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EUREKA - POTENCIALIZADOR EDUCACIONAL MEDIANDO O PROCESSO DE ENSINO /
APRENDIZAGEM. Eureka – Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Autor: Milton José Kalil Sphair Júnior. PUCPR
Co-Autora: Marilda Aparecida Behrens. PUCPR
Orientadora: Zélia Milléo Pavão. PUCPR
Resumo
O presente relato tem como finalidade de explanar sinteticamente nossa pesquisa que está sendo
desenvolvida no mestrado em educação da PUCPR, pesquisa esta que estuda o ambiente Eureka que é uma sala de aula virtual, e o
seu impacto na atividade do ensino/aprendizagem potencializando e mediando este processo, e as metodologias que deverão ser
implementadas pelo docente para a utilização deste ambiente virtual como apoio ao presencial. Neste trabalho fizemos uma reflexão
entre os paradigmas conservadores e os paradigmas inovadores da Educação e uma análise reflexiva das práticas pedagógicas.
Palavras Chave: Educação, Aprendizagem colaborativa, Virtual, Paradigmas, Tecnologias.
EUREKA - POTENCIALIZADOR EDUCACIONAL MEDIANDO O PROCESSO DE ENSINO /
APRENDIZAGEM. Eureka – Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Autor: Milton José Kalil Sphair Júnior. PUCPR
Co-Autora: Zélia Milléo Pavão. PUCPR
Este artigo trata de um relato parcial sobre uma pesquisa que esta sendo desenvolvida no
mestrado em educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com relação ao ambiente virtual de
aprendizagem atualmente utilizado nesta instituição de ensino superior. Os novos paradigmas criados pelos
fabricantes de Softwares e de Hardwares oferecem às pessoas novas formas de viver, conviver, trabalhar e aprender
e com isso ocorrem mudanças metodológicas nos aspectos de aprendizagem, de trabalho e no meio social como um
todo. Isto implica de certa forma novos olhares científicos que estão sendo injetados pelo avanço tecnológico e
científico.
Na Educação observam-se, ainda, mudanças em passos lentos, enquanto que a sociedade
apresenta uma frenética expansão destes meios tecnológicos e novos cenários se apresentam levando-nos em
determinados setores, a nos adequarmos rapidamente. Diante destas idéias necessitamos planejar a educação para
acompanhar este processo de mutação por meio de pesquisas e avaliação destes novos fenômenos abordados pelas
novas tecnologias; se o que elas trazem de novo vale a pena ou não, avançar aqui ou acolá dentro desta concepção.
Pois bem, tudo isto já basta para termos algo com o que começar esta pesquisa. Assim pretende-se ter como objeto
de estudo e análise o ambiente virtual de aprendizagem colaborativa da PUCPR que é o Eureka. Além do fato de ser
produzido na própria PUCPR; o Ambiente Eureka tem um valor “agregado” (termo usado em economia que significa
mais valor) no Ensino Superior da PUCPR. Com esta pesquisa visa-se entender melhor o processo de Mediação
Pedagógica com auxílio do Ambiente Virtual de Aprendizagem Eureka. Justifica-se o tema desta pesquisa, tendo
como meta instrumentalizar o ambiente pedagógico baseado em dados científicos e estatísticos, de forma tal que o
professor tenha condições de trabalhar com os discentes em sua sala de aula, atuando de maneira inovadora em seus
métodos de ensino, frente às novas tecnologias. Este tema é instigante e pertinente ao momento, pois na era da
informação e do conhecimento saber usar e aplicar a tecnologia nas instituições de ensino favorece um valor
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agregado às instituições e a todos que estejam envolvidos nela trazendo um diferencial nesta sociedade altamente
competitiva. Pretende-se por meio desta pesquisa evidenciar como as mudanças rápidas podem influenciar a
sociedade como um todo e as instituições formadoras do conhecimento, por meio dos docentes sejam estes mestres
ou doutores e como agem a este respeito a instituição de ensino os discentes... Bem, estas dúvidas conduzem a
alguns questionamentos iniciais deste tema. Segundo o que diz DEMO (1985, p. 49-50):
...é normal que a primeira impressão seja de perplexidade. Não sabemos por onde começar,
sobretudo se nunca nos tínhamos metido antes no assunto. Todavia, é a situação normal de
quem se julga pesquisador e não detentor de saber evidente e prévio. [...] O processo de
superação dessa perplexidade inicial é algo central na formação científica de uma pessoa.
As novas tecnologias estão sendo disponibilizadas em um ritmo exponencialmente crescente,
graças, entre outros fatores, a facilidade de acesso à informação nos últimos anos. Diante das idéias acima expostas é
que se pretende encaminhar este estudo para o qual foram elaborados os objetivos abaixo. A maior problemática
será verificar como o Eureka – Ambiente virtual de aprendizagem pode colaborar e favorecer, na mediação
pedagógica, o processo ensino / aprendizagem e a interação professor / aluno. Formulamos outros três objetivos
bastante específicos. 1- Destacar a importância do Eureka como ferramenta que potencializa o processo ensino /
aprendizagem. 2- Identificar as possibilidades que esta ferramenta proporciona e de que maneira o professor a vem
utilizando. 3- Explicitar a importância de que o aprendiz deve gerir sua própria aprendizagem com uma ferramenta
que a agilize por meio de um processo dialógico e reflexivo. Para verificarmos estas condições adotamos algumas
estratégias metodológicas, tais como realizar o trabalho tendo uma parte teórica e outra prática de acordo com os
gêneros de pesquisa na óptica de Pedro Demo. A pesquisa teórica contribui para a formação de quadros teóricos de
referência, que são contextos essenciais para a movimentação do pesquisador, para a formação do quadro teórico
de referência é fundamental a leitura dos clássicos, pois eles trazem a acumulação já feita de conhecimento, todavia
essa leitura não deve ser passiva, mas crítica e até polêmica. É essencial também o domínio da bibliografia
fundamental; através da qual se toma conhecimento da produção existente podendo-se aceitar, rejeitar e com ela
dialogar criticamente. A pesquisa está projetada para ter cinco fases conforme abaixo discriminadas:
Na 1a fase foi realizado um histórico do Eureka.
Na 2a fase foi elaborada uma descrição do Ambiente Virtual de Aprendizagem.
No momento, estamos na 3ª fase descrevendo como se dá a formação do professor para
trabalhar com o Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA. Em específico o Eureka.
Na 4ª fase faremos uma análise; da pesquisa e das entrevistas. Estas serão feitas com os
professores da PUCPR, para verificação do modo como está sendo utilizado no momento o Eureka e juntaremos
suas colaborações e sugestões para a melhoria do sistema e do processo pedagógico.
Na 5ª fase será elaborada as considerações de fechamento e projeções de perspectivas futuras;
como por exemplo o ambiente Eurek@kids.
Falaremos a seguir da linha de base teórica fundamentada na Educação como um processo de
Comunicação e Informação, e encontramos nas novas tecnologias NTICs, as melhores possibilidades de prospecção
didática do momento histórico que estamos vivenciando, que é de grandes mudanças paradigmáticas. As NTICs
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trazem muitas possibilidades de solução para a atual crise educacional, o Eureka está inserido nesse processo como
um Ambiente Virtual de Aprendizagem, AVA, onde possibilita às sociedades contemporâneas amenizarem, pelo
menos no momento, o problema educacional. Com isto insere-se aqui o assunto da educação à distância EaD, que é
o foco principal de um ambiente virtual de aprendizagem.
Consideramos, também a formação continuada que leva toda uma vida, pois realmente nunca
estamos acabados, estamos sim num processo que nunca termina sempre está evoluindo em movimento constante e
deve contemplar a formação das múltiplas competências e inteligências do sujeito, levando o indivíduo a entender que
deve se adaptar ao novo e suas novas situações em relação ao complexo mundo de hoje.
O Eureka é um ambiente mediatizador, possui muitas ferramentas pedagógicas que
evidentemente estão a serviço da formação do sujeito autônomo (do professor e aluno do futuro). Estes serão
profissionais multimídia, versáteis e adaptativos, sempre antenados e prontos para estabelecer novas relações com o
conhecimento e sua construção junto da comunidade acadêmica e da sociedade como um todo.
Educação, Ensino ou Aprendizagem a Distância? (BELLONI, 1999, p. 25). Com esta questão a
autora coloca a problemática e os preconceitos em relação a este tipo de mediação. Verifiquemos as definições
abaixo segundo Belloni (1999, p. 25-27):
- Educação a distância pode ser definida como a família de métodos
instrucionais nos quais os comportamentos de ensino são executados em separado dos
comportamentos de aprendizagem, incluindo aqueles que numa situação presencial (contígua)
seriam desempenhadas na presença do aprendente de modo que a comunicação entre o
professor e o aprendente deve ser facilitada por dispositivos impressos, eletrônicos, mecânicos
e outros. (MOORE, 1973).
- Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que
requer meios técnicos para mediatizar esta comunicação. Educação a distância é um
subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo
diálogo e grande distância transacional. Ela inclui também a aprendizagem. (MOORE).
Segundo esta autora, estas definições têm como fator comum somente a distância, estes poucos
exemplos revelam a complexidade da questão e uma não-unanimidade em relação ao tema. As definições de
(MOORE, 1973) visivelmente de ordem behaviorista, reforçam o quão importante é a tecnologia educacional, e que
a complexidade organizacional é essencial à EAD. Explicita também que a separação entre professor / aluno, e o uso
adequado da comunicação através de meios tecnológicos disponíveis são importantes como definidores deste tipo de
educação. Um dos melhores conceitos de EAD que encontramos foi adotado no LOLA, Laboratório On Line de
Aprendizagem, segundo (Torres, 2004, P. 60) “Forma sistematizada de educação que se utiliza de meios técnicos e
tecnológicos de comunicação bidirecional/multidirecional no propósito de promover a aprendizagem autônoma por
meio da relação dialogal e colaborativa entre discentes e docentes eqüidistantes”.
AAD – Aprendizagem Aberta e a Distância significa que o aluno tem acesso livre à educação e
ao treinamento removendo todas as barreiras existentes, o processo de aprendizagem do ponto de vista do aluno
deve ser livre no tempo no espaço e no ritmo. O foco principal deste método educacional é o aluno, ou seja, a
aprendizagem é centralizada no estudante. Em todos os casos de educação a distância mediada por computadores o
estilo foi redefinido em função do equipamento, (Palloff e Pratt, 2002, p.27) citam o site do Califórnia Distance
Learning Project (1977) que envolve o aluno com a aprendizagem e o professor com o ensino neste processo (alunos
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remotos). Este mesmo projeto propõe alguns elementos como definidores fundamentais na aprendizagem a distância,
como citam Palloff e Pratt (2002, p.27),
- a separação do professor e do aluno durante, pelo menos parte de cada processo de instrução;
- o uso de mídia educacional para unir professor e aluno e para transmitir o conteúdo do curso;
- o oferecimento de uma via dupla de comunicação entre o professor, tutor ou agente
educacional e o aluno;
- a separação do professor e do aluno no tempo e no espaço;
- o controle volitivo da aprendizagem com o estudante, em vez de com o professor.
Segundo esse autores existe um elemento muito importante que separa a sala de aula virtual
(computadorizada) da sala de aula tradicional, que é a formação de uma comunidade de alunos que interagirão entre
si e com os professores construindo o conhecimento apropriado para cada um deles. Estamos estudando o aluno, de
como ele aprende; vemos também o professor, como ele ensina; temos também a instituição que é onde tanto aluno
como professor, atuam desenvolvendo suas habilidades e conhecimentos. Esta instituição é a escola que fornece o
local, ou seja, a sala de aula, que pode ser presencial ou virtual, ou pode ter uma mistura das duas que seria a sala de
aula Bimodal, hoje temos na PUCPR o ambiente Virtual de Aprendizagem Eureka que desempenha um excelente
papel de sala de aula virtual e também bimodal; existe uma outra modalidade, que vem sendo praticada no ambiente
Eureka e tem sido muitíssimo útil que é o apoio ao presencial, este ambiente está quase completando o triângulo do
equilíbrio, atualmente ele atende à duas partes aluno / professor e é auxiliado por outro sistema que atende o lado
administrativo (a instituição de ensino). O triângulo do equilíbrio educacional é formado pelo aluno / professor /
instituição; pois se esta terceira parte não participar com efetividade, o sistema não funcionará com perfeição, porque
a atividade humana é complexa. O site da PUCPR que completa e integraliza esta complexidade abrange mais do
que somente a graduação universitária, pois o ambiente virtual de aprendizagem vem alavancando muitas mudanças
para a superação de alguns paradigmas contemporâneos. “Aprender significa também compreender a realidade
social na qual o ser humano está inserido”. (PAULO FREIRE, RESOL Set / out. 2004).
Estudando o Eureka - Uma grande idéia (MATOS, Elizete Lucia Moreira. Curitiba, 2004 em
tese para concurso de Professor Titular), sugere o seguinte comentário, verificamos que através desta tese foi
construído um grande cabedal de conhecimento sobre este ambiente virtual de aprendizagem, nela a autora, coloca
que o conhecimento é o principal fator da era da informação e que o cyberespaço é um conjunto de novos fatores
na história da humanidade, fruto de uma era tecnológica que está colocando em xeque as certezas do passado e
fazendo surgir fenômenos inéditos e totalmente desconhecidos. Matos(2004) pesquisou junto aos colaboradores e
professores o funcionamento do Eureka que agora passa mais uma vez pelo crivo de uma pesquisa que pretende
verificar as novas funcionalidades que nele foram inseridas e como essas atualizações estão potencializando as aulas e
contribuindo para as mudanças paradigmáticas da Educação no âmbito da universidade. A educação, aprendizagem
e as novas tecnologias tem sido um desafio paradigmático para professores e alunos do Século XXI.
O Eureka nos leva a encarar o conhecimento de uma nova perspectiva. Coloca-nos diante de
uma realidade aberta e evolutiva. O Eureka sabiamente (por meio de seus idealizadores) propõe que devemos aliar o
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conhecimento e o ambiente educacional ao educando e propõe fazermos com que este se relacione com o que vem
acontecendo em nossa sociedade seja ela econômica social ou cultural. O Eureka propõe que o professor seja um
parceiro de investigação com o aluno. Tanto o aluno quanto o professor devem buscar aprender a aprender, e obter
a capacidade de aprender continuamente de forma autônoma, criativa e crítica. O Eureka nos mostra sobre a
importância das TICs e nos alerta que temos que ter domínio destas novas tecnologias para que possamos
implementar programas de gestão na educação tendo como característica a competência de facilitar as oportunidades
de aprendizagem. As Tecnologias da Informação e da Comunicação oportunizam a disseminação da informação e a
partilha interativa de experiências reais e virtuais.
Segundo Behrens (2000, p.39-45), temos que focar a Prática Pedagógica e o Professor em
relação ao Aluno, porque, neste momento histórico de mudanças paradigmáticas a relação entre professor e aluno
esta tomando novos rumos literalmente, algumas instituições de ensino superior já estão adotando o kit-multimídia,
que consiste em um conjunto de microcomputador com canhão de luz, onde o professor pode transmitir suas aulas
de forma mais criativa, outras já estão adotando ambientes virtuais de aprendizagem, onde o professor além da
“criatividade” pode [interagir] com seus alunos fora do ambiente presencial. (Apoio extra classe).
Sobre o Eureka, Behrens (1996, p.39-40) diz que: “o professor não pode mais fugir ao
enfrentamento da modernidade; terá que pesquisar processos metodológicos que utilizem os meios informatizados e a
multimídia.” No caso do Eureka ele potencializa a capacidade do professor e a do aluno também, o aluno passa a ter
acesso às informações de qualquer lugar onde se tenha um computador ligado na grande teia www (World Wid
Web) Teia de Alcance Mundial. Estes ambientes virtuais já trazem em seu bojo algumas facilidades da comunicação,
do tipo E-mails, Chats para conversa em tempo real, porém com a vantagem de ser um meio mais barato que o
telefone e pode ser a distância seja ela qual for, postagem do conteúdo de toda a matéria do curso programada ou
não através de um cronograma de estudo e de entrega de trabalhos, pode hyperlyncar os textos, fornecer outras
fontes de pesquisa através de links específicos, ajudando o aluno a pesquisar e a construir seu próprio repertório
educacional levando-o a sua autonomia na forma da aquisição de seu conhecimento. Neste processo histórico
devemos ter um papel mais instigante junto aos nossos alunos, para podermos fazer o câmbio do antigo paradigma
do “leia, repita e decore” citado por Behrens (1996, p.89), para um novo patamar que é o aprender a aprender,
aprender a construir, aprender a investigar, aprender a pesquisar e aprender a produzir conhecimento científico na
sua área de atuação. Citando o Professor Pedro Demo. “Não basta passar de ano, mas construir a competência
suposta. Não é suficiente passar na prova, mas efetivamente saber matemática”. (Demo, 1994, p.61).
O ambiente Eureka surgiu de uma parceria, entre uma necessidade da sociedade através de uma
determinada empresa, e o ambiente acadêmico (escola superior) onde se estuda para resolver os problemas sociais e
da própria escola (academia), este ambiente é significativo para a sociedade, pois renova o processo pedagógico
implementando novas técnicas e metodologias de ensino / aprendizagem. Estas novas concepções são desafiadoras e
impõem um novo ritmo de trabalho, parafraseando Ferguson (1980, p.300): (nós inovamos, inventamos,
questionamos, ponderamos, discutimos, sonhamos, esforçamo-nos, planejamos, fracassamos, obtemos êxito,
repensamos, imaginamos. Aprendemos e compreendemos que educar é uma jornada que dura toda uma vida.).
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Segundo Behrens (1996, p.43), “Não há transformação do aluno sem o professor, do professor
sem o aluno e da escola sem políticas públicas que subsidiem esta transformação”. Agora já “é mais do que tempo de
nos livrarmos do apreço às velhas formas e facilitarmos o vôo da mente humana liberta”. (Ferguson, 1980, p.305).
Através destas reflexões podemos verificar que a modernidade e as novas tecnologias nos levam a produzir e a
planejar nossas aulas de forma mais equilibrada e FLEXÍVEL, a flexibilidade é a tônica de uma boa aprendizagem, e
de uma boa mediação pedagógica, portanto, tanto aluno quanto professor devem ser flexíveis durante este processo.
Segundo Raphel Yus (2002, P. 53-71). Ao Educar a Individualidade, vemos muitos tópicos
interessantes, tais como, os doze princípios revelados através da pesquisa sobre nosso cérebro, onde se focou como
funciona e onde acontece a aprendizagem.
Uma passagem que na proposta de Yus, apresenta-se no princípio 8 (oito), onde ele diz que
grande parte da compreensão humana pode não ocorrer durante a aula, mas em horas, semanas ou meses depois.
Ele diz também que o ensino é alguma coisa do gênero de ajudar o aluno a tornar visível o que é invisível. Ele cita
Gardner (1995) com seus oito tipos de inteligência, verbal-lingüística, lógico-matemática, visual-espacial,
cinético-corporal, musical-ritmico, interpessoal, intrapessoal e a naturista. As inteligências múltiplas têm várias
implicações educativas, do tipo, Oportunidade e adequação / Ajudar a descobrir / Adequar a tutela / Adequar o
ensino / ajuda a especialização / Orientar adequadamente / Avaliar adequadamente / Pluralidade metodológica.
Com Yus (2002, P. 53-71) vemos que o ensino deve ser centrado no aluno, respeitando suas
individualidades, pois estas são extremamente notáveis, e que a modernidade nos traz um volume muito grande de
informação que o indivíduo não consegue assimilar e dominar uma única área sequer do conhecimento. Yus nos
remete a reflexão quando diz: “Se essas bases de ensino centradas no aluno forem ignoradas, nem os melhores
programas alcançarão uma eficiência ótima”. (2002, P. 53-71). Após essas reflexões podemos citar Edgar Morin em
a Inteligência da Complexidade (2000, P. 69) “A questão não é que cada um perca a sua competência, mas que
cada um a desenvolva o suficiente para articulá-la a outras competências, que, ligadas em cadeia, formariam um
círculo completo e dinâmico, o anel do conhecimento do conhecimento”. Após traçar-mos estas linhas teóricas,
gostaria de colocar que esta pesquisa se encontra no início da 4ª fase, onde realizaremos uma pesquisa junto aos
sujeitos/professores universitários que são usuários do Eureka e que estão obtendo sucesso na utilização deste
Ambiente Virtual de Aprendizagem.
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Referências
BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1996.
BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas, São Paulo: Autores associados, 1999.
CAPRA, Fritjof. A teia da vida : Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, c1996.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1985.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: A teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia Histórico – crítico social dos conteúdos. ed. São Paulo:
Loyola, 1986.
MATOS, Elizete Lucia Moreira. Eureka da PUCPR – Uma grande Idéia.Tese [Professor Titular] do Programa de Pós-Graduação em
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PALLOFF, Rena M.; PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem ciberespaço : estratégicas eficientes para a sala de
aula on-line. Porto Alegre: ArTmed, 2002.
SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e pesquisa : projetos para mestrado e doutorado. São Paulo: Hacker, 2001.
TORRES, Patrícia Lupion. Laboratório On Line de Aprendizagem. – Uma proposta crítica de aprendizagem colaborativa para a
educação. Tubarão: Ed. Unisul, 2004.
YUS, Raphael. Educação Integral, uma educação holística para o século XXI. Porto Alegre: Artemed, 2002.
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