ANEXO 1 RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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ANEXO 1
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Busilvex 6 mg/ml concentrado para solução para perfusão.
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
1 ml de concentrado contém 6 mg de busulfan (60 mg em 10 ml).
Após diluição: 1 ml de solução contém 0,5 mg de busulfan.
Excipientes, ver 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
Solução límpida e incolor.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
O Busilvex, seguido de ciclofosfamida (BuCy2), está indicado como tratamento condicionante antes
do transplante de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH) convencional, em doentes adultos,
sempre que a combinação seja considerada a melhor opção disponível.
4.2
Posologia e modo de administração
A administração de Busilvex deverá ser supervisionada por um médico com experiência no tratamento
condicionante realizado antes do transplante de células progenitoras hematopoiéticas.
Posologia em adultos:
Quando seguido por 2 ciclos de 60 mg/kg de peso corporal de ciclofosfamida a dose recomendada e o
esquema de administração é de 0,8 mg/kg de peso corporal de busulfan, numa perfusão de 2 horas, de
6 em 6 horas, durante 4 dias consecutivos, num total de 16 doses antes da ciclofosfamida e do
transplante de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH) convencional.
Recomenda-se que a administração da dose de ciclofosfamida não seja iniciada durante um mínimo de
24 horas após a 16ª dose de Busilvex (ver 4.5).
Crianças e adolescentes
A segurança e a eficácia do Busilvex nas crianças e nos adolescentes não foram determinadas.
Administração
Busilvex deve ser diluído antes da administração (ver secção 6.6). Deverá obter-se uma concentração
final de aproximadamente 0,5 mg/ml de busulfan. Busilvex deve ser administrado por perfusão
intravenosa através dum cateter venoso central.
Busilvex não deve ser administrado por injecção intravenosa rápida, em bolus ou periférica.
Todos os doentes devem ser pré-medicados com fármacos anticonvulsivantes para evitar as convulsões
relacionadas com o uso de doses elevadas de busulfan. Nos estudos com Busilvex, todos os doentes
receberam fenitoína, para este fim. Não existe experiência com outros agentes anticonvulsivantes, tais
como as benzodiazepinas (ver 4.4 e 4.5).
2
Os antieméticos devem ser administrados antes da primeira dose de Busilvex e continuados durante a
sua administração, segundo um esquema pré-determinado, de acordo com a prática local.
Doentes obesos
Em doentes obesos, deve ser considerada a posologia baseada no peso corporal ideal ajustado (PCIA).
O peso corporal ideal (PCI) é calculado do seguinte modo:
PCI no homem (kg) = 50 + 0,91x(altura em cm – 152);
PCI na mulher (kg) = 45 + 0,91x(altura em cm – 152).
O peso corporal ideal ajustado (PCIA) deve ser calculado como se segue:
PCIA = PCI + 0,25x(peso corporal real – PCI).
Doentes com insuficiência renal:
Não foram efectuados estudos em doentes com insuficiência renal; contudo, dado que o busulfan é
moderadamente excretado pela urina, não se recomenda alteração da posologia nestes doentes.
Contudo, recomenda-se precaução (ver 4.8 e 5.2).
Doentes com insuficiência hepática:
O Busilvex, tal como o busulfan, não foi estudado em doentes com insuficiência hepática.
Recomenda-se precaução, particularmente nos doentes com insuficiência hepática grave (ver 4.4)
Doentes idosos:
Doentes com mais de 50 anos de idade (n = 23) foram tratados com sucesso com Busilvex sem ajuste
na dose. Contudo, para uma utilização segura do Busilvex em doentes com mais de 60 anos está
disponível apenas informação limitada. Deve usar-se a mesma dose (ver 5.2) para idosos e para
adultos (<50 anos de idade).
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
Gravidez e aleitamento (ver 4.6.)
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
As consequências do tratamento com Busilvex, na dose e esquema posológico recomendados, são
mielosupressão profunda, atingindo todos os doentes. Podem ocorrer granulocitopénia,
trombocitopénia e anemia graves, ou quaisquer combinações entre estas. As contagens celulares
sanguíneas totais de rotina, incluindo contagens celulares diferenciais dos glóbulos brancos e
contagens do número de plaquetas devem ser monitorizadas durante o tratamento e até à recuperação.
Ocorreram valores de contagem absoluta de neutrófilos < 0,5x109/l, em média 4 dias após o
transplante, em 100% dos doentes e a recuperação ocorreu em média nos 10º e 13º dias seguintes ao
transplante autólogo e alogénico, respectivamente (período neutropénico médio de 6 e 9 dias
respectivamente). O uso profiláctico ou empírico de anti-infecciosos (bactérias, fungos ou vírus) deve
ser tido em conta na prevenção e tratamento de infecções durante o período neutropénico. Registou-se
trombocitopénia (<25.000/mm3 ou requerendo transfusão de plaquetas), numa média de 5-6 dias, em
98% dos doentes. Ocorreu anemia (hemoglobina < 8,0 g/dl) em 69% dos doentes. A administração de
plaquetas e papa de glóbulos, assim como o uso de factores de crescimento tais como G-CSF, podem
ser utilizados, segundo indicação médica.
O Busilvex, tal como o busulfan, não foi estudado em doentes com insuficiência hepática. Dado que o
busulfan é principalmente metabolizado pelo fígado, deverá ter-se precaução quando o
Busilvex for usado em doentes com história de insuficiência hepática, principalmente nos que
apresentarem insuficiência grave. Ao tratar este tipo de doentes, recomenda-se a monitorização regular
3
das transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubina séricas, nos 28 dias após o transplante, para a
detecção precoce de hepatotoxicidade.
A doença veno-oclusiva hepática é uma das principais complicações que pode ocorrer durante o
tratamento com Busilvex. Podem apresentar um risco superior, os doentes que anteriormente
receberam tratamento de radiação, com 3 ou mais ciclos de quimioterapia, ou que já tenham recebido
um transplante de células progenitoras (ver 4.8).
Deve ter-se precaução ao usar paracetamol antes (menos de 72 horas) ou simultaneamente com a
administração de Busilvex devido a um possível decréscimo no metabolismo do busulfan (Ver 4.5).
Tal como documentado nos estudos clínicos, nenhum doente tratado evidenciou tamponamento
cardíaco, nem qualquer outro tipo de toxicidade cardíaca específica, relacionada com o Busilvex.
Contudo a função cardíaca deverá ser monitorizada regularmente em doentes a receber o Busilvex (ver
4.8).
Nos estudos com Busilvex, foi referida a ocorrência de sindrome de dificuldade respiratória grave,
com consequente paragem respiratória, associada com fibrose pulmonar intersticial, num doente que
faleceu, embora a etiologia não tenha sido claramente identificada. Além disso, o busulfan pode
induzir toxicidade pulmonar, a qual pode ser aditiva aos efeitos produzidos por outros agentes
citotóxicos. Portanto, deverá ter-se em consideração este parâmetro pulmonar em doentes com história
anterior de radiação pulmonar ou mediastínica (ver 4.8).
Durante o tratamento com Busilvex a função renal deverá ser periodicamente monitorizada (ver 4.8).
Registaram-se episódios convulsivos em tratamentos com doses elevadas de busulfan. Deve ter-se
cuidado quando se administra a dose recomendada de Busilvex a doentes com antecedentes de
convulsões. Os doentes deverão fazer profilaxia anticonvulsivante adequada. Todos os dados com
Busilvex foram obtidos com fenitoína. Não existem dados disponíveis sobre o uso de outros agentes
anticonvulsivantes, tais como as benzodiazepinas. Desconhece-se, portanto, qual o efeito de agentes
anticonvulsivantes (além da fenitoína) sobre a farmacocinética do busulfan (ver 4.2 e 4.5).
Deve ser explicado ao doente o risco aumentado de uma doença maligna secundária. Com base em
dados obtidos em humanos, o busulfan foi classificado pela Agência Internacional para a Pesquisa do
Cancro (IARC) como carcinógeno humano. A Associação Mundial de Saúde concluiu que existe uma
relação causal entre a exposição ao busulfan e o cancro. Doentes leucémicos tratados com busulfan
desenvolveram anomalias citológicas muito diferentes, e alguns desenvolveram carcinomas. Pensa-se
que o busulfan seja leucemogénico.
Fertilidade: o busulfan pode danificar a fertilidade. Portanto, os homens tratados com Busilvex são
aconselhados a não procriarem durante o tratamento e até 6 meses após o mesmo, e a aconselharem-se
sobre a crio-conservação de esperma antes do tratamento, dada a possibilidade de infertilidade
irreversível, durante o tratamento com Busilvex. Em doentes pré-menopáusicas ocorrem usualmente
supressão ovárica e amenorreia com sintomas menopáusicos. Nas raparigas pré-adolescentes, o
tratamento com busulfan impede o início da puberdade, devido a insuficiência ovárica. Em doentes do
sexo masculino foram referidas impotência, esterilidade, azoospermia e atrofia testicular. O solvente
dimetilacetamida (DMA) também pode danificar a fertilidade. O DMA diminui a fertilidade em
fêmeas e machos roedores (ver 4.6 e 5.3)
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não se realizaram estudos clínicos específicos para avaliar a interacção medicamentosa entre o
busulfan IV e o itraconazole. Foram publicados estudos que descrevem que a administração de
itraconazole a doentes que recebem doses elevadas de busulfan pode resultar numa diminuição da
depuração do busulfan. Os doentes deverão ser monitorizados relativamente aos sintomas de
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toxicidade provocada pelo busulfan, sempre que com o busulfan IV seja usado o itraconazole, como
profilaxia antifúngica.
Estudos publicados descrevem que a cetobemidona (analgésico) pode ser associada a níveis
plasmáticos elevados de busulfan. Portanto recomenda-se especial cuidado ao associar estes dois
fármacos.
Relativamente ao regime BuCy2 está referido que o intervalo de tempo entre a última administração
oral de busulfan e a primeira administração de ciclofosfamida pode influenciar o desenvolvimento de
toxicidades. Observou-se uma redução na incidência de Doença Oclusiva Veno-Hepática (DOVH) e
de outras formas de toxicidade relacionadas com o regime, em doentes em que o tempo de espera entre
a última dose de busulfan e a primeira dose de ciclofosfamida foi > 24 horas.
Esta descrito que o paracetamol reduz os níveis de glutationa no sangue e nos tecidos, pelo que pode
reduzir a depuração do busulfan, quando usado em combinação (ver 4.4).
Procedeu-se à administração de fenitoína, para profilaxia das convulsões, em todos os doentes dos
ensaios clínicos conduzidos com o busulfan IV. Foi relatado que a administração sistémica
concomitante de fenitoína, a doentes a receber doses elevadas de busulfan, aumentou a depuração do
busulfan, devido à indução da glutationa-S-transferase. Contudo, este facto não foi evidenciado nos
dados IV (ver 4.4).
Não foram referidas interacções quando as benzodiazepinas, tais como o diazepam, clonazepam ou
lorazepam, foram utilizadas para impedir as convulsões provocadas por doses elevadas de busulfan
(ver 4.2 e 4.4).
Não se observou qualquer interacção quando o busulfan foi utilizado em combinação com o
fluconazole (agente antifúngico) ou com os anti-eméticos 5-HT3, tais como o ondasetron ou o
granisetron.
4.6
Gravidez e aleitamento
Gravidez
O TCPH está contra-indicado na mulher grávida; portanto o Busilvex está contra-indicado durante a
gravidez. O busulfan causou mortalidade embriofetal e malformações, em estudos pré-clínicos. (ver
5.3)
Não existem estudos adequados e bem controlados, quer do busulfan, quer do DMA, em mulheres
grávidas. Foram referidos alguns casos de anomalias congénitas com doses baixas orais de busulfan,
não necessariamente atribuíveis ao fármaco, e a exposição no terceiro trimestre pode estar associada a
alteração do crescimento intrauterino.
As mulheres em idade fértil deverão usar uma contracepção eficaz durante o tratamento e até 6 meses
após o mesmo.
Aleitamento
As doentes a tomar Busilvex não deverão amamentar.. Desconhece-se se o busulfan e o DMA são
excretados através do leite humano. Atendendo ao potencial de tumorigenicidade revelada pelo
busulfan, em estudos em animais e no homem, a amamentação materna deve ser interrompida no
início do tratamento.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não relevante.
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4.8
Efeitos indesejáveis
As informações sobre efeitos indesejáveis provêm de dois estudos clínicos (n=103) do Busilvex.
As toxicidades graves envolvendo os sistemas respiratório, hepático e hematológico foram
consideradas como consequências esperadas do regime condicionante e do processo de transplante.
Incluiram infecção e doença do hospedeiro contra o enxerto (GVHD) que, embora não directamente
relacionadas, foram as principais causas de mortalidade e morbilidade, especialmente nos TCPH
alogeneicos.
Doenças do sangue e do sistema linfático:
A mielosupressão e a imunosupressão foram os efeitos terapêuticos desejados do regime
condicionante. Portanto todos os doentes apresentaram citopenia profunda: leucopenia em 96%,
trombocitopenia em 94% e anemia em 88%. O tempo médio para a neutropenia foi de 4 dias, quer para
doentes autólogos quer para alogeneicos. A duração média da neutropenia foi de 6 dias e 9 dias, para
doentes alogeneicos e autólogos.
Doenças do sistema imunitário:
Os dados de incidência da doença aguda do hospedeiro contra o enxerto (a-GVHD) foram recolhidos
do estudo OMC-BUS-4 (alogeneico) (n=61). Um total de 11 doentes (18%) sofreu a-GVHD. A
incidência de a-GVHD dos graus I-II foi de 13% (8/61), e a incidência de graus III-IV foi de 5%
(3/61). O GVHD agudo foi classificado como grave em 3 doentes. Foi referido como crónico o GVHD
(c-GVHD) se foi grave ou causa de morte, e foi referido como causa de morte em 3 doentes.
Infecções e infestações:
39% dos doentes (40/103) sofreram um ou mais episódios de infecção, dos quais 83% (33/40) foram
classificados como ligeiros ou moderados. Em 1% dos doentes (1/103) a pneumonia foi fatal e em 3%
foi ameaçadora da vida. Outras infecções foram consideradas graves em 3% dos doentes. Foi referida
febre em 87% dos doentes e classificada como ligeira/moderada em 84% e grave em 3%. 47% dos
doentes sentiu arrepios que foram ligeiros/moderados em 46% e graves em 1%.
Afecções hepatobiliares:
15% das RAG envolveram toxicidade hepática. A DOVH é uma reconhecida potencial complicação
do tratamento condicionante após o transplante. Seis de 103 doentes (6%) experimentou DOVH. A
DOVH ocorreu em 8,2% (5/61) dos doentes alogeneicos (fatal em 2 doentes) e em 2,5% (1/42) dos
doentes autólogos. Também se observaram aumentos de bilirrubina (n=3) e de AST (n=1). Dois dos
quatro doentes acima referidos com hepatotoxicidade sérica grave situavam-se entre os doentes com
DOVH diagnosticada.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Nos estudos com Busilvex, um doente apresentou um caso fatal de estado de dificuldade respiratória
grave, com subsequente paragem respiratória associada a fibrose pulmonar intersticial.
Além disso, a revisão bibliográfica refere alterações da córnea e do cristalino do olho, com a
administração oral de busulfan.
As reacções adversas reportadas como mais do que um caso isolado estão listadas em seguida, por
classe de sistema orgânico e por frequência. As frequências são definidas do seguinte modo: Muito
frequentes (>1/10), frequentes (>1/100, <1/10), pouco frequentes (>1/1000, <1/100).
Classe do sistema
orgânico
Doenças do sangue e
do sistema linfático
Muito frequentes
Frequentes
Neutropenia
Trombocitopenia
Anemia
Pancitopenia
6
Pouco frequentes
Doenças do sistema
nervoso
Doenças do
metabolismo e da
nutrição
Cardiopatias e
Vasculopatias
Doenças respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Neutropenia febril
Insónia
Ansiedade
Tonturas
Depressão
Hiperglicemia
Hipomagnesémia
Hipokaliémia
Hipocalcémia
Hipofosfatémia
Edema
Taquicardia
Hipertensão
Hipotensão
Vasodilatação
Trombose
Dispneia
Rinite
Faringite
Tosse
Soluços
Epistaxis
Sons respiratórios
anormais
Doenças
Náusea
gastrointestinais
Estomatite
Vómitos
Anorexia
Diarreia
Obstipação
Dispepsia
Desconforto do anûs
Afecções
Hiperbilirrubinemia
hepatobiliares
Ictericia
Aumento dos valores
das enzimas hepáticas
Aumento do valor da
fosfatase alcalina no
sangue
Afecções dos tecidos
Exantema
cutâneos e subcutâneos Prurido
Alopecia
Afecções
Dor de costas
musculosqueléticas e
Mialgia
dos tecidos conjuntivos Artralgia
Doenças renais e
Aumento dos níveis de
urinárias
creatinina
Disúria
Oligúria
Confusão
Delírio
Nervosismo
Alucinações
Agitação
Encefalopatia
Hemorragia cerebral
Convulsão
Hiponatrémia
Arritmia
Fibrilhação Auricular
Cardiomegalia
Derrame pericárdico
Pericardite
Diminuição da fracção
de ejecção
Hiperventilação
Paragem respiratória
Hemorragias alveolares
Asma
Atelectasia
Derrame pleural
Trombose da artéria
femural
Extrasistoles
ventriculares
Bradicardia
Sindrome de obstrução
capilar
Hipóxia
Esofagite
Ileus
Hematemese
Hemorragia
gastrointestinal
Hepatomegalia
Azoto ureico no sangue
Hematúria
Insuficiência renal
moderada
7
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
4.9
Aumento de peso
Febre
Enxaqueca
Dor abdominal
Astenia
Arrepios
Dor
Reacção alérgica
Edema generalizado
Dor ou inflamação no
local da injecção
Dor no tórax
Sobredosagem
O principal efeito tóxico é uma profunda mieloablação e pancitopenia, mas podem ser afectados o
sistema nervoso central, o fígado, os pulmões e o tracto gastrointestinal.
Não existe antídoto conhecido para o Busilvex a não ser o transplante de células progenitoras
hematopoiéticas. Na ausência de transplante de células progenitoras hematopoiéticas, a dose
recomendada de Busilvex constituirá uma sobredosagem de busulfan. O estado hematológico deverá
ser estritamente monitorizado em caso de sobredosagem e, devem ser instituidas fortes medidas de
suporte, de acordo com a indicação médica.
No caso de sobredosagem deve considerar-se a diálise, dado que houve um relato de que o busulfan é
dialisável. Uma vez que o busulfan é metabolisado por conjugação com a glutationa, a administração
de glutationa deve ser considerada.
Deve ter-se em atenção que a sobredosagem do Busilvex também aumenta a exposição ao DMA. No
homem, os principais efeitos tóxicos foram a hepatotoxicidade e efeitos ao nível do sistema nervoso
central. As alterações do SNC precedem alguns dos mais graves efeitos indesejáveis. Não se conhece
nenhum antídoto específico para a sobredosagem de DMA. Em caso de sobredosagem, deverão ser
implementados cuidados de suporte geral.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo fármaco-terapêutico: Agentes citotóxicos (agentes alquilantes)
Código ATC: L01AB01
O Busulfan é um agente citotóxico potente e um agente alquilante bifuncional. Em meio aquoso, a
libertação dos grupos metanosulfonato produz iões de carbono que podem alquilar o DNA, o que se
pensa ser um importante mecanismo biológico para o seu efeito citotóxico.
A documentação sobre a segurança e a eficácia do Busilvex em combinação com a ciclofosfamida no
regime BuCy2, antes do TCPH convencional alogénico e/ou autólogo, deriva de dois ensaios clínicos
(OMC-BUS-4 e OMC-BUS-3).
Foram realizados dois estudos prospectivos de fase II não controlados, de braço único e abertos, em
doentes com doença do sistema hematológico, a maioria dos quais em estado avançado.
As doenças incluídas foram a leucemia aguda após a primeira remissão, no primeiro relapso ou
relapsos subsequentes, na primeira remissão (alto risco), ou insucessos de indução; leucemia melógena
8
crónica em fase crónica ou avançada; doença de Hodgkin refractária primária ou recidiva resistente ou
linfoma não-Hodgkin, e doença mielodisplástica.
Os doentes receberam doses de 0,8 mg/kg de Busilvex, de 6 em 6 horas, por perfusão, num total de 16
doses, seguidas de 60 mg/kg de ciclofosfamida, uma vez por dia, durante dois dias (regime BuCy2).
Nestes estudos, os parâmetros de eficácia primária foram a mieloablação, o enxerto, a recidiva e a
sobrevivência.
Em ambos os estudos, todos os doentes foram tratados com um regime de dose de Busilvex de 16/16.
Não houve doentes em que o tratamento foi descontinuado devido a reacções adversas relacionadas
com o Busilvex.
Todos os doentes apresentaram uma profunda mielosupressão. O tempo para a Contagem de
Neutrófilos Absoluta (CNA) superior a 0,5 x 106/l foi de 13 dias (variação 9-29 dias) nos doentes
alogénicos (OMC-BUS 4), e 10 dias (variação 8-19 dias) nos doentes autólogos (OMC-BUS 3). A
mortalidade geral e a mortalidade na não-recidiva ao dia +100 pós transplante foi de 13% (8/61) e de
10% (6/61) nos doentes alotransplantados, respectivamente. Durante o mesmo período não se
registaram mortes nos receptores autólogos.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Foi estudada a farmacocinética do Busilvex. A informação apresentada sobre o metabolismo e a
eliminação baseiam-se no busulfan oral.
Absorção
A farmacocinética do busulfan IV foi estudada em 124 doentes avaliáveis, após perfusão intravenosa
de 2 horas, num total de 16 doses, durante quatro dias. Obtém-se uma disponibilidade completa e
imediata da dose, após a perfusão intravenosa de busulfan. Observou-se uma exposição do sangue
similar ao comparar as concentrações plasmáticas em doentes que receberam busulfan oral e IV, nas
doses de 1 mg/kg e 0,8 mg/kg, respectivamente. Através de uma análise farmacocinética de população
realizada em 102 doentes, demonstrou-se existir uma baixa variabilidade inter (CV=21%) e intra
(CV=12%) doentes relativamente à exposição ao fármaco.
Distribuição
O volume terminal de distribuição Vz variou entre 0,62 e 0,85 l/kg-1 .
As concentrações de busulfan no líquido cerebrospinal são comparáveis às do plasma, embora estas
concentrações sejam provavelmente insuficientes para a actividade anti-neoplásica.
A ligação reversível às proteínas plasmáticas foi cerca de 7%, ao passo que a ligação irreversível,
principalmente à albumina, foi cerca de 32%.
Metabolismo
O busulfan é metabolizado principalmente por conjugação com a glutationa (espontânea e mediada
pela glutationa-S-transferase). O conjugado de glutationa é então metabolizado no fígado, por
oxidação. Pensa-se que nenhum dos metabolitos contribui significativamente quer para a eficácia, quer
para a toxicidade.
Eliminação
A depuração total no plasma variou entre 2,25 – 2,74 ml/min/kg. A semi-vida terminal variou de 2,8 a
3,9 horas.
Aproximadamente 30% da dose administrada é excretada na urina, durante 48 horas, com 1% de
fármaco sob a forma inalterada. A eliminação fecal é insignificante. A ligação irreversível às
proteínas pode explicar a sua incompleta recuperação. Não está excluida a contribuição de metabolitos
de longa-duração.
Linearidade farmacocinética
Demonstrou-se um aumento proporcional da dose de exposição ao fármaco após a administração
intravenosa de busulfan até 1 mg/kg.
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Relações farmacodinâmicas/farmacocinéticas
A literatura sobre busulfan sugere uma janela terapêutica entre 900 e 1500 mMol.minuto para a AUC.
Durante os ensaios clínicos com o busulfan IV, 90% das AUC’s dos doentes permaneceram inferiores
ao limite superior de AUC (1500 mMol.minuto) e pelo menos 80% ficaram dentro da janela
terapêutica alvo (900-1500 mMol.minuto).
Populações especiais
Não foram avaliados os efeitos da disfunção renal sobre a disponibilidade do busulfan IV.
Não foram avaliados os efeitos da disfunção hepática sobre a disponibilidade do busulfan IV.
Contudo, o risco de toxicidade hepática poderá estar aumentado nesta população.
Nos dados disponíveis sobre a administração de busulfan IV em doentes com mais de 60 anos, não se
evidenciou nenhum efeito da idade na depuração do busulfan.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
O busulfan é mutagénico e clastogénico. O busulfan foi mutagénico na Salmonella typhimurium, na
Drosophila melanogaster e barley. O busulfan induziu aberrações cromossómicas in vitro (células
humanas e de roedores) e in vivo (humanos e roedores). Observaram-se várias aberrações
cromossómicas em células de doentes que receberam busulfan oral.
O busulfan pertence a uma classe de substâncias que são potencialmente carcinogénicas , com base no
seu mecanismo de acção. Com base em dados obtidos com humanos, o busulfan foi classificado pelo
IARC como carcinógeno humano. A WHO concluiu que existe uma relação causal entre a exposição
ao busulfan e o cancro. Os dados disponíveis em animais apoiam o potencial carcinogénico do
busulfan. A administração intravenosa de busulfan, a ratinhos, aumentou significativamente a
incidência de tumores ováricos e tímicos.
O busulfan é teratogénico em ratos, ratinhos e coelhos. As malformações e anomalias incluíram
alterações significativas do sistema musculosquelético, aumento de peso corporal e do tamanho. Em
ratos fêmeas prenhas, o busulfan provocou esterilidade na descendência, quer feminina, quer
masculina, devido à ausência de células germinais nos testículos e nos ovários. O busulfan mostrou
causar esterilidade em roedores. O busulfan provocou deplecção de oócitos em ratos fêmeas e induziu
esterilidade em ratos machos e no hamster.
Doses repetidas de DMA produziram sintomas de toxicidade hepática, sendo o primeiro o aumento de
enzimas séricas, seguido de alterações histopatológicas nos hepatócitos. Doses mais elevadas podem
provocar necrose hepática e podem observar-se alterações hepáticas, após exposição a doses únicas
elevadas.
O DMA é teratogénico em ratos. A administração de doses de 400 mg/kg/dia de DMA, durante a
organogénese, causou significativas anomalias do desenvolvimento. As malformações incluiram
graves anomalias cardíacas e/ou dos vasos de grande calibre: arteriose do tronco comum e sem
arteriose dos canais arteriais, coartação do tronco pulmonar e das artérias pulmonares, deficiências
intraventriculares cardíacas. Outras anomalias frequentes incluem fenda palatina, anasarca e anomalias
esqueléticas das vértebras e costelas. O DMA reduz a fertilidade em roedores machos e fêmeas. Uma
dose única s.c. de 2,2 g/kg, administrada ao 4º dia de gestação, terminou a gravidez em 100% dos
hamster testados. A administração de uma dose diária de DMA de 450 mg/kg, a ratos, durante nove
dias, causou espermatogénese inactiva.
6.
INFORMAÇÔES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista de excipientes
Dimetilacetamida, macrogol 400.
10
6.2
Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros
medicamentos, excepto com os mencionados em 6.6.
Não usar seringas de policarbonato com o Busilvex.
6.3
Prazo de validade
Ampolas: 2 anos
Solução diluida
Foi demonstrada a estabilidade física e química após diluição para:
-
8 horas (tempo de perfusão incluído) após diluição em solução de glucose a 5% para injecção ou
solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0.9%) para injecção, conservado a 20 ºC + 5 ºC.
-
12 horas após diluição em solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0.9%) para injecção, conservado a
2 ºC – 8 ºC, seguido de 3 horas de conservação a 20 ºC + 5 ºC (tempo de perfusão incluído).
Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser usado imediatamente após diluição. Se não for
usado imediatamente, os tempos e as condições de conservação, antes do uso, são da responsabilidade
do utilizador e, em condições normais, não deverão ser superiores às condições acima referidas, se a
diluição tiver sido efectuada em condições assépticas controladas e validadas.
6.4
Precauções especiais de conservação
Conservar a 2 ºC – 8 ºC (em frigorífico).
Não congelar.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
10 ml de concentrado para solução para perfusão em ampolas de vidro (tipo I) incolor.
Dimensão da embalagem: 8 ampolas por caixa.
6.6
Instruções de utilização e manipulação
Preparação do Busilvex
Os procedimentos para o correcto manuseamento e eliminação dos fármacos anticancerígenos devem
ser tidos em conta.
Todos os procedimentos requerem uma estrita adesão a técnicas assépticas, usando de preferência uma
cobertura de segurança de fluxo laminar vertical.
Assim como com outros produtos citotóxicos, deve ter-se cuidado no manuseamento e na preparação
da solução de Busilvex:
Recomenda-se o uso de luvas e de vestuário protector.
Se o Busilvex ou a solução de Busilvex diluída contactar com a pele ou mucosa, lavar cuidadosa
e imediatamente com água abundante.
Cálculo da quantidade de Busilvex a ser diluida e de diluente a usar
O Busilvex deve ser diluído, antes de usar, com solução de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) para
injecção ou solução de glucose para injecção a 5%.
11
A quantidade de diluente deve ser 10 vezes o volume de Busilvex assegurando que a concentração
final de busulfan permaneça aproximadamente 0,5 mg/ml. Por exemplo:
A quantidade de Busilvex e diluente a ser administrada será calculada do seguinte modo:
para um doente com Y kg de peso corporal:
·
Quantidade de Busilvex:
Y (kg) x 0,8 (mg/kg)
_________________ = A ml de Busilvex a ser diluido
6 (mg/ml)
Y: peso corporal do doente em kg
·
Quantidade de diluente:
(A ml Busilvex) x (10) = B ml de diluente
Para preparar a solução final para perfusão, juntar (A) ml de Busilvex a (B) ml de diluente (solução de
cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) para injecção ou solução de glucose para injecção a 5%).
Preparação da solução para perfusão
·
·
·
Usando técnicas de transferência asséptica, quebrar o topo da ampola.
Usando uma seringa sem policarbonato equipada com uma agulha:
-
Remover da ampola o volume calculado de Busilvex.
-
Verter o conteúdo da seringa num saco para administração intravenosa (ou seringa) que já
contém a quantidade calculada do diluente seleccionado. Adicionar sempre Busilvex ao
diluente e não o diluente ao Busilvex.. Não colocar o Busilvex em saco para administração
intravenosa que não contenha solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para injecção ou
solução de glucose a 5% para injecção.
Misturar cuidadosamente invertendo várias vezes.
Após a diluição, 1 ml da solução para perfusão contém 0,5 mg de busulfan.
O Busilvex diluido é uma solução límpida e incolor.
Instruções de utilização
Antes e após cada infusão, deve fazer-se a lavagem do cateter com aproximadamente 5 ml de solução
injectável de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) ou solução injectável de glucose (5%).
Não deve ser forçada a passagem de produto residual para o sistema de administração dado que a
perfusão rápida de Busilvex não foi testada e não é recomendada.
A dose total de Busilvex prescrita deve ser administrada durante 2 horas.
Não se deve fazer a infusão concomitantemente com outra solução intravenosa.
Não usar seringas de policarbonato com o Busilvex.
Apenas para dose única. Só deverá ser utilizada uma solução límpida sem quaiquer partículas.
12
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais
para produtos citotóxicos.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Pierre Fabre Médicament
45, Place Abel Gance
F-92654 Boulogne Billancourt Cedex
França
8.
NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
13
ANEXO II
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO
RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
14
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO
DO LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Pierre Fabre Médicament Production
Site Aquitaine Pharm International
Avenue du Béarn -Idron
64320 BIZANOS
França
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
·
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E À
UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: resumo das características do
medicamento, 4.2.).
·
OUTRAS CONDIÇÕES
O titular da presente autorização de introdução no mercado deverá informar a Comissão
Europeia sobre os planos de introdução no mercado do medicamento autorizado pela presente
decisão.
15
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
16
A. ROTULAGEM
17
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR, OU CASO ESTA NÃO EXISTA,
NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
(caixa contendo 8 ampolas de 10 ml)
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Busilvex 6 mg/ml concentrado para solução para perfusão
busulfan
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIAS(S) ACTIVA (S)
Um ml de concentrado contém 60 mg de busulfan e fornece 0,5 mg/ml de busulfan após diluição
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Cada ampola contém Dimetilacetamida, Macrogol 400
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
Caixa com 8 ampolas unidose de 10 ml
60 mg por ampola
5.
MODO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO
IV
Via intravenosa
Deve ser diluído antes de usar
Ler previamente o folheto informativo
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Agente citotóxico, instruções especiais de manipulação
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
18
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar a 2 °C – 8 °C (no frigorífico)
Não congelar
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE FOR
CASO DISSO
O produto não utilizado ou os desperdícios devem ser destruídos de acordo com os requisitos locais
11.
NOME E MORADA DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Pierre Fabre Médicament, 45, Place Abel Gance, 92654 Boulogne Billancourt cedex
FRANCA
12.
NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/0/00/000/000
13.
NÚMERO DO LOTE DE FABRICO
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO
Medicamento sujeito a receita médica restrita.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
19
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO INTERMÉDIO
(Caixa contendo 4 ampolas de 10 ml)
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Busilvex 6 mg/ml
busulfan
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÃNCIAS(S) ACTIVA(S)
60 mg
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado
10 ml
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
IV
via intravenosa
Deve ser diluído antes de usar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar a 2 °C – 8 °C (no frigorífico)
Não congelar
Ler o folheto informativo antes de usar
20
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
FOR CASO DISSO
11.
NOME E MORADA DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
12.
NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
13.
NÚMERO DO LOTE DE FABRICO
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO GERAL RELATIVA AO FORNECIMENTO
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
21
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
(Ampola de vidro tipo I de 10 ml)
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Busilvex 6 mg/ml
IV
Concentrado
2.
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DE LOTE
Lote
5.
NÚMERO DE LOTE
60 mg
10 ml
22
B. FOLHETO INFORMATIVO
23
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico
Neste folheto :
1
O que é o Busilvex e para que é utilizado
2
Antes de utilizar o Busilvex
3
Como utilizar o Busilvex
4
Efeitos secundários possíveis
5
Conservação de Busilvex
6
Outras informações
Busilvex 6 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Busulfan
-
A substância activa é o busulfan. Um ml de concentrado contém 6 mg de busulfan (60 mg na
ampola)
Os outros ingredientes são a dimetilacetamida e o Macrogol 400
Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Pierre Fabre Médicament, 45, Place Abel
Gance, F-92654 Boulogne-Billancourt cedex, França
Fabricante : Pierre Fabre Médicament Production, site Aquitaine Pharm International, Avenue du
Béarn–Idron, F-64320 Bizanos, França
1.
O QUE É O BUSILVEX E PARA QUE É UTILIZADO
Busilvex é um concentrado para solução para perfusão e é fornecido em ampolas incolores, contendo
cada uma 60 mg de busulfan. O Busilvex apresenta-se numa caixa contendo 8 ampolas. Quando
diluído o Busilvex é uma solução límpida e incolor.
Busilvex é usado em adultos, como tratamento prévio do transplante em combinação com a
ciclofosfamida.
Receberá este medicamento como preparação antes de fazer um transplante de medula óssea ou de
células progenitoras hematopoiéticas.
O Busilvex contém a substância busulfan, que pertence a um grupo de medicamentos denominados
agentes alquilantes. O Busilvex destrói a medula óssea original antes do transplante.
2.
ANTES DE UTILIZAR O BUSILVEX
Não utilize o Busilvex:
-
Se tem hipersensibilidade ao busulfan ou a qualquer outro ingrediente do Busilvex.
Se estiver grávida, se pensa que pode estar grávida ou se está a amamnetar.
Tome especial cuidado com o Busilvex:
24
O Busilvex é um fármaco citotóxico potente que provoca uma enorme redução de células sanguíneas.
Na dose recomendada este é o efeito desejado. Por isso deve ser cuidadosamente monitorizado.
É possível que o uso de Busilvex possa aumentar o risco de sofrer de outra malignidade no futuro.
Deverá avisar o seu médico se :
Tiver problemas de insuficiência hepática, renal, cardíaca ou pulmonar
Tiver história de convulsões
Estiver actualmente a tomar outros fármacos
Pode não ser possível engravidar (infertilidade) após o tratamento com o busulfan. Se pensa em ter
filhos, deve discutir esse assunto com o seu médico, antes do tratamento. O Busilvex pode também
provocar sintomas de menopausa e pode impedir o início da puberdade, em raparigas pré-adolescentes.
Os homens tratados com Busilvex estão avisados para não procriar durante o tratamento e até 6 meses
após o mesmo.
Gravidez e aleitamento
Informe o seu médico se estiver grávida ou pensar que pode estar, ou se estiver a amamentar, antes de
receber tratamento com o Busilvex. As mulheres deverão evitar engravidar durante o tratamento com
Busilvex e, até 6 meses após o tratamento. As mulheres que estão a tomar o Busilvex não devem
amamentar.
Deverão ser tomadas medidas contraceptivas adequadas se o parceiro estiver a tomar Busilvex..
Crianças
Não existe experiência neste tipo de doentes.
Utilizar com outros medicamentos:
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos incluindo
os medicamentos que obtém sem receita médica. O Busilvex pode interagir com outros fármacos.
Deverá usar de especial precaução se estiver a tomar itraconazol (usado para certo tipo de infecções)
ou cetobemidona (usada no tratamento da dor), pois podem aumentar os efeitos secundários.
O uso do paracetamol durante as 72 horas anteriores à administração de Busilvex ou com a
administração de Busilvex, deve ser feito com precaução.
3.
COMO UTILIZAR O BUSILVEX
Posologia:
A dose deverá ser calculada de acordo com o seu peso corporal.
A dose recomendada de Busilvex é de 0,8 mg por Kg de peso corporal, no adulto, em combinação com
a ciclofosfamida.
Administração:
O Busilvex é administrado por um profissional de saúde qualificado, por perfusão intravenosa
central, após diluição de cada ampola. Cada perfusão deverá ter a duração de 2 horas.
O Busilvex deverá ser administrado de 6 em 6 horas, durante 4 dias consecutivos, antes do
transplante.
Terapêutica antes de receber o Busilvex:
Antes de receber o Busilvex será medicado com
fármacos anticonvulsivantes a fim de prevenir as convulsões (fenitoína) e
fármacos antieméticos para evitar os vómitos.
25
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como os demais medicamentos, o Busilvex pode ter efeitos secundários.
Efeitos secundários graves:
O mais grave dos efeitos secundários do tratamento com Busilvex ou do método de transplante pode
incluir uma diminuição no número de células do sangue circulante (efeito desejável do medicamento
para preparar a sua perfusão de transplante), infecção, afecções hepáticas incluindo bloqueio da veia
hepática, doença de transplante versus receptor, (o transplante ataca o seu organismo) e complicações
pulmonares. O seu médico monitorizará as suas contagens sanguíneas e os enzimas hepáticos
regularmente de forma a detectar e ultrapassar estes efeitos.
Efeitos secundários muito frequentes: (referidos em mais de 1 doente em 10):
Sangue: redução de células sanguíneas circulantes (vermelhas e brancas), e plaquetas. Sistema
nervoso: insónia, ansiedade, vertigens e depressão. Nutrição: redução dos valores sanguíneos de
magnésio, cálcio, potássio e fosfato, e aumento do açúcar no sangue. Cardíacos: aumento da
frequência cardíaca, aumento ou redução da pressão arterial, vasodilatação (estado de aumento de
calibre dos vasos sanguíneos), e coágulos sanguíneos. Respiratório: respiração ofegante, secreção
nasal (rinite), dor de garganta, tosse, soluços, hemorragias nasais, sons respiratórios anormais.
Gastrointestinais: náusea, inflamação da mucosa bucal, vómitos, falta de apetite, diarreia, obstipação,
pirose e desconforto anal. Hepáticos: icterícia, aumento de enzimas hepáticas. Pele: eritema, prurido,
perda de cabelo. Músculo e osso: dores nas costas, nos músculos e articulações. Renal: aumento da
eliminação de creatinina, desconforto ao urinar, e diminuição do débito urinário. Geral: aumento de
peso, febre, dor de cabeça, dor abdominal, fraqueza, arrepios, dor, reacção alérgica, edema, dor geral
ou inflamação no local da injecção, dor no peito.
Efeitos secundários frequentes: (referidos em 1 a 10 doentes em 100 doentes):
Sistema nervoso: confusão. Nutrição: redução de sódio no sangue. Cardíaco: alterações e anomalias
do ritmo cardíaco, retenção líquida ou inflamação em redor do coração, redução do débito cardíaco.
Respiratório: aumento do ritmo respiratório, insuficiência respiratória, hemorragias alveolares, asma,
colapso de pequenas partes do pulmão, fluído em redor do pulmão. Gastrointestinal: inflamação da
mucosa do esófago, paralisia intestinal, vómitos com sangue. Hepático: aumento da dimensão do
fígado. Renal: aumento da quantidade de componentes de azoto na circulação sanguínea, presença de
sangue na urina, insuficiência renal moderada.
Efeitos secundários pouco frequentes: (referidos em 1 a 10 doentes em 1000 doentes):
Sistema nervoso: delírio, nervosismo, alucinações, agitação, função cerebral alterada, hemorragia
cerebral e tonturas. Cardíaco: trombose da artéria femural, trombose, batimentos extra-cardíacos,
redução da frequência cardíaca, perda difusa de líquido dos capilares (pequenos vasos sanguíneos).
Respiratório: diminuição do oxigénio no sangue. Gastrointestinais: hemorragias intestinais e/ou no
estômago.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou
farmacêutico.
5.
CONSERVAÇÃO DE BUSILVEX
-
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar a 2 °C – 8 °C (no frigorífico).
Não congelar.
Não utilizar o Busilvex após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.
26
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Este folheto foi aprovado pela última vez em :
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de cuidados de saúde
GUIA DE UTILIZAÇÃO
Busilvex 6 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Busulfan
Leia este guia antes de preparar e administrar o Busilvex
1.
APRESENTAÇÃO
O Busilvex é fornecido como uma solução límpida e incolor em ampolas de vidro claro (tipo I) de
10 ml. O Busilvex deve ser diluído antes da administração.
2.
RECOMENDAÇÕES PARA O CORRECTO MANUSEAMENTO
Deverá ser considerado o procedimento correcto de manuseamento e tratamento de desperdícios de
fármacos antitumorais.
Qualquer procedimento de transferência requer o cumprimento estrito de técnicas assépticas, usando
de preferência o fluxo laminar vertical de segurança.
Tal como com outros compostos citotóxicos, deve-se ter cuidado no manuseamento e na preparação da
solução de Busilvex.:
Recomenda-se o uso de luvas e vestuário de protecção.
Se o Busilvex ou a solução de Busilvex diluído contactar com a pele ou com as mucosas, laveas imediatamente e cuidadosamente com água abundante.
Cálculo da quantidade de Busilvex a ser diluido e de diluente
O Busilvex deve ser diluído previamente numa solução de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) para
injecção ou numa solução de glucose a 5% para injecção.
A quantidade de diluente deve ser igual a 10 vezes o volume de Busilvex garantindo que a
concentração final de busulfan atinja aproximadamente 0,5 mg/ml.
A quantidade de Busilvex e de diluente a ser administrada deverá ser calculada do seguinte modo:
Para um doente com Y kg de peso corporal:
·
Quantidade de Busilvex:
Y (Kg) x (0,8 mg/Kg) = A ml de Busilvex a ser diluido
6 (mg/ml)
Y: peso corporal do doente em kg
27
·
Quantidade de diluente:
(A ml Busilvex) x (10) = B ml de diluente
Para preparar a solução final para perfusão, juntar (A) ml de Busilvex a (B) ml de diluente (solução de
cloreto de sódio a 9 mg/ml) (0,9%) para injecção ou solução de glucose a 5% para injecção)
Preparação da solução para perfusão
·
Usando técnicas de transferência estéril, quebre o topo da ampola.
·
Usando uma seringa (não de policarbonato) munida de agulha:
·
-
retire o volume calculado de Busilvex da ampola.
-
verta o conteúdo da seringa num saco para administração por perfusão (ou seringa) que
já contenha a quantidade calculada do diluente seleccionado. Deve sempre adicionar o
Busilvex ao diluente e não o diluente ao Busilvex. Não ponha o Busilvex num saco para
administração intravenosa que não contenha solução de cloreto de sódio a 9 mg/ml
(0,9%) para injecção ou solução de glucose a 5% para injecção.
Misture invertendo cuidadosamente o saco por várias vezes.
Após diluição, 1 ml da solução para perfusão contém 0,5 mg de busulfan.
Uma vez diluído o Busilvex é uma solução límpida e incolor.
Instrucções de utilização
Antes e após cada perfusão, lave o interior do catéter com cerca de 5 ml de solução de cloreto de sódio
para injecção a 9 mg/ml (0,9%) ou de solução de glucose para injecção (5%).
Não deve ser forçada a passagem de medicamento residual para o sistema de administração dado que a
perfusão rápida de Busilvex não foi testada e não é recomendada.
A dose total de Busilvex prescrita deverá ser administrada durante duas horas.
Não faça a perfusão simultaneamente com outras soluções intravenosas.
Não utilize seringas de policarbonato com o Busilvex.
Apenas para usar de uma só vez. Só deverá ser utilizada uma solução límpida sem quaisquer
partículas.
3.
MODO DE TRATAMENTO DE DESPERDÍCIOS
O produto não utilizado ou os desperdícios devem ser destruídos de acordo com os requisitos locais
para fármacos citotóxicos.
28
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