Capítulo 12 Consenso Ipsen

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Capítulo 12 – Descontinuação do tratamento e indicação cirúrgica: (Amaury, Carla)
Há poucos dados disponíveis na literatura quanto ao melhor momento para
interromper o tratamento e indicar cirurgia. Na prática clínica,:
- idade: após término do crescimento, cirurgia seria um tratamento mais “definitivo”
- quando há piora progressiva das deformidades ou para preveni-las
- avaliação de Contratura sob anestesia geral (para verificar o real acometimento da
amplitude articular)
- Evolução do quadril de risco (através da análise do ângulo da luxação, ou seja, índice
acetabular)
As técnicas cirúrgicas ortopédicas incluem neurectomia, tenotomia, artrodese,
osteotomia, , transferência de tendões, alongamento do tendão, alongamento miotendínea,
ou uma combinação desses procedimentos. Não há estudos controlados e randomizados
identificando combinações cirúrgicas ideais ou apoiado o uso de uma opção cirúrgica em
detrimento de outro. As indicações para a cirurgia incluem: deformidade produzindo dor
progressiva ou interferir com a função, contraturas fixas, subluxação ou luxação, deformidade
da coluna vertebral refratário, e facilitar a higiene. Os procedimentos cirúrgicos devem ser
individualizados de acordo com a idade do paciente, a gravidade da doença e patologia
subjacente. Atrasos na cirurgia que não comprometem a função e saúde relacionados com
qualidade de vida são recomendadas para evitar a recorrência da deformidade e os resultados
imprevisíveis comuns em crianças menores relacionados com a seu potential de crescimento
Por exemplo, a cirurgia heelcord feito em crianças com idade superior a 6 anos resulta em
melhor função e está associada com pouca recorrência da deformidade em equino. No
entanto, subluxação do quadril não tratada pode progredir para luxação do quadril,
obliqüidade pélvica, dificuldade em sentar-se e artrite dolorosa por outro lado, tenotomia dos
adutores e da recessão iliopsoas em uma criança com 50% de subluxação da cabeça femoral
irá evitar deslocamento e irá melhorar a estabilidade do quadril e a cobertura em mais de 80%
das crianças. Portanto, o tratamento precoce e imediato da subluxação do quadril em idade
precoce é apropriado. A maioria das indicações para cirurgia ortopédica em pacientes com
paralisia cerebral são baseados em revisões retrospectivas que incluem controles não
simultâneos ou históricos. (KOMAN et al., 2004)
(Introduzir o gráfico – (The management of spastic diplegia, C.E. bache, P. Selber and H.K.
Graham, Current Othopaedics, 2003) – reprodução de imagem
Referências para indicação de cirurgia: Lundy, 2009; Bache, 2003; Duffy, 2002
SEGUIMENTO DO QUADRIL (ARQUIVO WORD)
“Quais deformidades nos MMSS?”: liberação de cápsula (ombro,cotovelo e punho).
Via de regra, cirurgias em MMSS – mais conservador do que nos MMII. Menor tendência a
deformidades – sem a mesma carga dos MMII, além do fato de o ombro ser mais dependente
de tendões e articulação. No caso de cotovelo, a tendência é de intervenção mais precoce,
similar ao quadril.
A abordagem das dificuldades nos membros superiores das crianças com PC tem-se
centrado na redução das deficiências motoras e melhorar a qualidade do movimento e o
desempenho. Os déficits na escrita e nas habilidades motoras finas podem levar a prejuízos na
participação das atividades educacionais e contextos sociais. (AULD et al. 2014)
A cirurgia reconstrutiva do membro superior em pacientes com espasticidade pode
melhorar a amplitude de movimento (ADM), força, alcance funcional, destreza, discriminação
de dois pontos, estereognosia e posicionamento do membro. As opções cirúrgicas incluem
transferências de tendão, músculo, alongamento de tendão e estabilização articular.
(PIDGEON et al., 2015)
OS procedimentos ortopédicos devem ser realizados como último recurso, para
crianças com espasticidade severa e /ou contraturas fixas ou deformidades. Os alongamentos
de tendão são usados para reduzir a atividade muscular anormal. O momento desses
procedimentos é crítica e melhor prevista após o desenvolvimento da marcha madura (5-8
anos de idade), durante os primeiros anos de vida deve ser contraindicada estes
procedimentos. A reabilitação pós-operatória é essencial. (MOHAMMED M. S., 2006)
Manejo de BoNT-A em MMSS deve ser precoce e a longo prazo. Necessário valorizar
tanto quanto a aplicação de toxina botulínica em MMII.
“Quais deformidades nos MMII?”: Adução das coxas e adução do quadril – a cirurgia
pode se somar ao tratamento com a toxina, para prevenir luxação e desvios ósseos. Joelho –
em extensão e em flexão. Tornozelo: equino, valgo e varo – liberações de cápsulas, ligamentos
e tendões.
Objetivo principal é colocar o paciente em posição FUNCIONAL.
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