Fontes de Recrutamento: Hora de inovar Grupo de Estudos de Recrutamento e Seleção Rodrigo Porto Na dita “sociedade da informação” consumidores se tornam cada vez mais exigentes. Serviços e produtos precisam constantemente mudar, agregando valor e inovando e se bem sabemos, inovação não vem de máquinas, só vem de gente. É preciso ter os melhores talentos para fazer com que as mudanças necessárias tragam sucesso para uma organização. O processo de Recrutar e Selecionar pessoas definido por Chiavenato (2005) como a identificação, atração e posterior escolha daquele candidato que mais se adequou às necessidades da organização, pode ser singelamente resumido em ter a pessoa certa para o lugar certo, encontrar candidatos que sejam diferenciais no mercado de RH e façam a diferença na organização. Para suprir seu processo seletivo o RH pode optar por duas fontes de recrutamento, interna ou externa. Ao fazer esta escolha deve ser levado em consideração que cada uma tem seus prós e contras e que nem sempre as mesmas irão suprir suas necessidades. Quanto à fonte externa, França (2007, p. 33), “[...] o recrutamento externo é a busca do candidato no mercado de trabalho ou em fontes específicas para o preenchimento da vaga”. Ao optar por um recrutamento externo a empresa agrega novos conhecimentos trazidos pelo novo colaborador, sangue novo para o grupo, renova a cultura organizacional. Em contrapartida pode afetar negativamente na motivação dos colaboradores, reduzir a fidelidade, ter elevados custos operacionais, menor segurança e demora. Segundo Chiavenato (2005) o recrutamento interno atua sobre os próprios colaboradores da organização, onde eles poderão ser promovidos ou transferidos para uma atividade mais complexa. Quando a organização utiliza o recrutamento interno, este pode motivar o grupo, fidelizar o colaborador, o candidato já é conhecido, o que o trás mais segurança e gera menos custos. Este também apresenta como desvantagens o bloqueio de novas idéias, facilita o conservantismo, desfavorece a modificação do patrimônio humano da organização e funciona como um sistema fechado de reciclagem continua. Para minimizar as vantagens e desvantagens das duas fontes de recrutamento, a organização pode optar pelo recrutamento misto que utiliza as duas fontes. No entanto, o que realmente importa não são as fontes e, sim as opções que a organização tem para encontrar os melhores talentos. Para ter um bom processo seletivo é preciso ter o maior contingente possível de candidatos. A facilidade em encontrar candidatos para alguns cargos pode tornar a tarefa de recrutar fácil, porém para outros pode ser uma dor de cabeça. Muitas vezes o mercado de RH não supre a demanda de ofertas, ocasionando à falta de candidatos para alimentar o processo seletivo. Tentando minimizar os efeitos da escassez de candidatos em determinados mercados, é preciso se fazer valer de todos os recursos disponíveis para atrair o maior e melhor contingente de candidatos, seja através de anúncios, divulgação em sites, cartazes, banners, agências, escolas, associações de classe, vale o que for preciso e viável. Segundo Kotler (1998), atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim as necessidades e desejos dos mercados alvos, neste caso os mercados de Recursos Humanos. O RH precisa incorporar um pouco do marketing, buscando a sinergia de necessidades e desejos entre candidatos e organização. Não é preciso ter um profissional de marketing no RH. Basta somar ao planejamento das necessidades de Recursos Humanos da organização, um pouco de ousadia e criatividade na hora de sair em busca de novos talentos. Mas, é preciso ter bom senso e prudência nesta hora, afinal queremos os melhores e temos que ir onde eles estão. Saber definir onde e como divulgar nossas ofertas e, principalmente, quem queremos atrair é fundamental para o êxito na prospecção de potenciais colaboradores. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 DUTRA, Joel Souza. Gestão por competências. Gente-São Paulo ,1990 FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de recursos humanos PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998.