I CIPLOM O valor aspectual verbal veiculado ao Pretérito Perfeito

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Congresso Internacional de Professores de Línguas Oficiais do MERCOSUL
e
I Encontro Internacional de Associações de Professores de Línguas Oficiais do MERCOSUL
Línguas, sistemas escolares e integração regional
O valor aspectual verbal veiculado ao Pretérito Perfeito Composto
na variante mexicana do espanhol
Flávia Teixeira Paixão – UFRJ
Estudar o que é língua, linguagem, observar características dos diferentes
idiomas existentes e também as diferenças dialetais de apenas um, são alguns dos
temas sempre presentes na área da linguística.
Há muitos estudos dedicados a debater o uso do pretérito composto (PC) em
espanhol, a descrever os contextos onde aparece nas diferentes variantes desta
língua, entretanto poucos abordam a questão do aspecto veiculado a esse tempo
verbal, e menos ainda são os que discutem a questão deste tempo verbal poder
veicular dois diferentes aspectos, o Perfectivo (evento concluído) ou o Perfeito 1
(consequência no presente de um evento passado).
Outro exemplo é a possibilidade, segundo alguns autores (Bartens & Kempas,
2007 e Carrasco Gutiérrez, 2008), de o pretérito perfecto compuesto (PC) poder, na
variante peninsular do espanhol, estar veiculado a dois aspectos – Perfeito2 ou
perfectivo3.
Estudos em Linguística Aplicada tem demonstrado que o ensino de língua
materna ou estrangeira tem se baseado, se centra no uso dos tempos verbais, ainda
que sejam trabalhadas diferentes linhas de ensino e aprendizagem, é possível
observar sempre a presença dos tempos verbais, marcando ações no presente,
passado e futuro.
Num primeiro momento, o PC é um tempo verbal que contém traços de tempo
(passado) e de aspecto (perfeito), entretanto já é possível observar o uso do PC em
contextos típicos do pretérito simples, ou seja, veiculado ao aspecto perfectivo que
marca ações pontuais, concluídas, sem relevância ao momento presente. Portanto,
começo minha pesquisa baseada na hipótese de que o PC da variante madrilena
está sendo veiculado ao aspecto Perfeito e ao perfectivo, passando a representar
1
O termo, em inglês, é perfect, e aparece em Comrie (1976).
2
Para diferenciar o aspecto perfeito do tempo verbal pretérito perfeito, utilizaremos letra maiúscula quando
fizermos referência ao aspecto.
3
Neste trabalho, utilizaremos os termos perfectivo e aoristo como sinônimos.
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qualquer tipo de ação passada, tantos as que têm contextos de ações relevantes
para o presente como as sem relevância. Entretanto, na variante mexicana o PC
continuaria mantendo seu aspecto de Perfeito.
Esta pesquisa parte da ideia de que a aspectualidade, ou seja, o visualizar as
ações como acabadas, em transcurso, ou com consequências no presente é um
processo mental, comum a todos os humanos e por isso independe do idioma, ainda
que haja diferentes formas de realizações. Deste modo, a pesquisa está baseada
nas teorias gerativistas que assumem que o aspecto é inerente, inato a todas as
línguas, e que a diferença entre estas consiste na realização morfológica em cada
uma.
Objetivo, aqui, repertoriar, através de entrevistas (corpus oral), os contextos de
uso do pretérito perfecto compuesto (PC) na variante mexicana (VM) do espanhol; e
sistematizar qual(is) tipo(s) de valor(es) aspectual(is) PC está veiculado nesta
variante.
Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior onde, além de analisar o PC na
variante mexicana do espanhol, analiso também a variante madrilena, fazendo
comparações entre elas. Objetivando, assim, ampliar as análises em torno do tema,
contribuindo com novos dados aos estudos já realizados.
A seguir veremos a distinção entre Tempo e Aspecto gramatical, pois é um
ponto fundamental deste trabalho.
Distinção entre Tempo e Aspecto Gramatical
Segundo Comrie (1976), o tempo verbal (tense) é uma expressão
gramaticalizada de localização no tempo, já o aspecto está relacionado aos
diferentes modos de ver a constituição temporal interna de uma situação, ou seja,
como ocorreu a situação independente de quando. Assim sendo, Comrie (op.cit.)
define, a princípio, dois aspectos como básicos: perfectivo e imperfectivo. O autor
define como aspecto perfectivo4 quando há uma visão de um evento como um todo
(Comi uma maçã) e o imperfectivo quando há, essencialmente, uma atenção à
estrutura interna da situação (Comia maçãs).
Na distinção entre tempo e aspecto, é válido também observar De Miguel
(1999:2989):
4
Alguns autores como Kempas (2006) ao invés de usar Perfectivo usam o termo Aoristo.
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La estrecha relación entre el tiempo y el aspecto es consecuencia del hecho de que
ambas nociones tienen que ver con la temporalidad de los eventos verbales, si bien
otorgan a esta un tratamiento diferente. En efecto, el „tiempo‟ es una categoría deíctica:
localiza el evento verbal en un tiempo externo, orientándolo bien en relación con el
momento de habla, bien en relación con el tiempo en que tiene lugar otro evento. El
aspecto en cambio, se ocupa del tiempo como una propiedad inherente o interna del
propio evento, sin hacer referencia al momento del habla.
A autora reforça, pois, que o tempo como categoria dêitica localiza o evento
verbal em um tempo externo tendo como referência o momento da enunciação. O
tempo pode, portanto, localizar um momento presente, passado ou futuro. O
aspecto, entretanto, De Miguel define como uma categoria não dêitica, uma vez que
nesse há uma visão do evento como um todo, sem se fazer referência ao momento
da fala.
Em relação ao Aspecto, faz-se necessário citar que este pode estar expresso
de duas formas, na semântica do verbo (aspecto lexical) ou em sua morfologia
(aspecto gramatical5). O aspecto lexical (aspecto de situação; Aktionsart) diz respeito
à característica semântica expressa em verbos como ser, estar e ter, que, por si só,
representariam um caráter transitório ou permanente do sintagma. Já o aspecto
gramatical refere-se ao modo como o falante apresenta um evento ou uma situação
através da escolha de tempos verbais. Smith (1997, apud Fonseca, 2006) diz que
essas duas formas existem devido à natureza composta do aspecto.
O aspecto Perfectivo e o aspecto Perfeito
Como supracitado, Comrie (1976) define dois aspectos como básico: o
perfectivo e o imperfectivo, volto a descrever o aspecto perfectivo, uma vez que esse
está na base desse trabalho.
Comrie (op.cit.) define que “o perfectivo olha para a situação de fora, sem
necessariamente distinguir quaisquer das estruturas internas da situação, enquanto
que o imperfectivo olha para a situação de dentro e, como tal, preocupa-se
crucialmente com a estrutura interna da situação”.
Kempas (2006), ao invés de utilizar o termo perfectivo, utiliza aoristo e o
relaciona a se expressa uma ação claramente terminada no passado que está
desvinculada do momento da enunciação. Acrescenta que quando se expressa o
5
Pode-se dizer aspecto verbal ou gramatical.
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aspecto aoristo tanto o ponto de referência como o do evento são anteriores ao
momento da fala.
O autor também explica que em lugar de utilizar o termo Perfeito para
expressar o aspecto, utiliza o termo Anterior. O autor define este aspecto como
quando a perspectiva temporal é aberta e a situação passada continua e/ou segue
relevante durante o momento comunicativo, ou seja, a ação passada expressada
pelo predicado pode continuar ou se repetir no momento da fala.
Comrie (1976), como supracitado, a princípio define dois aspectos básicos:
perfectivo e imperfectivo, entretanto, mais adiante em seu livro é apresentado o
aspecto Perfeito:
The perfect is rather different from these aspects, since it tells us nothing directly
about the situation in itself, but rather relates some state to a preceding situation. (…) it
expresses a relation between two time-points, on the one hand the time of the state
6
resulting from a prior situation, and on the other the time of that prior situation. (p.52)
Seria, portanto, o perfeito um aspecto que relaciona um estado a um evento
anterior, precedente. Para Smith (1997, apud Fonseca, 2006), o perfeito
normalmente apresenta uma situação que antecede a sua enunciação, ou seja, o
momento de referência coincide com o momento da enunciação e não com o
momento do evento. A autora considera que esse aspecto geralmente tem como
resultante um valor estativo, e é na maioria das vezes perfectiva, acabada.
Comrie (1976) subdivide o aspecto perfeito em quatro, entretanto, assumimos
aqui, por acreditar ser mais adequada a língua espanhola, a proposta de García
Fernández (2000 apud Bartens & Kempas 2007), onde há apenas três
subvariedades:
■
Resultativo: expressa o resultado de um único evento. Ex.:Los
invitados ya han llegado. (= Están ahí los invitados.)
■
Experiencial: evento que ocorreu pelo menos uma vez e tem
relevância atual. O evento está desvinculado de toda localização temporal. Ex.: He
visitado España numerosas veces. (¿cuándo?)
6
O perfeito é muito diferente desses aspectos, já que não nos diz nada diretamente sobre a situação per se,
mas antes relaciona um estado a um evento precedente. (...) ele expressa uma relação entre dois pontos, de um
lado o tempo do estado resultante de uma situação anterior, e do outro, o tempo da situação anterior.
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■
Continuativo: expressa um evento repetido ou um estado que
começou antes do momento da fala e segue acontecendo durante este último. Ex.:
Hoy he estado un poco constipado. (sigo constipado)
Metodologia e corpus
O objetivo desse trabalho como supracitado é analisar o uso do PC na variante
mexicana do espanhol, tendo como foco quais são os valores aspectuais veiculados
a esse tempo verbal. Para isso analiso seis amostras de fala do Proyecto para el
Estudio Sociolingüístico del Español de España y de América (PRESSEA) – México.
Todos os informantes escolhidos para este estudo são jovens (20-34 anos) de
nível superior, sendo três homens e três mulheres.
Após selecionar as entrevistas, destaquei todas as ocorrências do PC
ocorrentes em todas as entrevistas através do uso da ferramenta computacional
WordSmith Tools.
Após o levantamento de todos os dados, estes foram rodados no programa
computacional GoldVarb X. Neste programa, seleciona-se grupos de fatores que nos
parece importante para analisar o fenômeno, esses grupos, na verdade são as
nossas hipóteses de que tipo de aspecto poderia influenciar determinada variação
ou mudança. Abaixo segue os cinco grupos analisados neste trabalho:
1- Marcador temporal – duas possibilidades: com marcador e sem marcador.
2- Tipo de verbos – aspecto lexical, havia cinco opções: estado (e), atividade
(v), “accomplishment” (y) ou “achievement” (k). A base desse trabalho é analisar o
aspecto gramatical veiculado ao PC, mas esse grupo de fator foi criado para que eu
possa observar se algum tipo de verbo favorece o uso do PC como Perfeito ou como
Perfectivo.
3- Perfectivo (o) ou perfeito (u) – o outro grupo de fator analisado foi o de
aspecto gramatical;
Para julgar se o aspecto era um ou outro, utilizei os seguintes critérios:
Para julgar como perfeito:
I- se o verbo indicasse duração, iteração ou evento começado, mas ainda não
terminado;
II- se tivesse indicador temporal como esta semana, hoy, siempre, ahora, ya,
todavía no, nunca;
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III- se não tivesse marcador temporal, mas fosse seguido por verbo no presente
que tivesse relação com o fato, ação, estado expresso pelo PC.
Para ser perfectivo: não haver marcador e nenhuma outra indicação de ligação
com o presente.
Entretanto, mesmo com esses critérios, é importante deixar claro, que como em
espanhol peninsular o PC muitas vezes expressa o perfeito resultativo (ação
terminada no passado com relevância para o presente, ou que está recente), e a
relevância no presente, a proximidade pode ser algo subjetivo, acredito que terei que
julgar, algumas vezes, o que me pareça mais provável. Portanto, em alguns casos
pode ser que eu julgue o PC com aspecto aoristo, outros podem julgá-lo como
perfeito, e vice-versa.
Ilpo Kempas (2008) sobre a dificuldade de assegurar se o PC tem leitura
perfectiva ou de Perfeito diz:
Aunque existen casos indudablemente atribuibles uno u otro aspecto –como el
ejemplo (7f), que representa claramente el PPC AOR– para lograr una interpretación
correcta, es necesario conocer todo el contexto. Aun así, opinamos que existen casos
cuya aspectualidad no es fácil de determinar con criterios objetivos por un observador
7
externo .
4- Experiencial (x), durativo / iterativo (d) e resultativo (r) – esse grupo está
voltado para a checagem de qual tipo das subvariedades de Perfeito é mais
freqüente no na variante mexicana. Como supracitado, o esperado é que a maioria,
se não todos os usos de PC seja do tipo durativo.
5- Gênero: masculino (h) e feminino (m) – com esses fatores quero checar se
há alguma diferença no uso do PC em relação ao homem e a mulher
Análise dos dados da variante mexicana do espanhol
Das seis entrevistas analisadas foram encontradas 89 ocorrências. Explicitarei
e analisarei os resultados de cada grupo de fator observado e relacionarei alguns
desses fatores, que a meu ver contribuíram para uma maior ocorrência de PC
veiculado ao aspecto perfectivo ou perfeito.
7
Exemplo (7f) Anoche te he visto em sueños.
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O primeiro fator que precisa ser comentado é o do aspecto gramatical, pois é
nesse que se baseia meu estudo. Num total de 89 ocorrências do PC, 84,3% estava
veiculado ao aspecto Perfeito e 15,7% ao perfectivo.
A princípio esse número me surpreendeu, pois toda a literatura acerca do uso
do PC na variante mexicana falava apenas deste aspecto veiculado apenas a leitura
de Perfeito. Entretanto, como verão a seguir o número de marcadores temporais foi
pequeno e por isso tive que usar meus critérios de julgamento, que podem não ter
sido ideais para julgar este tempo verbal.
Entretanto, escolhi seguir os meus critérios e ao classificar os dados baseado neles,
chegue aos números supracitados. Relembro também a dificuldade de se julgar o
tipo de leitura aspectual do PC, que foi supracitada.
Ainda que o número de PC perfectivo tenha sido maior do que o esperado,
veremos durante as análises que de uma forma geral, os resultados estão de acordo
com as hipóteses iniciais.
O primeiro grupo analisado foi o se havia ou não marcador temporal, foram
encontradas apenas 18 ocorrências. Observe abaixo a tabela com os resultados.
Tabela 1: Ocorrência de
marcadores temporais
Perfeito
Perfectivo
Com marcador
18
0
Sem marcador
57
14
Como é possível observar, durante as entrevistas, no que diz respeito aos
contextos onde encontramos os PCs, encontramos pouco marcadores temporais, o
que dificultou ainda mais meu julgamento de leitura aspectual perfectiva ou de
Perfeito.
O próximo fator analisado é o dos tipos de verbos. Segue abaixo a tabela:
Tabela 2: Tipos de
verbos e sua relação com
os aspectos Perfeito e
perfectivo
Perfeito
Perfectivo
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Atividade
46
6
Accomplishment
6
4
Achievement
10
4
Estado
13
0
Como os números mostram, o tipo de verbo que mais aparece com o PC é o
de atividade, o que já era de se esperar, uma vez que na variante mexicana o PC é
descrito como continuativo, ou seja, é utilizado para relatar fatos que começaram no
passado e continuam até hoje, e verbos de atividade favorecem essa leitura de
duração.
Assim, como é interessante comprovar que todos os verbos de estado também
tiveram leitura de Perfeito, pois assim como os verbos de atividade, eles indicam
duração.
Não eram esperadas muitas ocorrências, ou até mesmo, nenhuma ocorrência
do PC com leitura de Perfeito quando o verbo tem aspecto lexical de “achievement”,
uma vez que esse marca evento instantâneo, o que a princípio não pode ser
compatível com o uso do PC de leitura de Perfeito continuativo, característico da
variante mexicana.
Contudo, até o estágio presente deste estudo, ainda não foi possível encontrar
uma solução, ou apenas uma hipótese para explicar o porquê desse resultado.
Em relação a subvariedade de perfeito veiculada aos PCs encontrados, veja a
tabela a seguir:
Tabela 3: Tipos de subvariedades
de Perfeito
Continuativo
67
Experiencial
6
Resultativo
2
Como já era esperado, baseado em tudo que foi supracitado, os dados da
variante mexicana comprovam que de fato o PC nessa região está veiculado à
subvariedade de continuativo.
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Por último, em relação ao fator gênero, encontrei 38 PCs de leitura de Perfeito
e 7 de perfectivo na fala dos homens, e 37 de Perfeito e 6 de Perfectivo na fala das
mulheres. Os resultados estão muito próximos, o que nos permitir concluir que em
relação ao uso do PC, homens e mulheres utilizam esse tempo verbal da mesma
forma.
Como foi possível notar, nossas dados estão de uma forma geral, de acordo
com as hipóteses iniciais, entretanto há alguns números que não eram esperados e
que na continuação do processo de pesquisa da minha dissertação, tentarei explicálos. Assim como, aprofundarei mais ainda a leitura dos dados.
Considerações finais
Após feita a análise quantitativa e qualitativa das seis entrevistas da variante
mexicana, observamos que a hipótese foi parcialmente refutada, pois houve um
número inesperado de PC veiculado ao aspecto perfectivo. Entretanto, os números
confirmaram o uso do PC principalmente veiculado ao valor de perfeito continuativo.
A discussão que segue é se na variante mexicana já seja possível encontrar
ocorrências do PC com valor aspectual de perfectivo, o que já ocorre na variante
madrilena.
Como perspectivas futuras irei rever as análises do corpus do México, analisar
novamente o aspecto lexical dos verbos, checar as ocorrências do valor perfectivo e
confirmar se o PC, de fato, poderia estar veiculado a esse aspecto na variante
mexicana do espanhol.
Referências
BARTENS & KEMPAS, Angela & Ilpo. “Sobre el valor aspectual del pretérito
perfecto en el español peninsular: resultados de una prueba de reconocimiento
realizada entre informantes universitarios” . In: Revista de investigación Lingüística,
nº 10. Universidad de Murcia : 2007. pp. 151-171.
CARRASCO GUTIÉRREZ, Ángeles. “Los tiempos compuestos del español:
formación, interpretación y sintaxis. In. CARRASCO GUTIÉRREZ, Ángeles. Tiempos
compuestos y formas verbales complejas. Madrid: Lingüística iberoamericana, 2008.
p. 13 – 64.
COMRIE, Bernard. “Aspect: an introduction to the study of verbal aspect and related
problems”. New York: Cambridge University Press, 1976, pp. 1-65.
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DE MIGUEL, Elena. “El aspecto léxico” In: MUÑOZ, Ignacio Bosque e BARRETO,
Violeta Demonte. Gramática Descriptiva de la lengua española. Madrid, Espasa,
1999, pp. 2979-3008.
FONSECA, Maria Cristina Micelli. “A Semântica e a Pragmática na Compreensão
das oposições Present Perfect X Past Simple do Inglês e Pretérito Perfecto X
Pretérito Indefinido do Espanhol”. Tese de Doutorado na área de Pós-Graduação em
semiótica e lingüística geral do departamento de lingüística da USP. São Paulo,
novembro, 2006.
KEMPAS, Ilpo. “Estudio sobre el uso del pretérito perfecto prehodiernal en el
español peninsular y en comparación con la variedad del español argentino hablada
en Santiago del Estero.” Tesis doctoral. Universidad de Helsinki, 2006. Disponível
em versão eletrônica em: http://ethesis.helsinki.f /julkaisut/hum/romaa/vk/kempas/.
___________ “El pretérito perfecto compuesto y los contextos prehodiernales”. In.
CARRASCO GUTIÉRREZ, Ángeles. Tiempos compuestos y formas verbales
complejas. Madrid: Lingüística iberoamericana, 2008. p. 231 – 273.
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