Omã 01. ASPECTOS GEOGRÁFICOS O Sultanato de Omã é um país de 309.500 km² do sudoeste da península Arábica, limitado pelo Iêmen, pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos. O território pode ser dividido em três regiões. Na costa do golfo de Omã, no nordeste, fica a planície al-Batinah, a principal região agrícola do país. O litoral do mar da Arábia também é uma planície, mas essa é estéril - com exceção da região de Zufar, no sudoeste, onde há algumas lavouras. Próximo dali se erguem montanhas erodidas que separam a costa das áreas desérticas do interior da península. No norte, fica a cordilheira de Jabal Aidar, onde o monte Jabal ash-Shãm atinge a maior altitude do país: 3.035 metros. Também pertence a Omã a estratégica península de Musadem, ao nordeste dos Emirados Árabes Unidos, de Onel se controla o estreito de Ormuz, a entrada do golfo Pérsico. O clima é tropical seco e quase não há vegetação nativa. A rede hidrográfica é composta de pequenos rios de montanha desviados para irrigar plantações na costa. A população de 2,8 milhões de habitantes é formada por árabes (73%), indianos (13%), paquistaneses (7,4%) e egípcios (1,6%), entre outras etnias. 89,1% dos habitantes praticam o islamismo. O hinduísmo é seguido por 6% e há cerca de 2,9% de cristãos. O governo de Omã é uma Monarquia islâmica. Sua capital é a cidade de Mascate (24.893 habitantes). As maiores cidades são: Salalah (156.530 habitantes) e Suhar (104.312 habitantes). O árabe é a língua oficial. 02. ASPECTOS E ECONOMIA A economia de Omã baseia-se na exploração de suas fartas reservas de petróleo e de gás natural. Há, ainda, jazidas de cobre, cromita, ouro e prata. Toda a eletricidade produzida no país provém de usinas termelétricas. A indústria restringe-se aos ramos metalúrgico e do cimento. Pratica-se também um significativo artesanato. Cultivam-se tâmaras, hortaliças, frutas cítricas, bananas e trigo. A escassez de água, porém, faz com que a agricultura seja pobre, de modo que grande parte dos alimentos tem de ser importada. Criam-se cabras e camelos. A pesca ainda tem relativa importância. O PIB de Omã é de US$ 46,2 bilhões, sua moeda oficial é o rial omani. 03. ASPECTOS HISTÓRICOS Em 3000 a.C., a região é importante centro do comércio marítimo entre as cidades mesopotâmicas e o Oriente. Os persas a ocupam em 536 a.C. No século VII d.C., sua população é islamizada e submetida ao Califado de Bagdá. Os portugueses ocupam o país no século XVI e são expulsos no século seguinte pelos imãs (líderes muçulmanos). A partir de 1737, o território volta ao domínio persa e, em 1741, recobra a independência, num movimento liderado por Ahmed bin Said, cameleiro que funda a dinastia que está até hoje no poder. O Reino Unido tem forte influência a partir do século XVIII. Essa aliança mantém a dinastia dos Said no poder. A soberania de Omã é reconhecida em 1951, mas as tropas inglesas só se retiram no fim dos anos 1960. Em 1970, o príncipe herdeiro Qaboos bin Said al-Said depõe seu pai e assume o poder. Os lucros obtidos com o petróleo, descoberto em 1964, possibilitam a modernização. Em 1996, um decreto do sultão define a estrutura básica do Estado, que não tem Constituição formal. São eleitos diretamente pela primeira vez, em 2000, os 83 integrantes do Conselho Consultivo (parlamento sem poder decisório), entre os quais duas mulheres. 04. ATUALIADES Um acordo de demarcação de fronteiras entre Omã e Emirados Árabes Unidos é anunciado em 2002. No mesmo ano o sultão estende o direito de voto a todos os maiores de 21 anos – até então, os eleitores eram líderes tribais, intelectuais e executivos. Nas primeiras eleições sob as novas regras, em 2003, duas mulheres conquistam cadeira no Conselho Consultivo. Em 2006, Omã assina acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, que elimina de imediato a maior parte das tarifas sobre as importações agrícolas norte-americanas e, no prazo de dez anos, as tarifas em geral. O comércio entre os dois países totaliza cerca de 1 bilhão de dólares por ano. Primavera Árabe Em janeiro de 2011, ocorre uma passeata na capital, que se manifesta contra a corrupção, o desemprego e a inflação. Em 27 e 28 de fevereiro, centenas de pessoas tomam a principal praça de Suhar, são violentamente reprimidas e uma é morta pela polícia. Qaboos determina a criação de 50 mil empregos e cria um salário-desemprego mensal de 386 dólares. O regente substitui metade dos seus ministros, em 5 e 7 de março, e ordena a formação de um grupo para formular uma reforma do estatuto do Estado. Em 10 de abril, novos protestos ocorrem em Suhar, um manifestante é morto e 60 são presos. Em junho e julho continuam os protestos e 37 pessoas são condenadas à prisão. * Compilação feita a partir de: • • • • Almanaque Abril 2012, 38ª ed. São Paulo: Ed. Abril, 2012. Arruda, J. e Piletti, N. Toda a História, 4ª ed. São Paulo: Ática, 1996. Atlas National Geografic: Ásia. São Paulo: Ed. Abril, 2008. www.wikipedia.org