PROGRAMA E CALENDÁRIO DE PESQUISA

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PROGRAMA E CALENDÁRIO DE PESQUISA
QUALITATIVAEM GEOGRAFIA
PROF. NÉCIO TURRA NETO
1o. semestre 2015
EMENTA:
A possibilidade do conhecimento na ciência. O processo de elaboração da
problemática de pesquisa e as opções metodológicas. Metodologias de pesquisa de
cunho qualitativo: observação participante; história oral; entrevistas; grupos focais e
grupos de discussão. As problematizações que estas metodologias trazem, quanto
à:concepção de ciência e de autoridade da teoria; elaboração escrita; confiabilidade
dosresultados finais; ética.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Introdução: as opções metodológicas diante da problemática da pesquisa;
• A possibilidade do conhecimento: a posição dos Estudos Culturais;
• O papel da Teoria na produção do conhecimento, na perspectiva da
pesquisaqualitativa;
• O sujeito na Geografia;
• A virada espacial na Antropologia;
• Clifford Geertz e a produção do conhecimento antropológico;
• Observação Participante;
• História Oral e Memória;
• Entrevistas;
• Grupos Focais e Grupos de Discussão;
• O processo de interpretação dos resultados da pesquisa: a elaboração escrita;
• Pressupostos éticos da pesquisa qualitativa;
• Análise das estratégias de pesquisas individuais
DIAS
17/3
ATIVIDADES/TEXTOS
Apresentações Gerais
- do professor e dos alunos;
- As razões da disciplina – necessidade de reflexão metodológica;
- Diferenças entre metodologias quantitativas e qualitativas de pesquisa;
- Planejamento da disciplina – atividades e formas de avaliação.
Leitura Obrigatória:
TURRA NETO, N. Pesquisa qualitativa em Geografia. In: ENCONTRO NACIONAL DE
GEÓGRAFOS, XVII, 2012, Belo Horizonte/MG. Anais..., 2012. Belo Horizonte, 2012.
p. 1- 10
Leitura complementar:
BOGDAN, R. O.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma
introdução à teoria e aos métodos. [Porto]: Editora Porto, 1994.
HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso
tempo. Educação e Realidade, (22)2, p. 15 – 46, jul./dez., 1997.
MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2008. 312 p.
SOJA, E. W. Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social
24/3
crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.
Pesquisa Qualitativa/Pesquisa quantitativa
Leitura obrigatória:
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
31/3
Leitura complementar:
RICHARDSON, R. J. e colaboradores. Pesquisa social: métodos e técnicas. São
Paulo: Atlas, 2010.
O processo de Construção do Objeto
MARRE, J. A. L. A construção do objeto científico na investigação empírica.
Cascavel: Seminário de Pesquisa do Oeste do Paraná – UNIOESTE, 1991. (Digitado)
RIBEIRO, R. J. Não há pior inimigo do conhecimento que a terra firme. Tempo
Social, São Paulo, 11 (1), p. 189 – 195, maio de 1999.
19/5
O sujeito na geografia: diferentes perspectivas
Obrigatória:
LIMA, E. L. de. O lugar do sujeito em A Natureza do Espaço de Milton Santos. Revista
de Geografia, Juiz de Fora, v. 3, n. 2, p. 1 -8, 2013.
MASSEY,
D.
Filosofia
e
política
da
espacialidade:
algumas
considerações.GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 6, n. 12, p. 7 – 23, 2004.
SMITH, N. Contornos de uma política espacializada: veículo dos sem teto e a
construção da escala geográfica. In: ARANTES, A. (org.). O espaço da diferença.
Campinas: Papirus, 2000. p. 132 – 175.
WERLEN, B. Regionalismo e sociedade política. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano II,
n. 4, p. 7 – 25, 2000.
Complementar:
MASSEY, D. Um sentido global do lugar. In: ARANTES, A. A. (org.). O espaço da
diferença. Campinas: Papirus, 2000. p. 176 – 185.
LINDÓN, Alicia. Geografias de La vida cotidiana. ....
MCDOWELL, Linda. A transformação da geografia cultural. In: GERGORY,
D.;MARTIN, R.; SMITH, G. (orgs.). Geografia humana: sociedade, espaço e ciência
social.. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1996. p. 159 – 188.
PANELLI, R. Social geographies: from difference to action. [London]:
SAGEPublications, 2004.
26-5
Antropologia e Sociologia e a Nova Preocupação com o Espaço e o Sujeito Social.
GUPTA, A.; FERGUSON, J. Mais além da “cultura”: espaço, identidade e política da
diferença. In: ARANTES, A. A. (org.). O espaço da diferença. Campinas: Papirus,
2000. p. 30 – 49.
LEPETIT, B. Por uma nova história urbana. São Paulo: EDUSP, 2001.
LÖW, M. O spatialturn: para uma Sociologia do espaço. Tempo Social, São Paulo, v.
25, n. 2, pp. 17-34, Nov. 2013.
2-6
Por uma descrição densa – Relação sujeito/objeto, por C. Geertz
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, C. Estar lá, escrever aqui. Diálogos, São Paulo, v. 22, n. 3, p. 58 –
63,1989.
Complementar:
LACERDA, E. P. Trabalho de campo e relativismo: a alteridade como crítica
daantropologia. Disponível em ww.antropologia.com, acessado em julho de 2003.
GEERTZ, C. Mitologia de um antropólogo (entrevista a Victor Aiello Tsu). Revista de
Estudos da Religião, São Paulo, n. 3, p. 126-133, 2001.
9/6
SEMINÁRIO: OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Obrigatória:
BECKER, H. S. Métodos de pesquisa em ciências sociais. São Paulo: HUCITEC,
1999.
CICOUREL, A. Teoria e método em pesquisa de campo. In: GUIMARÃES, A.
Z.(org.).Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. p.
87-121.
DA MATTA, R. O ofício de etnólogo, ou como ter anthropological blues. In: NUNES,
E. de O. (org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na
pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. p. 23-35.
FOOTE-WHYTE, W. Treinando a observação participante. In: GUIMARÃES, A.
Z.(org.).Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. p.
77-86.
MAY, T. Pesquisa social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: ArtMed,
2004.
Complementar:
ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MAGNANI, J. G. C. TORRES, Lilian de Lucca (org.). Na metrópole: fazendo
antropologia urbana. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 1996.
WINKIN, Y. Descer ao campo. In: ______. A nova comunicação: da teoria ao
trabalho de campo. Campinas: Papirus, 1998. p. 129 – 145.
16/6
SEMINÁRIO: HISTÓRIA ORAL
Obrigatória:
AMADO, J. O grande mentiroso: tradição, veracidade e imaginação em história
oral.História, São Paulo, 14, p. 125-136, 1995.
DE DECCA, E. S.. As desavenças da história com a memória. In: SILVA, Z. L.
da(org.). Cultura histórica em debate. São Paulo: EdUNESP, 1995.
HALL, M. M. História Oral: os riscos da inocência. In: PREFEITURA MUNICIPAL
DESÃOPAULO, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento do Patrimônio
Histórico. Odireito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH,
1992. 4 p.
MEIHY, José Carlos S. B. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2002.246 p.
Complementar:
ABREU, M. de A. Sobre a memória das cidades. Geografia, Porto, I série, vol. XIV, p.
79-97, 1998.
COHEN, Y. História oral: uma metodologia, um modo de pensar, um modo de
transformar as ciências sociais? Ciências Sociais Hoje, São Paulo, no.??, p. 266 –
274, 1993.
DEBERT, G. G. Problemas relativos à utilização da história de vida e história oral. In:
CARDOSO, R. C. L. (org.). A aventura antropológica: teoria e pesquisa. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1986. p. 141 – 156.
MACIOTI, M. I. Vida cotidiana. In: VON SIMON, O. de M. (org.). Experimentos com
história de vida: Itália – Brasil. São Paulo: Vértice, Ed. Revista dos Tribunais, 1988. p.
177 – 192.
23/6
SEMINÁRIO: ENTREVISTA
Obrigatória:
COLOGNESE, S. A.; MÉLO, J. L. B. de. A técnica de entrevista na pesquisa social.
Cadernos de Sociologia, Porto Alegre, v. 9, p. 143 – 159, 1998.
GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: ArtMed, 2009.
THOMPSON, P. Entrevista. In: _____. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, ....
30/6
Complementar:
QUEIROZ, M. I. P. de. Variações sobre a técnica de gravador no registro da
informação viva. São Paulo: T. A. Queiróz, 1991.
THIOLLENT, M. J. M. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária.
São Paulo: Editora Polis, 1980. (Coleção Teoria e História 6).
SEMINÁRIO: GRUPO FOCAL
Obrigatória:
CRUZ NETO, O.; MOREIRA, M. R.; SUCENA, L. F. M. Grupos focais e pesquisa
social qualitativa: o debate orientado como técnica de investigação. In: Anais...
Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, XIII, Ouro Preto, 04 a
08
de
novembro,
de
2002.
Disponível
emwww.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2002/com_JUV_PO27_Neto_textos.pdf
, acessado em 06 de fevereiro de 2006.
IBÁÑEZ, J. El grupo de discusión: fundamentación epistemológica, justificación
metodológica y descripción tecnológica. Ponencia presentada en el seminario
sobremétodos cualitativos organizado por la Fundación Europea de la Ciencia en
Madrid,entre el 27 y 30 de junio de 1983.
WELLER, W. Grupos de discussão na pesquisa com adolescentes e jovens: aportes
teórico metodológicos e análise de uma experiência com o método. Educação e
Pesquisa, São Paulo, v.32, n.2, p. 241-260, maio/ago. 2006
Complementar:
CALLEJO, J. El grupo de discusión: introdución a una práctica de
investigación.Barcelona: Editorial Ariel, 2001.
MEINERZ, Carla Beatriz. Adolescentes no pátio, outra maneira de viver a escola:
um estudo sobre a sociabilidade a partir da inserção escolar na periferia urbana.
Porto Alegre: UFRGS, 2005. – digitada. (Tese apresentada ao Programa de PósGraduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul), Porto Alegre, 2005.
BARBOUR, R.Grupos focais. Porto Alegre: Artmed, 2009.
7/7
SEMINÁRIO: NETNOGRAFIA
MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Pesquisa qualitativa on-line utilizando a
etnografiavirtual. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 13, nº 30, p. 169 –
183,setembro/dezembro 2012.
LEITE, Julieta. (In)formações espaciais: que interface entre o espaço urbano e
oespaço virtual? Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe,España e
Portugal. Revista del Centro de Investigacion. Universidad LaSalle, México, v: 8 (sup),
Nº 29, p. 31 – 35, enero – junio, 2008.
ESTALELLA, Adolfo e ARDÈVOL, Elisenda. Ética de campo: hacia una ética
situadapara lainvestigación etnográfica de Internet. Forum: Qualitative
SocialResearch, v. 8, nº 3, art: 2, s/p, 2007. Artigo disponível
em:http://www.qualitativeresearch.net/index.php/fqs/article/view/277
GUTIERREZ, Suzana de Souza. A etnografia virtual na pesquisa de abordagem
dialética em redes sociais on-line. REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 32, 2009, Anais...
Caxambu,
2009.
Disponível
em:http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/arquivos/trabalhos/GT16-5768--Int.pdf.
COUTO JR, Dilton Ribeiro do. Etnografia virtual e as contribuições de MikhailBakhtin
na pesquisa com internautas. Revista Teias, Rio de Janeiro, v: 14, nº 31, p. 97 – 108,
maio/agosto
2013.
Artigo
disponível
em:http://www.periodicos.proped.pro.br/index.php/revistateias/article/view/1412.
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M/T
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M/T
APRESENTAÇÃO E DEBATE DAS PROPOSTAS DE TEXTO
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