Projeto Transversal e Interdisciplinar: Inglês / Geografia / Regiões

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Projeto Transversal e Interdisciplinar:
Inglês / Geografia / Regiões Polares
Miriam Hebling Almeida 1,2,3
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA:
O tema "mudança climática" vem sendo debatido em todas as áreas até os mais
altos níveis políticos uma vez que seus efeitos sociais e econômicos já são observados e
comprovados em muitos países. Tendo a escola um importante papel na formação do
indivíduo, ela se torna um espaço privilegiado para práticas pedagógicas relacionadas com
a mudança climática em nível de educação ambiental. .
Desde a segunda metade do século XX temos observado várias transformações
sociais e culturais. O desenvolvimento da comunicação instantânea e o aumento da
interconexão e da interdependência das sociedades de todo o mundo tornam o trabalho
interdisciplinar e transversal cada vez mais importantes. A Educação ambiental no universo
educacional brasileiro tem se tornado cada vez mais indispensável uma vez que, através da
participação e de experiências educacionais ativas e pro-ativas, podemos observar a
construção da cidadania e a contribuição na formação ética dos indivíduos.
Além disso, notamos esforços Federais para aumentar o envolvimento da
educação em assuntos que abordam a mudança climática, entre os quais destacamos o
estabelecimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelo MEC, em que a temática
ambiental é instituída como área transversal na estrutura curricular da escola formal.
Este projeto tem como objetivo informar os alunos sobre a importância das
regiões polares para a Terra e também sobre o efeito do aquecimento global sobre o gelo do
planeta e, consequentemente, fazer com que o aluno entenda como o derretimento do gelo
polar afeta o mundo de maneira integrada, numa expectativa de conscientização e de
mudança de valores e de atitudes.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES (EM HORAS/AULA)
Atividade
Horas/aula
Leitura e interpretação dos textos:
"What happens at the poles affects us all"
2
"One source of global warming can exacerbate another"
Exibição e debate sobre o filme "An Inconvenient Truth"
3
Exibição e debate sobre o filme "The Day After Tomorrow"
4
Interação com cientistas e pesquisadores da APECS e da APECS-Brasil (Associação de
Pesquisadores Polares em Início de Carreira), via Skype
2
Elaboração de relatório sobre conversas com cientistas e pesquisadores
1
Avaliação
1
Elaboração de atividade para feira de ciências
6
Apresentação em feira de ciências
4
TOTAL DE HORAS/AULA
23
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Leitura e interpretação de textos
Os alunos farão a tradução do texto "What happens at the poles affects us all" e trabalharão
os exercícios de compreensão dos textos do vestibular da UNESP e do texto "One source of
global warming can exarcebate the another"
Filmes:
Título no Brasil: Uma Verdade Inconveniente
Título Original: An Inconvenient Truth
País de Origem: EUA
Gênero: Documentário
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estréia no Brasil: 02/11/2006
Site Oficial: http://www.climatecrisis.net
Estúdio/Distrib.: Paramount Classics, United International Pictures (UIP)
Direção: Davis Guggenheim
Título no Brasil: O Dia Depois de Amanhã
Título Original: The Day After Tomorrow
País de Origem: EUA
Gênero: Ficção
Tempo de Duração: 124 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Fox Home Entertainment
Direção: Roland Emmerich
Debate
Os alunos deverão discutir o alerta de Al Gore no filme "Uma verdade Incoveniente", sobre
os riscos do aquecimento global, e debater sobre as conseqüências para todo o planeta.
Deverão discutir as causas do evento descrito no filme "O Dia Depois de Amanhã" (a Terra
entrando numa nova era glacial) e debater, baseados em conhecimentos adquiridos nas
aulas, sobre a possibilidade de tal evento realmente ocorrer.
Interação com cientistas e pesquisadores
Através da APECS e da APECS-Brasil, (Associação dos Pesquisadores Polares em Início
de Carreira) é possível entrar em contato via Skype com cientistas polares, muitas vezes em
trabalho em campo.
Os alunos terão a oportunidade de conversar com esses cientistas sobre suas pesquisas,
sobre a importância das regiões polares para o planeta e sobre o efeito do aquecimento
global sobre as regiões polares.
http://www.apecs.is/
http://apecs-brasil.blogspot.com/
Elaboração de relatórios sobre conversas com cientistas e pesquisadores
Os alunos deverão elaborar um relatório apresentando os principais pontos discutidos com
os cientistas e pesquisadores da APECS e da APECS-Brasil.
Avaliação
Os alunos deverão realizar uma avaliação sobre os temas "regiões polares", "aquecimento
global", "correntes marinhas" e "vida polar" para verificação de conhecimento sobre o que foi
aprendido durante o projeto.
Elaboração de feira de ciências
Os alunos deverão preparar material a ser apresentado durante a feira de ciências da
escola.
Apresentação em feira de ciências
Os alunos executarão apresentações sobre as atividades desenvolvidas durante a feira de
ciências. Essas apresentações conterão itens como:
1) entrevistas com visitantes do tipo "antes e depois": os visitantes deverão responder
um questionário sobre diversos assuntos referentes às regiões polares antes e
depois de observarem as apresentações dos alunos, de maneira que se descubra se
o conhecimento a respeito desses temas foi aumentado;
2) apresentação de maquetes mostrando características dessas regiões;
3) pôsteres com fotos e informações sobre essas regiões;
4) vídeos das entrevistas com os pesquisadores.
ANEXOS
What Happens at the Poles Affects Us All
Weather and Climate
Our climate represents a balance between heat gained in the tropics and heat lost at the
poles. The equator-to-pole gradients of temperature determine atmospheric patterns of wind
and moisture. Ocean currents carry vast amounts of heat toward the poles, and ice on land
and oceans plays a crucial role in planetary cooling. Cold water formed at the poles drives
deep ocean circulation. As our planet warms, changes in these systems will affect
agriculture, forestry, industry, transportation and recreation.
Ice and Sea Level
Signs of global warming appear where sea ice, ice sheets, mountain glaciers, and permafrost
meet warming air or ocean. Mountain glaciers have receded and lost mass; in many
locations these changes portend disruptions to water supplies. Sea ice heated from above
or below quickly disappears, exposing a darker ocean that reflects less sunlight and absorbs
more heat. Permafrost exposed to warmer air thaws from the surface downward; thawing
permafrost beneath the Arctic Ocean may release potent greenhouse gases. The enormous
ice sheets of Greenland and Antarctica already lose mass and raise global sea level.
Polar Biodiversity
Polar life includes bears in the Arctic and penguins in the Antarctic, but also exquisite tundra
plants, marvelous ocean crustaceans, and migratory populations that breed in polar regions.
These biological systems, remarkably adapted to cold temperatures, ice, and long periods of
darkness, will retreat as their preferred habitat disappears. The disappearance of iceadapted species will represent a biodiversity failure as serious as that of rainforests or coral
reefs.
Polar Communities
Humans in the Arctic confront environmental, social and political changes. Polar natural
resources, including fish, forests, and wilderness, face increasing pressure as their value to
the rest of the world increases. Arctic residents use traditional knowledge, education,
technology, and their global neighbors to help answer difficult questions. Can Arctic
communities sustain local economies in the face of imported goods and services? How can
polar residents work with local and national governments to establish appropriate patterns of
development? How can traditional cultures adapt to economic and social pressures? Who
should shape the values and protections for Arctic ecosystems?
(Extraído de: http://www.ipy.org/images/stories/marweekenglish_final.pdf
- acessado em 25/09/2011)
One source of global warming can exacerbate1 another
Greenland is massive and melting. About 85% of the Danish
territory is covered by ice, with a thickness of more than 3km at
its highest reaches. Anyone with a serious interest in climate
change has his satellites pointed or his GPS2 instruments
embedded on the Greenland ice sheet, to find out how quickly
the ice is melting and what form it is taking.
Predicting global warming’s effects (using such data as that gathered by the GPS
devices and satellites) is no simple matter. This is largely because so many of the processes
causing global warming interact with each other.
Some of the interactions help to maintain the status quo3. These ones, called negative
feedback loops4, act like a hand muffling5 a whisper. Desertification related to climate
change, for example, may lead to more dusty winds in drying regions, which could cause
more of the sun’s heat to be reflected in those areas than would otherwise be the case.
But more often, one source of warming causes even more warming by other means.
These interactions, called positive feedback loops, worry scientists. For example, a melting
ice sheet exposes tundra. Tundra, darker in colour than ice, absorbs more of the sun’s heat.
That additional warming leads to more ice melting, which exposes more tundra, and so on.
Positive feedback loops thus have a habit of running away with themselves 6. Instead of a
muffling hand, the whisper finds a microphone in an echo chamber.
Scientists tend to think of the sources of such loops as natural phenomena. But what is
the effect of man, a beast tuned by natural selection to make the best of 7 a changing
environment? Thanks to warming, Greenlandic man has more land to build upon, more
coastline to access and more minerals to mine. And since people are mostly responsible for
recent climatic change, human behaviour can become part of a self-reinforcing8 loop.
There are few roads in Greenland; instead, transport is by boat, plane or dogsled. But
this could change as more landmass sheds its icing topping. More road, assuming it did not
reduce air travel, could mean more vehicle emissions, which, in turn, could help free up more
land for road building.
The same goes for aluminium production. Greenland’s rock is packed with valuable
substances. But aluminium production is a particularly energy-intensive business. Climate
change has made the enterprise more attractive—companies have been considering
aluminium production ever since the flow of melt water seemed like it could generate enough
hydropower to make such a business economically realistic. Aluminium is used to make a
growing share of car parts, and those cars are helping to increase the rate of melt-water flow,
thus make extracting Greenlandic reserves profitable.
The most important example of all could relate to oil. Offshore oil reserves are being
touted9 in Greenland as a future source10 of revenues11 big enough to fund full
independence. That oil could go into cars, made with Greenlandic aluminium, driving along
new Greenlandic roads. The positive feedback loops could make a necklace12.
(Adaptado do texto extraído de http://www.economist.com/node/9246201
- acessado em 20/junho/2007)
1. (to) exacerbate: piorar
2. GPS: Global Positioning System
3. status quo: estado atual das coisas/dos fatos;
como as coisas estão
4. loop: circuito; curva fechada; círculo
5. (to) muffle: abafar
6. (to) run away with…: sair do controle.
7. to make the best of...: tirar o melhor proveito
de...
8. self-reinforcing: que se auto-reforça
9. touted: anunciado
10. source: fonte
11. revenues: rendimento
12. neckace: colar
1. According to the text, dusty winds caused by desertification:
a) are not so bad, once they reflect the sun's heat;
b) lead to more desertification;
c) lead to hotter climate;
d) worsen the effects of climate change;
e) are negative feedback loops because they are caused by desertification.
2. Positive feedback loops:
a) are good interactions between processes that cause global warming and may halt
global warming;
b) cannot be caused by human behaviour;
c) are always natural phenomena;
d) are also known as "vicious circles";
e) are always reinforced by human behaviour.
3. The writer's opinion about Greenlandic man's influence on the warming of the planet is:
a) quite confused;
b) quite good;
c) somewhat bad;
d) absolutely good;
e) somewhat favourable.
4. Por que o aquecimento global e a abertura de novas estradas na Groenlândia formam
um círculo vicioso? (RESPONDA EM PORTUGUÊS)
5. Qual a relação entre o aquecimento global e a extração de alumínio na Groenlândia?
(EM PORTUGUÊS)
RESPOSTAS COMENTADAS:
Texto: "One source of global warming can exacerbate another"
1. A
A resposta encontra-se no 3o parágrafo: Desertification…, may lead to more dusty
winds in drying regions, which could cause more of the sun’s heat to be reflected in
those areas than would otherwise be the case.
2. D
Espera-se que o aluno consiga compreender que as duas expressões referem-se ao
mesmo tipo de efeito, sendo, portanto, sinônimas.
3. C
Espera-se que o aluno consiga compreender que o autor não vê com bons olhos a
construção de novas estradas e a exploração do alumínio na Groenlândia.
4. Porque a abertura de novas estradas pode significar maior emissão de gases de
efeito estufa, o que permitira a abertura de novas estradas, e assim por diante.
5. A extração de alumínio tem sido considerada naquela região porque os rios estão
mais caudalosos devido o derretimento acelerado das geleiras. Entretanto, o
alumínio extraído poderá ser usado na fabricação de peças de veículos, o que gerará
maia emissão de gases de efeito estufa, o que aumentará ainda mais o aquecimento
global.
1. Projeto “Estudos bioecológicos em Pingüins e Skuas: determinação de micropoluentes e níveis de
estresse através de métodos de amostragem não invasivos” (MCT/CNPq 557049/2009-1).
2. Lab. de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, Inst. de Biofísica Carlos Chagas Filho,
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
3. Colégio Puríssimo Coração de Maria, Rio Claro, SP
E-mail: [email protected]
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