PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FRUTOS DE MANGUEIRA `TOMMY

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PRISCILLA VANÚBIA QUEIROZ DE MEDEIROS
PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FRUTOS DE MANGUEIRA ‘TOMMY
ATKINS’ ADUBADA COM SUPERFOSFATO SIMPLES
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, como parte
das exigências para obtenção do grau de
Mestre em Ciências, em Fitotecnia.
ORIENTADOR:
Prof. DSC. VANDER MENDONÇA
MOSSORÓ - RN
2009
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
M489p Medeiros, Priscilla Vanúbia Queiroz de.
Produção e qualidade de frutas de mangueira “Tommy Atkins” adubada
com superfosfato simples / Priscilla Vanúbia Queiroz de Medeiros. -Mossoró, 2009.
64 f. : il.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia: Área de
concentração em Fruticultura) – Universidade Federal
Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de Pós-Graduação.
Orientador: Profº. D.Sc. Vander Mendonça.
1. Mangueira – ‘Tommy Atkins’. 2. Mangifera indica L.
3. Adubação. 4. Qualidade de frutos. I. Título.
CDD:
634.44
Bibliotecário: Sale Mário Gaudêncio
CRB-15/476
PRISCILLA VANÚBIA QUEIROZ DE MEDEIROS
PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FRUTOS DE MANGUEIRA ‘TOMMY
ATKINS’ ADUBADA COM SUPERFOSFATO SIMPLES
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, como parte
das exigências para obtenção do grau de
Mestre em Ciências, em Fitotecnia.
APROVADA EM: _____/______/______
______________________________
Prof. Vander Mendonça - DSc
Orientador
__________________________________
Prof. Eudes de Almeida Cardoso - DSc
Conselheiro
__________________________________
Prof.a Railene Hérica Carlos Rocha – DSc
Conselheira
Aos meus pais, Nuilson Pinto de Medeiros e Marly
Queiroz Medeiros, pelo exemplo de luta, persistência, otimismo
e dedicação.
Às minhas irmãs, Vanessa, Angélica e Andrezza, que
apesar da distância sempre compartilham comigo todas as
minhas conquistas.
Dedico
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela preciosa dádiva do existir, por ser fiel, por estar presente em
minha vida todas horas do dia, me guiando e me protegendo.
Aos meus pais, Nuilson Pinto de Medeiros e Marly Queiroz Medeiros, pelos
ensinamentos, dedicação e amor. Por sempre estarem ao meu lado, incentivando a
alcançar novos horizontes.
Às minhas irmãs, Vanessa, Angélica e Andrezza, pela torcida diária durante
todos esses anos, compartilhando todas as minhas conquistas.
À Rodrigo Gomes, por me incentivar todas as horas, estando ao meu lado nas
horas boas e ruins, surpresa de Deus na minha vida.
À Universidade Federal Rural do Semi-Árido, pela formação acadêmica e pela
oportunidade de concluir o Curso de Mestrado em Fitotecnia.
À Pós-Graduação em Fitotecnia, a todos aqueles que compõem o corpo
docente, pelos ensinamentos transmitidos durante o mestrado, contribuindo assim, para
a minha formação profissional.
À Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nivel Superior (CAPES) pela
concessão da bolsa de estudos.
Ao professor Vander Mendonça, pela singular orientação, por sua amizade e
paciência na condução deste trabalho.
Aos membros da banca examinadora, Eudes de Almeida Cardoso e Railene
Hérica Carlos Rocha, pelas correções e valiosas contribuições para o aperfeiçoamento
deste trabalho.
Aos colegas de Pós-Graduação em Fitotecnia da UFERSA, pela amizade e
convivência durante o curso de mestrado; alguns fizeram-se mais que colegas, hoje
posso chamá-los de amigos.
À Grazianny Andrade, pela Super amizade, desde os tempos da graduação até
“para sempre”, me ajudando e buscando junto comigo dias melhores.
À minhas amigas eternas, Tâmara Lúcia e Michele Carvalho, por serem tão
especiais e batalhadoras. Amo vocês.
Ao Grupo de Fruticultura, pelas gargalhadas, pela amizade, por todos os
momentos que passamos juntos durante esse tempo. Sintam-se todos agradecidos e
abraçados por mim.
Aos funcionários da fazenda N. & F. Empreendimentos Ltda pela ajuda na
condução do experimento.
Finalmente, a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para que este
trabalho fosse realizado.
RESUMO
MEDEIROS, Priscilla Vanúbia Queiroz de. Produção e Qualidade de Frutos de
Mangueira ‘Tommy Atkins’ Adubada com Superfosfato Simples. 2009. 64f.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(UFERSA), Mossoró – RN, 2009.
A mangueira cultivada sob irrigação, em condições de clima semi-árido, apresenta alto
potencial de produção. Para que esse potencial seja completamente explorado torna-se
necessário o aporte de quantidades suficientes de fertilizantes. Com o objetivo de
verificar os efeitos da adubação, fosfatada sobre a produção e qualidade da mangueira
„Tommy Atkins‟, foi conduzido um experimento na Fazenda São Francisco, em
Ipanguaçú-RN. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos ao acaso
cinco tratamentos de adubação (0; 50; 100; 150 e 200 g/planta P2O5) e quatro
repetições. Como fonte de P foi utilizado o superfosfato simples (18% P 2O5). Ao
iniciar a produção, as mangas foram colhidas seguindo recomendações do mercado
americano, pesadas e separadas quanto ao seu destino de mercado (interno ou externo).
Avaliou-se o número de frutos/planta, peso médio dos frutos e produtividade/ha. A
qualidade pós-colheita foi realizada no Laboratório de Pós-colheita da UFERSA,
avaliando características químicas (pH, ºBrix, vit. C e acidez) e físicas (firmeza,
diâmetro lateral e transversal, peso médio) dos frutos. Observou-se que não houve
influência das doses de fósforo sob as variáveis analisadas. Considerando as
características de produção e de qualidade do fruto, a produtividade média foi 13 t/ha,
com sólidos solúveis 9,6%, firmeza de 39 N e peso médio de 502 gramas/fruto.
Palavras-chave: Mangifera indica L., Adubação, Qualidade de frutos.
ABSTRACT
MEDEIROS, Priscilla Vanúbia Queiroz de. Production and Quality of Fruits Hose
'Tommy Atkins' fertilized with superphosphate. 2009. 64f. Dissertation (Master in
Plant Science) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró,
2009.
The mango trees cultivation under irrigation, in conditions of semi-arid climate, has a
high production potential. For this potential is fully exploited it is necessary to the
supply of sufficient quantities of fertilizers. In order to verify the effects of nitrogen,
phosphorus on yield and quality of mango 'Tommy Atkins', an experiment was
conducted at farm São Francisco, Ipanguaçu – RN. The experiment was conducted in a
randomized block design five fertilization treatments (0; 50; 100; 150 e 200 g/planta
P2O5) and four replications. As a source of P was used superphosphate (18% P2O5).
When you start production, the sleeves were taken following the recommendations of
the American market, weighed and separated fate of the market (internal or external).
We evaluated the number of fruits per plant, average fruit weight and yield / ha. The
post-harvest was performed at the Laboratory of Postharvest UFERSA assessing
chemical (pH, ºBrix, vit. C and acidity) and physical (strength, lateral and transverse
diameter, weight) of fruit. It was observed that there was no influence of phosphorus
levels in the variables analyzed. Considering the characteristics of production and fruit
quality, the average yield was 13 t / ha, with 9.6% soluble solids, firmness of 39 N and
average weight of 502 grams / fruit.
Keywords: Mangifera indica L., Fertilization ando fruit quality.
LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO I
Figura 4 –
Esquematização da Zona de Alimentação de Luxo...............
33
LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO II
Figura 6 - Ilustração dos diâmetros longitudinal (DL) e transversal (DT) de
mangas „Tommy Atkins‟ (adaptado de Campbell, 1992).................................... 46
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 –
Caracterização química do solo da área experimental.
Ipanguaçú-RN, 2009..............................................................
27
Tabela 2 –
Caracterização física do solo da área experimental. Ipanguaçu –
RN, 2009................................................................................
27
LISTA DE TABELAS DO APÊNDICE
Tabela 5 –
Resumo da analise de variância para número de frutos, peso de
frutos e produtividade da mangueira „ Tommy Atkins‟
influenciadas pela adubação fosfatada. Ipanguaçu - RN, 2009.
63
Tabela 6 –
Médias para peso dos frutos, número de frutos e produtividade
da mangueira „Tommy Atkins‟ influenciada pela adubação
fosfatada. Ipanguaçu – RN. 2009............................................
63
Tabela 7 –
Resumo da analise de variância para diâmetro lateral, diâmetro
transversal, peso, vitamina C, sólidos solúveis, pH, firmeza e
acidez de frutos de manga “Tommy Atkins” influenciadas pela
adubação influenciadas pela adubação fosfatada. Ipanguaçu RN, 2009..................................................................................
64
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL ......................................................................
16
REFERÊNCIAS.........................................................................................
19
CAPÍTULO I – ADUBAÇÃO FOSFATADA NA PRODUÇÃO DA
MANGUEIRA ‘TOMMY ATKINS’ NO VALE DO AÇU – RN..........
22
RESUMO.....................................................................................................
22
ABSTRACT................................................................................................
23
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................
24
2 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................
26
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................
29
4 CONCLUSÕES .......................................................................................
35
REFERÊNCIAS.........................................................................................
36
CAPÍTULO II – INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO FOSFATADA NA
QUALIDADE DE FRUTOS DA MANGUEIRA ‘TOMMY ATKINS’...........
39
RESUMO.....................................................................................................
39
ABSTRACT................................................................................................
40
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................
41
2 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................
43
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................
48
4 CONCLUSÕES .......................................................................................
56
REFERÊNCIAS.........................................................................................
57
APÊNDICE ...............................................................................................
63
INTRODUÇÃO GERAL
A mangueira (Mangifera indica L.) é originária do Sul da Ásia, mais
especificamente da Índia e do Arquipélago Malaio (Cunha; Pinto.; Ferreira, 2002), de
onde foi levada para os outros continentes, sendo cultivada em todos os países de clima
tropical e subtropical (Khanzada; Lodhi; Shahzad, 2004).
O Brasil apresenta amplas condições de cultivo em todo seu território (Souza
et al., 2002). A região Nordeste, com uma produção de 1.272.184 t em uma área de
79.246 ha, encontra-se como principal produtora e exportadora de manga, contribuindo
com 970.786 t, tendo a Bahia com 65,38%, seguida por Pernambuco com 18,90%,
Ceará com 4,22%, Rio Grande do Norte com 3,86% e Sergipe com 2,85% do total
produzido (IBGE, 2007). As condições favoráveis de clima, solo, localização,
disponibilidade de água para irrigação, preço da terra e custo de mão-de-obra conferem
a região Nordeste condições favoráveis em relação às demais regiões, justificando a
liderança absoluta da mesma na produção e exportação dessa fruta (Almeida et al.,
2000).
Em 2008, a manga figurou, como a terceira fruta fresca exportada de maior
remuneração, com um faturamento de US$ 89.453.169 correspondendo a 95,4 mil
toneladas da frutas, sendo os Estados da Bahia e Pernambuco os principais
responsáveis pelas exportações no país, em destaque para o Vale do São Francisco
(Ibraf, 2008).
O Vale do Assú, Rio Grande do Norte, devido sua localização geográfica
privilegiada, por estar mais próximo da linha do equador, com um acumulo de 3,5 mil
horas de sol por ano, tornou-se um pólo importante para a fruticultura irrigada
brasileira, no qual o cultivo da manga tipo exportação encontra-se em fase de grande
expansão (Pacheco; Peres, 2008).
As variedades de manga mais indicadas são as que aliam a alta produtividade e
qualidades como: Coloração atraente do fruto, bom sabor apresentando sólidos
16
solúveis ideal de 7,2ºBrix, pouca ou nenhuma fibra, resistência ao manuseio e ao
transporte para mercados distantes, além da regularidade de produção e resistência a
doenças (Costa; Santos, 2004). Atualmente, as variedades mais plantadas são Tommy
Atkins, Haden, Keit, Kent, Van Dyke e Palmer (Pinto; Costa; Santos, 2002; Costa;
Santos, 2004).
A cultivar Tommy Atkins representa 90% das exportações de manga no Brasil
(Costa; Santos, 2004). Os frutos são classificados botanicamente como drupa, de
tamanho médio à grande (400 a 700 g), formato ovalado a oblongo, superfície lisa,
com casca espessa, e coloração laranja-amarela coberta com vermelho e púrpura
intensa. A polpa apresenta cor amarelo-escura, consistência firme, suculenta e
contendo teor médio de fibras. No interior da polpa, encontra-se a semente
monoembriônica, pequena, representando de 6 a 8% do peso do fruto, que é recoberta
por um endocarpo fibroso.
Apesar dos avanços tecnológicos observados na mangicultura, a fertilização
natural é feita de forma empírica, em virtude da escassez de informações sobre o
manejo nutricional adequado para a planta, havendo necessidade de maiores estudos
sobre nutrição e adubação da mangueira (São José, 1986). As exigências nutricionais
da mangueira são pouco estudadas (Quaggio, 1986), fato atribuído ao longo ciclo da
planta.
O fósforo por ser um macronutriente primário é importante para divisão e
crescimento celular da planta, desenvolvimento radicular, comprimento da
inflorescência, duração da floração, tamanho da folha, maturação do fruto e coloração
da casca dos frutos, sendo a última uma característica de grande importância para o
mercado consumidor (Silva, 2004).
A relação entre fertilização e produção de frutos tem sido intensamente
estudada (Manica et al., 1978; Ali et al., 1991; López e Espinosa 1998), porém a
relação entre fertilização e qualidade dos frutos tem recebido menor atenção, apesar da
fertilização
17
influenciar a qualidade do fruto (Gorini, 1986 citado por NOE et al., 1997),
proporcionando incrementos no peso, comprimento (Silva et al., 1998) e classificação
de frutos (Martinez et al., 1997; Silva et al., 1998).
De acordo com Carvalho et al. (1989), os efeitos da adubação sobre a
qualidade dos frutos devem ser cuidadosamente considerados, sendo necessário
determinar as doses de nutrientes que resultem em máxima produção econômica e
melhor qualidade da manga.
Segundo Kays (1991), a qualidade do fruto é composta por características que
diferenciam as unidades individuais do produto e determinam o grau de aceitabilidade
pelo consumidor, sendo diferentes entre os tipos de produto. Para as frutícolas, as
características, como propriedades organolépticas, elevado valor nutritivo, teor de
sólido solúveis, acidez, resistência ao transporte, ao armazenamento e longevidade dos
frutos em prateleira, tem contribuído para o aumento do valor comercial e industrial
(Carvalho et al., 1994).
Neste sentido, objetivou-se com este trabalho verificar o efeito da adubação
fosfatada sobre a produtividade e qualidade dos frutos da mangueira „Tommy Atkins‟
produzida no Vale do Açu – RN.
18
REFERÊNCIAS
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20
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mangueira. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2002. p. 19-30.
21
CAPÍTULO I
ADUBAÇÃO FOSFATADA NA PRODUÇÃO DA MANGUEIRA ‘TOMMY
ATKINS’ NO VALE DO AÇU - RN
RESUMO
A mangueira (Mangifera indica L.) é uma fruteira de grande importância econômica
no mundo. Com o objetivo de verificar o efeito da adubação fosfatada sobre a
produção de mangas „Tommy Atkins‟, foi conduzido um experimento, na Fazenda São
Francisco, no período de junho/2008 à março/2009, no Vale do Açu - RN. Utilizou-se
o delineamento em blocos ao acaso com 5 tratamentos de adubação fosfatada (0; 50;
100; 150; 150 gramas de P2O5) e quatro repetições, constituídas por seis plantas, na
parcela experimental, considerando como parcela útil as quatro plantas centrais. Como
fonte de P, foi utilizado o superfosfato simples (18% de P2O5). O adubo fosfatado foi
aplicado em única vez, após a poda de frutificação e antes da floração. As plantas de
mangueira possuíam 9 anos de idade. A colheita foi realizada 9 meses após adubação
das plantas. Avaliou-se o número de de frutos/planta, peso de frutos/planta e produção
total/planta. Não houve efeito significativo das doses de fósforo sobre nenhuma das
variáveis avaliadas para esse ciclo de produção. Os valores médios para número de
frutos/planta, peso de frutos/planta e produção total/há foram 255, 140g e 13t,
respectivamente.
Palavras-chaves: Mangifera indica L.; Adubação; Produção.
22
PHOSPHORUS FERTILIZATION ON THE PRODUCTION OF MANGO
'TOMMY ATKINS' VALLEY AÇU – RN
ABSTRACT
The mango (Mangifera indica L.) is a fruit of great economic importance in the world.
In order to verify the effect of phosphorus on the production of mangoes 'Tommy
Atkins', an experiment was conducted at farm São Francisco, from June/2008 to
March/2009, in Vale do Acu - RN. We used a randomized block design with 5
treatments of phosphorus fertilizer (0, 50, 100, 150, 150 grams of P2O5) and four
replicates consisting of six plants in the experimental plot, considering how good the
plot four central plants. As a source of P was used superphosphate (18% P2O5). The
phosphate fertilizer was applied only once, after pruning and before flowering. Plants
hose had 9 years of age. Plants were harvested 9 months after fertilization of plants.
We evaluated the number of fruit per plant, weight of fruits per plant and total yield per
plant. here was no significant effect of phosphorus levels on any of the variables
evaluated for this cycle of production. Mean values for number of fruits per plant,
weight of fruits per plant and total yield / ha were 255, 140g and 13t, respectively.
Keywords: Mangifera indica L.; Fertilization and Production
23
1
INTRODUÇÃO
A mangueira (Mangifera indica L.) é uma fruteira de elevada importância
econômica nas áreas tropical e subtropical do mundo (Khanzada, 2004). No Brasil, a
manga é uma das frutas mais produzidas, tendo grande importância econômica por
abranger tanto o mercado interno quanto o externo.
A adubação de pomares em produção deve considerar a produtividade do
talhão e os resultados de análise de solo. A produtividade é determinada, em função da
exportação dos nutrientes com a colheita, o mínimo de reposição dos nutrientes a ser
aplicado e também a capacidade de retorno econômico com a adubação (Silva et al.,
2002).
Segundo Guimarães (1982), são poucos os trabalhos com mangueira que tratam
das exigências ou que quantificam a extração de nutrientes pela planta em suas
diversas fases de desenvolvimento ou que fornecem as suas proporções nas diversas
partes da planta (folhas, frutos, caule e raízes).
O manejo de adubação da mangueira envolve três fases: adubação de plantio,
adubação de formação e adubação de produção (Silva et al., 2004).
Na mangueira, recomenda-se aplicar os adubos ao redor das plantas e na
projeção da copa (Quaggio, et al., 1997) ou em uma faixa, cujo centro coincida com a
projeção da copa, de largura igual à distância entre o tronco e esta projeção
(Guimarães, 1982). Ainda, se possível, recomenda-se a incorporação dos fertilizantes
para protegê-los de perdas ou até mesmo para colocá-los mais próximos do sistema
radicular.
A manga, assim como outras árvores frutíferas, apresenta baixa exigência em
fósforo, particularmente em solos arenosos. Apesar de mangueiras em produção
exigirem quantidades significativamente menores de fósforo do que de nitrogênio e
potássio, recomenda-se a aplicação regular desse nutriente nas adubações, uma vez que
24
os seus teores nos solos são normalmente baixos, além das altas taxas de fixação nos
solos mais argilosos (Silva et al., 2004).
Existe uma forte relação entre fertilidade do solo e produtividade das plantas,
mantidos os demais fatores de produção em níveis não limitantes. Para o fósforo (P),
este comportamento não é exceção.
Em termos globais, mais de 75% do P aplicado ao solo é perdido ou fica retido
nas partículas do solo, o que contribui para o acúmulo deste elemento nos solos
cultivados (Siqueira et al., 2004).
Assim, para se ter uma aplicação racional e econômica é necessário
compreender as interações do fósforo com o solo, como as reações de “sorção”, para
poder chegar a manejos que possibilitem maior e melhor aproveitamento do fósforo
pelo vegetal.
Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da adubação
fosfatada na produção de mangueira (cv. „Tommy Atkins), afim de discutir o uso mais
eficiente do nutriente presente no solo, pelos produtores do Vale do Açu – RN.
25
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado e conduzido na Fazenda São Francisco, no
município de Ipanguaçú – RN no período de junho/2008 a março/2009. A propriedade
tem uma área útil de 47 ha com produção de mangas tipo exportação.
Segundo classificação climática de Köppen, o clima da região é do tipo
BSwh', ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação chuvosa no verão atrasando-se
para o outono. A precipitação anual está em torno de 900 mm, sendo os meses de
fevereiro a maio o quadrimestre mais úmido e de agosto a novembro o quadrimestre
mais seco.
O solo onde as parcelas experimentais foram instaladas foi classificado como
Neossolo Flúvico EMBRAPA (1999). São solos pouco desenvolvidos, formados a
partir de deposições de sedimentos fluviais não consolidados, de natureza e
granulometria muito variados.
Realizou-se coletas de amostras de solo nas camadas de 0-20 e 20-40 cm em
20 de junho de 2008, afim de avaliar a fertilidade do solo, diagnosticar as deficiências
nutricionais da área e conhecimento sobre os atributos físicos do solo.
As coletas de solo foram realizadas na projeção da copa da planta em pontos
específicos da área experimental (zig-zag) para ambas as profundidades e
transportadas em sacos plásticos limpos e secos até o Laboratório de Solos da
UFERSA, onde realizou-se as analises para verificar a fertilidade do solo. O fósforo
foi quantificado pelo método de Mehlich-1. Os resultados encontram-se nas tabelas 1
e 2.
Foram testadas cinco doses de fósforo (P2O5) na produção da mangueira: 0;
50; 100; 150 e 200 g/planta. A aplicação do adubo fosfatado foi realizada dia 23 de
Junho de 2008, em única vez, após a poda de frutificação e antes da floração. Como
fonte de P2O5 foi utilizada o superfosfato simples (18% de P2O5). As recomendações
das doses aplicadas foram de acordo com as de Genú & Pinto (2002)
26
Tabela 1: Caracterização química do solo da área experimental. Ipanguaçu-RN, 2009.
pH
MO
P
H2O
%
mg.dm3
H+Al
K+
Ca+Mg
T
V
........................cmolc.......................
%
0-20 cm
7,3
1,5
78
1,2
0,2
21
23
95
26
28
93
20-40 cm
7,5
1,1
76
1,8
47
Embrapa, 1997
Tabela 2: Caracterização física do solo da área experimental. Ipanguaçú-RN, 2009.
Identificação
Granulometria (Kg/Kg)
Silte/Argila
Areias
Siltes
Argila
0-20 cm
0,19
0,56
0,24
2,29
20-40 cm
0,15
0,57
0,29
2
As plantas utilizadas nesta pesquisa tinham em torno de 8 anos de cultivo e
foram conduzidas no espaçamento de 8 x 5 m, totalizando 250 plantas/ha. As demais
adubações de produção foram fornecidas as plantas de acordo com as realizadas na
propriedade. Após a poda os adubos aplicados foram: Cloreto de potássio (59 kg),
uréia (10 kg), sulfato de zinco (10 kg), ácido bórico (5 kg), sulfato de manganês (5 kg)
e sulfato de magnésio (5 kg). Antes da floração os adubos aplicados foram: cloreto de
potássio (20 kg), sulfato de zinco (10 kg), ácido bórico (5 kg) e sulfato de amônia (20
kg).
O sistema de irrigação adotado foi o de microaspersão, com turno de rega
determinado de acordo com a evapotranspiração da cultura, de modo a favorecer 30 L
27
de água/planta/dia. Os tratos culturais utilizados nas plantas foram de acordo com as
comumente utilizadas na propriedade (PIF – Produção Integrada de Frutas).
Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso com cinco (doses
de fósforo) tratamentos e 4 repetições. Cada parcela foi composta por seis plantas,
utilizando-se como parcela útil as quatro plantas centrais.
Durante a condução do experimento as plantas passaram por uma rigorosa
análise fitossanitária em campo para detectar possíveis ataques de pragas e doenças, de
acordo com normas PIF-Manga.
A colheita dos frutos foi realizada no dia 04 de março de 2009, após avaliação
da área com relação à aparência dos frutos, maturação, ºBrix, coloração da casca e
estimativa da produtividade, onde as plantas deveriam apresentar frutos com casca lisa
sem danos, em torno de 13ºBrix e coloração de verde escuro e pouco avermelhada.
A produção foi avaliada em um único ciclo produtivo (Junho/2008 –
Março/2009). Foram avaliados peso dos frutos e número de frutos por planta. As
avaliações foram realizadas até o final da colheita do ciclo. Ao término do ciclo foi
calculada a produção por planta e a produtividade. No campo, a variável número de
frutos por planta, foi calculada pela contagem individual de cada fruto por planta. O
peso dos frutos foi obtido, a partir do peso total dos frutos contidos nas caixas
(contentores). Para isso, utilizou-se uma balança de 500 Kg. A produtividade da área
foi calculada,de acordo com a quantidade de frutos por planta e o tamanho da área.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de regressão,
através do programa estatístico Sistema para Análise de Variância – SISVAR (Ferreira,
2000).
28
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pode-se verificar (Tabela 5) que a adubação fosfatada não promoveu efeito
significativo (p<0,05) para as características avaliadas.
De acordo com a Figura 1, as doses de P2O5 não influenciaram o número de
frutos de mangueira „Tommy Atkins‟. O número de frutos por planta foi desde 214 na
dose de 150 g P2O5/planta a 255 na dose 100 g P2O5/planta.
Maia (2001), que ao avaliar os efeitos de doses de nitrogênio, fósforo e
potássio sobre os componentes da produção de banana „prata-anã‟, não encontrou
efeito significativo para as doses de fósforo utilizadas (25; 45; 70; 100 g/touceira),
sobre a massa do cacho, número de pencas por cacho, massa média da penca, número
de frutos por cacho, massa média do fruto, comprimento comercial e diâmetro do fruto.
O autor afirma que tal fato deve-se, provavelmente, ao baixo requerimento de fósforo
pela cultura, já que o fósforo é o macronutriente menos absorvido pelas culturas.
Baumgartner et al. (1978), encontraram uma resposta positiva ao N, P e K no
primeiro ano de produção, e ao N e P no segundo ano de produção com maracujazeiro.
Por outro lado, trabalhos realizados por Faria et al. (1991) e Müller (1977) não
observaram respostas do maracujazeiro à fertilização com N, P e K.
Considerando que formas orgânicas parecem participar no suprimento de P às
culturas (Sá, 1999; Resende et al., 2006; Santos et al., 2008), é provável que uma
eventual redução nas adubações de manutenção, baseadas em tabelas de interpretação
de análises de solo de rotina, não tenha maior impacto na produtividade de áreas que
vêm sendo cultivadas por longos períodos.
Na Figura 2, observa-se efeito não significativo em relação ao peso dos frutos
em relação às doses de fósforo utilizadas. O peso dos frutos de manga foi de 460g a
545g nas doses 200 e 0 g P2O5/planta, respectivamente.
29
Figura 1 - Número de Frutos em função da adubação fosfatada em mangueira
„Tommy Atkins‟. Mossoró– 2009.
Botrel et al. (1991), avaliando o efeito de diferentes fontes, níveis e modos de
aplicação de fósforo na cultura do abacaxizeiro, verificou que não houve diferença
significativa para o peso médio do fruto com e sem coroa nas diferentes fontes, níveis e
modo de aplicação de P2O5. Entretanto, quando se comparou tais resultados com a
testemunha, que recebeu apenas NK, o peso médio do fruto com coroa foi superior.
Figura 2 - Peso dos frutos em função da adubação fosfatada em mangueira
„Tommy Atkins‟. Mossoró - 2009.
30
Sobral et al. (2000), ao avaliar a resposta da laranjeira-pêra à adubação com
nitrogênio (0, 150 e 300 kg ha-1), fósforo (0, 26 e 52 kg ha-1) e potássio (0, 96 e 192 kg
ha-1) em um latossolo amarelo dos tabuleiros costeiros, perceberam o efeito do P sobre
a produção de frutos, considerando a média de quatro anos, aumentando
significativamente o peso médio dos frutos.
A ausência de resposta favorável da produtividade em relação às doses de
fósforo aplicadas, pode ser observada na Figura 3. Os valores médios em relação à
produtividade/ha foram de 10 ton. e 13 ton. com as doses 150 e 0 g P2O5/planta,
respectivamente.
Na fase de produção, a adubação tem por finalidade repor as quantidades
exportadas pela colheita. Para o Estado de Minas Gerais, recomenda-se a adubação
com NPK, de acordo com a fenologia da cultura e a disponibilidade dos nutrientes no
solo. Assim, considerando uma produtividade de 10 t ha-1, em área com mais de seis
anos de produção, em área com boa disponibilidade de fósforo, recomenda-se aplicar
50 g P2O5/planta.
Figura 3 - Produtividade (Ton./ha) de mangueira „Tommy Atkins‟ em função
da adubação fosfatada. Mossoró – 2009.
31
Oliveira et al. (2004), verificou que doses crescentes de P2O5 (20; 120; 200;
280 e 380 kg/ha) na produção do mamoeiro, não permitiu uma superfície de resposta
para este nutriente, sendo necessário o desenvolvimento de novos estudos para o
estabelecimento da dose de máxima eficiência.
São vários os fatores que interferem na disponibilidade de P para as plantas e,
consequentemente, na eficiência da adubação fosfatada. A abordagem desses fatores
deve considerar as reações do P, no sistema solo-planta, uma vez que a planta absorve
P da solução do solo e a fase sólida passa a ser fonte potencial desse nutriente (Novais
& Smyth, 1999).
O fato da ausência da resposta à adubação fosfatada para a cultura da
mangueira pode ser em grande parte atribuído a perda ou retenção do P, ou seja, mais
de 75% do P aplicado ao solo é perdido ou retido nas partículas do solo, o que
contribui para o acúmulo deste elemento nos solos cultivados (Siqueira et al., 2004).
Essa perda de fosfato, para a fase sólida, pode ocorrer tanto pela adsorção do P às
partículas de oxidróxidos de Fe e Al, quanto pela precipitação do P com Fe, Al ou Ca
(Iyamuremye & Dick, 1996).
Dentre esses fatores, há aqueles ligados diretamente ao solo, como o pH, que
de forma geral afeta a solubilidade dos minerais, o que vai de acordo com os resultados
da análise do solo apresentada no trabalho, onde o pH é superior a 7, podendo afetar as
reações de adsorção-dessorção e a atividade microbiana, que é responsável pela
decomposição dos compostos orgânicos (Anghinoni, 2004; Sato & Comerford, 2005).
Panzenhagen et al. (1999), ao avaliar a resposta de tangerinas „Montenegrina‟,
à calagem e adubação orgânica e mineral, durante o período de 8 anos de cultivo,
constatou que as adubações de manutenção com P, não contribuíram para aumentar
significativamente a produção, em comparação com as dos tratamentos sem reposição
anual com P. Além disso o autor constatou, a ausência de diferenças nos teores foliares
de P entre os tratamentos de adubação mineral permitindo supor que a adubação
32
corretiva com P pode ser considerada satisfatória, e que não há necessidade de
adubações posteriores de manutenção com esse nutriente, o que contribui para a
diminuição dos custos de produção.
Quaggio (1992), encontrou resposta linear ao P em plantas cítricas, até a dose
de 140 Kg ha-1 de P, quando o teor do nutriente no solo era 4 mg dm-3, pelo método da
resina trocadora de íons. Nos solos onde os teores de P eram maiores que 9 mg dm-3
pelo mesmo método, não foram observadas respostas. Tais resultados assemelhassem
com os que foram obtidos, já que o solo apresentou teores de P maiores que 70 mg
dm3.
De acordo com a Figura 4 os resultados obtidos no trabalho encontram-se na
zona de alimentação de luxo (patamar de colheita), ou seja, a planta absorveu o
nutriente, mas não utilizou, conseqüentemente houve um desperdício do adubo
aplicado.
Figura 4 - Esquematização da Zona de Alimentação de Luxo.
Para que houvesse uma resposta de produção diante das doses aplicadas séria
necessário avaliar, mas de um ciclo de produção. Na prática da adubação o objetivo
33
final não é a maior produção física e sim o maior lucro, ou seja, a Colheita Econômica
Máxima, onde não interessa usar o adubo além de um dado nível ou quantidade, pois
se isso for feito, a produção poderá continuar a crescer, mas o aumento na colheita não
paga o adubo adicional aplicado.
34
4 CONCLUSÃO
As doses de fósforo testadas no trabalho não influenciaram na produção da
mangueira „Tommy Atkins‟, não havendo necessidade da aplicação de fertilizantes
fosfatados para adubação de produção de mangueiras.
35
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38
CAPÍTULO II
INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO FOSFATADA NA QUALIDADE DE FRUTOS DA
MANGUEIRA ‘TOMMY ATKINS’
RESUMO
O fósforo exerce funções estruturais de armazenamento e fornecimento de energia
química, armazenada na forma de Adenosina Trifosfata (ATP), sendo utilizada em
processos e reações como fotossíntese, biossíntese de amido, absorção iônica e
respiração. Também é componente de ácidos nucléicos, coenzimas, nucleotídeos,
fosfoproteínas, fosfolipídeos e açúcares fosfatados. Em virtude disso, objetivou-se neste
trabalho avaliar a influência da adubação fosfatada na qualidade de manga „Tommy
Atkins‟.O experimento foi instalado na Fazenda São Francisco, no município de
Ipanguaçu-RN, no período de junho/2008 a março/2009. Foram testadas cinco doses de
fósforo: 0, 50, 100, 150 e 200 g/planta, utilizando o superfosfato simples (18% de P).
Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso com cinco tratamentos
(doses de P2O5 g/planta) e quatro repetições. Cada parcela experimental foi composta por
seis plantas, utilizando-se como parcela útil as quatro plantas centrais. Avaliou-se peso de
fruto (g), firmeza (N), coloração da casca e polpa (escala subjetiva de notas variando de 0
a 5), diâmetro transversal e longitudinal (cm), pH, sólidos solúveis (%), vitamina C
(mg.100g-1) e acidez total titulável (mg.100g-1). As características analisadas não
diferiram significativamente quanto as doses de adubação fosfatada. Os frutos
apresentaram em média peso de 502g/fruto, firmeza 39 N, diâmetro longitudinal 116,53
cm e transversal 90,4 cm, pH 4,17, SS 9,6%, vitamina C 15,78 mg.100g-1 e acidez total
titulável 0,821 mg.100g-1.
Palavras-Chave: Qualidade de frutos; Mangifera indica L.; Adubação.
39
INFLUENCE OF PHOSPHORUS FERTILIZATION ON QUALITY OF FRUITS
OF MANGO 'TOMMY ATKINS'
ABSTRACT
The match has structural functions of storage and supply of chemical energy stored in the
form of adenosine triphosphate (ATP) and is used in processes and reactions such as
photosynthesis, starch biosynthesis, ion absorption and respiration. It is a component of
nucleic acids, coenzymes, nucleotides, phosphoproteins, phospholipids and sugar
phosphates. As a result, the aim of this study was to evaluate the influence of phosphorus
fertilization on the quality of mango 'Tommy Atkins'. The experiment was carried out at
San Francisco, the city of Ipanguaçu-RN, from June/2008 to March/2009 . We tested five
levels of phosphorus: 0, 50, 100, 150 and 200 g / plant, using superphosphate (18% P2O5).
We used a randomized block design with five treatments (doses of P2O5 g / plant) and
four replications. Each plot consisted of six plants, using as a useful parcel the four
central plants. We evaluated the fruit weight (g), firmness (N), transverse and longitudinal
diameter (cm), pH, soluble solids (%), vitamin C (mg 100g-1) and total acidity (mg 100g-1
). The characteristics analyzed did not differ significantly in the levels of phosphate. The
fruit had an average weight of 502g/fruto, firmness 39 N, 116.53 cm longitudinal
diameter and transverse 90.4 cm, pH 4.17, SS 9.6%, Vitamin C 15.78 mg 100g-1 and
titratable acidity 0.821 mg 100g-1.
Keywords: Quality of fruits; Mangifera indica L.; fertilization.
40
1 INTRODUÇÃO
A melhoria da qualidade dos frutos depende de fatores genéticos, do ponto ideal
de colheita, estado nutricional das plantas, bem como das condições climáticas e das
práticas culturais adotadas. Assim, ultimamente, está sendo discutido o papel da nutrição
mineral, na melhoria da qualidade dos frutos, especialmente, em relação aos aspectos
físicos e tecnológicos das frutas, como a cor da casca, o teor de sólidos solúveis, a acidez
e desordens fisiológicas; tais fatores são responsáveis pelo aumento da vida de prateleira
e comercialização do produto (Chitarra & Chitarra, 2005).
O aspecto nutricional é particularmente importante para os frutos, visto a
influência que os elementos minerais exercem sobre sua qualidade, já que o estado
nutricional das culturas pode afetar além da produtividade, tamanho, peso do fruto, cor,
conservação pós-colheita, resistência a pragas e doenças, dentre outros parâmetros.
(MALAVOLTA, 1994).
Segundo Malavolta (1989), a qualidade é o conjunto de características químicas
relacionadas ao valor nutritivo, comercial ou industrial do produto agrícola. A literatura
apresenta grande variação de resultados sobre os efeitos da aplicação de fertilizantes na
qualidade dos produtos agrícolas, e em especial dos frutos. Mengel & Kirkby (1982),
chamam a atenção para o fato de muitos aspectos ligados à qualidade dos frutos serem
influenciados de maneira limitada pela adubação.
De acordo com Chitarra & Chitarra (2005) o fósforo exerce funções estruturais de
armazenamento e fornecimento de energia química, armazenada na forma de Adenosina
Trifosfata (ATP), sendo utilizada em processos e reações como fotossíntese, biossíntese
de amido, absorção iônica e respiração. Também é componente de ácidos nucléicos,
coenzimas, nucleotídeos, fosfoproteínas, fosfolipídeos e açúcares fosfatados.
A deficiência deste elemento proporciona a produção de frutos pouco saborosos e
maturação irregular (Malavolta e Vitti, 1984). O fósforo aumenta a firmeza e o tamanho
do fruto do abacaxizeiro (Carvalho et al., 1994), além de reduzir a espessura da casca de
41
citros (Embleton et al., 1973). Existem poucas informações quanto a seu efeito sobre a
qualidade de mangas.
Por isso, os efeitos da adubação sobre a qualidade dos frutos devem ser
cuidadosamente considerados (Carvalho et al., 1989), sendo necessário determinar as
doses de nutrientes que resultem em máxima produção econômica e melhor qualidade de
mangas.
Diante o exposto, o objetivo deste trabalho foi verificar a influência da adubação
fosfatada na qualidade de manga „Tommy Atkins‟, no Vale do Açu- RN.
42
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado e conduzido na Fazenda São Francisco, no
município de Ipanguaçú – RN no período de junho/2008 a março/2009. A propriedade
tem uma área útil de 47 ha com produção de mangas tipo exportação.
Segundo classificação climática de Köppen, o clima da região é do tipo BSwh',
ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação chuvosa no verão atrasando-se para o
outono. A precipitação anual está em torno de 900 mm, sendo os meses de fevereiro a
maio o quadrimestre mais úmido e de agosto a novembro o quadrimestre mais seco.
O solo onde as parcelas experimentais foram instaladas foi classificado como
Neossolo Flúvico EMBRAPA (1999). São solos pouco desenvolvidos, formados a partir
de deposições de sedimentos fluviais não consolidados, de natureza e granulometria
muito variados.
Realizou-se coletas de amostras de solo nas camadas de 0-20 e 20-40 cm em 20
de junho de 2008, afim de avaliar a fertilidade do solo, diagnosticar as deficiências
nutricionais da área e conhecimento sobre os atributos físicos do solo.
As coletas de solo foram realizadas na projeção da copa da planta em pontos
específicos da área experimental (zig-zag) para ambas as profundidades e transportadas
em sacos plásticos limpos e secos até o Laboratório de Solos da UFERSA, onde
realizou-se as analises para verificar a fertilidade do solo. O fósforo foi quantificado pelo
método de Mehlich-1. Os resultados encontram-se nas tabelas 3 e 4.
Foram testadas cinco doses de fósforo (P2O5) na produção da mangueira: 0; 50;
100; 150 e 200 g/planta, totalizando em 0; 12,5; 25; 37,5 e 50 kg/P2O5/ha,
respectivamente. A aplicação do adubo fosfatado foi realizada no dia 23 de Junho de
2008, em única vez, após a poda de frutificação e antes da floração. Como fonte de P 2O5
foi utilizada o superfosfato simples (18% de P2O5). As recomendações das doses
aplicadas foram de acordo com as de Genú & Pinto (2002).
43
Tabela 3- Caracterização química do solo da área experimental. Ipanguaçú-RN, 2009.
pH
H2O
MO
%
P
H+Al
3
mg.dm
K+
Ca+Mg
T
........................cmolc.......................
V
%
0-20 cm
7,3
1,5
78
1,2
0,2
21
23
95
26
28
93
20-40 cm
7,5
1,1
76
1,8
47
Embrapa, 1997
Tabela 4- Caracterização física do solo da área experimental. Ipanguaçú-RN, 2009.
Identificação
Granulometria (Kg/Kg)
Silte/Argila
Areias
Siltes
Argila
0-20 cm
0,19
0,56
0,24
2,29
20-40 cm
0,15
0,57
0,29
2
As plantas utilizadas nesta pesquisa tinham em torno de 8 anos de cultivo e
foram conduzidas no espaçamento de 8 x 5 m, sendo um total de 250 plantas/ha. As
demais adubações de produção foram fornecidas as plantas de acordo com as realizadas
na propriedade. Após a poda os adubos aplicados foram: Cloreto de potássio (59 kg),
uréia (10 kg), sulfato de zinco (10 kg), ácido bórico (5 kg), sulfato de manganês (5 kg) e
sulfato de magnésio (5 kg). Antes da floração os adubos aplicados foram: cloreto de
potássio (20 kg), sulfato de zinco (10 kg), ácido bórico (5 kg) e sulfato de amônia (20
kg).
O sistema de irrigação adotado foi o de microaspersão. O turno de rega foi
determinado de acordo com a evapotranspiração da cultura. Os tratos culturais utilizados
nas plantas foram de acordo com as comumente utilizadas na propriedade.
44
A colheita dos frutos foi realizada no dia 04 de março de 2009, após avaliação da
área com relação à aparência dos frutos, maturação, ºBrix, coloração da casca e
estimativa da produtividade.
Os frutos que se encontravam nas extremidades da planta, foram colhidos
manualmente, com o auxilio de uma tesoura especifica para colheita, bem amolada e de
ponta arredondada, devidamente sanitizada, afim de não danificar a qualidade dos frutos.
Já os frutos localizados na parte superior da planta foram com colhidos com auxilio de
uma vara de colheita, contendo uma cesta na sua extremidade, evitando-se assim danos
mecânicos.
Depois dos frutos colhidos, foi feito o corte do pedúnculo, acima da primeira
inserção, evitando o escorrimento do látex, afim de não ocasionar manchas no fruto,
tornando-o impróprio para a comercialização. Ainda no campo os frutos, foram
acondicionados em contentores plásticos, forrados com jornal e mantidos sob a sombra
das árvores até serem transportados para o packing house.
Após a colheita, transportaram-se os frutos para o Laboratório de Pós-colheita da
UFERSA, onde foram feitas as avaliações físicas e químicas dos frutos. As avaliações se
iniciaram um dia após a colheita. Foram analisados oito frutos por parcela, divididas em
repetições. As características avaliadas foram: peso dos frutos, firmeza, coloração da
casca, coloração da polpa, diâmetro transversal e longitudinal, pH, sólidos solúveis,
vitamina C e acidez total.
Os frutos foram pesados individualmente, em balança semi-analítica, os
resultados foram expressos em gramas (g). Os diâmetros foram determinados conforme
ilustrado na figura 6, mediante o uso de um paquímetro digital, sendo os recultados
expressos em cm.
45
Figura 6. Ilustração dos diâmetros longitudinal (DL) e transversal (DT)
de mangas „Tommy Atkins‟ (adaptado de Campbell, 1992).
A firmeza da polpa foi determinada em mangas integras, usando-se penetrômetro
manual Magness-Taylor modelo FT 011 com ponta de 8 mm de diâmetro, após a retirada
da casca. Foram feitas duas leituras por fruto, em lados opostos na região equatorial, para
obtenção da média. As leituras, foram expressas Newtons (N).
O teor de sólidos solúveis totais (SST) foi determinado no suco utilizando-se um
refratômetro digital Atago modelo PR-101, escala de 0 a 45°Brix, com compensação de
temperatura automática (AOAC, 1995).
Determinou-se a acidez total (AT) por titulometria em duplicata, tomando-se uma
amostra de 5mL de suco, com solução de NaOH 0,1 N e expressando os resultados em
percentagem (%) de ácido cítrico na massa fresca (IAL, 1985).
O pH foi aferido no suco em potenciômetro digital com eletrodo de membrana de
vidro (AOAC, 1995).
A vitamina C foi determinada através da titulometria com solução de DFI (2,6diclorofenolindofenol 0,02%) até coloração róseo claro permanente, utilizando 1 g de
polpa diluído em 100 mL de ácido oxálico 0,5% de acordo com Strohecker e Henning
46
(1967). Os resultados foram expressos em mg de ácido ascórbico/100 g da massa fresca
da polpa.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados,
com 5 tratamentos e 4 repetições, constituídas por oito frutos cada. Os dados obtidos
foram submetidos à análise de variância e de regressão. As análises de variância e de
regressão foram feitas com o auxílio do programa estatístico Sistema para Análise de
Variância – SISVAR (Ferreira, 2000).
47
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o resumo da análise de variância (Tabela 7), verifica-se que a
adubação fosfatada não promoveu efeito significativo (p<0,05) para todas as
características avaliadas.
Malavolta et al. (1989), afirmam que o aumento de doses de fertilizantes,
objetivando elevar a produção, pode provocar uma redução na qualidade dos frutos,
afetando o tamanho, a resistência ao transporte e armazenamento, a coloração interna e
externa e o teor de sólidos solúveis.
De acordo com a Figura 8 e 9, verifica-se que as médias dos diâmetros laterais e
transversais foram de 116,53 e 90,4, respectivamente. Giacomelli et al. (1971), relatou
uma resposta linear no tamanho do fruto, utilizando doses de P entre 0 e 2,2 g/planta com
a variedade „Smooth Cayenne‟ em um solo arenoso, com fósforo muito baixo.
Segundo Maia et al.(2003), observaram que as doses de fósforo (45;70 e 100
g/P2O5 não influenciaram a massa do cacho, número de pencas e de frutos por cacho,
massa média do fruto, comprimento e diâmetro do fruto. Crisostomo et al. (2008), ao
avaliar a influência da adubação NPK sobre a produção e qualidade dos frutos de
bananeira cv. „Pacovan‟, também não observou efeito significativo da adubação sobre os
atributos de produção e qualidade dos frutos no 1° ciclo de cultivo.
48
Figura 8. Diâmetro lateral de mangas „Tommy Atkins‟ influenciadas por doses
de Fósforo. Mossoró – RN, 2009.
Figura 9. Diâmetro transversal de mangas „Tommy Atkins‟ influenciadas
por doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
Com relação a vitamina C dos frutos, o comportamento dos frutos é mostrado na
Figura 10, onde os valores de vitamina C dos frutos não foram afetados pelos
tratamentos, chegando a 16 mg/100g de material.
Rodolfo Júnior (2007), ao avaliar respostas do maracujazeiro-amarelo e da
fertilidade do solo com biofertilizantes e adubação mineral com NPK, verificou que para
49
o teor de vitamina C na polpa, apesar de não apresentar diferença estatística dos valores, a
interação biofertilizante x adubação convencional proporcionou valores de 21,4 para
23,63 mg/100g de polpa.
Figura 10. Média do teor de vitamina C de mangas „Tommy Atkins‟
influenciadas por doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
O peso médio dos frutos de manga, também não foi influenciado pelas doses de
fósforo, como pode ser observado na figura 11, onde o peso máximo foi de 502
gramas/fruto. Tendo como exigência de mercado externo, frutos com pesos entre 250 a
450g para os Estados Unidos (Botrel, 1994) e até 656g para a Europa (Genú e Pinto,
2002), os resultados obtidos estão apropriados para o mercado externo, classificando-se
como frutos de médios a grandes.
O peso e tamanho dos frutos é uma das principais preocupações de quem inicia
uma plantação, já que essas caracteristicas influenciam diretamente no preço do fruto,
pois quando o peso do fruto está dentro dos padrões, pode proporcionar maior retorno ao
produtor.
Brito et al. (2000) em experimento conduzido em Petrolina – PE, com o hibrido
de melão nº 682, avaliaram o efeito de fontes de fósforo na produção e qualidade dos
frutos de melão, e verificaram que as fontes do nutriente e os modos de aplicação não
50
influenciaram no peso médio dos frutos, porém verificou-se superioridade da fonte de
ácido fosfórico em relação ao teor de sólidos solúveis totais (12,53º Brix).
Figura 11. Média do peso médio dos frutos de manga „Tommy Atkins‟
influenciadas por doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
Na Figura 12, observa-se é mostrado o comportamento dos dados para esta
variável, onde não se obteve efeito significativo em relação as doses de fósforo utilizadas.
O maior indice de sólidos solúveis foi de 9,6ºBrix.
Conforme Alves et al. (2002), a maturação mínima para colheita da cv. Tommy
Atkins é cor de polpa 1 (creme), cor de casca 2 (verde claro), firmeza de 129,41 N e
sólidos solúveis totais de 7,3ºBrix. Entretanto, o autor adiciona que atualmente
recomenda-se que as mangas que se destinam à Europa e ao Canadá sejam colhidas com
cor de polpa correspondente ao grau entre 2 (até 30% da área amarela e o restante creme)
e 3 (amarelo) da escala subjetiva de coloração da polpa.
A evolução do teor de SST em manga varia de 7,0 a 17,4ºBrix, dependendo da
cultivar e do estádio de maturação do fruto. Algumas cultivares apresentam teores mais
baixos como a Palmer (7,0 a 14,0ºBrix) conforme Melo Neto et al. (1999); a Haden (8,0 a
14,7°Brix) de acordo com Camillo-López et al. (1995); a Keitt (7,0 a 15,0°Brix) segundo
Yamashita (1995) e a Parvin (7,7 a 15,1°Brix) relatado por Ramos (1994) ou mais
51
elevado como a Tommy Atkins (8,2 a 17,4°Brix) constatado por Salles e Tavares (1999),
o que coincide com os valores alcançados nesta pesquisa.
Natale et al. (1995), avaliando o efeito da adubação NPK (0, 30, 60, 120, 180,
240 e 300 g de P2O5) no teor de sólidos solúveis totais de frutos de goiabeira, verificou
que as adubações promoveram pequenas variações no ºBrix dos frutos. Observou-se
porém, baixa correlação entre a adubação N ou P ou K e o teor de sólidos solúveis totais
dos frutos, nenhuma delas chegando a causar diferenças estatisticamente significativas.
Figura 12. Média dos sólidos Solúveis dos frutos de manga „Tommy Atkins‟
influenciadas por doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
De acordo com a Figura 13 , onde o pH máximo foi de 4,17. Estes resultados são
coerentes com os valores mínimos e máximos de pH disponíveis na literatura para manga
„Tommy Atkins‟: de 3,47 a 4,09 dos 50 aos 120 DAF (Dutra et al., 2005), de 3,52 a 3,70
dos estádios 2 a 4 (Lucena et al., 2000) e de 3,23 a 4,51 dos estádios 1 a 5 (Rocha, 2001).
Durante o amadurecimento há diminuição da acidez e conseqüentemente aumento
do pH (Mattoo et al. 1975). A manga é considerada um fruto ácido com a maioria das
cultivares apresentando valores de pH abaixo de 6,0. Dependendo da cultivar e do estádio
de maturação do fruto, algumas cultivares de manga apresentam teores mais baixos como
em Tommy Atkins (3,5 a 3,7) conforme Lucena et al. (2000), médios como em Carabao
52
(3,7 a 4,7) segundo Morga et al. (1979) ou mais elevado como em Bocado (3,2 a 6,0) de
acordo com Castrillo e Bermudez (1992).
Figura 13. pH dos frutos de manga „Tommy Atkins‟ influenciadas por
doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
Observa-se que mesmo a adubação não influenciando a qualidade, os frutos de
manga permanecem dentro dos indicadores para exportação, com firmeza variando de 32
a 39 N (Figura 13).
Quando os frutos colhidos são destinados a mercados mais distantes, a colheita
deve ser realizada quando os frutos ainda estão firmes. Dependendo da variedade, a
firmeza que caracteriza o ponto de colheita ideal pode ser bastante diferente. Assim,
considera-se que a variedade Tommy Atkins destinada à exportação pode ser colhida
quando apresentar firmeza em torno de 13,2 kgf.
Já para a acidez do fruto, o comportamento dos resultados é mostrado na figura
14, onde a maior concentração de ácido cítrico foi de 0,821%. Medlicott e Reynolds
(1988) recomendam colher à manga com a ATT variando de 0,65 a 0,70% de ácido
cítrico, o que se aproxima do valor registrado na colheita.
53
A cv. „Tommy Atkins‟ apresentam média acidez (0,5 a 1,0%), onde o ácido
orgânico predominante é o ácido cítrico, seguido pelo málico e pelo oxálico
(LAKSHMINARAYANA, 1980), por outro lado, a cv. Parvin tem baixa acidez (0,09 a
0,66%), conforme Ramos (1994).
Figura 14. Firmeza dos frutos de manga „Tommy Atkins‟ influenciadas por
doses de fósforo. Mossoró - RN, 2009.
Os fatores de pré-colheita afetam um melhor desenvolvimento de cultivos no
campo e condicionam a qualidade do fruto na pós-colheita. Assim, as práticas culturais
como adubação, os tratamentos fitossanitários, a qualidade da muda, as condições
climáticas e a disponibilidade de água, são fatores importantes para se obter um produto
com qualidade aceitável (Cantillano et al., 2003).
Na maioria das vezes as pesquisas com fruticultura concentram-se nos aspectos
de produção e adaptação de diferentes genótipos às condições locais. Porém, estudos
relacionados à composição química dos frutos, não é dada a devida atenção, mesmo
sendo estes de grande importância para avaliar a qualidade final dos mesmos,
proporcionando subsídios, não só para um programa de adubação e restituição do solo,
54
como também para a manutenção de sua fertilidade. Daí, a necessidade de estudos mais
detalhados a respeito da qualidade dos frutos produzidos em cada região.
55
4 CONCLUSÃO
A adubação fosfatada utilizada não interferiu na qualidade dos frutos.
Porém a qualidade, permaneceu dentro dos parâmetros adotados para a exportação dos
frutos de manga „Tommy Atkins‟.
56
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61
62
APÊNDICE
Tabela 5. Resumo da análise de variância para número de frutos, peso de frutos e produtividade da mangueira “Tommy Atkins” influenciadas
pela adubação fosfatada. Ipanguaçu - RN, 2009.
Quadrado Médio
FV
GL
Doses
4
Bloco
3
Erro
12
Peso do fruto
Média
CV (%)
ns.
Nº de frutos
Produtividade (Kg/ha)
624,66ns.
971,74ns.
12884771,42ns.
1169,34ns.
6407,16678ns.
10870939,91ns.
1127,22ns.
5051,59ns.
1230226,64ns.
19533,38
27,68
238,39
29,81
11900,67
29,47
- Efeito não significativo pelo teste F.
Tabela 6. Médias para peso do fruto, número de frutos e produtividade da mangueira „Tommy Atkins‟ influenciada pela adubação
fosfatada. Ipanguaçu - RN, 2009.
Produtividade
Doses
Peso dos frutos (g)
Número de frutos/planta
0
139,895
115,562
123,862
105,827
121,405
236,77
247,585
255,437
214,02
238,145
50
100
150
200
63
(Kg/ha)
12722,75
11453,125
12386,25
10026,5
10914,75
Tabela 7. Resumo da análise de variância para diâmetro lateral, diâmetro transversal, peso, vitamina C, sólidos solúveis, pH, firmeza e acidez de
frutos de manga “Tommy Atkins” influenciadas pela adubação fosfatada. Ipanguaçu - RN, 2009.
Quadrado Médio
FV
Doses
GL
DL
4
8,53ns.
20,24ns.
2019,17ns.
5,29ns.
1,73ns.
0.002n.s
46.32 n.s
0,0031n.s
Bloco
3
36,79ns.
68,80ns.
8035,65ns.
296,96ns
0,05ns.
0,26n.s
1675.53n.s
0,0267n.s
Erro
12
28,79ns.
66,66ns.
1759,99ns.
4,39ns.
1,12ns.
0,02n.s
250.32n.s
0,0034n.s
1148429
4,67
89,05
2,65
468,41
8,96
15,11
8,72
4,12
35.90
0,8
13,87
não
3,97
teste
44.07
F
7,36
Efeito
12,16
pelo
Média
CV (%)
ns.
-
DT
PESO
VIT. C
significativo
64
SS
pH
FIRMEZA
ACIDEZ
65
66
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