Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

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Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa
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Fármacos que afetam as funções
renal e cardiovascular
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As doenças cardiovasculares podem resultar de defeitos congênitos ou
doenças e hábitos adquiridos posteriormente.
Fatores que predispõem a essas doenças: hereditariedade, sexo, idade,
raça, hábito de
fumar, obesidade, tensão, sedentarismo, pressão
sanguínea alta, níveis lipídicos e diabete.
No tratamento das doenças coronárias, os fármacos mais utilizados são
os vasodilatadores e os beta bloqueadores. Na insuficiência cardíaca
utilizam-se os cardiotônicos e os diuréticos. Em arritmias são utilizados
os antiarritimicos. Na hipertensão arterial os anti-hipertensivos.
• Cardiotônicos
• Antiarrítmicos
• Antihipertensivos
A insuficiência cardíaca congestiva (IC ou ICC) é uma das causas mais
comuns de morte. Este é uma síndrome clínica complexa decorrente da
disfunção ventricular (aguda ou crônica) sistólica ou diastólica. Neste
caso o coração é incapaz de suprir a demanda das necessidades
metabólicas do organismo.
O termo “congestiva” descreve a situação na qual ocorre congestão da
circulação sistêmica e pulmonar com sobrecarga de líquidos, resultando
em edema periférico e pulmonar.
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CARDIOTÔNICOS
Cardiotônicos são fármacos que aumentam a força contrátil do
coração e exercem ações importantes na excitabilidade,
automaticidade, velocidade de condução e períodos refratários
do coração.
São indicados principalmente na insuficiência cardíaca congestiva.
Glicosídeos cardiotônicos:
Os glicosídeos possuem origens variadas (animal, vegetal,
sintética) e possuem a propriedade de aumentar a contratilidade
das fibras musculares cardíacas.
Planta Digitalis ou dedaleira – dá origem a digoxina e digitoxina
Os efeitos benéficos da ação dos cardiotônicos consistem na sua
capacidade de promover efeito inotrópico positivo bem como
diminuir a atividade simpática.
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Efeitos adversos: uso prolongado ou superdosagem pode levar a
intoxicação cujos primeiros sintomas são anorexia, salivação, vômito
e diarreia.
Cardiotônicos mais utilizados são:
• Digoxina
• Digitoxina
• Acetildigoxina
• Celanida
• ouaabaína
Mecanismo de ação:
Inibem a enzima Na+ K+-ATPase presente na membrana do miócito do
coração.
Essa inibição causa
o aumento de Na+
intracelular e assim
diminui o
gradiente de Na+.
Isso leva a diminuição o trocador Na+ / Ca+2 que utiliza o gradiente
do Na para movimentar o Ca+2 para fora da célula.
O Ca+2 acumula no citoplasma.
Esse
acumulo
estoques
de
Ca+2
nos
intracelulares resulta
em maior quantidade liberada a
cada potencial de ação cardíaco
e
assim
maior
força
de
contração.
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Tratamento
DIGOXINA
DIGITOXINA
Meia - vida
40h
168h
Conc. plasmática
terapêutica
0,5-2 ng/ml
10-25 ng/ml
Conc.plasmática
tóxica
>2 ng/ml
>35 ng/ml
Dose diária (dose
de ataque)
0,125-0,5 mg
0,05-0,2mg
Digitalização
rápida
0,5-0,75 mg a cada
8h (3 doses)
0,2-0,4 mg a cada
8h (3 doses)
ANTIARRÍTMICOS
O funcionamento do coração é determinado pela sequencia
ordenada de potenciais de ação pelos tecidos cardíacos, desde
o nodo sinoatrial até o músculo ventricular.
Arritmias correspondem a anormalidades na geração ou
propagação do impulso cardíaco, bem como na duração ou
configuração de cada potencial de ação.
Antiarrítmicos
Quinidina
Procainamida
Verapamil
Disopiramida
Amiodarona
Relação estrutura –atividade: grupamento N
ANTIHIPERTENSIVOS
Os anti-hipertensivos constituem classe heterogênea de fármacos
utilizados, dentre outras indicações, no tratamento da hipertensão
arterial.
Os
agentes
anti-hipertensivos
incluem
estruturas
químicas
amplamente variadas e assim, são melhor classificados em função
do seu mecanismo de ação.
Diuréticos:
Diuréticos tiazídicos (benzotiazida, clortalidona, diidroclorotiazida,
hidroclorotiazida, meticlotiazida, indapamida), Diuréticos de “alto teto”
(ácido etacrínico, bumetamida, furosemida, xipamida), Diuréticos
poupadores de potássio (espironolactona, amilorida, triantereno).
Simpatolíticos
Drogas de ação central: Metildopa, clonidina, guanabeno, guanadrel,
reserpina,
Antagonista de receptor β- adrenérgico: propanolol, esmolol, atenolol,
Antagonistas de receptor α1-adrenérgico: prazosina, terazosina e a
doxazosina
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Bloqueadores de canais de Ca2+
Os bloqueadores de canais de cálcio reduzem a pressão arterial ao relaxar o
músculo liso arteriolar e reduzir a resistência vascular periférica.
São substâncias que inibem o influxo de cálcio (Ca++) nas células miocárdicas e
leito vascular arterial, levando a vasodilatação, e consequente diminuição da
pressão arterial (efeito inotrópico negativo).
Ca2+
São divididos em classes:
Fenilalquilaminas: verapamil
Benzotiazepínicos: diltiazem
Diidropiridínicos:
nifedipina,
nicardipina,
isradipina,
amlodipina,
felodipina,
lacidipina, nisoldipina e nimodipina)
Diarilaminopropilamínico (bepridil)
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Vasodilatadores diretos
Minoxidil, Hidralazina, Nitroprussiato e Diazóxido
Vasodilatadores
Hidralazina: um dos primeiros anti-hipertensivos orais ativos comercializado.
Provoca o relaxamento direto do músculo liso arteriolar. Em geral, a hidralazina não
é utilizada como fármaco isolado no tratamento prolongado da hipertensão.
Minoxidil: inativo. É metabolizado pela sulfotransferase hepática formando o
metabólito ativo (sulfato de minoxidil). Este relaxa a musculatura lisa vascular (abre
canais de potássio no m. liso). Este é utilizado mais para casos de hipertensão
grave que não responde a outras medicações. Não deve ser utilizado como
monoterapia.
Diazóxido: utilizado para emergencias hipertensivas. Este ativa canais de K
sensíveis a ATP e assim hiperpolariza as células do m. liso arterial levando ao
relaxamento da musculatura lisa arteriolar.
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Nitroprussiato de sódio: nitrovasodilatador. É metabolizado pelos vasos sanguíneos
em seu metabólito ativo o óxido nitrico.
NO ativa adenilatociclase levando a formação de GMP cíclico e vasodilatação.
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Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)
Captopril , cilazipril, enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril, fosinopril,
trandolapril e perindropil
Antagonistas de receptores AT1 da angiotensina II (AT II)
Losartan, irbesartan, condesartan, valsartan e telmisartan
Antagonistas da Enzima conversora de Angiotensina
Atuam inibindo a enzima conversora de angiotensina que promove a conversão
da Angiotensina I em II (potente vasoconstrictor) e degrada as cininas (substância
vasodilatadora). Consequentemente inibe também a produção de aldosterona
(liberação estimulada por Ang II).
Assim esses antagonistas promovem vasodilatação por diminuírem Ang II, por
causarem o acumulo de cinina e promoverem natriurese devido a diminuição da
aldosterona.
Captopril: primeiro agente desenvolvido para o tratamento da hipertensão.
Outros agentes disponíveis: cilazipril, enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril,
fosinopril, trandolapril e perindropil.
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Inibidores de ECA
Agem fundamentalmente pela
inibição da ECA, bloqueando a
transformação da angiotensina
I em II no sangue e nos
tecidos, embora outros fatores
possam estar envolvidos neste
mecanismo de ação.
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Acumula
Não forma
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Antagonistas de receptores AT1 da angiotensina II (AT II)
Antagonizam
angiotensina
bloqueio
a
II
ação
por
específico
meio
de
da
do
seus
receptores AT1. São eficazes no
tratamento
da
hipertensão.
Estudos recentes comprovam seu
efeito benéfico em insuficiência
cardíaca congestiva
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Os bloqueadores de receptor At1 (receptor de Ang II- age levando a
vasoconstrição, libra aldosterona, reabsorção de sódio pelos túbulos
proximais).
Classe nova de anti-hipertensivos: losartan, irbesartan, condesartan,
valsartan e telmisartan.
A tosse, que constitui um dos efeitos adversos dos inibidores de ECA,
não tem sido associada aos bloqueadores de receptor AT1.
Os efeitos adversos podem ser considerados no contexto dos inibidores
de ECA. Esses efeitos consistem em hipotensão, hiperpotassemia,
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