INFORMATIVO DO AGRONEGOCIO SINDICATO RURAL DE SORRISO www.sindicatoruraldesorriso.com.br E-mail: [email protected] Fone/Fax (66) 3544-4205 AV. Marginal Esquerda, 1.415, Cx. Postal 192 - Bom Jesus Sorriso-MT CEP: 78890-000 Mercado do milho mantém tom negativo nesta 3ª feira As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo ao longo do pregão desta terça-feira (31). As principais posições da commodity exibiam quedas entre 4,25 e 6,75 pontos, por volta das 12h14 (horário de Brasília). Ainda assim, todas as cotações se mantinham acima do patamar de US$ 4,00 por bushel. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,06 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 4,07 por bushel. Os contratos do cereal iniciaram a semana após o feriado de ontem nos EUA, em comemoração ao Memorial Day, de olho nas informações vindas da América do Sul. Os investidores estão atentos aos dados sobre o início da colheita da segunda safra no Brasil, conforme ponderam as agências internacionais. No caso de Mato Grosso, em torno de 1,11% da área já havia sido colhida até o último dia 26 de maio, conforme levantamento realizado pelo Imea (Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária). No Paraná, outro importante estado produtor do grão, a colheita já alcançou 1% até o último dia 1 de maio, segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural). Contudo, em algumas localidades, especialmente no Oeste do estado, os produtores estão atentos às chuvas constantes. O recuo nos embarques semanais também contribui para o cenário. Até a semana encerrada no dia 26 de maio, os embarques de milho somaram 786,407 mil toneladas, de acordo com o USDA. Na semana anterior, o número ficou em 1.076,464 milhão de toneladas. Do mesmo modo, as informações vindas do financeiro também ajudam na composição do quadro. No caso do dólar, as atenções estão voltadas para as recentes valorizações, especialmente após a sinalização de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deva elevar a taxa de juros no país entre os meses de junho ou julho. As especulações ganharam força na última sexta-feira (27), quando a presidente do banco, Janet Yellen, anunciou a possibilidade da medida. O comportamento dos preços do petróleo também continua sendo observado pelos participantes do mercado. Na semana anterior, as cotações superaram a barreira psicológica de US$ 50,00 o barril. Os analistas afirmam que com o petróleo mais caro aumenta a demanda pelo etanol derivado de milho nos Estados Unidos. Além disso, a evolução do plantio da safra 2016/17 também permanece no foco dos ANO 2016. N.º 069 31/05/2016 Terça-feira investidores. No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de acompanhamento de safras e a perspectiva é que o órgão indique a semeadura completa em 91% da área esperada para essa temporada. Na última semana, o cultivo do cereal já estava completo em 86% da área, conforme dados oficiais. "Ainda temos alguns atrasos no plantio do cereal no Corn Belt. Análises recentes apontam que há muitas áreas de milho no país com umidade do solo acima da média. Algumas áreas mais secas começaram a surgir sobre os mapas mais recentes, de Illinois, Indiana, Michigan e Ohio. Entre as zonas mais úmidas estão o leste do Kansas e noroeste do Missouri", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures. BM&F Bovespa: Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho esboçam uma reação depois das fortes quedas registradas no dia anterior. Por volta das 12h34 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam valorizações entre 0,16% e 0,91%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 45,46 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 42,30 a saca. Os participantes do mercado seguem atentos às informações sobre a colheita da 2ª safra no Brasil, o que tem pesado sobre as cotações do cereal. Porém, a alta observada no dólar nesta terça-feira contribui para a sustentação dos preços. O câmbio era cotado a R$ 3,61 na venda, com alta de 0,89%. Notícias Agrícolas Instituto em MT prevê queda na produtividade do milho A nova estimativa da safra 15/16 de milho traz perspectiva de queda na produtividade de 25,2 sc/ha, ou 23%, na média de Mato Grosso em relação à produtividade 14/15, devendo todas as regiões apresentar recuo produtivo. É o que aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) no último boletim. “A região nordeste de MT é a mais afetada, de forma que, se consolidada a estimativa, apresentará um recuo de 37,8 sc/ha, ou 35,7%, ante o rendimento 14/15 da região”. Segundo a entidade, “em seguida, a região sudeste do Estado segue com a segunda maior expectativa de queda no rendimento médio, sendo a variação de 25,9%. O Médio-Norte, maior produtor de MT, pode apresentar queda de 19,7%. As regiões centro-sul, noroeste e norte têm expectativa de recuo produtivo de 21,5%, 16,7% e 14,2%, respectivamente”. A estratégia traçada no início deste ano para a temporada 15/16 de milho, segundo o Imea, “não contou com o revés climático que as lavouras sofreriam, de forma que o impacto pode ser severo na produção do Estado”. Weverton Correa / Só Notícias / Agronotícias -1- Área para próxima safra de soja em Mato Grosso segue estável A expectativa inicial da safra 16/17 aponta para uma estabilidade na área de soja, projetada em 9,23 milhões de hectares, representando a menor expansão em nove anos, de apenas 0,28%. Os números são do Instituto Mato-grossense e de Economia Agropecuária (Imea), no último boletim. “A expectativa de expansão contida na próxima safra já reflete os resultados a campo abaixo do esperado na safra atual”. Segundo o Instituto, “para a produtividade, entretanto, a expectativa é um pouco mais animadora, projetada inicialmente em 53,1 sc/ha, reflexo de uma expectativa de condições climáticas favoráveis e de continuidade no investimento em tecnologia”. Com a área estável e expectativa de uma produtividade melhor, conforme a entidade, “aguardase uma produção de 29,39 milhões de toneladas, indicando um ganho de 1,9 milhão de toneladas ante a safra 2015/16. Weverton Correa / Só Notícias / Agronotícias A colheita do milho de segunda safra começou em Mato Grosso Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o dia 19 de maio, 0,4% da área semeada no estado em 2015/2016 havia sido colhida. A área com a cultura totalizou 4,24 milhões de hectares na temporada atual, 5,6% a mais que na safra passada. Já a produção está estimada em 23,09 milhões de toneladas, 11,9% menor que o colhido anteriormente. A produtividade diminuiu 16,5% frente ao ciclo passado, em função da falta de chuvas em importantes regiões produtoras. O rendimento médio está estimado em 90,7 sacas de 60 quilos por hectare, frente à média de 108,6 sacas colhidas por hectare em 2014/2015. O avanço da colheita do milho de segunda safra no país deve diminuir, em parte, a pressão de alta sobre os preços do milho no mercado brasileiro. De qualquer maneira, o espaço para queda é menor nesta temporada e os patamares de preços devem ficar bem acima dos verificados na safra passada. Scot Consultoria PIB agropecuário pode crescer 3,8% no ano que vem, prevê economista Do alto de décadas analisando o setor produtivo, o economista José Roberto Monteiro de Barros, crava 3,8% de crescimento para o PIB do agronegócio brasileiro no ano que vem. Ele acentua que o campo já está “bombando” e relaciona os motivos que o levam a acreditar no incremento de quase 4%. Eu conversei hoje com Mendonça de Barros. Segundo ele, a China, sempre a China, está aumentando a importação de alimentos de forma expressiva e isso é uma tendência, diz. Sua análise desmistifica as posições sustentadas nos últimos anos por outros especialistas de que a demanda do país asiático poderia perder fôlego. “Todo mundo sabe que o grande objetivo do atual governo é promover a expansão do mercado interno chinês”, afirma. Segundo ele, não é mais apenas a soja, mas o milho, o açúcar e as carnes que estão em franca expansão de importações. E mais: “para garantir a originação das importações, os chineses investem pesado na compra e expansão de ‘trading companies’, que vêm diretamente ao Brasil comprar produtos”, diz. Só para ilustrar: A Abiec, que representa os exportadores de carne bovina espera faturar US$ 1 bilhão somente com as exportações para a China neste ano. O país asiático não adquiria diretamente o produto brasileiro, e sim via Hong Kong. Os embarques foram retomados em julho do ano passado. Pois bem, em janeiro deste ano, portanto apenas seis meses depois, a China já havia assumido a posição de principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Mendonça de Barros acrescenta que o fluxo positivo deverá se manter também por conta da cotação do real na faixa dos R$ 3,50 a R$ 3,60 por dólar. E, neste início de junho, o ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi, embarca para a China em missão internacional. Além da reunião do G20, com ministros da agricultura, Maggi quer tratar da ampliação do número de indústrias habilitadas a exportar carne bovina, suína e de aves para a China. Pelo menos 100 frigoríficos solicitam abertura de mercado. Importante: Mendonça de Barros acredita que a onda positiva do agronegócio deverá se espraiar e influenciar outros setores. Como o de caminhões, por exemplo, cujas vendas diminuíram no ano passado. Revista Globo Rural CBOT/BUSHEL/SOJA CONTRATO Julho/16 Agosto/16 Setembro/16 Novembro/16 Janeiro/17 Março/17 ATUAL 1078 ½ 1076 ½ 1064 ¼ 1055 ¾ 1053 00 1031 ¼ DIF. - 8 00 -6½ -3¼ -0½ - 1 00 0¾ DÓLAR COMERCIAL VENDA ÚLTIMO 3,6123 VARIAÇÃO (%) 0,9610% COTAÇÃO DE GRÃOS EM SORRISO SOJA Máximo Mínimo R$ 83,50 R$ 80,00 DISP. TRANSG R$ 80,00 R$ 75,00 BALCÃO MILHO Máximo Mínimo R$ 34,00 R$ 00,00 DISPONÍVEL R$ 30,00 R$ 00,00 BALCÃO ARROZ – BALCÃO SACA 60 Kg R$ 50,00 SUINO – CONFINADO / Kg R$ 2,50 ALGODÃO R$ 82,00 EM PLUMA @ R$ 750,00 CAROÇO TON. -2-