Conjuntura econômica internacional

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Dados: Fechamento em 28/04/2017
= Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 21/04/2017
 SITUAÇÃO GLOBAL
Após três meses de crescimento, GDP do Canadá fica estável em fevereiro
Crescimento no setor de serviços foi neutralizado pela queda na indústria de manufatura de bens.
De acordo com dados divulgados pela Stat-Can em
abril último, relativos ao crescimento da economia
canadense em fevereiro de 2017, o setor de serviços cresceu
0,2% em fevereiro, após ter crescido 0,5% em janeiro – a
maior taxa mensal de crescimento desde janeiro de 2013. O
maior crescimento foi no setor de compra e venda de
imóveis, de 5,4%. Já a indústria de manufatura de bens
recuou 0,3% em fevereiro, a primeira taxa de crescimento
negativa desde outubro último. O maior declínio foi na
atividade madeireira, que chegou a -4,5% no mês.
Banco Central da Rússia reduz taxa de juros para 9,25%
Taxa de juros na Rússia cai, após resultados decrescentes da inflação desde meados do ano passado, como medida para tentar o
pretendido crescimento do país em 2017.
O Banco Central da Rússia anunciou a redução da taxa de juros
básica de 9,75% para 9,25%. Segundo o Banco, a medida foi possível
pela queda na taxa de inflação, que passou de 4,6% em fevereiro para
4,3% em março. A economia russa cresceu 0,3% no último trimestre de
2016 e fechou o ano com queda de 0,2% no PIB. A Rússia sofre efeitos
de sanções econômicas impostas após a invasão da Crimeia; no entanto,
tem dado sinais de recuperação no começo deste ano. O Ministro de
Finanças da Rússia anunciou que o país almeja crescer de 3 a 3,5% em
2017; o FMI prevê crescimento de apenas 1,4%.
Omã registra queda no PIB de 5,1%
PIB de Omã caiu 5,1% em 2016, devido aos baixos preços do petróleo, após registrar queda de 14,1% do PIB, em 2015.
Segundo dados do escritório central de estatísticas do governo de Omã, divulgados em 24 de abril, houve
uma queda de 5,1% no PIB do país em 2016, que passou de OMR 26,85 bilhões para OMR 25,48 bilhões (US$ 65
bilhões), em razão da queda do preço do petróleo no mercado internacional. O setor do petróleo é responsável
por 51% do PIB, 60% das exportações e 87% das receitas orçamentárias de Omã. A grande discussão nos meios
empresariais omanis diz respeito a eventual desvalorização da moeda nacional, que possui, há mais de três décadas,
paridade fixa com relação ao dólar norte-americano. Especula-se que a largada no processo de desvalorizações
cambiais no Golfo seria dada quando a Arábia Saudita decidir realizar a desvalorização de sua própria moeda, o
rial-saudita. A tendência dos demais países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) seria de acompanhar
Riad, inclusive Omã. Ainda persiste, no entanto, grande resistência dos governos do CCG em desvalorizar suas
respectivas moedas, por conta de temores com relação ao aumento da inflação.
 REUNIÕES DE PRIMAVERA DO FMI
Ministros de economia de diversos países reuniram-se em Washington, de 21 a 23 de abril, para participar da
reunião anual de primavera do FMI e do Banco Mundial. O evento foi acompanhado de uma série de encontros
bilaterais, palestras e seminários.
A respeito da economia internacional, o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, declarou: “Somos
encorajados ao ver as fortes perspectivas econômicas, após anos de um crescimento econômico decepcionante.
Ainda há muitos riscos negativos, mas os países têm margem fiscal para prosseguir com as reformas estruturais”.
Christine Lagarde, Diretora-Geral do FMI, estimou que é necessário reduzir as ajudas comerciais que limitam a
concorrência, e devem ser evitadas medidas protecionistas: “O FMI não é um organismo comercial, mas estamos
preocupados com o comércio, porque tem sido um dos principais motores de crescimento. Por isso vamos
analisar como participar, como podemos continuar a apoiar o crescimento comercial e o que pode ser feito da
forma mais eficaz, mais justa e global possível”. Ambas autoridades declararam-se confiantes em poder trabalhar
com a nova administração norte-americana, destacando o projeto do Governo Trump de atrair dinheiro privado
para financiar obras de infra-estrutura.
No comunicado final que encerra a reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial não aparece o
compromisso de lutar contra o protecionismo, ao contrário do que era habitual nas anteriores declarações.
Segundo o Presidente do Comitê Financeiro e Monetário do FMI e Presidente do Banco Central do México,
Agustín Carstens, tratou-se de "fazer um balanço construtivo, e o significado da palavra protecionismo é muito
ambíguo, pelo que foi eliminada do comunicado". Cartens salientou que o comunicado foi negociado de modo a
retratar as ações conjuntas que podem ser adotadas para o objetivo final do desenvolvimento e estabilidade
econômica. "Todo o mundo está de acordo em que necessitamos de um comércio livre e justo", afirmou.
 PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
" Necessity as the mother of invention: monetary policy after the crisis" (ECB)
No documento 2047, de abril de 2017, o Banco Central Europeu
apresenta a visão de economistas sobre a perenidade das políticas
monetárias adotadas pós-crise financeira. Após pesquisas junto a
presidentes de bancos centrais e acadêmicos, os autores concluem que
bancos centrais de países em crise recorreram mais a novas políticas
monetárias e tiveram suas competências questionadas. No entanto,
estima-se que a mentalidade dos formuladores de política monetária
haja mudado muito, já que, por exemplo, bancos centrais em países
que não foram afetados pela crise também adotaram medidas macroprudenciais. Para os autores, os bancos centrais deverão ter seus
mandatos expandidos proximamente, de modo a habilitá-los a aplicar amplamente medidas macro-prudenciais.
Não há consenso sobre a utilidade de políticas monetárias não-convencionais, mas se espera que a maioria
permaneça na carteiras dos formuladores de políticas dos bancos centrais.
<https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpwps/ecb.wp2047.en.pdf?c0407507d2ac1da2450b1c9db540b6d6
&utm_campaign=Hutchins%20Center&utm_source=hs_email&utm_medium=email&utm_content=51263858>
"Understanding the Use of Long-term Finance in Developing Economies" (FMI)
O estudo avalia literatura econômica recente acerca do uso de finaciamento de longo prazo em países em
desenvolvimento para identificar as fontes de financiamento e os papéis dos intermediários financeiros e dos
mercados. Embora os bancos sejam os principais atores no mercado de crédito, eles não desempenham papel
significativo como fonte de financiamentos de longo prazo nos países em desenvolvimento. Os mercados de
capitais, que conheceram crescimento desde a década de 1990, são capazes de oferecer financiamento de longo
prazo, embora poucas empresas recorram a essa fonte. Apenas os investidores institucionais oferecem
instrumentos de financiamento a longo prazo. Os governos podem contribuir para ampliar a oferta de
financiamentos de longo prazo por meio de políticas públicas, embora haja limites a essa atuação.
<http://www.imf.org/en/Publications/WP/Issues/2017/04/26/Understanding-the-Use-of-Long-term-Financein-Developing-Economies-44855>
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