Contratação de técnicos, pintores e engenheiros

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VITÓRIA, ES, DOMINGO, 05 DE MARÇO DE 2017 ATRIBUNA
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Economia
RODRIGO GAVINI/AT
Terminais
portuários
vão destravar
investimentos
EWANDRO PETROCCHI disse que é necessário mão de obra especializada para lidar com a tecnologia da indústria
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Contratação de técnicos,
pintores e engenheiros
ltamente especializada, a indústria automobilística requer profissionais em diversos ramos, mas as maiores chances
são para quem se aperfeiçoa em
tecnologia embarcada. Por outro
lado, também não faltam oportunidades em profissões tradicionais
nas áreas de solda, pintura, engenharia e no ramo técnico.
O gerente do Senai Vitória,
Ewandro Petrocchi, explicou essa
tendência. “Os automóveis, independentemente se leves ou pesados, têm tecnologias altamente sofisticadas de eletrônica embarcada, que é a eletrônica que existe
dentro dos veículos. É necessário
mão de obra especializada para lidar com essa tecnologia.”
No Senai Vitória, há dois cursos
disponíveis, o Técnico em Mecânica de Manutenção Automotiva e o
A
curso de qualificação em Eletrônica Embarcada, este voltado para
quem tem certa experiência e quer
ampliar os conhecimentos.
Por ser ampla, a cadeia produtiva do setor automobilístico permite a contratação de diversos tipos
de profissionais, que atuam, por
exemplo, na produção de vidros
automotivos, de peças de capotaria e eletrônicas, além de motores.
O presidente da Federação das
Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, acredita que
o crescimento das empresas já instaladas — Volare e Agrale —, com a
retomada da economia e do consumo, vai permitir a criação de novos empregos.
“Hoje, esse setor cria 7.223 empregos diretos em 1.592 empresas,
que incluem das oficinas mecânicas até as duas grandes montado-
ras do Estado. Esse número pode
dobrar em pouco tempo com a
volta da estabilização do consumo
e graças a essas empresas. Mas,
não temos de ficar de olho só nos
empregos das montadoras, mas
nas empresas que vão compor a
cadeia de abastecimento dessas
companhias”, disse Guerra.
Segundo dados da Relação
Anual de Informações Sociais
(Rais) de 2015, compilados pelo
Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies),
dessas 1.592 empresas, a grande
maioria — 1.487 — é de manutenção e reparação de veículos.
Outras 53 são de fabricação de
cabines, carrocerias e reboques, 36
de recondicionamento e recuperação de motores, 13 de fabricação
de peças e acessórios para veículos, entre outras.
ANTONIO COSME - 11/05/2015
DIVULGAÇÃO
O QUE ELES DIZEM
Para que a indústria automobilística se desenvolva no Espírito
Santo, investimentos em infraestrutura portuária, que vão ajudar a
escoar a produção, precisam ser
concretizados.
“Projetos privados ou Parcerias
Público-Privadas (PPPs) reforçam
o ambiente competitivo e parte
dos empresários espera isso. É um
fator de competitividade”, frisou o
secretário de Desenvolvimento
Econômico e Urbano de Linhares,
Luiz Fernando Lorenzoni.
O Norte é a região do Espírito
Santo que concentra os investimentos da área automobilística até
o momento: a Volare e a Agrale, já
instaladas em São Mateus; a D2D,
prometida para Jaguaré; e a Librelato, que deverá ir para Linhares.
E alguns dos projetos portuários
privados mais importantes do Estado estão prometidos para essa
região, como o da Imetame (em
Aracruz); o da Petrocity (em São
Mateus) e o da MLog (em Linhares).
Outra ação importante, que pode ajudar a deslanchar os investimentos no setor automobilístico,
na opinião de Lorenzoni, é a duplicação da BR-101, que corta o Estado, um aporte privado de mais de
R$ 1,8 bilhão. As obras da primeira
etapa começaram em abril do ano
passado.
MARCELO ANDRADE - 01/07/2011
> 1919: a pri-
meira linha
de montagem do País
foi inaugurada pela
Ford, que passou a montar o
Modelo T, o Ford “Bigode”, cujas peças chegavam em caixas
de madeira.
> 1925: a General Motors (GM)
inaugura sua linha no Brasil.
> 1950: a Volkswagen importa o
primeiro Fusca para testar sua
aceitação no Brasil.
> 1 95 2: Getúlio
Vargas proíbe
a importação
de autopeças
com similar
nacional.
> 1956: foi criado o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), órgão do governo
Kubitschek que estabeleceu
normas para a criação da indústria automobilística brasileira. A fabricação local era um
dos alicerces, até então as empresas só montavam aqui.
> 1956: ganharam as ruas
os primeiros
carros de
passeio fabricados no
País: Romi-Isetta e DKW-Vemag Universal. Iniciam a produção no País a GM e a Mercedes-Benz. Um ano depois,
foi a vez da Volkswagen.
> 1959: é lançado o primeiro Fusca totalmente feito no Brasil.
> 1978: é quebrada a marca de
1,6 milhão de veículos produzidos no ano.
> 1993: a
Vo lks wagen fabrica de novo
o Fusca.
> 2005: pela
1ª vez, a venda de veículos flex
fuel supera a dos a gasolina,
com 53,6%.
> 2016: a indústria chega a 60
anos, com mais de 70 milhões
de veículos comercializados.
Fonte: Anfavea.
NAVIOS: investimentos em portos
“Setor dá fôlego
para impulsionar
a economia”
O setor
automotivo,
em locais estratégicos
no Estado, ainda vai
crescer muito
”
A indústria automotiva no
Brasil desde a criação
ANÁLISE
SAGRILO
“
Saiba mais
Marcos Guerra, presidente da Findes
Com a recuperação
econômica,
as empresas âncoras
no Estado poderão
atrair outras
“
”
José Eduardo de Azevedo, secretário
A cada emprego
que surge em
uma montadora, até
15 são criados nos
fornecedores
“
”
Durval de Freitas, presidente do Cdmec
“A instalação de empresas da indústria automobilística traz a perspectiva de aumento e, principalmente, diversificação de atividades
econômicas para a região.
A cadeia produtiva dessa indústria é muito extensa. Sua produção
cria demanda para a indústria de
autopeças, que, por sua vez, estimula a siderurgia e metalurgia. A
etapa do escoamento da produção
gera demanda para o setor de serviços — vendas, divulgação, armazenamento, entre outros. Assim
sendo, tem fôlego para impulsionar
Arilda Teixeira,
economista e professora
doutora da Fucape
a economia.
Mas, para que esse potencial se
confirme, é necessário haver condições estruturais e fiscais adequadas. As primeiras são espaço físico, infraestrutura capaz de atender as atividades que envolvem sua
cadeia produtiva, capital humano e
mercado consumidor.
A segunda é a carga tributária não
impeditiva à atividade, inclusive externa. O fisco precisa conter seu ímpeto de tributar para não matar o
“animal spirit” dos agentes econômicos, que geram a sua receita”.
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