APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO Ondansetrom Claris 2mg/ml Solução Injectável 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada mililitro de solução contém 2 mg de Ondansetrom na forma de cloridrato de Ondansetrom di-hidratado. Cada ampola de vidro de 2 ml contém 4 mg de Ondansetrom (sob a forma de cloridrato di-hidratado). Cada ampola de vidro de 5 ml (contendo 4 ml de solução) contém 8 mg de Ondansetrom (sob a forma de cloridrato di-hidratado). Cada ml de solução contém 3,6 ml de sódio. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável. Solução límpida e incolor. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Ondansetrom Claris 2mg/ml Solução Injectável está indicado na prevenção e tratamento de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia citotóxica e pela radioterapia e na prevenção e tratamento de náuseas e vómitos do pós-operatório (NVPO). População pediátrica: Ondansetrom Claris 2mg/ml Solução Injectável está indicado nas náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia, em crianças com idade igual ou superior a seis (6) meses e na prevenção e tratamento de NVPO em crianças com idade igual ou superior a um (1) mês. 4.2 Posologia e modo de administração Para injecção intravenosa, perfusão intravenosa pós-diluição ou para administração intramuscular. Para instruções sobre a diluição do produto antes da administração, consultar a secção APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED 6.6. Os prescritores que pretendam utilizar ondansetrom na prevenção de náuseas retardadas e vómitos associados à quimioterapia ou à radioterapia em adultos, adolescentes ou crianças devem ter em consideração a prática corrente e as guidelines apropriadas. Náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia e radioterapia: Adultos: O potencial emetogénico do tratamento oncológico varia de acordo com as doses e com as associações dos regimes de quimioterapia e radioterapia utilizados. O intervalo da dose de Ondansetrom Claris 2 mg/ml solução injectável é de 8-32 mg por dia e deve ser seleccionado como se indica em seguida. Quimioterapia emetogénica e radioterapia: Em doentes sujeitos a quimioterapia emetogénica ou radioterapia, devem ser administrados 8 mg de Ondansetrom por injecção intravenosa lenta, por perfusão intravenosa durante 15 minutos ou por injecção intramuscular imediatamente antes do tratamento, seguido de uma administração oral de 8mg de 12 horas em 12 horas. Para evitar a emese retardada ou prolongada após as primeiras 24 horas, deve-se continuar o tratamento por via oral ou rectal durante 5 dias, após um curso de tratamento. A dose recomendada para a administração oral é de 8 mg duas vezes ao dia ou 16 mg para administração rectal uma vez ao dia. Para a administração oral ou rectal consultar respectivamente o RCM de ondansetrom comprimidos e supositórios. Quimioterapia altamente emetogénica: Em doentes sujeitos a quimioterapia altamente emetogénica, por exemplo, cisplatina em doses elevadas, o ondansetrom pode ser administrado por via intravenosa ou por outras vias de administração, contudo este produto é exclusivo de uso intravenoso. Foi demonstrado que Ondansetrom também é eficaz nos seguintes esquemas posológicos durante as primeiras 24 horas de quimioterapia: Uma dose única de 8 mg, por injecção intravenosa lenta ou intramuscular, imediatamente antes da quimioterapia. Uma dose de 8 mg, por injecção intravenosa lenta ou intramuscular ou por perfusão intravenosa curta de 15 minutos, imediatamente antes da quimioterapia, seguida por mais duas doses intravenosas ou intramusculares de 8 mg, separadas por um intervalo de duas a quatro horas, ou por perfusão contínua de 1 mg/hora até 24 horas. Uma dose única de 32 mg diluída em 50-100 ml de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9% p/v) ou de outras soluções para perfusão compatíveis (ver compatibilidade com soluções para perfusão na secção 6.6) e perfundida durante um período mínimo de 15 minutos, imediatamente antes da quimioterapia. Doses superiores a 8 mg e até 32 mg de ondansetrom devem apenas ser administradas por perfusão intravenosa diluída em 50-100ml de solução salina ou de outras soluções para perfusão compatíveis (consultar precauções especiais) perfundida durante um período mínimo de 15 minutos. A selecção do regime posológico deve ser determinada de acordo com a gravidade do estímulo emetogénico. APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED A eficácia do ondansetrom na quimioterapia altamente emetogénica pode ser aumentada pela adição de uma dose única intravenosa de fosfato de dexametasona sódica, 20 mg administrada anteriormente à quimioterapia. Para evitar a emese retardada ou prolongada após as primeiras 24 horas, deve-se continuar o tratamento recorrendo a outras vias de administração que não a intravenosa após o curso de tratamento. A dose recomendada para via oral é de 8mg duas vezes ao dia. População pediátrica Náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia em crianças com idade igual ou superior a 6 meses e adolescentes A dose para náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia pode ser calculada com base na área de superfície corporal ou no peso – ver abaixo. Doses calculadas com base no peso resultam em doses diárias totais mais elevadas, em comparação com doses calculadas a partir da área de superfície corporal (secções 4.4 e 5.1.). O ondansetrom injectável deve ser diluído em dextrose 5% ou cloreto de sódio 0,9% ou outro fluido de perfusão compatível (ver secção 6.6) e perfundido por via intravenosa durante pelo menos 15 minutos. Não existem dados disponíveis relativamente a ensaios clínicos controlados acerca da utilização de ondansetrom na prevenção de náuseas e vómitos, induzidos pela quimioterapia, retardados ou prolongados. Não existem dados disponíveis relativamente a ensaios clínicos controlados acerca da utilização de ondansetrom nas náuseas e vómitos induzidos por radioterapia em crianças. Cálculo da dose com base na área de superfície corporal: O ondansetrom deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em dose intravenosa única de 5mg/m2. A dose intravenosa não deve exceder 8mg. A administração por via oral pode iniciar-se após doze (12) horas e pode ser continuada até 5 (cinco) dias. (Tabela 1) Tabela 1: doses calculadas para quimioterapia com base na área de superfície corporal – crianças com idade igual ou superior a seis (6) meses e adolescentes Dias 2-6(b) Área de Dia 1 (a,b) superfície corporal <0,6 m2 5 mg/m2 i.v. + 2 mg xarope após 2 mg xarope a cada 12 h 12 h ≥0,6 m2 5 mg/m2 i.v. + 4 mg xarope ou 4 mg xarope ou comprimido a cada comprimido após 12 h 12 h A dose intravenosa não deve exceder os 8 mg. APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED A dose diária total não deve exceder a dose para adultos de 32 mg. Cálculo de dose com base no peso: Doses calculadas com base no peso resultam em doses diárias totais mais elevadas, em comparação com as doses calculadas com base na área de superfície corporal (secção 4.4 e 5.1) O ondansetrom deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em dose intravenosa única de 0,15 mg/kg. A dose intravenosa não deve exceder os 8 mg. Duas doses intravenosas adicionais podem ser administradas posteriormente, em intervalos de 4 (quatro) horas. A dose diária total não deve exceder a dose para adultos de 32 mg. A administração por via oral pode iniciar-se após 12 (doze) horas e pode ser continuada até cinco dias. (Tabela 2) Tabela 2: Cálculo de dose para quimioterapia com base no peso – crianças com idade igual ou superior a 6 (seis) meses e adolescentes Peso ื10 kg >10 kg Dia 1(a,b) até 3 doses de 0,15 mg/kg a cada 4 horas Até 3 doses de 0,15 mg/kg a cada 4 horas Dias 2-6(b) 2 mg xarope a cada 12 horas 4 mg xarope ou comprimido a cada 12 horas A dose intravenosa não deve exceder os 8 mg. A dose diária total não deve exceder a dose para adultos de 32 mg Idosos Ondansetrom é bem tolerado por doentes com mais de 65 anos, não sendo necessário alterações de dose, frequência de administração ou via de administração. Consultar por favor “Populações Especiais”. Náuseas e vómitos do pós-operatório (NVPO): Prevenção de NVPO Adultos: Na prevenção de NVPO ondansetrom pode ser administrado por injecção intravenosa ou intramuscular ou outras vias de administração. Ondansetrom pode ser administrado como dose única de 4 mg através de injecção intravenosa lenta ou intramuscular na indução da anestesia. Tratamento de NVPO estabelecido Recomenda-se uma dose única de 4-8mg administrada por injecção intravenosa lenta ou intramuscular. APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED População pediátrica NVPO em crianças com idade igual ou superior a 1 (um ) mês e adolescentes: Na prevenção de NVPO em doentes pediátricos submetidos a cirurgia sob anestesia geral, uma dose única de ondansetrom pode ser administrada por injecção intravenosa lenta (durante mais de 30 segundos), numa dose de 0,1 mg/kg até um máximo de 4 mg, antes, durante ou após a indução da anestesia. Para tratamento de NVPO estabelecidos em doentes pediátricos submetidos a uma cirurgia com anestesia geral, pode administrar-se uma dose única de ondansetrom através de injecção intravenosa lenta (durante mais de 30 segundos), numa dose de 0,1 mg/kg até um máximo de 4 mg. Não existem dados disponíveis acerca da utilização de ondansetrom no tratamento de NVPO em crianças com idade inferior a 2 (dois) anos Idosos: A experiência é limitada na utilização de ondansetrom na prevenção e tratamento de NVPO em idosos. Contudo, ondansetrom é bem tolerado em doentes com mais de 65 anos e sujeitos a quimioterapia. Consultar por favor “Populações Especiais”. Populações Especiais Doentes com insuficiência renal: Não é necessária alteração da dose diária, frequência de administração ou via de administração. Doentes com insuficiência hepática: A clearance de ondansetrom encontra-se significativamente reduzida e o tempo de semivida sérico significativamente prolongado em indivíduos com insuficiência moderada ou grave da função hepática. Nestes doentes não se deve exceder uma dose total diária de 8mg. Doentes com metabolismo deficiente da esparteína/debrisoquina:. O tempo de semi-vida de eliminação do ondansetrom não está alterado em indivíduos com metabolismo deficiente da esparteína e da debrisoquina. Por conseguinte, a administração de doses repetidas nestes doentes não originará níveis de exposição ao medicamento diferentes dos níveis da população em geral. Não é necessária alteração da dose diária ou da frequência de administração. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade ao Ondansetrom ou a outro antagonista selectivo dos receptores 5- HT3 (ex. granisetrom, dolasetrom) ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED Foram relatadas reacções de hipersensibilidade em doentes que apresentaram hipersensibilidade a outros antagonistas selectivos dos receptores 5HT3. O medicamento não deve ser utilizado em crianças com idade inferior a 2 anos dado que a experiência é limitada. É conhecido que o Ondansetrom aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso, pelo que os doentes com sinais de obstrução intestinal sub-aguda devem ser monitorizados após a administração. Dado que a experiência é limitada na utilização do ondansetrom em pacientes com disfunção cardíaca, deve ser tomada precaução no caso de o ondansetrom ser coadministrado com anestésicos em doentes com arritmias ou com alterações na condução cardíaca ou em doentes que estejam a ser tratados com antiarritmicos ou beta-bloqueantes. O balanço benefício-risco da prescrição de ondansetrom deve ser avaliado em pacientes com alteração prévia no intervalo QT (secção 4.8). Em doentes submetidos cirurgia adenotonsilar a prevenção de náuseas e vómitos com ondansetrom pode ocultar o sangramento. Deste modo, estes doentes devem ser seguidos cuidadosamente após a administração de ondansetrom. População pediátrica: Doentes a quem seja administrado ondansetrom juntamente com agentes quimioterapêuticos hepatotóxicos devem ser monitorizados a nível da função hepática. Náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia: Ao calcular a dose com base em mg/kg e ao administrar 3 doses em intervalos de 4 (quatro) horas, a dose diária total será mais elevada do que se for administrada uma dose única de 5mg/m2 seguida de administração por via oral. A eficácia comparativa destes dois esquemas posológicos não foi estudada em ensaios clínicos. A comparação de estudos cruzados indica uma eficácia semelhante para ambos os esquemas posológicos (secção 5.1). Ondansetrom contém 2,52 mmol (57,6 mg) de sódio por dose diária máxima de 32 mg. Este facto deve ser tido em consideração em doentes com dieta controlada em sódio. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Efeitos do ondansetrom noutros medicamentos Não há evidência de que o Ondansetrom induza ou iniba o metabolismo de outros Fármacos frequentemente administrados concomitantemente. Estudos específicos demonstraram que o Ondansetrom não interage com o álcool, temazepam, furosemida, tramadol alfentanilo, propofol e tiopental. Tramadol Dados obtidos de pequenos estudos indicam que o ondansetrom pode reduzir o efeito analgésico do tramadol. APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED Efeitos de outros medicamentos no ondansetrom O Ondansetrom é metabolizado por múltiplas enzimas hepáticas do citocromo P-450: CYP3A4, CYP2D6 e CYP1A2. Devido à multiplicidade de enzimas metabólicas capazes de metabolizar o ondansetrom, a inibição enzimática ou a redução da actividade de uma enzima (por exemplo, deficiência genética de CYP2D6) é normalmente compensada por outras enzimas, não produzindo alterações significativas ou apenas uma alteração pequena na clearance total do ondansetrom ou da dose necessária. Fenitoína, Carbamazepina e Rifampicina: Em doentes tratados com indutores potentes da CYP3A4 (isto é, fenitoína, carbamazepina e rifampicina), a clearance oral de ondansetrom aumentou e a sua concentração sanguínea diminuiu. A utilização de ondansetrom juntamente com fármacos que prolongam o intervalo QT pode resultar no aumento desse prolongamento. O uso concomitante de ondansetrom com fármacos cardiotóxicos (como por exemplo, antraciclinas) pode aumentar o risco de arritmias (secção 4.4) 4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez Dados de um número limitado de exposições durante a gravidez não indicam efeitos adversos do ondansetrom durante a gravidez ou na saúde dos fetos/recém-nascidos. Actualmente, não estão disponíveis outros dados epidemiológicos relevantes. Os estudos em animais não indicam quaisquer efeitos prejudiciais, directos ou indirectos,no que respeita à gravidez, ao desenvolvimento embrionário ou fetal, no decorrer da gestação e no desenvolvimento pós-natal. No entanto, os estudos em animais nem sempre são preditivos da resposta humana. Deve ser tida precaução aquando da prescrição durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre. Deve ser efectuada uma cuidadosa avaliação do risco/benefício. Aleitamento Estudos demonstraram que o Ondansetrom passa para o leite de animais lactantes (ver secção 5.3). Portanto, recomenda-se que as mães sob terapêutica com Ondansetrom não amamentem os seus bebés. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Ondansetrom Claris 2 mg/ml solução injectável não tem influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis Os efeitos adversos estão listados por classes de sistemas de órgãos e frequência. A frequência dos efeitos adversos foi definida como: muito frequentes (≥ 1/10), frequentes (≥ 1/100, <1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000, < 1/100), raros ( ≥1/10.000, < 1/1.000) e muito raros (< 1/10.000). Os efeitos muito frequentes, frequentes e pouco frequentes foram determinados a partir dos dados obtidos em ensaios clínicos. Foi considerada a incidência no placebo. Efeitos raros e muito raros foram determinados a partir de notificação espontânea pós-comercialização. As APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED seguintes frequências estão estimadas para as doses recomendadas de ondansetrom, de acordo com a sua indicação e formulação. Doenças do sistema imunitário: Raros: Reacções de hipersensibilidade imediata, por vezes graves, incluindo anafilaxia. A anafilaxia pode ser fatal. As reacções de hipersensibilidade têm sido observadas em pacientes hipersensíveis a outros antagonistas selectivos 5HT3. Doenças do sistema nervoso: Raros: Existem relatos sugestivos de movimentos involuntários, incluindo reacções extrapiramidais, tais como crises oculogíricas e discinésia observadas sem evidência definitiva de sequelas clínicas persistentes e têm sido raramente observadas convulsões apesar de não ser conhecido nenhum mecanismo farmacológico do ondansetrom que possa causar estes efeitos. Cardiopatias: Raros: dor torácica com ou sem depressão do segmento ST, arritmias cardíacas, hipotensão e bradicardia. A dor torácica e as arritmias cardíacas podem ser fatais em alguns casos. Muito raros: tem sido relatadas alterações transitórias no electrocardiograma, incluindo o prolongamento do intervalo QT, predominantemente após a administração intravenosa de ondansetrom. Doenças gastrointestinais: Frequentes: ondansetrom aumenta o tempo do trânsito intestinal e pode causar obstipação em alguns doentes. Afecções hepatobiliares: Pouco frequentes: aumento assintomático dos valores dos testes da função hepática. Estes efeitos foram observados frequentemente em doentes submetidos a quimioterapia com cisplatina. Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas: Pouco frequentes: podem ocorrer reacções de hipersensibilidade na zona de administração (ex. rash, urticária, prurido) estendendo-se em alguns casos à veia de administração do medicamento. Perturbações gerais e alterações no local de administração. Comuns: cefaleias, sensação de calor ou rubor e soluços. Raros: Perturbações visuais transitórias (ex. visão enevoada) no decurso da administração intravenosa rápida do ondansetrom. Em casos individuais verificou-se cegueira transitória em doentes sujeitos a agentes quimioterapêuticos, incluindo a cisplatina. A maioria dos casos relatados resolveu-se em 20 minutos. População pediátrica APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED O perfil de acontecimentos adversos em crianças e adolescentes é comparável ao observado em adultos. 4.9 Sobredosagem A experiência de sobredosagem com ondansetrom é limitada, contudo um número limitado de doentes recebeu doses excessivas. Os sintomas que foram reportados incluem alterações visuais, obstipação grave, hipotensão e um episódio vasovagal com bloqueio AV transitório de segundo grau. Em todos os casos, os acontecimentos resolveram-se completamente. Não existe um antídoto específico para o ondansetrom, deste modo, em todos os casos de suspeita de sobredosagem deve administrar-se uma terapêutica sintomática e de suporte, conforme apropriado. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: 2.7 Sistema Nervoso Central Antieméticos e antivertiginosos; antagonistas da serotonina (5HT3.) Código ATC: A04A A01. O Ondansetrom é um potente antagonista altamente selectivo dos receptores 5HT3. O seu exacto mecanismo de acção no controlo de náuseas e dos vómitos não é conhecido. Os citostáticos e a radioterapia podem provocar a libertação de 5HT no intestino delgado iniciando o reflexo do vómito por activação dos receptores 5HT3 da via aferente vagal. O Ondansetrom bloqueia o início deste reflexo. Além disso, a activação da via aferente vagal pode causar uma libertação de 5HT na área postrema, localizada na base do quarto ventrículo, o que também pode induzir a emese através de um mecanismo central. Portanto, o efeito do Ondansetrom no controlo de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia citotóxica e pela radioterapia é devido, provavelmente, ao antagonismo dos receptores 5HT3 nos neurónios localizados no sistema nervoso central e periférico. Os mecanismos de acção nas náuseas e vómitos do pós-operatório não são conhecidos, mas podem existir vias que são comuns ao mecanismo das náuseas e vómitos induzidos pelos citotóxicos. Num estudo fármaco-psicológico em voluntários o ondansetrom não demonstrou efeito sedativo. O Ondansetrom não altera as concentrações plasmáticas de prolactina. A função do Ondansetrom na emese induzida por opiáceos não foi ainda estabelecida. População pediátrica Náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED A eficácia do ondansetrom no controlo da emese e náuseas induzidas pela quimioterapia para tratamento do cancro foi avaliada num ensaio randomizado duplo cego realizado em 415 doentes com idades compreendidas entre 1 e 18 anos (S3AB3006). Nos dias de tratamento com quimioterapia, os doentes receberam ondansetrom intravenoso 5mg/m2 juntamente com ondansetrom 4 mg administrado por via oral após 8 a 12 horas ou ondansetrom intravenoso 0,45 mg/kg + placebo administrado por via oral após 8 a 12 horas. Após o tratamento de quimioterapia ambos os grupos receberam 4 mg de ondansetrom xarope 2 (duas) vezes por dia durante 3 (três) dias. No pior dia de quimioterapia, o controlo total da emese foi de 49% (5mg/m2 intravenoso + ondansetrom 4mg por via oral) e 41% (0,45mg/kg intravenoso + placebo administrado por via oral). Após a quimioterapia, ambos os grupos receberam 4mg de ondanstrom xarope 2 (duas) vezes ao dia durante 3 (três) dias. Um ensaio clínico placebo-controlado, randomizado e duplo cego (S3AB4003) realizado em 438 doentes com idades compreendidas entre 1 e 17 anos demonstrou o controlo completo da emese no pior dia de quimioterapia em: 73% dos doentes quando lhes foi administrado ondansetrom por via intravenosa numa dose de 5mg/m2 juntamente com 2 a 4 mg de dexametasona administrada por via oral. 71% dos doentes quando lhes foi administrado ondansetrom xarope numa dose de 8 mg + 2 a 4mg de dexametasona administrada por via oral nos dias de quimioterapia. Após a quimioterapia ambos os grupos receberam 4 mg de ondansetrom xarope 2 (duas) vezes por dia durante 2 (dois) dias. Foi estudada a eficácia de ondansetrom em 75 crianças com idades compreendidas entre 6 e 48 meses num estudo aberto, não comparativo, de braço-único (S3A40320). Todas as crianças receberam três doses de 0,15mg/kg de ondansetrom intravenoso que lhes foi administrado trinta (30) minutos antes do início da quimioterapia e depois na 4ª e 8ª hora após a primeira dose. Foi observado o controlo total da emese em 56% dos doentes. Um outro estudo aberto, não comparativo, de braço-único (S3A239) investigou a eficácia de uma dose intravenosa de 0,15 mg/kg de ondansetrom seguido de duas doses, administradas por via oral, de 4 mg em crianças com idade inferior a 12 anos e 8 mg em crianças com idade igual ou superior a 12 anos (nº total de crianças participantes: n = 28). Observou-se o controlo total da emese em 42% dos doentes. NVPO Foi estudada a eficácia de uma dose única de ondansetrom na prevenção de náuseas e vómitos do pós-operatório, num estudo randomizado, duplo cego, controlado com placebo em 670 crianças com idades compreendidas entre 1 e 24 meses (idade após concepção igual ou superior a 44 semanas, peso igual ou superior a 3 kg). Os participantes iam ser submetidos a uma cirurgia electiva com anestesia geral sendo que estes eram doentes grau ASA ≤ III. Uma dose única de ondansetrom de 0,1 mg/kg foi administrada no intervalo de 5 (cinco) minutos logo após a indução de anestesia. A proporção de indivíduos que experienciou pelo menos um episódio emético durante o período de avaliação de 24 h foi superior nos doentes tratados com placebo do que nos doentes tratados com ondansetrom (28% vs. 11% p < 0,0001). APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED Foram realizados 4 estudos placebo-controlados e duplo cegos em 1469 indivíduos do sexo masculino e feminino (com idades compreendias entre 2 e 12 anos) que receberam anestesia geral. Aos doentes foram administradas, aleatoriamente, doses intravenosas únicas de ondansetrom (0,1mg/kg para doentes pediátricos com peso igual ou inferior a 40 kg, 4 mg a doentes pediátricos com peso superior a 40 kg sendo o nº de doentes = 735) ou placebo (nº de doentes = 734). O fármaco em estudo foi administrado durante pelo menos 30 segundos, imediatamente antes ou após a indução da anestesia. O ondansetrom foi significativamente mais eficaz do que o placebo na prevenção de náuseas e vómitos. Os resultados destes estudos encontram-se resumidos na tabela 3. Tabela 3: Prevenção e tratamento de náuseas e vómitos no pós-operatório em doentes pediátricos – resposta ao tratamento durante 24h. Estudo S3A380 S3GT09 S3A381 S3GT11 S3GT11 Endpoint CR CR CR Sem náuseas Sem emese Ondansetrom % 68 61 53 64 60 Placebo % 39 35 17 51 47 Pvalue ื0.001 ื0.001 ื0.001 0.004 0.004 CR = sem episódios eméticos, intervenções ou desistência 5.2 Propriedades farmacocinéticas As propriedades farmacocinéticas do Ondansetrom permanecem inalteradas no caso de dose repetida. Não foi estabelecida uma correlação directa entre a concentração plasmática e o efeito anti-emético. Absorção Após administração oral, o ondansetrom é completamente absorvido do tracto gastrointestinal e é sujeito ao metabolismo de primeira passagem (a biodisponilidade é de cerca de 60%). O pico de concentração plasmática de 30 ng/ml é atingido 1,5 horas após uma dose de 8 mg. Para doses acima de 8 mg de ondansetrom, o aumento da exposição sistémica é maior do que a proporção; este facto deve reflectir alguma redução no metabolismo de primeira passagem no caso de doses orais mais elevadas. Abiodisponibilidade, após administração oral, é ligeiramente aumentada na presença de comida mas não é afectada por anti-ácidos. Uma perfusão intravenosa de 4mg de Ondansetrom, durante 5 minutos, resulta em concentrações plasmáticas máximas de cerca de 65ng/ml. Após a administração intramuscular de Ondansetrom, atingem-se concentrações plasmáticas máximas de 25ng/nl, 10 minutos após a injecção. Distribuição APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED A distribuição do ondansetrom após administração oral, intramuscular (IM) e intravenosa (IV) é semelhante com um volume de distribuição no estado de equilíbrio de cerca de 140L. Obtém-se uma exposição sistémica equivalente após administração intramuscular e intravenosa de Ondansetrom. O Ondansetrom não tem uma ligação elevada às proteínas (70-76%). Metabo lismo O Ondansetrom é eliminado da circulação sistémica predominantemente através do metabolismo hepático, através de múltiplas vias enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo de debrisoquima) não tem efeito na farmacocinética do Ondansetrom. Excreção Menos de 5% da dose absorvida é excretada, inalterada, na urina. O tempo de semivida terminal é de cerca de 3 horas. Grupos especiais de doentes Crianças e adolescentes (idades compreendidas entre 1 mês e 17 anos) Em doentes pediátricos com idades compreendidas entre 1 e 4 meses (n = 19) que foram submetidos a uma cirurgia e apresentavam um peso normal, a clearance foi aproximadamente 30% mais lenta do que em doentes com idades compreendidas entre 5 e 24 meses (n = 22) mas semelhante à dos doentes com idades compreendidas entre 3 e 12 anos. A semi-vida na população de doentes com idades entre 1 e 4 meses rondava as 6,7 horas em comparação com as 2,9 horas dos doentes na faixa etária de 5 a 24 meses e 3 a 12 anos. As diferenças nos parâmetros farmacocinéticos na população doente com idades entre 1 e 4 meses podem ser explicadas, em parte, pela percentagem total, mais elevada, de água no corpo dos recém-nascidos e bebés e pelo volume de distribuição superior para fármacos solúveis em água, como o ondansetrom. Em doentes pediátricos, com idades entre 3 e 12 anos, submetidos a cirurgia electiva com anestesia geral, os valores absolutos para a clearance e o volume de distribuição do ondansetrom apresentavam-se reduzidos quando em comparação com os valores dos doentes adultos. Ambos os parâmetros aumentaram de forma linear com o peso, e nos 12 anos os valores aproximavam-se dos valores de adultos jovens. Quando a clearance e o volume de distribuição normalizaram com o peso, os valores para estes parâmetros foram semelhantes entre os diferentes grupos etários. O cálculo da dose com base no peso compensa as alterações relacionadas com a idade e é eficaz na normalização da exposição sistémica em doentes pediátricos. Foi realizada uma análise farmacocinética da população em 428 indivíduos (doentes com cancro, doentes submetidos a cirurgias e indivíduos saudáveis) com idades compreendidas entre 1 mês e 44 anos, após administração intravenosa de ondansetrom. Com base nesta análise, a exposição sistémica (AUC) de ondansetrom seguido de dose oral ou intravenosa em crianças e adolescentes foi comparável à dos adultos, com excepção de bebés com idades entre 1 e 4 meses. O volume estava relacionado com a idade e era mais reduzido nos adultos do que nas crianças e recém-nascidos. A clearance estava relacionada com o peso mas não com a idade, APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED com excepção bebés entre 1 e 4 meses. É difícil concluir se existe uma redução adicional na clearance relacionada com a idade em bebés entre 1 e 4 meses ou se simplesmente uma variabilidade inerente devido ao número reduzido de indivíduos estudados neste grupo etário. Uma vez que os doentes com menos de 6 meses de idade apenas receberão uma dose única para NVPO, não é provável que uma clearance reduzida seja clinicamente relevante. Idosos Estudos em voluntários idosos saudáveis demonstraram ligeiros aumentos relacionados com a idade, tanto na biodisponibilidade oral (65%) como no tempo de semi-vida (5 horas). Insuficiência renal Em doentes com insuficiência renal (clearance da creatinina de 15-60ml/min), tanto a clearance sistémica como o volume de distribuição são reduzidos após administração IV de Ondansetrom, resultando num aumento ligeiro, sem significado clínico, do tempo de semi-vida de eliminação (5,4h). Num estudo com doentes com insuficiência renal grave que necessitavam de hemodiálise regular (estudados entre diálises), demonstrou-se que a farmacocinética do Ondansetrom não é essencialmente alterada após administração IV. Insuficiência hepática Após a administração oral, intravenosa ou intramuscular em doentes com insuficiência hepática grave, a clearance sistémica do Ondansetrom é acentuadamente reduzida com tempo de semi-vida de eliminação prolongada (15-32 horas) e uma biodisponibilidade oral aproximada de 100% devido à diminuição do metabolismo pré-sistémico. Diferenças relacionadas com o sexo Foram demonstradas diferenças na distribuição do Ondansetrom relacionadas com o sexo, tendo as mulheres uma velocidade e extensão de absorção maiores após uma dose oral e uma clearance sistémica e volume de distribuição menores (ajustada em função do peso). 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e potencial carcinogénico. Ondansetrom e os seus metabolitos acumulam-se no leite dos ratos com um ratio leite: plasma de 5,2:1. Um estudo em canais iónicos cardíacos humanos clonados demonstrou que o ondansetrom tem potencial para afectar a repolarização cardíaca pelo bloqueio dos canais de potássio HERG. APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Ácido cítrico monohidratado Citrato de sódio Cloreto de sódio Água para preparações injectáveis 6.2 Incompatibilidades Ondansetrom Claris 2 mg/ml solução injectável não deve ser misturado com outros medicamentos, excepto os mencionados na secção 6.6. 6.3 Prazo de validade Embalagem fechada: 3 anos Injecção Após primeira abertura o medicamento deve ser utilizado de imediato. Perfusão A estabilidade físico-química em uso foi demonstrada durante 36 horas a 2-8ºC com as soluções constantes na secção 6.6. Sob o ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado de imediato. Se não for utilizado de imediato, o prazo de validade e as condições de conservação antes da utilização são da responsabilidade do utilizador e, normalmente, não devem ser superiores a 24 horas a 2 - 8°C, a não ser que a diluição tenha sido efectuada em condições assépticas controladas e validadas. 6.4 Precauções especiais de conservação conforme acondicionado para venda: O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação. Manter as ampolas dentro da embalagem exterior para proteger da luz. Para condições de conservação do medicamento diluído, consultar secção 6.3. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Ampolas de vidro transparente Tipo I de 2 ml contendo 2ml de solução. Ampolas de vidro transparente Tipo I de 5ml contendo 4ml de solução. Cada embalagem contém 25 ampolas de vidro com capacidade de 2ml ou 5 ml. Cada embalagem contém 5 ampolas de vidro com capacidade de 2ml ou 5 ml. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Compatibilidade com soluções para administração intravenosa: APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED ondansetrom na concentração de 0,08 mg/ml com cada diluente acondicionado a 28ºC durante 36 horas. A solução não deve ser esterilizada em autoclave. A solução deve ser inspeccionada visualmente antes da utilização (e igualmente após a diluição). Apenas devem ser utilizadas soluções límpidas praticamente isentas de partículas. Não utilize se o recipiente se encontrar danificado. As soluções diluídas devem ser protegidas da luz. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. Ondansetrom Claris 2 mg/ml solução injectável deve apenas ser administrado com as seguintes soluções de perfusão: Cloreto de sódio 0,9% p/v para perfusão intravenosa Glucose 5 % p/v para perfusão intravenosa Manitol 10 % p/v para perfusão intravenosa Ringer para perfusão intravenosa Cloreto de potássio 0,3% p/v e cloreto de sódio 0,9% p/v para perfusão intravenosa Cloreto de potássio 0,3% p/v e glucose 5% p/v para perfusão intravenosa Foram efectuados estudos de compatibilidade em sacos de perfusão PVC, em sacos de perfusão não-PVC, frascos de vidro tipo I (Ph. Eur.) e conjuntos de administração PVC. Foi demonstrado que diluições de ondansetrom em cloreto de sódio 0,9% p/v ou em glucose 5% p/v são estáveis em seringas de polipropileno. Considera-se que ondansetrom injectável diluído com outras soluções de perfusão compatíveis será estável em seringas de polipropileno. Compatibilidade com outros fármacos: Ondansetrom pode ser administrado por perfusão intravenosa a 1mg/hora, por exemplo a partir de um saco de perfusão ou de uma bomba de infusão de seringa. Os fármacos que se seguem podem ser administrados através da derivação Y do conjunto de administração de Ondansetrom Claris 2 mg/ml solução injectável em concentrações desde 16-160 µ g/ml (por exemplo, 8mg/500ml e 8mg/50ml, respectivamente); Cisplatina: Concentrações até 0,48mg/ml (por exemplo, 240mg em 500ml) administradas durante uma a oito horas. Carboplatina: Concentrações de 0,18mg/ml a 9,9mg/ml (por exemplo, 90mg em 500ml a 990mg em 100ml) administradas durante dez minutos a uma hora. Etoposido: Concentrações de 0,14mg/ml a 0,25mg/ml (por exemplo, 72 mg em 500ml a 250mg em 1 litro) administradas durante trinta minutos e uma hora. Ceftazidima: APROVADO EM 22-11-2010 INFARMED Doses de 250 mg a 2000 mg reconstituídas com água para preparações injectáveis conforme recomendado pelo fabricante (por exemplo 2,5ml para 250mg e 10ml para 2g de cefatzidima) e administrada em bólus intravenoso durante aproximadamente cinco minutos. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Claris Lifesciences UK Ltd Crewe Hall, Golden Gate Lodge, Crewe, Cheshire, CW1 6UL Reino Unido 8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Ondansetrom Claris 4mg/2ml 5224340 - Ampola - 5 unidade(s) - 2 ml 5238555 - Ampola - 25 unidade(s) - 2 ml Ondansetrom Claris 8mg/4ml 5224357 - Ampola - 5 unidade(s) - 4 ml 5238548 - Ampola - 25 unidade(s) - 4 ml 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 31 de Julho de 2009 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO