, imagem pessoal,
psicologia e psiquiatria buscando informações sobre a autoestima em casos de depressão.
Os principais autores revisados foram Philip Hallawel e Robson Trindade, baseandose nas suas estatísticas e experiências referente ao visagismo, autoestima e autoimagem.
Num segundo momento foi realizado uma pesquisa aplicada via formulário com
aplicativo da internet, com questões fechadas, conforme anexo 01. Foi solicitado a
participação apenas de mulheres para esta amostra, independente de idade, classe social,
6
e/ou grau de escolaridade. 5 profissionais da área, psiquiatra e psicólogos também
participaram da pesquisa conforme uma questão na discussão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
De maneira especifica, a depressão é enfatizada pela perda de autoestima, dentro
desta tese, estão os problemas com autoimagem e a falta de estímulo para trabalhar este
fato.
NASCIMENTO, Danila Rafaela & TAL. (2009), relata que a autoestima não depende
apenas da forma como a pessoa se percebe no mundo, ela também é influenciada pela
forma como fomos percebidos, antes mesmo de tomarmos consciência de nossa
existência. O que mostra que além da sua visão a si mesmo, também há sobre como as
demais pessoas mostram o que veem a partir de sua imagem. O profissional da beleza
hoje, com conhecimentos em técnicas específicas como visagismo, estilo e biotipos, pode
acrescentar e assim desmistificar o que muitas vezes essas mulheres “enxergam”.
Ainda seguindo a referência, HOLMES (1997) afirma que as mulheres são duas
vezes mais propensas a serem acometidas pela depressão. Perante as assertivas, a
pesquisa criada foi enfatizada a mulheres em geral teve os resultados obtidos da seguinte
forma: 96,3% das participantes relataram que já se sentiram deprimidas, conforme questão
01, gráfico 01 abaixo, ou seja, das 242, apenas 2 mulheres nunca se sentiram deprimidas.
Gráfico 01 - Fonte – A autora
No gráfico 02 abaixo 36,8% das participantes relatam que já foram diagnosticadas
com depressão por profissionais da área.
7
Gráfico 02 - Fonte – A autora
No gráfico 03 abaixo 32,2% das participantes afirmam estar em depressão , e com
sintomas da patologia .
Gráfico 03 - Fonte – A autora
Conforme PORTO (1999), a prevalência de depressão é de 21% na mulher. É
conceituada como um subtipo de transtorno afetivo que pode ser único ou recorrente,
apresentando sintomas psíquicos (humor depressivo, fadiga, diminuição da capacidade de
pensar, de tomar decisões), fisiológicos (alterações do sono, do apetite, do interesse
sexual) e comportamentais (retraimento social).
No gráfico 04 abaixo, 216 participantes pontuaram sua autoestima. 37% da amostra
deram uma nota mediana para sua autoestima, 31% baixa autoestima, 11,1% boa
autoestima, 9,3% autoestima muito baixa, e nenhuma se sente com autoestima elevada.
8
Gráfico 04 - Fonte – A autora
No gráfico 05 abaixo, 82,8% das participantes acreditam que se sentiriam mais
seguras se um profissional as orientassem quando aos cuidados com a beleza.
Gráfico 05 - Fonte – A autora
No gráfico 06, 97,5% da amostra ressalta que se sentem melhor quando estão com
a sua imagem aparência pessoal mais cuidada.
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Gráfico 06 - Fonte – A autora
Através dos resultados obtidos através do questionário, pode-se observar que pelo
menos 70% das mulheres entrevistadas tem autoestima média ou inferior. Na questão 05,
gráfico 05 acima, é possível observar que foi quase unânime a afirmação que essas
mulheres se sentiriam mais confiantes com a ajuda de um profissional visagista para auxiliar
na harmonização de usa imagem pessoal.
Cinco profissionais da área de psicologia e psiquiatria, conforme questão anexo 02,
afirmaram que quando que quando uma pessoa está com a imagem pessoal organizada,
adequada, automaticamente se sente melhor, valorizada, e com autoestima boa. O médico
psiquiatra Dr. Alberto Cury Filho evidenciou o fato de que algumas de suas pacientes já
melhoraram através de uma intervenção estética cirúrgica, para ele qualquer melhora na
autoestima colabora na recuperação do paciente depressivo.
CONCLUSÃO
É certo que todo ser humano quando valorizado e percebido de uma forma positiva
se sente mais forte diante dos obstáculos da vida, o profissional que trabalha com a técnicas
e conceitos do visagismo pode ajudar de forma terapêutica um paciente que passa pelos
sintomas da depressão, pois é função deste ressaltar o que a pessoa tem de melhor,
buscando trazer a sua beleza de dentro para fora , sem se prender a estereótipos, a moda
, e modismo . O visagismo visa trabalhar cada pessoa com única, de forma customizada,
dando atenção a real necessidade do indivíduo. E na maioria das vezes para trazer os
sentimentos benéficos a uma pessoa, basta dar-lhe atenção, e mostrar o quanto esta é
importante para si mesmo.
10
REFERÊNCIAS
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A
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Precoce.
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HALLAWELL, Philipp – Visagismo – Harmonia e Estética - São Paulo: Editora Senac - São
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KAMIZATO, Karina Kiyoko. Imagem Pessoal e Visagismo. São Paulo. – 2014.
Moysés, l., (2001). A Auto-estima se Constrói Passo a Passo. São Paulo: Papiros
NASCIMENTO, Danila Rafaela & TAL. 2009. Um olhar sobre autoestima de mulheres com
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NUNES Leandro. A.L .Visagismo: imagem humana como meio de comunicação. IntercomSociedade Brasileira de Estudos Interdiciplinares de Cominicação. Santa Catarina, junho
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www2.pucpr.br/reol/index.php/PA/pdf/?dd1=3509. Acesso em: 03/10/2016
11
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MG
TRINDADE, Robson . Visagismo na Pratica - Um coaching para sua imagem pessoal. São
Paulo – 2013.
VAZ, Ana. Pequeno livro de estilo: guia para toda hora, São Paulo: Editora Verus, 2007
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ANEXO 01 - Questões aplicada na amostra
1 - Já se sentiu deprimida?
2- Já foi diagnosticada com depressão?
3- Está em depressão ou com sintomas?
4 - Se respondeu sim a alguma das questões acima, dê uma nota para sua autoestima
relacionado sua imagem pessoal durante o estado depressivo. Considerando: 0 - Não há
autoestima; e 5- Muito elevada, sempre arrumada e bem consigo mesma.
5- Você acredita que se sentiria mais segura se um profissional da área de beleza
apontasse seus pontos positivos, e a ajudasse a ressaltar suas qualidades pessoais através
dos cuidados com a vestimenta, cabelo, maquiagem e acessórios?
6 - Você se sente melhor quando está com aparência cuidada?
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ANEXO 02 - Questão elaborada para os profissionais da área da psicologia e psiquiatria .
1. Você acha que um profissional da beleza, ajudando um paciente a se ver de outra forma,
arrumando cabelo, maquiagem, vestuário e afins, ressaltando seus pontos positivos,
ajudaria a melhorar sua autoestima durante o tratamento? (sim ou não).
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