PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia BIOLOGIA - Bacharel e Licenciatura Professor: Dr. Alex Silva da Cruz BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ CONSIDERAÇÕES GERAIS DISPOSITIVOS LEGAIS Os dispositivos legais de Biossegurança no Brasil, são hoje norteados pela Lei Nacional de Biossegurança, a Lei 11.105 de 24 de março de 2005, que regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Além dos dispositivos acima mencionados, os órgãos responsáveis pela Biossegurança no Brasil dispõem de outros dispositivos legais que normatizam e regulamentam os processos e procedimentos que possam vir a por em risco a saúde dos alunos e pessoas ou causar danos ao meio ambiente. RECOMENDAÇÕES PARA O ACESSO E PERMANÊCIAAOS LABORATÓRIOS POR ALUNOS E VISITANTES As BPLs (BOAS PRÁTICAS EM LABORATÓRIO) exigem que os visitantes sigam as seguintes regras, ao entrar nas dependências dos laboratórios do Departamento de Biologia da PUC GOIÁS: Não consumir alimentos ou bebidas, não fumar nem mascar chicletes; Não aplicar cosméticos ou perfumes (maquiagem, cremes, ou outros), nem manusear lentes de contato; Não superlotar o laboratório – respeitar a capacidade máxima de cada laboratório definida pelo técnico ou responsável; Não pegar em vidrarias ou outros materiais do laboratório, nem ligar ou manusear equipamentos, sem a autorização do professor responsável; Não levar nada à boca, nariz ou olhos; Não inspirar (cheirar) nenhuma substância ou material exposto; BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Se comportar de maneira adequada para evitar danos e/ou acidentes dentro do laboratório. Uso obrigatório de JALECO branco ( manga longa com punho) e calçado fechado; O material utilizado em sala de aula (livros, cadernos, etc.), bem como as bolsas, deve ser colocado em bancada livre, e nunca na bancada onde são realizados os procedimentos práticos (consulte o professor); O trabalho prático deve ser desenvolvido em bancadas informadas pelo professor; Não se deve utilizar adereços (brincos, pulseiras, relógios, anéis, dentre outros) durante o desenvolvimento dos trabalhos práticos; Jamais considere o ambiente laboratorial segura para exposição, mesmo que no momento, não esteja em procedimento pratico. A utilização de Jaleco, sapato fechado, unhas curtas e a não utilização de adereços como acima descritos são de caráter obrigatório, pensado apenas na segurança dos alunos, neste ambiente. OBS: Outras considerações poderão ser realizadas pelo professor durante o decorrer das aulas práticas. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 1. EIXOS E PLANOS DE SIMETRIA BILATERALE O ESTUDO DE PRÉEMBRIÕES, EMBRIÕES E FETOS. INTRODUÇÃO Os eixos e planos de simetria bilateral são usados como referência para estudo de préembriões, embriões e fetos. O domínio dos conhecimentos desses eixos e planos fornece informações importantes que facilitam a análise de gravuras de cortes e posições relativas das estruturas representadas; logo, é de grande valia no estudo da Embriologia Humana. Há três eixos de simetria bilateral: (1) o céfalo-caudal ou rostro-anal, também designado por Antero - posterior; (2) o dorso – ventral; (3) o transversal. Os cortes de embriões e fetos podem ser feitos em planos diferentes, resultando em aspectos variados. Os planos que passam por dois dos eixos citados são: o mediano, o frontal e o transverso. Nesta aula, identificaremos os eixos e planos de simetria bilateral, faremos secções, em diferentes planos, no animal escolhido, e identificaremos os tipos de secções das gravuras contidas neste roteiro de aula. OBJETIVOS Realizar procedimentos que possibilitem identificar os três eixos de simetria bilateral de um animal, e por extensão, o de pré-embriões, embriões e fetos humanos. Fazer cortes no animal experimental nos planos médios do corpo, para identifica los. Identificar os eixos de simetria bilateral por onde passam os planos mediano, frontal e transverso. Reconhecer em gravuras de pré - embriões, embriões e fetos, o tipo de secção a que eles foram submetidos. MATERIAL Espécimes de camarão (Penaeus sp), adquiridos pelo professor em supermercados ou peixaria especializada - estiletes ou palitos de extremidades afiladas - lâmina de barbear ou bisturi - cuba de plástico ou placa de Petri grande – luvas - roteiro de aula prática. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ PROCEDIMENTOS De posse de um exemplar de camarão, identifique as seguintes regiões de seu corpo: Cefálica ou anterior - Caudal ou posterior - Dorsal ou superior - Ventral ou inferior – Lateral direita- Lateral esquerda Transpasse um estilete da região mediana da cabeça do espécime de camarão à região do meio da cauda, passando pela região média do corpo do animal. Que eixo de simetria do animal você está representando? Atravesse outro estilete da região média do dorso, pelo centro do corpo do animal, até a região ventral. Qual o plano de simetria que passa por estes dois eixos? Transfixar um terceiro estilete da região lateral média direita à região média esquerda. Como se chama o eixo de simetria representado? o plano que atravessa, simultaneamente, os eixos céfalo caudal e transverso? O que passa pelos eixos dorso - ventral e o transverso? Respostas: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 2. TIPOS DE CORTE E SECÇÕES ANATÔMICAS EM E FETOS. INTRODUÇÃO Os cortes e secções anatômicas são usados como referência para estudo de embriões e fetos. O domínio dos conhecimentos desses cortes e secções fornece informações importantes que facilitam a análise de gravuras de cortes e posições relativas de estruturas representadas ao logo da disciplina de Embriologia. Os cortes de embriões e fetos podem ser feitos em planos diferentes, resultando em aspectos variados. Os planos que passam por dois dos eixos citados são: o mediano, o frontal e o transverso. Nesta aula, identificaremos os eixos e planos de simetria bilateral, faremos secções, em diferentes planos, no animal escolhido, e identificaremos os tipos de secções. OBJETIVOS Realizar procedimentos que possibilitem identificar os cortes Mediano, Sazonal, Transversal e Longitudinal em fetos Humanos. Estabelecer pontos de referencias: Superior, Inferior, Anterior e posterior. MATERIAL Peças humanas preservadas em formol de aproximadamente 9 – 10 meses de idade. (Pertencente a coleção de estudo do Departamento de Biologia da PUC GOIÁS). PROCEDIMENTOS De posse do exemplar, identifique as seguintes regiões de seu corpo: Posterior e Anterior; Superior e Inferior; Secção Mediana; Secção Sazonal Secção Longitudinal Secção Transversal. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Esquematize e explique os tipos de Corte e Secções Anatômicas apresentadas em aula Prática. Explicações: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 3. ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS APARELHOS REPRODUTORES INTRODUÇÃO O homem e, em geral, animais de reprodução sexuada dispõem de aparelhos reprodutores, masculino e feminino, constituídos de órgãos cujas atribuições são: produzir gametas, secretar hormônios, transportar as células sexuais, promover o encontro de gametas e, em alguns, possibilitar o desenvolvimento interno. Seus órgãos são altamente adaptados a funções especializadas do processor e produtivo, garantindo a preservação das espécies animais. OBJETIVOS Identificar, nas preparações microscópicas de ovário, os folículos primários, secundários e terciários ou de Graaf; caracterizá-los e diferenciá-los. Identificar os diferentes tipos celulares presentes nos canais ou túbulos seminíferos e reconhecer que sua distribuição topográfica revela a ordem de formação de células durante a espermatogênese. Identificar e caracterizar as células testiculares de Sertoli e de Leydig; Caracterizar a organização estrutural dos seguintes órgãos reprodutores: epidídimo, canal deferente, vesícula seminal, próstata, uretra, pênis, ovário, tuba uterina, útero e vagina. MATERIAL Microscópios, lâminas fixadas e coradas, óleo de imersão, bibliografia com gravuras para estudo comparativo. PROCEDIMENTOS Analise, cuidadosamente, as preparações microscópicas fixadas e coradas de órgãos reprodutores de diversos animais, após sua focalização apropriada, ao microscópio óptico. As lâminas a serem analisadas contém cortes anatômicos de: Ovário BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Útero Vagina Testículo Próstata ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Faça desenhos ilustrativos do observado. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 4. GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA INTRODUÇÃO A reprodução humana depende de um processo de produção de células haploides – a gametogênese. As células germinativas primordiais surgem na fase intra - uterina, precocemente. Cerca de vinte e quatro dias após a fecundação pode-se identificar células grandes, ricas em fosfatase alcalina, diploides, formadoras da linhagem germinativa, distintas das demais células do embrião que compõem o soma. Elas passam por uma fase de proliferação mitótica e sofrem migração até o local onde se formarão as gônadas. Estas realizarão um processo reducional- a meiose - que difere em período de realização em homens e mulheres. Este processo permitirá a formação de células com a metade do número de cromossomos das células somáticas e, após diferenciação, originarão nos testículos, os gametas ou células sexuais masculinas - os espermatozoides e, nos ovários, as células sexuais femininas - os óvulos. OBJETIVOS Analisar preparações microscópicas fixadas e coradas de testículos e ovários de animais, mostrando estágios do processo da gametogênese masculina e feminina. Identificar as espermatogônias, espermatócitos, espermátides e espermatozóides Diferenciar um folículo primário de um secundário e de um maduro (de Graaf). Desenhar as estruturas visualizadas e identificá-las. PROCEDIMENTOS Analise, cuidadosamente, as preparações microscópicas fixadas. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Faça desenhos esquemáticos de cada fase dos processos de divisão Mitose e Meiose e explique as diferenças entre estes dois processos. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ MITOSE MEIOSE 1 BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ MEIOSE 2 BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 5. APARELHO REPRODUTOR MASCULINO INTRODUÇÃO O aparelho reprodutor masculino ou sistema genital masculino é o sistema responsável pela produção dos gametas masculinos, tal como a maturação e introdução destes no aparelho reprodutor feminino. Como processos fisiológicos relacionadas a essas funções, há a produção de hormônios e do sêmen. Sua forma e função está intimamente relacionada à evolução dos sistemas de acasalamento em primatas e ao conflito sexual entre macho e fêmea. OBJETIVOS Compreender os órgãos do sistema genital masculino: anatomicamente, funcionalmente ou embriologicamente. Divisão anatômica compreende uma parte externa e parte interna; Parte externa, está o pênis e o escroto, tal como as camadas do testículo; A parte interna compreende as vias espermáticas, as glândulas acessórias e os testículos. PROCEDIMENTOS Observar modelos didáticos do aparelho reprodutor masculino e discutir a importância dos órgãos da parte interna e externa. Adicionalmente, compreender o caminho dos SPTZ do local de sua produção, até sua ejaculação. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Faça um fluxograma do processo de produção e ejaculação dos SPTZ e explique a importância das glândulas anexas para este processo. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 6. APARELHO REPRODUTOR FEMININO INTRODUÇÃO Sistema reprodutor feminino é o sistema de órgãos da mulher envolvidos na reprodução. É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve (ou pélvis) constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. OBJETIVOS Compreender os órgãos do sistema genital feminino: anatomicamente, funcionalmente ou embriologicamente. Divisão anatômica compreende uma parte externa e parte interna; PROCEDIMENTOS Observar modelos didáticos do aparelho reprodutor feminino e discutir a importância dos órgãos da parte interna e externa. Adicionalmente, compreender os mecanismos de proteção da vagina e sua importância para o processo de gravidez. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Faça um fluxograma dos mecanismos de proteção da vagina e explique a importância deste mecanismos para a sobrevivência dos SPTZ. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 7. APARELHO REPRODUTOR FEMININO – PEÇAS ANATÔMICAS INTRODUÇÃO Sistema reprodutor feminino é o sistema de órgãos da mulher envolvidos na reprodução. É constituído por dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve (ou pélvis) constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. OBJETIVOS Demonstrar uma alternativa para a realização de aulas práticas na disciplina de embriologia e Ontogenia, abordando: segurança no uso destas, paramentação dos alunos e demonstrar o mais próximo possível as condições reais. ORIGEM DAS PEÇAS As peças utilizadas foram provenientes de frigorífico de Goiânia- GO. Vacas, com idade entre dois e três anos, originária de propriedades de municípios próximos. Os animais não tinham histórico de apatia, testes para brucelose negativos e vacinas em dias, emagrecimento progressivo e anorexia e, tendo o proprietário solicitado/ encaminhado para o abate comercial. PROCEDIMENTOS Foram utilizados durante a aula prática os quatro aparelhos reprodutores de bovinos. Todos os membros foram deixados sobre mesas inox com drenagem de líquidos. A turma será dividida em quatro grupos e cada grupo ficará responsável por uma peça, para que desenvolvessem as técnicas recomendadas (incisão de pele, divulsão e secção muscular). Todos os alunos estavam com equipamentos de proteção individual (EPI’s): Jaleco, luvas, máscaras, sapato fechado e toca. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Faça um relatório de aula prática. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 8. APARELHO REPRODUTOR FEMININO – PEÇAS ANATÔMICAS INTRODUÇÃO Em humanos, ocorre proliferação celular intensa, na linha média do epiblasto e, estas células que formam a linha primitiva avançam da região caudal à região cefálica migrando entre as células epiblásticas para fomarem o terceiro folheto embrionário – o mesoderma; também, algumas células invadem o hipoblasto e este passa a constituir o endoderma, bem como o epiblasto, passa a ser designado ectoderma. Desse modo, forma-se o embrião trilaminar ou de três folhetos embrionários. Outro evento importante que ocorre na terceira semana do desenvolvimento humano é a formação do eixo primitivo do embrião ou notocorda. Surge da proliferação de células de uma estrutura circular que se forma na extremidade cefálica da linha primitiva, o nó primitivo ou de Hensen. Células migram pela fosseta do nó primitivo em direção cefálica, e geram a estrutura cilíndrica da notocorda. A formação do sistema nervoso primitivo ou neurulação inicia-se com proliferação de células do ectoderma que formam sucessivamente a placa neural, o canal ou goteira neural e, finalmente, o tubo neural e as cristas neurais. Esses últimos são responsáveis pela formação do sistema nervosos central e o sistema nervoso periférico. O mesoderma sofre um processo de segmentação, formando os somitos geradores do tecido conjuntivo propriamente dito, músculos e ossos, fenômeno chamado de somitização. Também, graças à interação de folhetos mesodérmicos com o ectoderma e o endoderma surgem as cavidades do corpo embrionário. OBJETIVOS Analise de lâminas de cortes de embriões, em diferentes planos de secção, para identificação das estruturas citadas acima. PROCEDIMENTOS Analise, cuidadosamente, as lâminas de cortes de embriões de rã, faça desenhos do que observa, e, com uso da bibliografia indicada, interprete as estruturas observadas. Pesquise sobre a sua origem. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Identifique as semelhanças e diferenças entre o desenvolvimento embrionário de rã e o desenvolvimento humano. _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 9. ANÁLISE DA CROMATINA SEXUAL X CORPÚSCULO DE BARR PARA IDENTIFICAÇÃO DO SEXO INTRODUÇÃO O Corpúsculo de Barr ou Cromatina sexual é encontrado em indivíduos do sexo feminino, genótipo XX dos genes sexuais, visível nas células somáticas durante a intérfase. O corpúsculo de Barr é compensação natural para a dupla carga genética dos indivíduos femininos da espécie humana. Um dos cromossomos X fica espiralizado, ou seja, inativo, fazendo com que só um dos alelos x se manifeste. Essa espiralização é aleatória nas células do organismo, porém o cromossomo X que por acaso possuir alguma anomalia será preferencialmente inativado. Nos indivíduos masculinos da espécie humana, genótipo XY, não há corpúsculo de Barr ou cromatina sexual, pois somente se manifesta um cromossomo X. OBJETIVOS Visualizar a cromatina sexual e diferenciar as células masculinas das femininas e também discutir a ocorrência de síndromes ou anomalias cromossômicas sexuais. PROCEDIMENTOS Lâmina - lamínula - óleo de imersão - microscópio - solução de orceína acética a 2% etanol a 95 % - papel de filtro - espátula de madeira ou palito - béquer - placa de petri conta-gotas -células da mucosa oral. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Examinar as lâminas confeccionadas em aula pratica. Identificar o número de cromatinas sexuais X ou corpúsculos de Barr dos indivíduos com as seguintes dotações cromossômicas: XX__________________________ X0__________________________ XY _________________________ XY __________________________ XXY ________________________ XXXY________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 10. A PLACENTA E AS MEMBRANAS FETAIS INTRODUÇÃO O desenvolvimento embrionário humano exige a participação de estruturas anexas ao embrião que têm como principais finalidades fornecer nutrientes ao embrião e feto, fazer sua proteção contra choques e desidratação, produzir hormônios que criam condições adequadas ao desenvolvimento, fornece células precursoras de gametas, de células sanguíneas e vasos, dentre outras funções. Esses anexos embrionários são: o saco amniótico e o saco vitelino, que surgem precocemente a partir da segunda semana do desenvolvimento humano, do córion que envolve as duas estruturas citadas; a placenta, órgão de origem mista, embrionária e materna; o cordão umbilical que estabelece a conexão entre embrião/feto e placenta. Alterações na formação destas estruturas podem resultar em formação anômala. OBJETIVOS Caracterizar os exemplares de placentas humanas disponíveis quanto à forma dimensões e estrutura Diferenciar a face materna da placenta da face fetal. Identificar e caracterizar as partes correspondentes a âmnion e córion. Discutir as funções desempenhadas pela placenta e membranas fetais. PROCEDIMENTOS Analisar, cuidadosamente, as peças de placenta que você dispõe, identificando suas partes constituintes, componentes estruturais, diferenças na aparência entre suas distintas faces. Identificar as peças que fizeram parte do saco amniótico e coriônico, e caracterizalos quanto ao aspecto, posição, relação anatômica com a estrutura placentária propriamente dita. Justificar o fato do âmnion e o córion encontrar-se rompidos4.Analisar a estrutura anatômica do cordão umbilical, identificar seus componentes e caracteriza-los. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Enumere as funções as funções exercidas pela placenta e faça desenhos ilustrativos indicando o nome dos componentes e suas funções. _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 11. O DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OURIÇO DO MAR - CLIVAGEM INTRODUÇÃO É um processo biológico desencadeado pela fecundação que se manifesta através de sucessivas mitoses dividindo o ovo, uma única célula em células menores ou blastômeros, formando uma estrutura pluricelular. A clivagem varia com o tipo de ovo e o ovo se caracteriza pela quantidade de vitelo presente. OBJETIVOS Observações de laminas em modelo de estudo de clivagem: o ouriço do mar. PROCEDIMENTOS Use a objetiva de menor aumento para encontrar o campo a ser observado, local onde há uma concentração maior das estruturas. Mude para a objetiva de aumento médio e passe a identificar: Os ovos ou zigotos, os quais possuem uma constituição homogênea. Os estádios de 2 células, 4 células, 8 células. Compare o zigoto com outro estadio mais adiantado e verifique como o tamanho total da célula ovo manteve-se quase idêntico ao do estágio segmentado. A segmentação não interferiu no tamanho total da estrutura. Os blastômeros resultantes da clivagem nos diferentes estádios guardam proporções iguais. Com esta mesma objetiva, procure uma estrutura constituída de várias células compactadas em uma esfera. A partir de 16 blastômeros o embrião é considerado MÓRULA. Este aspecto deve-se às sucessivas divisões, as quais diminuíram progressivamente o tamanho dos blastômeros. A estrutura se assemelha a uma amora, daí a denominação deste estágio. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Esquematize as diferentes fases observadas: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 12. Discussão de Artigo GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E ABANDONO ESCOLAR: CONSCIENTIZAÇÃO DE ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE JOÃO PESSOA - PB Alana Franco da Silva (1) , Felipe Vieira Holanda de Almeida Rachel Linka Beniz Gouveia (4) (2) (2) (4) (4) , Silmery da Silva Brito , Katy Lisias Gondim Dias , Ana Carolina Luchiari (3) Amorim de Vasconcelos , Darízy Flávia Silva Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisiologia e Patologia /PROBEX RESUMO: Adolescentes têm iniciado cada vez mais cedo a vida sexual. Este fato fomenta os grandes índices de gravidez na adolescência, principalmente em comunidades carentes, onde a informação a cerca de métodos contraceptivos é escassa. O objetivo deste trabalho foi propor estratégias para melhorar o conhecimento de alunos adolescentes do ensino público de João Pessoa - PB sobre o funcionamento do sistema reprodutor masculino e feminino bem como dos métodos anticoncepcionais, a fim de conscientizá-los e reduzir as taxas de gravidez na adolescência e abandono escolar. Foi feita uma pesquisa de campo exploratória, através de visitas a escolas públicas e aplicação de questionários. Os resultados indicaram pouco conhecimento sobre o sistema reprodutor e quase nenhum acesso aos métodos preventivos da gravidez. Este resultado variou entre meninos e meninas, que, de forma geral, conheciam preferencialmente a camisinha. Em seguida, foram elaboradas cartilhas explicativas e oferecidas palestras sobre o tema em escolas públicas do município de João Pessoa. Palavras-chave: Gravidez na adolescência; Abandono escolar; Métodos Anticoncepcionais. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, a adolescência vem ocupando lugar de significativa relevância no contexto das grandes inquietações que assolam a sociedade de modo global, tanto no campo da educação quanto no campo da saúde. Os principais problemas que geral tal preocupação com os jovens dizem respeito à saúde sexual e reprodutiva, a gravidez precoce, o aborto inseguro e as DSTs (ABRAMOVAY; CASTRO; SILVA; 2004). Especialmente a gravidez e a maternidade na adolescência não planejada, com ênfase na ocorrência em menores de 16 anos, vêm preocupando profissionais de saúde, pais, educadores e toda a sociedade, tendo em vista os prejuízos pessoais e sociais, quando associado às precárias condições de vida, com pouco acesso aos serviços e bens de consumo, contribuindo assim para perpetuação do ciclo de pobreza (GAMA et. al., 2001). Segundo Cicco (2005), a gravidez precoce é considerada um problema de saúde pública não só no Brasil, mas no mundo todo. No Brasil, uma em cada quatro mulheres que dão à luz nas maternidades tem BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ menos de 20 anos de idade. De acordo com Sowers Phills (Apud, MAGALHÃES et, al., 2006), quando uma adolescente engravida, geralmente se vê uma nova e desafiante situação não planejada e até mesmo indesejada. Na maioria das vezes, a gravidez na adolescência ocorre entre a primeira e a quinta relação sexual. Quando a jovem tem menos de 16 anos, por sua imaturidade física, funcional e emocional, crescem os riscos de complicações, como o aborto espontâneo, parto prematuro, maior incidência de cesáreas, ruptura dos tecidos da vagina durante o parto, dificuldades na amamentação e depressão. Uma das conseqüências agravantes para o meio social, é que as mulheres são as mais prejudicadas. Ao engravidar, fatores como a vergonha e preconceito, as influenciam a deixar de freqüentar a escola, ato que após o nascimento do bebê é justificado pela necessidade de trabalho para o sustento do filho, uma vez que, em geral, a paternidade não é assumida, e quando é, submetem pai e mãe ao abandono escolar e ingresso no mercado informal e mal remunerado (OLIVEIRA, 2008). Embora a gravidez adolescente seja apontada como desfavorável e inoportuna nesta etapa da vida, a taxa de fecundidade entre meninas de 10 a 19 anos vem aumentando consideravelmente. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de fecundidade no grupo de mulheres entre 15 e 19 anos apresentou aumento de 26% entre os anos 1970 e 1991. No mesmo período, a taxa de fecundidade entre adolescentes de 10 a 14 anos foi duplicada, enquanto que a fecundidade de mulheres adultas apresentou uma curva decrescente sistemática e significativa. Dados do DATASUS, do período de 1994 a 1997, continuaram mostrando esta tendência, com a taxa de fecundidade aumentando de 2,0 para 3,2 em cada mil jovens entre 10 e 14 anos, e de 62,2 para 79,3 em jovens de 15 a 19 anos. Segundo dados da Secretaria de Saúde da Paraíba, somente neste Estado foi registrado aumento de 18 para 25 mil casos de gravidez entre jovens de 10 a19 anos do ano 2000 para o ano 2005. Este fenômeno é verificado especialmente, mas não exclusivamente, na população de baixa renda, devido a condições de vida desfavoráveis, desconhecimento sobre o funcionamento do próprio corpo, falta de suporte afetivo da família, deficiência de programas adequados de educação sexual e falta de acesso a métodos anticoncepcionais (Carvacho et al., 2008). Enquanto aumenta o número de casos de gestação entre adolescentes, faltam políticas públicas que foquem a educação sexual e, principalmente, que estimulem a permanência de jovens mães nas salas de aula. Há nítida associação entre gravidez precoce, baixa escolaridade e baixa renda. As adolescentes grávidas estão concentradas nas famílias que ganham até um salário mínimo mensal. Muitas estão fora da escola antes de engravidarem e, se isso ocorre, as chances de seguirem o caminho da educação formal são cada vez mais reduzidas, tornando-se necessárias políticas públicas e também a participação da comunidade no apoio às jovens mães (site: www.joaopessoa.pb.gov.br/secretarias/saude/). Nesse sentido, o presente estudo objetivou (i) inicialmente fazer o levantamento de informações relevantes dos adolescentes sobe o tema acima abordado, utilizando uma linguagem de fácil acesso e compreensão, e (ii), posteriormente, elaborar formas didáticas e claras de chamar a atenção dos jovens sobre a sexualidade, a gravidez e as formas de evitar a concepção, buscando diminuir os índices de gravidez na adolescência e a evasão escolar. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ DESCRIÇÃO METODOLÓGICA Este estudo corresponde à pesquisa descritiva, quantitativa, de caráter exploratório, que utilizou questionários para obtenção das informações relevantes ao tema sexualidade, gravidez e evasão escolar. Segundo Thomas e Nelson (2002), a pesquisa descritiva baseia-se na detecção de problemas e práticas a serem melhoradas através da observação, análise e descrição objetiva, cujo método quantitativo implica em medidas precisas, controle rigoroso das variáveis e análises estatísticas. O levantamento de dados foi realizado com 466 alunos de 15,8 ± 1,8 anos de idade matriculados em escolas de ensino fundamental e médio na cidade de João Pessoa – PB. Os limites de idade acima referidos contemplam os jovens enquadrados com os maiores índices de atividade sexual e gravidez entre adolescentes. As escolas participantes deste estudo foram: Escola Estadual de Ensino Fundamental Burity, Escola Municipal General Rodrigo Octávio (EMGRO), Escola Estadual Escritor José Lins do Rêgo, Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Liliosa de Paiva Leite e Escola Estadual de Ensino Médio Lyceu Paraibano. Este protocolo experimental encontra-se consubstanciado nas normas elencadas na resolução 196 do CONSEPE, a qual regulamenta as diretrizes éticas para realização de pesquisa em seres humanos. Elaboração de questionário e análise de dados A abordagem estatística, preferencial na maioria dos estudos científicos, tem como objeto “populações”, isto é, conjuntos de dados coletados em condições específicas focadas pelo pesquisador. Neste estudo, o foco da pesquisa foram adolescentes estudantes do ensino médio e fundamental de escolas públicas em João Pessoa, PB. Portanto, considerando o exposto e o fato de que a visão qualitativa, para um tema relevante como a sexualidade adolescente, permite identificar com razoável profundidade perfis característicos deste universo, optamos pela utilização desta metodologia no estudo do nosso grupo de jovens adolescentes (Neves, 1996). Quanto à pesquisa de campo propriamente dita, uma vez que a abordagem qualitativa demanda uma interação mais profunda entre pesquisador e sujeito de forma a evitar respostas superficiais por parte do entrevistado, e a instigá-lo a uma reflexão que forneçam assim um enfoque diferenciado para a compreensão da sua realidade, optamos pela utilização de questionário com múltipla escolha pela praticidade do instrumento de avaliação e obtenção da resposta. Vale salientar que os alunos que participaram da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que explicita os direitos do participante ao anonimato ou à desistência de participar da pesquisa sem nenhuma conseqüência. Os dados coletados foram tabulados e comparados estatisticamente através do teste de qui-quadrado e teste de Friedman (Zar, 1999). BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Elaboração de material educativo Após a análise de dados e discussão dos resultados, optamos por organizar uma cartilha didática que abordasse a fisiologia do sistema reprodutor feminino e masculino, bem como todos os métodos contraceptivos conhecidos. As cartilhas foram impressas com o apoio financeiro do Centro de Ciências da Saúde da UFPB e foram oferecidas aos alunos das escolas participantes deste estudo. Concomitante à disponibilização das cartilhas, foram oferecidas palestras educativas sobre o tema alvo do estudo, com textos didáticos, imagens ilustrativas, bem como os resultados relevantes obtidos nos questionários respondidos pelos participantes da pesquisa. RESULTADOS A análise dos 466 questionários respondidos pelos alunos das escolas públicas de João Pessoa mostrou resultados relevantes para que métodos alternativos de educação sexual sejam implantados para a consolidação do aprendizado sobre sexualidade e prevenção de gravidez. A maioria dos jovens participantes desta pesquisa mostrou conhecer adolescentes que engravidaram durante a fase escolar, dos quais a grande maioria optou ou foi levado a deixar a escola para se dedicar aos filhos (Fig. 1a), resultado preocupante e que demonstra uma relação direta entre a gravidez na adolescência e o abandono escolar. Em relação à melhor idade para o inicio da vida sexualmente ativa, grande maioria dos jovens indicou ser preferível a idade entre 18 a 21 anos corroborando com a pesquisa realizada com estudantes de escolas públicas de Pernambuco, onde 48,4% dos entrevistados alegaram acreditar que a idade mais adequada seria acima dos 16 anos de idade (ARAÚJO e COSTA, 2009). No entanto, daqueles que acham que a vida sexual deve ter início entre os 13 e 17 anos, a maioria era do sexo masculino, enquanto as meninas foram maioria no grupo que prefere ter início sexual entre 22 e 25 anos (Fig. 1b). Quando questionados sobre a decisão de ter filhos para garantir um relacionamento amoroso, ambos os meninos e as meninas manifestaram entender que a gravidez não é capaz de manter qualquer 2 relacionamento (χ , p<0,05). * Figura 01. a) Conhecimento de 466 alunos (15,8 ± 1,8 anos de idade) do ensino fundamental e médio de escolas públicas de João Pessoa, PB sobre casos de gravidez adolescente e evasão escolar e b) idade estimada pelos alunos para o inicio da vida sexualmente ativa em adolescentes. * significa diferença estatística entre a) indivíduos que conhecem casos de gravidez e b) resposta de meninos e meninas BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ 2 para a mesma idade (χ , p<0,05). Letras diferentes indicam diferença estatística entre os valores totais 2 de meninos e meninas quanto à idade para iniciar a vida sexual (χ , p<0,05). O questionamento referente aos hábitos de conversar e esclarecer dúvidas relativas à sexualidade mostrou que os jovens preferem conversar com amigos a buscar informações com professores ou com a família (Fig. 2a). Esses mesmos jovens apontaram saber das chances de engravidar na primeira relação sexual, mas não parece conhecer de forma satisfatória o ciclo reprodutivo, a ponto de indicar o período menstrual como fase sem riscos para gravidez (Fig. 2b). b) 100 % respostas 80 80 a 60 40 b bc c 20 sim 100 % respostas a) não sabem 60 40 20 0 não a b b 0 família professores amigos ninguém Com quem conversam sobre sexualidade Pode-se engravidar na primeira Pode-se engravidar no período relação? menstrual? Figura 02. Respostas de 466 alunos (15,8 ± 1,8 anos de idade) do ensino fundamental e médio de escolas públicas de João Pessoa, PB em relação a a) quem procurar para tirar dúvidas e comentar assuntos relacionados a sexualidade e b) entendimento sobre a possibilidade de gravidez em uma fase distinta do ciclo reprodutivo feminino. Letras diferentes indicam diferença estatística entre as 2 respostas dos alunos (χ , p<0,05). Dos métodos anticonceptivos conhecidos, a camisinha masculina o método mais conhecido entre os estudantes de escolas públicas da cidade de João Pessoa, sendo que 97.95% dos meninos e 94.4% das meninas entrevistadas afirmaram ter conhecimento deste método. Comparando estes dados com outro estudo, realizado na cidade de São Carlos-SP, no ano de 2007, percebemos uma aproximação dessas médias, na qual 85% dos meninos e 93% das meninas, estudantes de escolas públicas, afirmam ter mais conhecimento sobre esse método (SILVA, et al, 2007). Quanto á camisinha feminina, 84,1% dos meninos e 87,7% das meninas afirmou conhecer o método. Por maior porcentagem de conhecimento entre os adolescentes que, este método de barreira inventado no final dos anos 80 possua sua divulgação, praticidade e eficácia só têm se tornado conhecida nos dias de hoje, com ação de educação em saúde, promovida pelos profissionais da saúde através dos novos programas de políticas públicas, como o Programa Saúde da Família. Tal crescimento pode ser observado, comparando dados de uma pesquisa realizada no ano de 2006, em Unidades de Referência para DST’s no Ceará, onde numa amostra com quinze (15) enfermeiros e (11) médicos, apenas um (1) profissional de cada categoria, indicava o uso do preservativo feminino (OLIVEIRA, et al, 2008). A pílula anticoncepcional registra nesta pesquisa, 89% de meninas e 73,4% dos meninos que afirmam conhecer o método. Possui uma predominância feminina por tratar-se de um método hormonal que BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ age no sistema reprodutor feminino. Percebemos que o conhecimento junto á este método permanece numa constante desde sua invenção, na década de 80, muito divulgada junto ao movimento feminista, ao comparar estes dados com outros coletados no Serviço de Obstetrícia da Associação Hospital de Cotia – SP, onde os valores quanto ao conhecimento sobre o método variavam quanto á idade, desde 37,5% em adolescentes de 13 anos á 76% em jovens de 19 anos (SCHOR e LOPEZ, 1990). Em se tratando á contracepção de emergência, conhecida como pílula do dia seguinte, os dados coletados acusam conhecimento de 63,7% das meninas e 58,6% dos meninos entrevistados. Uma estatística regular, comparando-a com dados coletados entre alunos de escolas públicas de Pernambuco, realizada em março de 2009 onde 65,1% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento a cerca do método (ARAÚJO e COSTA, 2009). A tabelinha é um dos mais primitivos métodos de contracepção. Foi muito usada nas décadas de 70 e 80, porém devido á seu baixo índice de segurança foi dando espaço para métodos mais seguros, conforme os supracitados. Entretanto, ainda é considerado um método contraceptivo e 35,2% dos meninos e 53,7% das meninas, participantes da pesquisa alegaram conhecer o método. Em relação ao Dispositivo IntraUterino (DIU) os resultados demonstram que 26,5% dos meninos e 42,5% das meninas obtiveram conhecimento sobre o método. Se compararmos estes dados à estudos feitos em São Paulo, no ano de 2007, onde a porcentagem de jovens que afirmam conhecer o método da Tabelinha se encontra na média de 22% e os que afirmam conhecer o DIU somam 51%, observaremos que os jovens da cidade de João Pessoa possuem maiores conhecimentos sobre métodos contraceptivos poucos seguros em relação aos jovens de São Paulo. E isto influencia diretamente no índice de gravidez indesejada entre adolescentes de cada estado (SILVA, et al, 2007). * Figura 03. Conhecimento sobre métodos anticoncepcionais entre 466 alunos (15,8 ± 1,8 anos de idade) do ensino fundamental e médio de escolas públicas de João Pessoa, PB. Letras diferentes indicam diferença estatística entre as respostas dos alunos, sem considerar o sexo (Friedman, p<0,05). * 2 significa diferença estatística entre a resposta de meninos e meninas (χ , p<0,05). BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO O Brasil tem sido apontado como um dos países que apresenta taxa acima da media mundial de gravidez na adolescência, cerca de 50 nascimentos por 1000 mulheres (Relatório Mundial sobre População da ONU). Estudos tendem a argumentar que a gravidez na adolescência repercutiria em abandono escolar e redução da escolaridade (Abeche, 2002). Assim, este estudo tomou como base essa problemática e buscou dados junto aos adolescentes entre 13 e 20 anos, estudantes do ensino público da cidade de João Pessoa, PB, com o intuito de poder reforçar o ensino sobre a prevenção da concepção e, conseqüentemente, diminuir os índices de evasão escolar entre os jovens. Os adolescentes estudantes do ensino fundamental e médio participantes deste estudo parecem conhecer os prejuízos de uma gravidez indesejada para a continuidade da vida escolar (Fig. 1a), porém não conhecem adequadamente o ciclo reprodutivo (Fig. 2b) e os vários métodos de prevenção da gravidez (Fig. 3). Pesquisas com adolescentes mostraram que os métodos de ensino sobre educação sexual nas instituições escolares não são esclarecedores, nem informativos, nem explicativos, não possibilitando o conhecimento adequado sobre os temas de dúvidas dos adolescentes, o que culmina em elevação dos índices de gravidez e doenças sexuais cada vez mais precoces (OMS, 2004). No estudo aqui apresentado, podemos notar que apesar da maioria dos adolescentes optarem que o início da vida sexual deve ocorrer após a maioridade (18 anos), as intenções de uma parte dos alunos, principalmente os meninos, está em iniciar a atividade sexual após os 13 anos (Fig. 1b), o que nos alerta sobre a necessidade de oferta de informações sobre a sexualidade ainda mais cedo. Também foi demonstrado nessa pesquisa que os jovens costumam debater assuntos relacionados à sexualidade apenas entre si, não buscando conhecimento em outras fontes mais adequadas (Fig. 2a). Diante desta problemática, se torna de fundamental importância a inserção de profissionais da saúde e da educação na busca de formas de orientar e oferecer informações relevantes de forma clara e didática. Nesse sentido, a partir dos resultados encontrados com essa pesquisa, elaboramos uma cartilha educativa, bastante ilustrada e direcionada aos interesses dos jovens adolescentes, tratando do tema sistema reprodutor e métodos preventivos da gravidez. Este material foi confeccionado com linguagem acessível e com contexto no qual o adolescente de 13 a 20 anos pudesse ter interesse na aquisição e leitura. Sabendo que esses adolescentes têm maior liberdade para questionar e buscar informações com indivíduos de idade mais próxima deles mesmos, elaboramos palestras sobre o tema que foram apresentadas por alunos do curso de enfermagem da UFPB, participantes do projeto de Extensão universitária. Isso possibilitou abertura para o questionamento e maior atenção por parte dos adolescentes. Nas palestras, iniciamos mostrando os resultados da pesquisa feita com os próprios alunos, a fim de chamar a atenção para suas respostas e mostrar as falhas e necessidades quanto à orientação sexual. Devido às observações quanto ao conhecimento sobre métodos preventivos estar fixada nas camisinhas, como podemos observar na figura 3, foram apresentados aos alunos diferentes métodos, esclarecendo as eficácias e desvantagens destes. A visualização do objeto contraceptivo e sua forma de BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ utilização é uma maneira bastante eficaz de estimular o aprendizado, já que estimula a via auditiva e a visual concomitantemente. Foi usada essa abordagem visando conscientizá-los de que a prevenção de gravidez não deve ser a única preocupação, mas também a prevenção contra DSTs. Quando abordamos a tabelinha, método mais conhecido por meninas do que meninos (fig. 3), enfatizamos a baixa efetividade do método e a importância de se conhecer o ciclo reprodutivo de ambos os gêneros sexuais para utilização deste método. Por fim, procuramos conscientizar os adolescentes sobre os prejuízos de uma gravidez indesejada e sobre o melhor método de preveni-la: camisinha unida a pílulas anticoncepcionais. Esses dois métodos unidos evitam tanto a gravidez quanto DSTs. A educação sexual nas escolas, associada a programas de saúde, é uma medida eficaz de prevenção à gravidez precoce. A pesquisadora Maria Waldenez de Oliveira, especialista em Educação Comunitária, sugere que a efetiva contribuição da educação na redução da gravidez na adolescência pode ser conseguida com debates, dentro e fora das escolas, sobre temas como sexualidade, igualdade de gênero, diversidade étnica e mercado de trabalho para jovens pais. A especialista alerta que, considerando a baixa taxa de escolaridade das mulheres no Brasil, esses espaços de orientação podem ser encontrados na própria comunidade onde estão as adolescentes de nível socioeconômico e de escolaridade baixa. Assim, levar à escola temas com alto impacto socioeconômico, como a gravidez adolescente, é de grande importância e alavanca as discussões do assunto nas casas dos jovens e nos ambientes ocupados por eles, tornando-os disseminadores do conhecimento e formadores de mais jovens atentos às questões sexuais. REFERÊNCIAS ABECHE, A.M. A Gestante Adolescente e seu Parceiro: características do relacionamento do casal e aceitação da gravidez. Porto Alegre: UFRGS, 2002. ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; SILVA, L. B. Juventudes e Sexualidade. Brasília: UNESCO Brasil. p. 3234, 134-135, 2004. ARAÙJO, M. S. P. e COSTA, L.O.B.F. – Comportamento Sexual E Contracepção De Emergencia Entre Adolescentes De Escolas Públicas De Pernambuco, Brasil. Revista Cadernos de saúde Pública, vol. 25 Num. 3. Rio de Janeiro, 2009. CARVACHO, Ingrid Espejo; PINTO E SILVA, João Luiz; MELLO, Maeve Brito de. Conhecimento de adolescentes grávidas sobre anatomia e fisiologia da reprodução. Rev. Assoc. Med. Bras., vol.54, no.1, p.29-35, fevereiro 2008. BRASIL, Ministério da Saúde, Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS). Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Extraído de http://www.datasus.gov.br , acesso em data 23 de maio de 2005. CICCO, L. Gravidez precoce. Revista Oikos, Viçosa, v.16, p.63-87, 2005. GAMA S.G.N., SZWARCWALD, C.L., LEAL, M.C., THEME FILHA, M.M. Gravidez na adolescência como fator de risco para baixo peso ao nascer no município do Rio de Janeiro: 1996 a 1998. Revista Saúde Pública 2001; 35: 74-80. IBGE [Online]. Maternidade na adolescência. 2003. Homepage: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/noticias/maternidadenaadolescencia.html. MAGALHÃES, M.; (et.al). Gestação na adolescência precoce e tardia – há diferença nos riscos obstétricos?, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 28, n. 8, 2006. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Cadernos de Pesquisas em Administração, v. 1, n.3, 2º sem., 1996. OLIVEIRA, N. S. , MOURA, E. R. F. et al. – Conhecimento E Promoção Do Uso De Preservativo Feminino Por Profissionais De Unidades De Referencia Para Dst/Hiv De Fortaleza – Ce: O Preservativo Feminino Precisa Sair Da Vitrine. Revista Saúde e Sociedade. Vol. 17, Num.1. São Paulo, 2008. OLIVEIRA, R. C. – Adolescência, gravidez e maternidade: percepção de si e a relação com o trabalho. Revista Saúde e Sociedade. Vol. 17, num.4. Agosto – 2008. OMS - Organização Mundial da Saúde. Saúde reprodutiva de adolescentes: Uma estratégia para ação. Uma declaração conjunta OMS/FNUAP/UNICEF. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. ONU, Organização das Nações Unidas. Relatório mundial sobre populações. Site: www.un.org/esa/population/ SCHOR, N. e LOPEZ, F. – Adolescência E Anticoncepção: Estudo De Conheciemento E Uso Em Puerperas Internadas Por Parto Ou Aborto. Revista de Saúde Pública. Vol. 24, Num. 5. São Paulo, 1990. SILVA, N. C. B. , BOMFIM, T. , et al – Proposta De Instrumento Para Avaliar Conhecimento De Jovens Sobre Métodos Contraceptivos. Revista Paidéia, Vol. 17, Num. 38. Ano 2007. Site: www.joaopessoa.pb.gov.br/secretarias/saude/. Acesso em 20/04/2008. THOMAS, J. & NELSON, J. Métodos de pesquisa em atividade física e saúde. 3ª ed. São Paulo: Artmed Editora, 2002. ZAR, JH. Análise Biostatistical. Quarta edição. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1999. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Leia o artigo acima e preparem para uma discussão em função da temática abordada por ele: Aguarde instruções do professor. _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 13. COMO FAZER OS ALUNOS SONHAREM? Para sonhar com algo é preciso admirar. E para admirar é necessário conhecer. Assim, antes de qualquer coisa, desperte o interesse de seus alunos em conhecer as profissões. Uma forma de fazer isso é aplicar uma espécie de jogo usando uma dinâmica de grupo que defina uma pontuação para cada atividade que eles fizerem. Se usada de forma lúdica, a competição é um ótimo estimulante à participação neste tipo de ação. Nome da atividade: Escolha Profissional Objetivo Estimular a prevenção de gravidez na adolescência por meio da percepção do impacto que ela pode causar nas escolhas profissional. Conteúdo Gravidez na adolescência Alternativas profissionais Material necessário Papel sulfite Caneta Bexigas Tempo estimado Uma aula Desenvolvimento 1ª etapa Comece perguntando aos alunos quem já sabe qual profissão irá seguir. Provavelmente, poucos irão se manifestar. Mesmo assim, peça para que eles falem o que gostariam de ser. Isso vai estimular o grupo a pensar sobre as profissões existentes. 2ª etapa Divida a turma em quatro grupos e peça que cada grupo se acomode num canto da sala. Em seguida, peça que cada grupo escolha um relator. Explique que eles farão o jogo sobre as profissões. Entregue para cada grupo uma folha de papel sulfite, onde eles deverão escrever o nome de todas as profissões que conhecem, a partir do momento que for anunciado o início do jogo pelo professor. Eles terão cinco BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ minutos para fazer a atividade. Para cada profissão escrita e aceita como tal pelo professor, o grupo ganha 01 ponto. 3ª etapa Tem início a competição. O professor informa que começou a valer o tempo. Os relatores devem escrever as profissões que seus colegas de grupo falarem. Durante este tempo, o professor deve passar de grupo em grupo estimulando sua produção e tirando dúvidas. Passados os cinco minutos, o professor anuncia o término do tempo e pede para os relatores de cada grupo se dirigirem ao centro da sala para a leitura em voz alta das profissões listadas por cada grupo. Cada atividade enunciada deve ser aprovada como profissão pela maioria dos alunos para que o grupo receba os pontos. 4ª etapa Agora o professor fala que dois grupos irão representar um garoto e os outros dois uma garota. Eles devem construir um personagem com um nome – que não pode ser de ninguém da turma –, com uma idade aproximada ou igual à deles e na mesma condição social e econômica. Em seguida, o grupo deve escolher dentre as profissões que listou, 10 que o seu personagem teria condições de exercer. E explicar como poderia alcançar esta formação profissional (concurso pulico, graduação e outros). O relator deve colocar um S (simbolizando sim) para aquelas que forem escolhidas. Depois de alguns minutos, quando os grupos estiverem bem concentrados, já finalizando as escolhas das profissões, o professor deve inserir um fator surpresa: Ele entrega a cada grupo uma bexiga cheia e diz que isto significa uma gravidez. Quer dizer que o seu personagem “ficou grávida ou será pai”. Eles devem reler suas escolhas e ver se será necessária alguma alteração por conta da novidade. Caso eles julguem que o personagem grávido não conseguirá atingir seus objetivos tendo engravidado na adolescência, eles devem escrever ao lado do “S” a sigla “NG” – (que significa não quando grávida(o)) Para atividade listada que recebeu apenas S, o grupo ganha mais um ponto. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Quando os grupos estiverem prontos, eles devem apresentar seu personagem, contar quais as profissões que tinham escolhido para ele e quais depois de aparecer a gravidez ele de fato poderia vir a cursar ou exercer. Justificar ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Peça que os alunos escrevam em uma tira de papel qual o impacto que uma gravidez na adolescência poderia causar na escolha profissional deles _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 14. AS EXPECTATIVAS SOCIAIS DE SER MÃE Dinâmica adaptada do manual “Trabalhando com mulheres jovens: empoderamento, cidadania e saúde. Disponível em: http://www.promundo.org.br/wp-content/uploads/2010/03/trabalhando-com-mulheresjovens.pdf OBJETIVOS Professor/a essa atividade tem como objetivo refletir sobre as diferentes formas de ser mãe e as expectativas sociais e culturais relacionadas à maternidade. MATERIAIS Papéis e canetas. PROCEDIMENTOS 1. Divida os/as participantes em grupos. (Max. 4 grupos monitorados) 2. Peça a cada grupo que construa a história de uma mãe. Enfatize que a única informação que receberão é de que a personagem é mãe. Todo o resto sobre a vida da personagem deve ser criado e discutido pelo grupo. Distribua as seguintes questões para ajudar na discussão: • Qual é o nome? E a idade? • Onde ela mora? • Com quem ela parece? • O que ela gosta de fazer? • Ela planejava ser mãe? • Ela tem outros filhos? • Ela estuda ou trabalha fora? • Ela mora com um companheiro? • O que ela fará nos próximos 5 anos? E em 20 anos? • O que ela sente sendo mãe? BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ 3. Escolha um representante de cada grupo e peça que apresente a história para os demais alunos/ grupo. PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO Após a apresentação das histórias, use as questões abaixo para iniciar discussões. As mães das histórias são mães ideais ou existem na realidade? (Opiniões dos representantes) Quais são as similaridades ou diferenças entre as histórias dos grupos? (Parecer dos monitores que acompanhavam os grupos) Toda mulher deveria ser mãe? Por quê? (Escolher alunos para participar, Recomento sorteio de 4 alunos/as) Qual a proporção de meninas que não querem ter filhos? (Amostrar por levantamento de mãos/ meninas) Os homens deveriam estar envolvidos nas decisões sobre maternidade? (Amostrar por levantamento de mãos/ meninas) Quando uma mulher se torna mãe, o que a sociedade espera dela? (Sortear 2 alunos) As expectativas sobre como as mães devem ser hoje em dia são iguais ou diferentes das do passado? Em que sentido? O que você aprendeu com esta atividade? REFLEXÃO Você aprendeu alguma coisa que poderia ser aplicada em sua própria vida? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 15. SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO INTRODUÇÃO O mesoderme e o mesênquima local são as duas fontes embrionárias primordiais, responsáveis cada uma a seu modo, pela formação da Musculatura Esquelética. MATERIAL DE ESTUDO Embriões de Galinha com 33, 48, 72 horas e 6 dias de incubação. Coloração: Hematoxilina. ESTUDO MICROSCÓPICO I. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS Embrião de 33 horas: Corte em nível de Medula Espinhal. Observe nesse estádio, como o mesoderme na região dorsal média apresenta-se segmentado. É o Mesoderme Paraxial metamerizado em Somitos. Veja como os somitos são formados: o Um conjunto de células centrais. o Um envoltório de células epiteliais. Repare no leve estrangulamento existente logo após os somitos. É o Mesoderme Intermediário. Note como o Mesoderme Lateral se bifurca formando duas folhas, separadas pelo Celoma: o Uma folha mesodérmica que se aproxima do ectoderme. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Desenhe as diferentes fases observadas: BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ Aula prática de embriologia e ontogenia AULA 16 – 20. DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO INTRODUÇÃO O coração é responsável pelo bombeamento do sangue para o corpo humano e o entendimento da sua formação é imprescindível para que possamos compreender a origem das doenças cardíacas congênitas e adquiridas. O coração inicia o seu desenvolvimento no período fetal, sendo esta etapa a mais rica em transformações. Ao nascimento o coração já está com a configuração anatômica do coração adulto com dimensões menores e a partir desse momento inicia sua adaptação normal às várias etapas do crescimento MATERIAL DE ESTUDO Embriões de galinha com 33 a 72 horas de incubação. Coloração: Hematoxilina ESTUDO MICROSCÓPICO I - MONTAGEM TOTAL: EMBRIÃO DE 33 HORAS Note como o tubo endocárdico pende para o lado direito em forma de U. Esta primeira mudança externa morfológica, é devido ao desaparecimento do Mesocárdio Ventral e ao Crescimento do Tubo Cardíaco Único. Procure identificar a morfologia desse tubo neste estadio Num processo simultâneo, os vasos sanguíneos externos na zona opaca, se desenvolvem em direção centrípeta, ao passo que, os vasos anexos ao coração são direccionalmente centrífugos. Desenhe o embrião de 33 horas, ressaltando a região cardíaca.34 II - MONTAGEM TOTAL: EMBRIÃO DE 48 HORAS Veja como a forma em U do tubo cardíaco se modificou em α. Esta transformação deve-se aos seguintes fatores: a) grande crescimento dentro da cavidade pericárdica BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ b) o desaparecimento completo do Mesocárdio Ventral c) Flexuras e Rotação de 90 graus da extremidade cefálica para a direita. Compare a morfologia externa cardíaca do embrião de 48 horas, com o embrião de 33 horas. Observe como as divisões regionais do coração se apresentam mais nítidas agora. Neste estadio o coração apresenta as quatro regiões bem distintas. a) A região cardíaca mais próxima do telencéfalo é o Bulbo de onde saem as Aortas ventrais ramificadas em Arcos aórticos da faringe. b) A posição mais saliente do α é a região do Ventrículo. Esta forma em α é devido a uma torção o que leva a porção caudal do tubo cardíaco para uma posição mais cefálica. c) Em posição posterior ao Ventrículo encontra-se o Átrio. d) Na região mais caudal do tubo ou na base do α está o Seio Venoso de onde saem o Ducto de Curvier - confluência das veias cardinais anterior e posterior, cuja estrutura não podemos observar. II - MONTAGEM TOTAL: EMBRIÃO DE 72 HORAS Observe como a torção do tubo cardíaco aprofundou-se aproximando as duas extremidades do tubo. Note como o Bulbo devido a torção se coloca sobre o Seio Venoso, situado mais próximo a região ventral interna. Veja como o Ventrículo, neste estádio, aparece na região mais caudal. O átrio não se pode observar em primeiro plano. III. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS EMBRIÃO DE 24 HORAS Nestes cortes seriados pode-se observar a origem dos primórdios dos tubos pareados do coração. Procure nos cortes, a região onde o embrião apresenta-se com o intestino anterior ventralmente aberto. É a Entrada do Intestino Anterior, onde se encontram os Primórdios Endoteliais Cardíacos ou tubos cardíacos pares. BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ EMBRIÃO DE 48 E 72 HORAS Nesses cortes do embrião, o coração se apresenta como uma grande cavidade, onde sempre se pode observar um envoltório externo denominado de Epimiocárdio, uma membrana fina interna chamada de Endocárdio. No interior há células soltas: são os hemocitoblastos. Procure interpretar os cortes transversais do coração embrionário e identificar as diferentes câmaras cardíacas: Bulbo Aórtico, Ventrículo, Átrio, Seio Venoso. o No embrião de 48 horas, o seu referencial será o Mesocárdio Dorsal. o No embrião de 72 horas, os referenciais serão o Diencéfalo com o Cálice Óptico e o Telencéfalo com a Placa Olfativa. Identifique ainda os vasos sanguíneos: Aorta descendente, Arcos Aórticos e Veias Vitelínicas. ATIVIDADE DE AULA PRÁTICA: Desenhe as diferentes fases observadas: BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA – BIO 2004 PROFESSOR: Dr. ALEX SILVA DA CRUZ ______________________________________________________________ BIO 2004 - Embriologia e Ontogenia Alex Silva da Cruz, Msc