Conduta Lesões Pépticas

Propaganda
Curso Continuado de Cirurgia
Geral
Capítulo de São Paulo
Hemorragia Digestiva Alta
Conduta nas Lesões Pépticas
TCBC Osvaldo A. Prado Castro
2006
Fisiologia das Secreções
Gastroduodenais
Fatores Agressores
HCL
Pepsina
H. pylori
Fatores Protetores
OAPC - 2006
Barreira MucoBicarbonato
Substâncias
Surfactantes
Regeneração Celular
Fluxo Sanguíneo
Prostaglandinas
Ácido Clorídrico
Células Parietais
Acetilcolina
Gastrina
Histamina
OAPC - 2006
Fisiopatologia
Úlcera Duodenal
Maior Produção de Ácido Clorídrico
Aumento da População Parietal, Secreção Ácida Noturna, Resposta ao Estímulo
Vagal, Aumento da Sensibilidade da Célula Parietal, Bombesina, Pepsina,
Pepsinogênio, Esvaziamento Gástrico Rápido, etc.
Úlcera Gástrica
Hipo ou Normossecreção de HCL
Estase Antral, Hipergastrinemia, Refluxo Duodenogástrico, Gastrite, etc.
OAPC - 2006
Úlcera Gástrica
Classificação de Johnson
Tipo I – Normo ou
Tipo II
Hipocloridria
Tipo II - Hipercloridria
Tipo III - Hipercloridria
Tipo IV – Normo ou
Hipocloridria
Tipo V - AINES
OAPC - 2006
Johnson HD, 1965
Úlcera Gástrica
AINES (Johnson - Tipo V)
OAPC - 2006
www.endo-world.com/ images/Peptic/peptict17.JPG
escuela.med.puc.cl/.../ fotos461-466/461.jpg
Hemorragia
Complicação Clínica mais Comum – 15 a 20%
Fry, 1964
Sangramento Oculto - > 40%
Bettarello, 1965
HDA – 50% dos casos – Origem Péptica
OAPC - 2006
Hemorragia
80% das hemorragias cessam
espontaneamente
Tratamento em Regime Intensivo
Volume da Perda e Comorbidades
Monitorização Hemodinâmica e Correção dos
Desequilíbrios Hidroeletrolíticos
OAPC - 2006
Hemorragia
Mortalidade
6 a 15%
Intensidade do Sangramento
Choque Hemorrágico
Descompensação de Doenças Associadas
Complicações relacionadas à Cirurgia de Urgência
Dell’Abate et al, 1991;
Hunt, 1994; Vreeburg et al, 1997
OAPC - 2006
Fisiopatologia do Sangramento
Úlceras Gástricas
Incisura Angular
Segmento da
curvatura menor
entre a Cárdia e a
Incisura Angular
Sangramento Difuso do Fundo ou da Borda da Úlcera - Raro
OAPC - 2006
Fisiopatologia do Sangramento
Úlceras Duodenais
Face Posterior do
Bulbo (20%)
Sangramento Difuso do Fundo ou da Borda da Úlcera - Comum
OAPC - 2006
Fatores de Risco
Antiinflamatórios Não-Hormonais (AINES)
Armstrong et al, 1987
Ácido Acetilsalisílico (AAS)
Hawkey, 1994
Helicobacter pylori
Wu et al, 1999
OAPC - 2006
Tratamento
Primeira Etapa
Não deve prevalecer a preocupação com o
Diagnóstico e sim com o Tratamento
Somente após Estabilização Hemodinâmica é
que deve-se proceder com a investigação
sistemática do diagnóstico
OAPC - 2006
Tratamento
Clínico (Medicamentoso)
Bloq dos receptores H2 da Histamina;
Inibidores da Bomba de Prótons; Sucralfato; Somatostatina; etc
Endoscópico
Esclerose do Coto Vascular
OAPC - 2006
solução salina, adrenalina, etanol, etc.
Eletrocoagulação (eficácia temporária)
Fotocoagulação com Laser
Tratamento
Embolização Angiográfica
Gelfoam, Resina Epóxi, infusão de Substâncias Vasoativas
Alta Complexidade
Risco de Efeitos Sistêmicos ou Locais
Toyoda et al, 1996
Resfriamento Gástrico
Eficácia Duvidosa
Hipotermia Sistêmica, Íleo Paralítico, Arritmias Cardíacas,
etc
Sandlow & Spellberg, 1973
OAPC - 2006
Quando Operar ?
Persistência do Sangramento; Hemorragia Refratária ou Inacessível ao
Tratamento Endoscópico
Doentes em Choque Hipovolêmico
> 50 anos com Repercussão Hemodinâmica
Antecedente de Sangramento Recente
Tipo Sanguíneo Raro; Recusa de Transfusões por motivos Religiosos ou
Ideológicos
Sangramento Intenso de uma Úlcera Gástrica
Comorbidades cuja Descompensação Eleve o Risco Cirúrgico
Andriescu et al, 2005; Agzamov et al, 2005
OAPC - 2006
Objetivos do Tratamento
Cirúrgico
Controlar o Sangramento
Atuar no Mecanismo Ulcerogênico Presente
Prevenir Ressangramentos
Evitar Recidivas Ulcerosas
OAPC - 2006
Tratamento Cirúrgico
A Avaliação Global do Doente vai Definir
ou Não a Instituição de uma Conduta
Cirúrgica para o seu Tratamento
Bom Senso !!!
OAPC - 2006
Classificação de Forrest
Hemorragia Digestiva Alta Péptica
I - Hemorragia Aguda
Forrest Ia – Sangramento Arterial em Jato (100%)
Forrest Ib – Sangramento Contínuo (55%)
II - Sangramento Recente
Forrest IIa – Vaso Visível (g - < 2mm; G - > 2mm) (43%)
Forrest IIb – Coágulo Aderido (22%)
Forrest IIc – Fundo com Hematina (10%)
III - Sem Sinais de Sangramento (5%)
Forrest JA, Finlayson ND, Shearman DJ.
Endoscopy in gastrointestinal bleeding.
Lancet 17:394-397, 1974.
OAPC - 2006
Tratamento Cirúrgico – Úlcera Duodenal
Aspectos Técnicos
Mobilização Duodenopancreática
(Manobra de Kocher)
OAPC - 2006
Tratamento Cirúrgico – Úlcera Duodenal
Aspectos Técnicos
Piloroduodenotomia – aceso direto à
úlcera (hemostasia direta)
Coto Vascular Arterial – Ligadura com ponto de
Sutura
Sangramento Difuso (leito ou bordas) –
Vários
pontos de Sutura
Artéria Gastroduodenal – Pinçamento Provisório da
artéria Hepática Comum; Ligadura da artéria Gastroduodenal
OAPC - 2006
Tratamento Cirúrgico – Úlcera Duodenal
Aspectos Técnicos
Piloroduodenotomia – aceso direto à
úlcera (hemostasia direta)
Coto Vascular Arterial – Ligadura com ponto de
a
i
Sangramento Difuso
(leito
ou
bordas)
–
V
Sutura
r
a
i
l
i
B
Vários
pontos de Sutura
Artéria Gastroduodenal – Pinçamento Provisório da
artéria Hepática Comum; Ligadura da artéria Gastroduodenal
OAPC - 2006
Casos Crônicos – Calo Fibroso !!!
Úlcera Duodenal
Opções para o Tratamento Cirúrgico
Complementar
Vagotomia Troncular + Piloroplastia
Weinberg, 1951
Vagotomia Gástrica Proximal (VGP)
Doentes Jovens em Boas Condições Clínicas
Gastrectomia com Excisão da Úlcera
Risco da Lesões Graves (lesão de Colédoco, Ducto Pancreático ou
Desinserção da Papila Duodenal)
Bresciani et al, 2004
Ressecção Gástrica Sem Abordagem da Úlcera
Não é Recomendada (alta incidência de Recidiva Hemorrágica)
Lopasso et al, 1994
OAPC - 2006
Níveis de Vagotomia
VGP na Úlcera Hemorrágica
Mortalidade - 4,8%
Ressangramento – 2,6%
Recidiva Ulcerosa (4 anos) – 5,6%
Ideal
Jovens
Magros
Baixo Risco
Sem Instabilidade Hemodinâmica
OAPC - 2006
Morris et al, 1970;
Johnston, 1977
Recidiva Ulcerosa
5 a 10%
5 a15%
OAPC - 2006
Úlcera Duodenal
Opções para o Tratamento Cirúrgico
Complementar
Antrectomia + Vagotomia
Troncular
Menores Índices de Recidiva - 0 a 2 %
> Dificuldade Técnica
Aumento da Incidência de Seqüelas
Ressecção Gástrica
Índice de Recidiva – 3 %
OAPC - 2006
Úlceras Crônicas
Duodeno “Difícil”
Grande Processo Inflamatório Local; Friabilidade Tecidual Intensa
Evitar Reconstruções do Tipo Billroth I
Técnica de Finsterer-Bancroft
Preservando a Irrigação do Coto Antral
Rahal, 2005
OAPC - 2006
Tratamento Cirúrgico
Lesão Ulcerada Gástrica
Aspectos Técnicos
Abordagem do Foco de Sangramento
Gastrotomia Ampla
Ressecção da Lesão -
Importância da Classificação de Johnson
Ressecções Gástricas Sem Vagotomia
Reconstrução Preferencial – Billroth I
OAPC - 2006
Avaliação Anatomopatológica
Tratamento Cirúrgico
Lesão Ulcerada Gástrica
Aspectos Técnicos
Úlceras Gástricas Altas
Gastrectomia Total – Conduta de Exceção
Ressecção Isolada da Lesão + Vagotomia Troncular com
Piloroplastia
Recidiva – 30 %
Legrand & Jacquet, 1996
Jamais Adaptar um Paciente a uma
Determinada Técnica, mas Sim, a Técnica a
um determinado Paciente
OAPC - 2006
Conclusões
A Conduta Cirúrgica deve ser Reservada para os
Casos em que as Medidas Conservadoras
Falharam
Objetivo da Terapêutica Cirúrgica
Controle Eficaz do Sangramento
Erradicação da Doença Causadora
Menores Índices de Mortalidade Possíveis
Menores Taxas de Recidiva do Sangramento
Menores Índices de Seqüelas Fisiológicas e Metabólicas
OAPC - 2006
Conclusões
Tratamento Cirúrgico Deve ser Imposto Precocemente em
Pacientes de Risco
Quanto Mais Grave o Doente, Melhor a Realização de uma
Cirurgia Definitiva. A Oportunidade de Cura pode ser Única
A Melhor Conduta Sempre deve ser Baseada Tanto nas
Condições do Paciente como na Experiência do Cirurgião
OAPC - 2006
Download