Avaliação dos níveis de cortisol basal em gatos naturalmente infectados pelo vírus da imunodeficiência dos felinos. Ligia Ziegler Paiva; Archivaldo Reche Júnior. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – FMVZ, SP. Universidade de São Paulo – São Paulo. animais se encontravam. Os felinos utilizados no 1. Objetivos. Mensurar os níveis basais de cortisol em gatos naturalmente infectados pelo vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV). estudo foram infectados naturalmente pelo vírus da imunodeficiência dos felinos e eram sintomáticos, portanto a possível ocorrência de doenças intercorrentes pode ter contribuído para o aumento dos níveis de cortisol. 2. Material e Método. 4. Conclusão. Foram utilizados 10 gatos hígidos segundo minuciosa avaliação clínica e laboratorial e 10 gatos naturalmente infectados pela FIV, previamente testados pelos métodos de ELISA e/ou PCR. O cortisol sérico basal foi mensurado em todos os felinos, utilizando-se a técnica de radioimunoensaio em fase sólida, empregandose um conjunto de reagentes comerciais. Cada amostra foi dosada em duplicata, assim como foram medidos os coeficientes de variação das dosagens. Todas as dosagens hormonais foram realizadas no Laboratório de Radiodiagnóstico do Departamento de Reprodução Animal (VRAFMVZ-USP). 3. Resultados e discussão. Observou-se que a média dos níveis basais de cortisol entre os gatos infectados pelo FIV foi significativamente superior à encontrada entre os gatos não infectados pelo Retrovírus (1,40 ± 0,44 vs 0,54 ± 0,35, p < 0,05). Pacientes humanos infectados pelo HIV também demonstram uma elevação dos níveis basais de cortisol, porém há relatos freqüentes de insuficiência de adrenal em estágios avançados da doença (Mayo, 2002). No estudo em questão, não é possível afirmar sobre a função das adrenais dos felinos infectados, pois não foram realizados testes a fim de avaliar as possíveis alterações no funcionamento das glândulas, também não é possível inferir o estágio da doença em que os Podemos concluir, nas condições do presente trabalho, que os gatos infectados pelo FIV apresentam hipercortisolemia à semelhança dos achados em pacientes humanos infectados pelo HIV. O que reforça o uso do felino como um importante modelo de estudo para a infecção pelos Retrovírus. 5. Referências bibliográficas. GRINSPOON, S.K., BILIZIKIAN, J.P., HIV disease and the endocrine system, N. Engl. J. Med., v. 327, p. 1360-1365, 1992. MACY, D.W, Feline immunodeficiency virus, In: SHERDING, R.G., The Cat: Diseases and Clinical Management, 2ND ed, v. 1, p. 433-448, 1994. MAYO, J., COLLAZOS, J., MARTINEZ, E., IBARRA, S., Adrenal function in the human imunodeficiency virus-infected patient, ARCH. Intern. Med., v. 162, p. 1095-1098, 2002. PIEDROLA G, CASADO JL, LOPEZ E, MORENO A, PEREZ-ELIAS MJ, GARCIAROBLES R, Clinical features of adrenal insufficiency in patients with acquired immunodeficiency syndrome, Clin Endocrinol (Oxf), 1996 Jul;45(1):97-101.