Edição 68 | Ano XII | julho/agosto 2016 EQUILÍBRIO Evite os distúrbios que atrapalham o sono ENVELHECER SAUDÁVEL A importância dos cuidadores para os idosos VIDA SAUDÁVEL Cuide da pele e evite os efeitos maléficos do frio Ambiente mais feliz Música e histórias ajudam na recuperação das crianças EDITORIAL Ações simples que humanizam Coordenação geral Diretor-presidente Fernando Fornias Diretor vice-presidente Ronaldo Kalaf Reportagem, edição e coordenação Adenilde Bringel (Mtb 16.649) Fotos Ilton Barbosa e Pager Tecnologia Editoração Eletrônica Companhia de Imprensa Estagiário Vitor Gitti Projeto gráfico e Produção editorial Companhia de Imprensa Divisão Publicações (11-4432-4000) Central de Agendamento Consultas e exames (11) 4336-9777 (Exceto exames especiais) SAC 24 Horas Informações, dúvidas, reclamações, orientações sobre suspensão ou cancelamento – 0800-191817 Ouvidoria e Fale Conosco www.santahelenasaude.com.br V ários estudos indicam que a humanização na assistência à saúde interfere na melhora efetiva dos pacientes e na qualidade de vida dos próprios profissionais da área. A humanização na saúde é um assunto tão importante que, em 2003, foi lançada pelo governo federal a Política Nacional de Humanização (PNH), com objetivo de melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) e, consequentemente, refletir para toda a rede particular de assistência. Na Santa Helena, essa preocupação já vem de longa data e se materializa a cada novo investimento em hospitais e centros de atendimento, cada vez mais confortáveis e modernos. No entanto, sabemos que a humanização na saúde também implica em mudança na gestão e nos serviços oferecidos, e está relacionada às condições de atendimento e ao ambiente hospitalar. Desde que começamos nossa estratégia de humanização no atendimento, algumas intervenções foram implantadas para deixar o ambiente mais agradável e relaxante, com destaque para o programa Musicando a Vida. Inicialmente implantado no Hospital Santa Helena (HSH), o projeto se estendeu para o Hospital e Maternidade e, agora, ganha mais um reforço: a contação de histórias, em destaque nesta edição. Nossa responsabilidade é, acima de tudo, melhorar as condições de saúde de nossos beneficiários, por meio de um atendimento de ponta, com equipamentos que permitam diagnósticos precisos e intervenções eficientes e eficazes. No entanto, não podemos esquecer que lidamos com pessoas, que sentem medo, angústia e insegurança diante de uma enfermidade. Se pudermos, além de atender bem, aliviar esses sentimentos por meio de ações simples, como uma música ou uma história, estaremos fazendo ainda mais a nossa parte. Fernando Fornias Diretor-presidente ÍNDICE 4 Em Pauta 5 Promoção de saúde 6 Equilíbrio 6 Música e contação de histórias deixam crianças mais calmas De Bem com a Vida ganha destaque em evento internacional Para ter uma boa noite de sono é preciso disciplina Idosos precisam de cuidadores atentos, pacientes e prestativos 2 Santa Helena Saúde Envelhecer Saudável 8 Vida Saudável A pele sofre mais no frio e merece cuidados especiais julho/agosto de 2016 EMPRESA No mercado há quase 80 anos A IGP Latarias Automotivas atua na fabricação de peças originais e de reposição F undada em 1937, inicialmente no segmento de papelaria e carretéis para máquinas de escrever, a IGP Latarias Industriais migrou para o mercado de autopeças na década de 1960 e se mantém entre as principais fornecedoras do segmento. Instalada em área de 30 mil m2 na cidade de Diadema, a empresa fabrica paralamas, capôs, painéis dianteiros e traseiros, entre outras peças originais e para o mercado de reposição de veículos de montadoras como Volkswagen, Ford, Fiat e General Motors. A empresa também atua com prestação de serviços de peças es­­tampadas de pequeno, médio e grande porte, com fornecimento de conjuntos montados, soldados e pintados. “Começamos neste segmento em 1967 fabricando o estribo do Fusca; depois, entramos no segmento de escapamentos e, a partir daí, a empresa foi desenvolvendo outras peças para este mercado”, explica o diretor José Luiz de Camargo. A IGP tem uma linha de ferramentas própria para veículos antigos, entre os quais a Kombi e o Gol Geração 3, atende inclusive José Luiz de Camargo: satisfação de todos colecionadores e também exporta peças do Fusca para o México.­ A empresa tem várias certificações de qualidade e mantém uma grande preocupação com a saúde e a qualidade de vida de seus 206 colaboradores. Por isso, desde 2014 oferece o convênio da Santa Helena para aproximadamente 880 vidas. “Estamos muito satisfeitos com a Santa Helena, que tem um serviço de qualidade para nossos colaboradores e seus familiares e nos possibilita ter uma relação de proximidade com seus gestores”, argumenta o diretor. BENEFICIÁRIOS Satisfação com o atendimento A autônoma Giselly Leite Montei­ ro Vieira, de 23 anos, possui o convênio Santa Helena há mais de um ano e garante estar muito satis­ feita com os serviços prestados. Re­ centemente, após sentir-se muito mal, a beneficiária precisou ser internada no Hospital Santa Helena (HSH), em Santo André, para realizar uma série de exa­ mes. Depois de uma profunda investi­ gação, os médicos descobriram uma miocardite, inflamação do músculo do coração (miocárdio) que, se não for tra­ tada adequadamente, pode trazer como consequências a redução da capacida­ de do coração de bombear o sangue e o surgimento de arritmias cardíacas. A jovem lembra que, durante o pe­ ríodo de internação, os medicamentos e as refeições vinham no horário determi­ nado, as roupas de cama eram trocadas diariamente e estavam em perfeito es­ tado, e os médicos e enfermeiros foram muito profissionais, tanto para chegar ao diagnóstico quanto para tirar todas as dúvidas referentes ao tratamento. “A equipe de enfermagem é bem dedicada e os médicos fizeram todos os esforços necessários para diagnosticar o proble­ ma. Quando descobriram a miocardite, responderam a todas as minhas pergun­ tas sobre o assunto”, ressalta. Apesar de ter ficado preocupada quando soube o diagnóstico, Giselly foi bem orientada sobre os cuidados que deveria tomar e encaminhada para acom­panhamento com o cardiologista.­ Atualmente, é acompanhada pela mé­di­ ca­Carolina Casadei dos Santos, da uni­­­ dade de Cardiologia de São Bernardo do Campo. A beneficiária diz que está mui­ to tranquila e segura com o tratamento. “Gostaria de agradecer a toda a equipe de Cardiologia, especialmente à médica que cuida do meu caso”, ressalta. Giselly Leite Monteiro Vieira recebe cuidados da Cardiologia EM PAUTA Musicoterapia garante bem-estar da Intervenções com música e contação de histórias no Hospital e Maternidade Santa Helena auxiliam na recuperação dos pequenos pacientes e acalmam os pais A o comparar cérebros de músicos e de indivíduos sem relação com a música, cientistas da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade de Jena, na Alemanha, descobriram que os músicos apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. A descoberta veio ao encontro de vários estudos que indicam os benefícios da música para o desenvolvimento humano e reforça a importância cognitiva da atividade. Cientistas também já conseguiram comprovar que as histórias são importantes para estimular o desenvolvimento infantil e a cognição. E, quando essas duas atividades são utilizadas no ambiente hospitalar, o resultado são crianças mais calmas e pais mais seguros. Essa experiência vem sendo desenvolvida desde o começo deste ano no Hospital e Maternidade Santa Helena, em São Bernardo do Campo. Periodicamente, um músico e uma contadora de histórias percorrem os quartos da unidade para oferecer música e histórias para crianças acamadas. “A história cantada é ainda mais interessante para diminuir a ansiedade no hospital. A intervenção costuma deixar as crianças mais calmas, melhora o humor e muda até a expressão dos pais”, afirma a psicopedagoga e pedagoga de Educação Especial Soraya Rebouças, contadora de histórias na Santa Helena. Com temas que remetem à realidade das crianças, e sempre com desfechos favoráveis, as histórias têm por objetivo mostrar aos pequenos pacientes que tudo vai passar e ficar bem. A pedagoga lembra que, ao contar uma história, a entonação da voz ativa a memória afetiva da criança e a leva para o universo do faz de conta, mas, ao mesmo tempo, permite que interaja com a realidade. “As histórias conseguem trazer essa magia para o mundo daquela criança, enferma e triste por estar em um ambiente hospitalar. Mas o final feliz dá a ela essa capacidade de acreditar que vencerá os obstáculos e voltará logo para casa”, resume. Além de contar histórias, a pedagoga interage com as crianças com o uso de pequenos instrumentos musicais, como a flauta, e recebe o auxílio do violonista Adilson Casimiro, do projeto Musicando a Vida. “A música trabalha a humanização nos hospitais e essa intervenção na ala infantil traz ainda mais benefícios, pois música e história, juntas, atendem a várias expectativas das crianças”, afirma Adilson Casimiro. O músico ressalta que o primeiro contato da criança com som e ritmo ocorre no ventre materno, quando ouve as batidas do coração­da mãe e os sons da água e da corrente sanguínea. A médica Luciane Patrícia do Amaral, diretora assistencial do Hospital e Maternidade Santa Helena, lembra que uma internação hospitalar, mesmo por uma causa 4 Santa Helena Saúde Atitude lúdica atrai a atenção e tranquiliza as crianças, fazendo com que ab mais simples e com uma alta, com o paciente totalmente curado, sempre causa dores físicas e emocionais de grande monta. O medo, a insegurança e o rompimento com a rotina anterior à internação geram muita angústia, que pode até prejudicar o tratamento. “No entanto, o bem-estar emocional auxilia, e muito, na recuperação da saúde. Além disso, qualquer atividade que torne esta experiência menos dolorosa será, por si só, benéfica”, enfatiza.­ Em relação ao atendimento a crianças, a médica diz que a contação de histórias faz com que abstraiam de suas dores para viverem momentos mágicos. E até este momento, todas as teorias sobre os benefícios das histórias em hospitais se mostraram verdadeiras na prática. “Na infância, qualquer cor, cheiro ou som pode ser um passaporte para um mundo mágico. E nossas crianças podem levar para casa uma lembrança boa, apesar do momento difícil pelo qual passaram”, acrescenta.­ PROMOÇÃO DE SAÚDE as crianças Entre os melhores Programa De Bem com a Vida ganha destaque em conferência internacional O pôster ‘In Harmony with Life – The Health Promotion­ Program of Santa Helena’s Hospital’­(Em Harmonia com a Vida – O Programa de Promoção de Saúde da Santa Helena), que relatou os resultados obtidos com a implanta­ ção do Programa De Bem com a Vida no Hospital Santa Helena (HSH), foi escolhido entre os 10 melhores em meio a aproximadamente 400 trabalhos na 24a Conferência Internacional de Promoção da Saúde em Hospitais e Serviços de Saúde, realizada na Universidade de Yale e no Hospital Griffin, em Connecticut, nos Estados Unidos. O trabalho, premiado com o ‘prize-rosette’, também foi escolhido para publicação na Clinical­Health Promotion,­a revista oficial da International Network of Health Promoting­Hospital­& Health Services (HPH).­ O evento, realizado de 8 a 10 de junho de 2016, é uma iniciativa da The International Network of Health Promoting Hospitals & Health Services,­rede internacional de promoção da saúde ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). A rede é responsável pela elaboração bstraiam as dores para viverem momentos mágicos NEURÔNIOS Estudiosos da neurociência afir­ mam que a música é altamente recomendada para a recuperação neuronal e, por isso, tem sido usada na recuperação de indivíduos que tiveram acidente vascular cerebral (derrame) ou traumas que prejudicaram o movimento. “A música é a forma de expressão emocional da alma e estabelece, por meio da musicoterapia, uma linguagem não verbal. Em razão disso, é usada inclusive em tratamentos de crianças com transtorno de espectro autista e síndrome de Down”, acentua o músico Adilson Casimiro.­ A médica Adriana Irikawa: coordenadora das orientações mundiais em promoção da saúde dos hospitais e serviços de saúde e redireciona os serviços para atividades de promoção da saúde. A entidade também objetiva promover ganhos em saúde e melhorias da qualidade dos serviços e das relações entre hospitais e serviços de saúde, comunidade e ambiente, além de criar condições de satisfação de pacientes, familiares e profissionais da área. O Hospital Santa Helena é membro oficial dessa rede, composta por mais de 700 instituições e com sede em Copenhagen, Dinamarca, desde 2009. “Estou muito feliz com esse reconhecimento, pois reforça a importância do Programa De Bem com a Vida, que foca na melhoria da qualidade de vida e saúde do colaborador, com bastante seriedade, e tem apoio da diretoria da Santa Helena”, afirma a médica Adriana Irikawa, coordenadora do projeto. Criado em 2007 no HSH, o Programa De Bem com a Vida já resultou em mudanças no estilo de vida de colaboradores em relação a fatores de risco como estresse e tabagismo, redução de depressão, ansiedade, doenças osteomusculares, insônia e hipertensão arterial sistêmica descompensada. julho/agosto de 2016 5 Dormir bem requer disciplina desde a infância Cuidados com a higienização do sono evitam as noites mal dormidas e a temida insônia D ados recentes da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de 40% dos brasileiros convivem com a insônia, distúrbio que interrompe ou impede a rotina do sono e causa, entre outros problemas, irritabilidade, falta de concentração, mau humor e sonolência diurna. A insônia pode acometer inclusive crianças e precisa ser tratada por profissionais qualificados, de modo a evitar consequências como o comprome­timento­ escolar, profissional e pessoal.­O tratamento pode ser por meio de terapias, entre as quais a hipnose. A insônia pode se caracterizar tanto pela dificuldade de iniciar o sono quanto pela interrupção do mesmo, no meio da madrugada, impedindo o indivíduo de retomar a dormir por um período satisfatório. “Cada pessoa tem uma necessi- dade de sono, mas é importante que seja um ciclo de repouso reparador, para renovar as energias para as tarefas do dia seguinte. Perder o sono de vez em quando é normal, mas isso não pode ser rotineiro a ponto de trazer prejuízos cognitivos”, adverte a psicóloga e hipnoterapeuta de abordagem Ericksoniana, Marta Shimabukuro, do Núcleo de Medicina Integrativa da Santa Helena. Entre as causas da insônia estão ansiedade, depressão e estres- ENVELHECER SAUDÁVEL Com idosos, todo cuidado é pouco O envelhecimento é inerente a todos os seres humanos e, com o passar dos anos, muitos idosos acabam desenvolvendo doenças crônicas e/ou degenerativas que vão levar à perda da autonomia e da independência. Neste momento da vida, é necessário que o idoso seja acompanhado por um cuidador, que será responsável por garantir a sua integridade, saúde, segurança e qualidade de vida. A Constituição prevê que os filhos têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. No entanto, o cuidador também pode ser um amigo ou mesmo um profissional contratado, desde que saiba tratar o idoso de maneira adequada. 6 Santa Helena Saúde “Paciência é fundamental para qualquer pessoa que se proponha a ser um cuidador de idosos, especialmente daqueles que dependem de ajuda para tarefas simples do dia a dia, como alimentar-se e tomar banho”, define a coordenadora de Relacionamento Interno do Hospi­ tal Santa Helena (HSH), Antonia Alde­ nil­­ da Neta da Silva. Além disso, a pessoa que se propõe a cuidar de um idoso deve ter calma, atenção e capacidade de entendimento, pois será responsável pelos horários de medicação, de banho e de outros cuidados eventuais, como curativos. O cuidador não precisa necessa­ riamente ser um familiar, mas é importante que seja alguém próximo do paciente, com quem já exista Antonia Aldenilda da Silva, do HSH empatia e confiança. “O ideal é que o assistente social que acompanhe o paciente conheça a dinâmica da EQUILÍBRIO se causado por traumas, perdas, dificuldades financeiras, mudanças e doenças, além de hábito de comer demais à noite. “A insônia é agravada por outros hábitos inadequados ao longo da vida, como dormir com a televisão ligada, usar o computador no quarto ou jogar (games) antes de dormir”, acentua a psicóloga. Para diminuir os riscos de desenvolver o problema, o ideal é manter uma boa higiene do sono, deixando fora do quarto a televisão, o computador e até mesmo o celular, e procurando manter esses equipamentos desligados no momento de dormir. Segundo a psicóloga, é impor­ tante que os pais criem hábitos saudáveis nas crianças desde ce­ do, como horários certos para dormir diariamente, o que vai ajudar para que não tenham insônia na fase jovem ou adulta. “Criança precisa ter horário para dormir todos os dias, que não necessariamente é o mesmo dos pais. Ler histórias lúdicas para os filhos antes de dormirem é outra forma de terem um sono adequado a noite inteira”, aconselha. família e oriente para que escolha o melhor cuidador, dentro das caraterísticas ideais de cada paciente”, sugere. Para pacientes internados com sequelas, o HSH tem uma equipe multiprofissional para dar orientações aos cuidadores e demais familiares que desejarem. Além disso, está em fase final de execução o Manual do Cuidador da Santa Helena, que será disponibilizado aos interessados. EM CASA Estudos confirmam que idosos que moram em suas próprias casas são mais saudáveis e felizes, porque­ mantêm suas memórias afetivas. Entre­tanto, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia sugere que os familiares fiquem atentos a alguns Abaixo a insônia!­ Se não conseguir dormir, tente re­ laxar, saia da cama e tente ler um livro ou assistir um filme relaxante para que o sono volte; Procure dormir em um ambiente calmo e tranquilo, sem barulho ou elementos que promovam a distração;­ A psicóloga Marta Shimabukuro dá dicas TRATAMENTOS Uma vez instalada, a insônia pode ser tratada com psicoeducação – que poderá ajudar o indivíduo a recuperar um padrão de sono normal a partir de algumas mudanças de hábito – ou hipnose. A abordagem Ericksoniana de hipnoterapia envolve a técnica da conversação, sem perda de consciência, colaborando para que o paciente entenda melhor os problemas que atrapalham o sono e encontre recursos adequados para ter uma noite reparadora. Nunca durma com a televisão li­ gada e evite ter computador no quarto;­ Desligue o celular pelo menos meia hora antes de ir dormir; Evite açúcar antes de dormir, por­ que a substância é excitatória; Não deixe móbiles ou bichinhos no berço e no quarto das crianças, pois espantam o sono; Luz amarela, cortinas neutras, rou­ pa de cama e paredes de cor sua­ ve ajudam a acalmar e estimulam o relaxamento e o sono reparador.­ sinais que indiquem que é hora de ter um cuidador ou de morar com a família, como acidentes em casa, dificuldade de gerenciar atividades da vida diária, perda ou ganho de peso visível, aparência de fragilidade, odor estranho no corpo e mudanças na­aparência, entre outros. A família tam­ bém deve observar a cozinha, para checar se há comida vencida, grandes quantidades do mesmo item, eletrodomésticos quebrados e sinais de fogo no fogão ou no fundo das panelas. Além disso, é importante ver se tem outros sinais pela casa, como excesso de coisas acumuladas, desleixo na manutenção, sujeira e acumulação no banheiro, plantas mortas e animais que não parecem estar bem tratados. julho/agosto de 2016 7 VIDA SAUDÁVEL Inverno pede cuidados com a pele Na estação mais fria do ano há maior possibilidade de surgirem alterações, como coceiras e dermatites A estação mais fria do ano é também a mais seca e com altas concentrações de poluentes no ar. Como o corpo transpira menos e as glândulas sebáceas produzem menor quantidade de sebo (gordura) neste período, a pele tende a ficar mais ressecada, sensível e suscetível ao surgimento de algumas alterações, como coceiras e dermatites. As alterações cutâneas mais comuns nesta época são as coceiras, os eczemas (pele irritada), as dermatites (alergias de pele) e a psoríase. “O suor, juntamente com esse sebo, forma o manto hidrolipídico, que é muito importante para manter a hidratação da pele e ajudar a evitar a penetração de microrganis­ mos”, informa o médico dermato­ logista da Santa Helena, André Bahia. Para não retirar essa oleosidade natural da pele, os banhos devem ser mornos e rápidos, sem uso de buchas e com sabonetes hidratantes, de preferência líquidos e com pH próximo ao da pele. Quem tem o hábito de tomar mais de um banho por dia deve ensaboar o corpo todo em apenas um deles e, no outro, usar sabonete apenas nas regiões de dobras (axilas, virilha, nádegas e genitais). “Apesar de removerem a camada de células mortas da pele, as buchas devem ser evitadas, porque também retiram sua proteção, especialmente para pessoas com doenças de pele relacionadas ao ressecamento, como a dermatite atópica”, ensina o dermatologista André Bahia.­ Crianças e idosos são os mais prejudicados nesta época do ano, por terem pele mais sensível. O médico lembra que, no inverno, é alta a incidência de crises de dermatite atópica nas crianças e de aumento de coceira nos idosos, jul/ago de 2015 O dermatologista André Bahia: orientações devido ao ressecamento da pele. “Embora os cuidados sejam os mesmos dos adultos, esta população deve usar produtos específicos para cada faixa etária. Em caso de dúvidas, o melhor é procurar um médico”, orienta. FIQUE ATENTO! Evite banhos muito quentes e demorados; Beba bastante água, que pode ser complementada com su­ cos naturais de frutas e chás claros; Use hidratante logo após o ba­ nho, com o corpo ainda ume­ decido, pois ajuda na pene­ tração do creme. Se a pele for oleosa, com tendência à acne, use fórmulas oil-free nas áreas de maior oleosidade; Os lábios também costumam ressecar muito no inverno, por isso, é importante usar hidra­ tantes labiais para evitar as rachaduras; Use filtro solar 2 a 3 vezes ao dia. O filtro não deve ser usa­ do em crianças com menos de seis meses de vida.