Análise funcional da proteína mitocondrial desacopladora

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Proteína desacopladora, mitocôndria,
Arabidopsis thaliana, estresse osmótico
Husseini, NM; Brandalise, M; Maia, IG
Instituto de Biociências, Departamento de Genética, Universidade Estadual Paulista – Câmpus de Botucatu.
Análise funcional da proteína
mitocondrial desacopladora
empregando plantas transgênicas:
efeito de estresse salino e osmótico
A proteína mitocondrial desacopladora (uncoupling protein; UCP), descrita inicialmente em tecido
adiposo marrom de mamíferos, tem como principal função dissipar o gradiente eletroquímico de
prótons das mitocôndrias para gerar calor ao organismo. A presença de uma proteína mitocondrial
desacopladora em plantas (PUMP) foi evidenciada em 1995 e seu papel biológico permanece ainda
pouco esclarecido. Acredita-se que o desacoplamento causado pela PUMP venha a desempenhar funções
fisiológicas essenciais em processos onde a sua regulação conduz a alta atividade como, por exemplo,
durante o amadurecimento de frutos, dormência de sementes, senescência e desenvolvimento a baixas
temperaturas. Em tecidos não termogênicos, a PUMP, em conjunto com a oxidase alternativa, estaria
implicada na regulação do balanço de energia metabólica. Relatos recentes da literatura demonstram
a existência de uma correlação entre a atividade desacopladora e o estresse oxidativo. A ativação da
PUMP, por exemplo, promove uma diminuição na geração de espécies reativas de oxigênio pela cadeia
respiratória em mitocôndrias de plantas. Diante das evidências de envolvimento da PUMP na resposta
ao estresse oxidativo, esse trabalho objetivou estudar o comportamento de plantas transgênicas de
tabaco capazes de super expressar o gene AtPUMP-1 de Arabidopsis thaliana, em resposta a estresse
salino (NaCl 125 mM) e osmótico (Manitol 250 mM). Os resultados obtidos demonstram que
as sementes transgênicas apresentaram uma maior taxa inicial e velocidade de germinação que as
sementes selvagens em presença ou ausência de estresse. Adicionalmente foi possível observar que as
plantas transgênicas apresentaram uma maior tolerância aos estresses em estudo que as plantas não
transgênicas. Esses resultados sugerem um possível envolvimento da PUMP na resposta das plantas
a estresses abióticos.
Auxílio financeiro : FAPESP.
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