Lisboa nao tem escritorios adequados a procura das grandes

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Fonte: Vida Imobiliária. 04/04/2016
Lisboa não tem escritórios adequados à procura das grandes
empresas
De acordo com o mais recente Prime Watch, divulgado pela B. Prime, 95% do stock total de escritórios
disponível em Lisboa não preenche os requisitos de dimensão, uso ou qualidade para a atração de grandes
empresas para a cidade.
Este estudo mostra que os edifícios com qualidade e situados em boas localizações são ocupados mais
rapidamente, e no decorrer deste ano é esperado um novo mínimo histórico nas áreas novas disponíveis. De
um total de 509.000m² disponíveis para ocupação, pouco mais de 25.000m² são stock novo, com 40% da
área concentrada na zona 6, e 20% na zona 2. Consequentemente, são esperadas várias situações de pré
arrendamento em que os edifícios serão totalmente arrendados ainda antes de ser terminados.
Este contexto segue-se a um 2015 bastante ativo para o mercado de escritórios, registando uma subida da
absorção, aumento da área média ocupada e um acréscimo das rendas, aliado à inexistência de espaços
adequados para escritórios, aquela que será a variável mais importante no mercado em Lisboa e uma
oportunidade de investimento, já que o estudo aponta para um aumento de 5,7% nas receitas desta área no
ano passado, perto de 480,7 milhões de euros.
Há, no entanto, espaço para novos edifícios em zonas com pouca disponibilidade, como as zonas centrais e
do Parque das Nações, já alvo de interesse por parte dos grandes ocupantes, e aqui poderiam surgir essas
situações de pré arrendamento.
Jorge Bota, managing partner da B. Prime, comenta que «os investidores têm fundamentalmente apostado
no mercado residencial e hoteleiro, por ser o que primeiro saiu da crise, no entanto com a recuperação da
economia, as empresas têm vindo a expandir-se, além da entrada de novas empresas internacionais no
mercado. Como praticamente não há oferta nova no segmento dos escritórios, chegámos a esta situação
insólita em que não existe oferta de qualidade, para a procura atual», explica.
E realça que «em certas zonas, como é o caso do Parque das Nações, esta realidade torna-se crítica, uma
vez que a entrada de novas empresas só poderá ocorrer com a saída de outros inquilinos, dado que nem
sequer existem escritórios usados disponíveis, como demonstrado no Prime Watch». E completa ainda
que «por outro lado, também não está prevista a construção de qualquer edifício novo no próximo ano, o
que irá ainda agravar mais a situação».
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